Contribuição da TC do Tórax no
Diagnóstico de Complicações
Infecciosas em Indivíduos
Transplantados
Dante L. Escuissato
• Investigação por Imagem:
– RX:
• Útil na avaliação de pacientes imunodeprimidos
com suspeita de infecção pulmonar
• Primeiro método de imagem a ser utilizado
• Sensibilidade baixa
• Até 10% de radiografias normais em casos com
infecção confirmada
• Contagem baixa de neutrófilos = opacidades mal
definidas
Brown MJ et al. Radiology 1994;190:247-254
Choi YH et al. J Thorac Iamging 1999;14:201-206
Fishman JE et al. J Thorac Imaging 2002;17:122-131
• Investigação por Imagem:
– TC:
• Mais sensível que Rx
• TC útil quando Rx normal/achados duvidosos e há
suspeição de infecção pulmonar
• Heussel et al.: TC pacientes neutropênicos com
febre + Rx normal = TC com achados de
pneumonia em 60% casos (5 dias antes das
radiografias)
Heussel CP et al. J Clin Oncol 1999;17:796-805
Brown MJ et al. Radiology 1994;190:247-254
• Infecções de Pacientes Transplantados
• Pneumonia é uma complicação comum após
TCTH e de transplantes de órgãos sólidos
• 40-60% de complicações pulmonares infecciosas
e não infecciosas pós-TCTH
• Tx órgão sólidos = rim, fígado, coração e pulmão
• Tx renal mais comum (↑50%), seguido do Tx de
fígado
Ettinger NA, Trulock EP. Am Rev Respir Dis 1991;143:1386-1405
Ettinger NA, Trulock EP. Am Rev Respir Dis 1991;144:433-451
Ettinger NA, Trulock EP. Am Rev Respir Dis 1991;144:2123-223
• Infecções pós-Tx:
– TCTH:
• Principalmente nos Tx alogênicos
• Dependem do tempo pós-Tx
• Complicações precoces (<100 dias):
– Até pega MO (0-30 dias): fungos, vírus,
bactérias
– Após pega MO (31-100 dias): bactérias, CMV
• Complicações tardias (> 100 dias):
– Bactérias
Escuissato DL et al. Am J Roentegenol 2005;185:608-615
• Infecções pós-Tx:
– Tx Órgãos Sólidos:
• Infecções são influenciadas pelo tipo de Tx e
intervalo de tempo após o procedimento
• Infecções comuns pós-Tx de pulmão e incomuns
pós-Tx renal
• Classificação:
– Pós-Tx: 0-30 dias
– Precoce: 31-180 dias
– Tardio: >180 dias (imunossupressão)
• Infecções: ↑ risco <180 dias
• Transmissão nosocomial: vírus respiratórios e
agentes Gram Θ e Gram 
• Bactérias:
– Agentes:
• TCTH:
– pp Pseudomonas, outros (Nocardia, Legionella,
Haemophilus influenzae e Enterobacter)
• Tx órgãos sólidos:
–
–
–
–
infecções ≈ imunocompetentes
Nosocomiais ou comunitárias
S. aureus e Gram Θ (P. aeruginosa, K. pneumoniae)
Tx coração-pulmão: S. pneumoniae (até 50% casos nos
primeiros 6 meses)
– Tx pulmão por FC: colonização crônica por P.aeruginosa
e Burkholderia cepacia
– Tx coração (1º mês), rim e fígado: Gram Θ
Krishman MS et al Radiographics 2007;27:957-974
• Bactérias:
– Rx:
• Consolidações (única ou múltiplas), distribuição
segmentar ou lobar
• Normal: até 30% dos casos, principalmente nos
neutropênicos graves
– TC:
• Consolidações uni/bilaterais, patchy ou lobar
• Outros achados: atenuação em vidro fosco,
nódulos centrolobulares (inclusive com padrão em
“árvore em brotamento”)
Pneumonia LIE
BRONCOPNEUMONIA
CONSOLIDAÇÕES - TMO
Pneumonia
bacteriana
• TB Pós-Tx renal = ↓ imunidade:
a) infecção disseminada
b) envolvimento 1 órgão: pulmão e tracto urogenital
– Rx:
• Opacidades de LLSS
• Múltiplos nódulos pulmonares, usualmente
padrão miliar
• Apresentação atípica: LLII ou derrame pleural
J Thoracic Imaging 1998;13:271-281
• TB Pós-Tx cardíaco = 727 pacientes (após 7 anos)
= 1% casos de TB.
