+ Conceitos essenciais para a implementação de uma Rede de Atenção ao Idoso Lívia Coelho Pós-graduação em geriatria e gerontologia pela UnATI/UERJ Mestre em Ciências Médicas – PGCM/UERJ + Rede de Atenção à Saúde Conceito de RAS APS FONTE: Mendes, 2010; Kuschnir & Chorny , 2010. • Conjunto de serviços • Vinculados entre si • Missão única • Atenção integral • População determinada • Coordenada pela Atenção Primária à Saúde (APS) + Realidade da Saúde Suplementar APS Sistemas fragmentados de saúde FONTE: Mendes, 2010; Moraes, 2012. + Componentes da Rede de Atenção ao Idoso (RAI) População idosa definida Modelo de atenção ao idoso Estrutura operacional (serviços e sistemas de integração) FONTE: Mendes, 2010; Moraes, 2012. + Conceito 1 Conheça a população idosa que será acompanhada. Quem são? Idade? Onde moram? Contatos? Banco de dados estruturado e atualizado. Estratifique a população acima de 60 anos* de acordo com o risco. *dependendo do protocolo escolhido, a população deve ter mais de 65 anos. FONTE: Moraes, 2012; Veras, 2014; ANS, 2011. + Estratificação de risco da população idosa Heterogeneidade da população idosa Idoso Robusto Autônomo e independente Risco iminente de perda funcional • idade > 80 anos • mais de 5 comorbidades • polifarmácia • subnutrição • internações recentes • insuficiência familiar Idoso Frágil Declínio funcional estabelecido 70 anos FONTE: Moraes, 2012; Veras, 2014. + Conceito 2 O modelo de atenção ao idoso deve reger a dinâmica da sua rede. Tabela 1. Principais resultados dos modelos de redes assistenciais integradas e coordenadas para idosos. Modelo Sipa Prisma Guided Care Grace Principais resultados Menor tempo de internação e liberação de leitos hospitalares Menor uso hospitalar, satisfação de usuários e cuidadores, menor perda funcional Menor uso de serviços domiciliares, hospitalares e cuidados de enfermagem, menor perda funcional Menor utilização de emergências Fonte: Veras et. al, 2014. Hébert et al., 2008. + Modelos de atenção ao idoso • Estratificação de risco da população; • Avaliação multidimensional => demandas • Gerenciamento dos Voltado caso s de risco para a (case população management) Foco na •Prontuário integração eletrônico único meta terapêutica compartilhada entre os serviços •Cuidado transicional FONTE: Moraes, 2012; Veras, 2014; Kuschnir & •APS – porta de entrada (médico generalista) •Coordenadora do cuidado • Equipe multiprofissional Atenção Primária fortalecida Autocuidado • Metas e protocolos compartilhadas clínicos com participante e família (autocuidado apoiado) •Uso de protocolos clínicos validados Chorny , 2010. + Modelos de atenção à saúde do idoso Usuário > 60 anos Estratificação de risco (critérios de inclusão) Avaliação multidimensional FONTE: Moraes, 2012 Coordenação do cuidado Definição da linha de cuidado Idoso robusto Risco iminente de perda funcional Idoso frágil Definição dos recursos necessários para a implementação das metas terapêuticas de acordo com a linha de cuidado (Re) Avaliação dos resultados + Conceito 3 A estrutura operacional da sua rede deve ser coerente com o modelo de atenção e com a sua população Legenda Amb. Clínica médica H H Amb. Geriatria Pronto atendimento H Hospital Amb. especialidades Baixo risco Médio risco Alto risco + Conceito 3 A estrutura operacional da sua rede deve ser coerente com o modelo de atenção e com a sua população Legenda Amb. Clínica médica Centro dia Amb. Geriatria H H Pronto atendimento H Hospital H Hospice Amb. especialidades FONTE: Moraes, 2012; Veras, 2014; ANS, 2011. + Discussão de caso Projeto ISUS (UERJ) Diagnóstico Município da assistência do idoso. com 3.700 idosos acompanhados pela APS. Legenda Unidades de atenção primária Centro de Especialidades Centro de Atenção Psico Social H Hospital com Emergência Pronto Atendimento Fisioterapia Centro de Referência de Assistência + Discussão de caso “idoso não é simplesmente um adulto de cabelos brancos...”. Análise dos processos da assistência ao idoso na APS Pontos positivos: APS difundida no município. Atenção primária era a porta de entrada. 100% da população idosa era acompanhada pelo serviço de saúde. + Discussão de caso “idoso não é simplesmente um adulto de cabelos brancos...”. Pontos negativos: Não havia um modelo de atenção ao idoso. Fragmentação dos serviços de saúde => dificuldade de acesso aos serviços especializados. Consequências: Atenção primária tentava absorver todo o cuidado do idoso frágil => sobrecarga da APS e insatisfação dos profissionais de saúde. Apesar disso, os profissionais e os gestores não identificaram a necessidade de implementação de um modelo de atenção ao idoso. + Moral da história Necessidade de capacitação de profissionais e sensibilização de gestores quanto aos benefícios de implementação de um modelo de atenção ao idoso. O cuidado ao idoso possui especificidades que o diferenciam da assistência ao adulto. Não adianta investir em estrutura se não temos um modelo para guiar a utilização destes serviços. A integração é fundamental para um modelo de atenção ao idoso funcione. + Obrigada! [email protected] + Referências 1. Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Manual técnico para promoção da saúde e prevenção de riscos e doenças na saúde suplementar / Agência Nacional de Saúde Suplementar (Brasil). – 4. ed. rev. e atual. – Rio de Janeiro : ANS, 2011. 244 p. 2. Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Plano de cuidados para idosos na saúde suplementar. Rio de Janeiro: ANS, 2012. 62 p. 3. Hébert R, Tourigny A, Raiche M. Integration of services for disabled people: research leading to action. Vol. II Quebec: Edisem Inc.; 2008. 560p. 4. Kuschnir R, Chorny AH. Redes de atenção à saúde: contextualizando o debate. Ciência & Saúde Coletiva, 15(5):2307-2316, 2010 5. Mendes, E.V. As redes de Atenção à Saúde. Ciên. Saúde Coletiva, v. 15, n. 5, p.22972305, 2010. 6. Moraes, E.N. Atenção à saúde do Idoso: Aspectos Conceituais. Brasília: OPAS, 2012. 7. Silva AL et al. Utilização de medicamentos por idosos brasileiros, de acordo com a faixa etária: um inquérito postal. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 28(6):1033-1045, jun, 2012. 8. Veras, R.P. et al. Integração e continuidade do cuidado em modelos de rede de atenção à saúde para idosos frágeis. Rev. Saúde Pública, v.48, n.2, p. 357-365, 2014.