CONFLITOS NO ORIENTE MÉDIO Conflitos no Oriente Médio - Quando começou a Primeira Guerra Mundial, já existiam 44 colônias agrícolas judaicas na Palestina. Em 1917 foi divulgada a Declaração Balfour, em que o governo inglês garantia a colonização judia da região. - Após as perseguições nazistas, a imigração judia para o Oriente Médio aumentou significativamente. A Inglaterra havia publicado o Livro Branco, em 1922, limitando a emigração judaica e evitando favorecer a criação de uma maioria judia na região. - Após o início da Segunda Guerra Mundial, em 1939, e até 1948, aproximadamente 153 mil judeus foram para a Palestina, ao mesmo tempo que grupos armados judeus combatiam os árabes com o objetivo de criar um Estado nacional autônomo. Conflitos no Oriente Médio De 1939 a 1945, acontecia na Europa o Holocausto, em que 6 milhões de judeus europeus das mais diversas nacionalidades foram mortos nos campos de concentração e extermínio nazistas, locais também onde eram depositados antinazistas, ciganos e homossexuais. Conflitos no Oriente Médio Com a retirada britânica da região e a transferência das responsabilidades para as Nações Unidas, depois da Guerra começou a se desenhar o projeto de partilha da região e da criação de um Estado judeu, sem qualquer consulta à população árabe local. Em 1947 a ONU dividiu o território palestino, tendo como zona neutra a cidade de Jerusalém. Árabes: 1,3 milhões de habitantes ficaram com 11,5 mil quilômetros quadrados. Judeus: 700 mil habitantes ficaram com 14,5 mil quilômetros quadrados. OCUPAÇÃO DO TERRITÓRIO PALESTINO - 1947 Conflito no Oriente Médio As hostilidades explodiram. Desde a fundação do Estado de Israel (14/05/1948) toda a luta da população árabe palestina foi associada ao terrorismo. Os conflitos se acirraram e a guerra eclodiu mais de uma vez: em 1956 (com a crise do Canal de Suez), em 1967 (Guerra dos Seis Dias). Nesta Israel incorporou a Penìnsula do Sinai e a Faixa de Gaza, a Cisjordânia e o território sírio das Colinas de Golã. Em 1973 houve o conflito de Yom Kippur. TERRITÓRIO JUDEU - PALESTINO YASSER ARAFAT Surgiram vários movimentos políticos, sendo o mais importante o Fatah, criado por Yasser Arafat, que pregava um confronto militar com Israel. Foi criada a OLP presidida por Arafat. Era formada por membros palestinos dos exércitos do Egito, Síria, Jordânia e Iraque. Israel, no entanto, era mais forte do que di que qualquer aliança entre os Estados Árabes. O Líbano, base da OLP foi atacado em 1978 e 1982. ACORDO ABORTADO Em 1995, ocorreu o assassinato do premier israelense Yitzhak Rabin, praticado por um ativista judeu de extrema direita, indignado com a perspectiva de uma acordo que pudesse vir a reconhecer direitos aos palestinos. Esses acordos vinham sendo discutidos desde 1977 entre a OLP e representantes de Israel. Em 1995, Israel e OLP chegaram a um acordo, desta vez com a extensão da autonomia palestina a quase toda a Cisjordânia. O problema – falta de acordo sobre Jerusalém e o direito ao retorno dos refugiados palestinos. A INTIFADA A Intifada iniciada pelos palestinos em 1987 durou 6 anos. Em 2000 houve a Segunda Intifada. Israel foi ampliando o seu território no período. FAIXA DE GAZA A realização do sonho de Israel , traduziu-se em 1,5 milhões de palestinos apinhados em pouco mais de 400 quilómetros quadrados de Gaza, em recursos, submetidos amais de seis décadas de miséria e humilhações cotidianas, a bombardeios, massacres, e a um terror sem fim CISJORDÂNIA Na Cisjordânia vivem mais de 5 milhões de palestinos cercados por um muro de aço; os refugiados palestinos espalhados pelos países árabes atingem a cifra de 6 milhões de pessoas. O governo de Gaza é dirigido por uma organização islâmica – o Hamas. A PALESTINA PERDENDO TERRITÓRIOS 5 tópicos para entender a questão palestina 1 - Após o fim da Guerra Fria, militares de alta patente redesenharam o que seriam os novos inimigos da América, no claro intuito de manter o financiamento militar aquecido. Entenda como os interesses do complexo industrial-militar americano e dos sionistas israelenses convergem no que diz respeito ao caos no Oriente Médio. 2- Pouca Palestina resta. Pouco a pouco, Israel está apagando-a do mapa Desde 1948, os palestinos vivem condenados à humilhação perpétua. Não podem sequer respirar sem autorização. Têm perdido a sua pátria, as suas terras, a sua água, a sua liberdade, tudo. Nem sequer têm direito a eleger os seus governantes. Quando votam em quem não devem votar, são castigados. Gaza está sendo castigada. Converteu-se numa ratoeira sem saída, desde que o Hamas ganhou as eleições em 2006. 3- O que está em jogo na Faixa de Gaza É evidente que o governo brasileiro não busca a relevância que a chancelaria israelense tem ganhado nos últimos anos. Menos ainda a relevância militar que está sendo exibida. A irresolução da crise palestina alimenta a instabilidade no Oriente Médio e leva água ao moinho do fundamentalismo, ameaçando a paz mundial. Não se trata, assim, de um conflito regional. 4-A história de Gaza que os israelenses não contam4 Nada do que se vê hoje na Palestina tem a ver com o assassinato de três israelenses na Cisjordânia ocupada, nem com o assassinato de um palestino na Jerusalém Leste ocupada. Tampouco tem algo a ver com a prisão de militantes e políticos do Hamas na Cisjordânia. E nem o que se vê hoje na Palestina tem algo a ver com foguetes. Tudo, ali, sempre, é disputa por terra dos árabes. E se Londres fosse alvejada diariamemte por foguetes do Hamas, não seria legítima a defesa? Claro... mas Londres não expulsou um milhão e meio de moradores de seus bairros tradicionais... 5- Barbárie em Gaza apoiada por Washington e tolerada pela Europa Quando Israel está em fase de "bom comportamento", mais de duas crianças palestinas são mortas por semana - um padrão que se repete há 14 anos. O bloqueio israelita, a ocupação de terras, os ataques selvagens do exército de Israel, tudo isso vai continuar, enquanto for apoiado por Washington e tolerado pela Europa para nossa vergonha infinita.