Am J Roentgenol 1992;159:1175-1179
J Thoracic Imaging 2014;29:240-245
• TB pós-TMO
– TB = 0,1-5,5% casos
– 6,5-40 x / população geral
– Fase tardia = 270 dias (122-1000)
– Alteração da imunidade celular (células T)
• TMO alogênico, DECH crônica, infecção prévia e
RXT corporal total.
– Rx:
• Consolidações lobares ou multifocais
• Nódulos
• Distribuição controversa: LLSS x qualquer lobo
J Thorac Imaging 2009;24:10-16
• TB pós-TMO
– Apresentação relacionada à alteração
imunológicas: não formação de granulomas, falha
na erradicação de bacilos, doença difusa;
– Padrão é semelhante ao da TB 1ª (doença por
reativação na maioria dos casos);
– TB com padrão semelhante a BPN por outros
agentes;
– TB pós-TMO ~ TB HIV+
J Thorac Imaging 2009;24:10-16
TMO alogênico (18 m)
• Vírus:
– Até 50% dos imunodeprimidos não-SIDA
– Pp fator de risco: transplante
– + comum CMV; até 20% vírus respiratórios
pós-Tx pulmão
– TC:
•
•
•
•
Múltiplos pequenos nódulos centrolobulares
Unilateral ou bilateral
Consolidações (patchy)
Opacidades VF
Gasparetto EL et al. Br J Radiol 2004;77:724-727
Gasparetto EL et al. Am J Roentegenol 2004;182:1133-1137
VIDRO FOSCO DIFUSO - TMO
Pneumonia
pelo CMV
NÓDULOS CENTROLOBULARES - TMO
Pneumonia pelo VSR
• Pneumocystis jiroveci
– Fatores de risco:
• Transplante (TCTH e órgão sólidos), SIDA e
processos linfoproliferativos
– TC:
•
•
•
•
Opacidades VF bilaterais e simétricas
Podem ser multifocais / patchy
Pode padrão pavimentação em mosaico
Cistos de paredes finas
Franquet T et al. Eur J Radiol 2004;51:130-138
Connolly JE Jr et al. J Thorac Imaging 1999;14:51-62
TMO / Pneumocistose
• Infecções Fúngicas Angioinvasivas:
– Fatores de risco:
• API: neutrófilos <500/mm³
• Candidiase: TCTH, leucemia, drogadição (EV)
• Mucormicose: neoplasias hemtológicas, Tx, DM
– TC:
•
•
•
•
Múltiplos nódulos (1-3 cm)
Sinal do halo de vidro fosco
Focos de consolidação com base pleural
Escavação com ou se crescente aéreo
Escuissato DL et al. Am J Roentegenol 2005;185:608-615
NEUTROPENIA FEBRIL + LESÕES PULMONARES COM SINAL
DO HALO = INFECÇÃO FÚNGICA
Pós-TMO – Fusarium
Embolia séptica (Pseudomonas)
• Radiografias Convencionais:
– Sensibilidade limitada para a detecção de
infecções em fase precoce em pacientes
imunodeprimidos.
– Pacientes com neutropenia podem ter
achados radiográficos que aparecem
tardiamente ou são mínimos.
– Muitas radiografias são normais em pacientes
com lesões pulmonares.
• Tomografia Computadorizada
– TC: cobre algumas das limitações das
radiografias de tórax.
– TC é útil na identificação precoce de
infecções pulmonares.
– Neutropenia febril: TC mostra maior número
lesões que RX e mais precocemente.
Obrigado!
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