Professora : Cássia AGROPECUÁRIA BRASILEIRA EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA Quando os portugueses aqui chegaram, em 1500, não encontraram nem ouro nem prata, como os espanhóis encontrariam em suas colônias da América. O único produto das terras brasileiras interessante para a Coroa de Portugal, naquele momento, era o pau-brasil. Mesmo assim, os portugueses decidiram colonizá-las, então, optaram pelo cultivo da cana-de-açúcar que era bastante lucrativo, pois o açúcar era produto raro e de preço alto na Europa, Litoral nordestino, principalmente no atual estado de Pernambuco. Utilizava-se a mão de obra escrava (índios e africanos ), e a produção era destinada à exportação. A partir de aproximadamente 1650, essa atividade entrou em crise no Brasil devido à concorrência com o açúcar produzido pelos holandeses nas ilhas do Caribe (América Central). Equipamentos mais modernos, eles podiam oferecer açúcar pela metade do preço do produto brasileiro. Século: XIX, uma nova lavoura viria a tornar-se tão importante no Brasil: era o café. Desenvolveram no Rio de Janeiro e em SãO Paulo O hábito de tomar café se espalhava pelo mundo, e o Brasil se tornou o principal exportador do produto. Produção voltada para o mercado externo e usando, mão de obra escrava. Século XIX (metade) substituídos por trabalhadores assalariados imigrantes europeus. Surgimento de ricos e poderosos fazendeiros, que passaram a ter grande influencia na economia e na política do país. AGRICULTURA DE SUBSISTÊNCIA É um sistema de produção agrícola que visa a sobrevivência do agricultor e de sua família. É caracterizada pela utilização de recursos técnicos pouco desenvolvidos. Os instrumentos agrícolas mais usados são: enxada, foice e arado. Raramente são utilizados tratores ou outro tipo de máquina. A produção é baixa em comparação às grandes propriedades rurais mecanizadas. No período da escravidão, os senhores permitiam que, fora dos horários de trabalho, os escravos cultivassem, para seu sustento, pequenos terrenos. No sul do Brasil, a formação das propriedades agrícolas foi diferente da que ocorreu na maior parte do país, disputada por portugueses e espanhóis, com conflitos de fronteira. As condições naturais não eram adequadas para a produção de gêneros tropicais (desenvolveu a pecuária, com o gado criado solto e com necessidade menor mão de obra). Nas décadas de 1970 e 1980, a agropecuária brasileira sofreu muitas modificações, visando, sobretudo, ao aumento da venda de produtos agrícolas para outros países (exportação). Para desenvolver essas lavouras (laranja, cana-deaçúcar e café, por exemplo) e intensificar o plantio, os produtores investiram em modernização, aumentando a mecanização, o que diminui a necessidade de mão de obra no campo. MODERNIZAÇÃO DO CAMPO Esse tipo de produção fica muito dependente das condições do clima e da qualidade natural do solo, ou seja, de sua fertilidade. A modernização da agropecuária brasileira alterou a paisagem e a sociedade rurais Redução do número de camponeses. Máquinas agrícolas passaram a fazer maior parte do trabalho: preparar a terra, semear, adubar e fazer a colheita. Energia mecânica, uso da eletricidade e dos derivados de petróleo. Substituiu em grande parte o trabalho muscular feito por humanos ou animais. PROBLEMAS DO CAMPO BRASILEIRO Embora o campo brasileiro esteja passando por um surto de modernização e crescimento de diversas produções, vem ocorrendo uma série de problemas, dos quais destacaremos os três seguintes: ACELERADA EROSÃO E ESGOTAMENTO LIXIVIAÇÃO: o solo é “lavado”. LATERIZAÇÃO : concentração de ferro e alumínio. LATERIZAÇÃO CONCENTRAÇÃO DA PROPRIEDADE. BOIAS-FRIAS No dicionário “bóia-fria” é o “trabalhador agrícola que se desloca diariamente para propriedade rural, geralmente para executar tarefas sob empreitada”. Mas, o dicionário não menciona suas condições indignas e perigosas de trabalho. Sem direitos, sem educação, trabalhando nas terras de outro por salários que não são suficientes nem para uma pessoa, que dirá para uma família. O termo bóia-fria surgiu do costume destes trabalhadores de levar uma marmita consigo logo cedo e, na hora do almoço comê-la fria mesmo (bóia, uma gíria para comida + fria). Arrendatários : arrendam (alugam) terras de um proprietário, por uma quantia predeterminada . Parceiros : pedem emprestadas uma parcela de terras a um proprietário para nela trabalhar e pagam uma espécie de aluguel. Meeiros : metade da produção. OS SEM-TERRA Existem milhares de trabalhadores rurais que lutam para obter uma superfície de terra para trabalhar; são chamados sem terra. De acordo com a Lei da reforma Agrária que está em vigor no país, milhões de hectares de terras improdutivas pertencentes a latifundiários que não as exploram, deveriam ser distribuídos a pequenos agricultores interessados.