ENTRE PESCADORES E AGRICULTORES: UM ESTUDO ETNOGRÁFICO DO CAMPESINATO
RIBEIRINHO NUMA ÁREA LITORÂNEA DO ESTADO DO PARÁ
Francisco José dos Santos Rente Neto/ Lourdes Gonçalves Furtado (Orientadora) – Museu Paraense
Emilio Goeldi (MPEG)
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
OBJETIVO
O eixo analítico desta proposta é a análise antropológica da organização social de uma comunidade às
margens de um rio de água salgada, localizada em um município do litoral do Pará, focando o cotidiano da
comunidade em suas praticas sociais, comportamentos, modos de viver e a relação com o meio natural
envolvente.
METODOLOGIA
A metodologia aplicada foi o estudo de comunidade, que em Arensberg e Kimball (1973) a escolha de uma
comunidade que corresponda a uma amostra significante da sociedade e da cultura das pessoas que
apresentam o comportamento em que se está interessado para a realização da etnografia, na qual foram
utilizadas técnicas de pesquisa como entrevistas, formais e informais, além de registro fotográfico.
Figuras 1 e 2 - Enchente (18 horas) e Vazante (8 horas) Figuras 3 e 4 - Maré de “lanço” e Maré “morta”.
Fonte: RENTE NETO, 2011
RESULTADOS
O cotidiano da comunidade está intimamente ligado ao rio Curuçá - Mirim, onde os moradores dinamizam
a sua vida material e social mediante os recursos agrícolas e hídricos envolventes, os quais imprimem a sua
influencia à forma como esses camponeses articulam a sua vida e a sua produção, através da organização
do trabalho, onde se revelam particularidades conectadas as formas de se relacionar entre si e com o meio
ambiente. Todavia, dada a região estudada, é possível observar uma diferença no tocante ao período de
atividades, que difere de outras regiões da Amazônia, como por exemplo, o Baixo Amazonas, onde o
homem articula a atividade da pesca periodicamente, mediante o regime de enchente e vazante do
amazonas (RENTE NETO,2011). No litoral, entretanto, os camponeses ribeirinhos não articulam a sua
atividade dependendo dos regimes sazonais do rio amazonas. mediante um fluxo de maré diário, o qual
determina o comportamento do rio, estabelecendo qual o melhor horário do dia para realizar a pesca ou a
mariscagem, sendo esse ritmo de atividades regular durante todo o ano.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARENSBERG, Conrad M.; KIMBALL, Solon T. O método do estudo de comunidade. In: FERNANDES, Florestan
(Org.). Comunidade e Sociedade. São Paulo: Companhia Editora Nacional; Editora da USP, 1973.
RENTE NETO, F. J. S. . Ribeirinhos do Litoral: Um Estudo sobra a RIbeirinidade em Pinheiro, no Município
de Curuçá - PA. In: Seminário Internacional Múltiplos Olhares sobre a Zona Costeira de Países de Língua
Portuguesa, 2011, Belém. Seminário Internacional Múltiplos Olhares sobre a Zona Costeira de Países de
Língua Portuguesa, 2011.
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