A Informação e o Exercício da Cidadania
O Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil e a
construção do Atlas Metropolitano pela Rede IPEA
XVIII Encontro da ANIPES – Maceió, 7 de novembro de 2013
Antecedentes: uma visão institucional da cooperação técnica e
o desenvolvimento de agendas compartilhadas
• Edital IPEA/PROREDES nº 001/2011
• Rede Urbana do Brasil (projeto suspenso)
• Governança Metropolitana no Brasil
• Mapeamento da Vulnerabilidade Social nas Regiões Metropolitanas
Brasileiras
• Articulação institucional IPEA/PNUD/FJP:
• Memorando de Entendimento (MoU) IPEA/PNUD para a construção do Atlas
• Carta Acordo
• Termo de Referência e Plano de Trabalho do “Novo Atlas do Desenvolvimento
Humano no Brasil”
Antecedentes: Atlas do Desenvolvimento
Humano porque?
• Construção de uma plataforma on line de consulta a mais de 200 variáveis
e indicadores municipais, para os anos de 1991, 2000 e 2010, a partir das
bases dos Censos Demográficos do IBGE:
• construção de algoritmos para extração de dados dos Censos, compatibilizando as
variáveis.
IDHM:
• Elaboração de nova edição do indicador como demanda da sociedade
brasileira => indicador de longa duração e uso amplo;
• Indicador sintético, adaptação nacional do HDI, voltado para os municípios
brasileiros (malha municipal de 2010);
• Atualização da proposta metodológica do IDHM com base em mudanças
conceituais (como medir o desenvolvimento humano?).
Antecedentes: Atlas para quem?
Gestores estaduais e federais
Identificar regiões que precisam da intervenção de programas, políticas setoriais e
territoriais e ações específicas.
Atores políticos – locais e regionais
Apoio ao diagnóstico dos principais desafios municipais e regionais,
instrumentalizando o gestor e ampliando o espaço participativo
Pesquisadores
Análise comparativa das conjunturas municipais e sua evolução ao longo dos anos
por meio de indicadores selecionados
Sociedade civil e setor privado
Orienta a sociedade civil e o setor privado em suas ações voltadas ao
desenvolvimento brasileiro
Cidadãos
Acesso a informações claras e concisas -> estimula a participação social -> tornar os
cidadãos vez mais protagonistas
Aspectos metodológicos do novo IDHM
Aspectos metodológicos do novo IDHM
Vida longa e
saudável
esperança de vida ao
nascer
Acesso ao
conhecimento
• índice de escolaridade
da população adulta
• índice de fluxo escolar
da população jovem
Padrão de vida
digno
renda municipal per capita
(ago/2010)
Aspectos metodológicos do novo IDHM
Aspectos metodológicos do novo IDHM
Dimensão Longevidade
Vida longa e saudável
No IDHM, essa dimensão é medida pela esperança
de vida ao nascer
IDHM Longevidade
o número médio de anos que as pessoas dos municípios viveriam a partir do nascimento, mantidos
os mesmos padrões de mortalidade observados em cada período
Aspectos metodológicos do novo IDHM
Dimensão Longevidade
IDH-L = (valor observado – valor mínimo)
(valor máximo – valor mínimo)
Foram adotados os mesmos valores máximo e mínimo adotados pelo IDHM em
suas edições anteriores:
Máximo: 85 anos Mínimo: 25 anos
Aspectos metodológicos do novo IDHM
Dimensão Educação
Acesso ao conhecimento:
• escolaridade da população adulta
• fluxo escolar da população jovem.
População adulta: é medida pelo percentual de pessoas de 18 anos ou mais de idade com o
ensino fundamental completo.
Fluxo escolar da população jovem: média aritmética do percentual de crianças de 5 a 6
anos frequentando a escola, do percentual de jovens de 11 a 13 anos frequentando os anos finais
do ensino fundamental, do percentual de jovens de 15 a 17 anos com ensino fundamental
completo e do percentual de jovens de 18 a 20 anos com ensino médio completo.
Aspectos metodológicos do novo IDHM
Dimensão Educação
População adulta
Fluxo escolar da
população jovem:
Aspectos metodológicos do novo IDHM
Dimensão Renda
Padrão de vida
Renda municipal per capita, ou seja, a renda média mensal
dos indivíduos residentes em determinado município,
expressa em reais de 1º de agosto de 2010.
Aspectos metodológicos do novo IDHM
Dimensão Renda
IDHM-R = [ln (renda per capita municipal) – ln (valor mínimo de referência)]
[ln(valor máximo de referência) – ln (valor mínimo de referência)]
Máximo: R$4.033,00 - corresponde ao valor da menor renda per capita entre
os 10% mais ricos residentes na UF com maior renda média do país no período
analisado, o Distrito Federal.
Mínimo: R$8,00 - corresponde ao limite mínimo adotado para o cálculo do IDH
Global.
Aspectos metodológicos do novo IDHM
Aspectos metodológicos do novo IDHM
Aspectos metodológicos do novo IDHM:
novas faixas do Desenvolvimento Humano Municipal
Funcionalidades da Plataforma WEB
do Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil
Edição atual
• Perfil municipal
• Consultas:
• Unidade da Federação
• Municípios
• Ranking
Atualizações previstas
• Tradução (inglês e espanhol)
• Cálculo do IDHM e de algumas
variáveis e indicadores para
diferentes recortes territoriais
• Perfil para UF
Resultados do Atlas e do IDHM
• Performance melhorou em todas as dimensões, nos municípios, UFs e
país. Nenhum município teve resultado pior no IDHM, IDHM
Longevidade e IDHM Educação.
• Redução, especialmente na última década, das diferenças entre os
municípios e UFs de performance mais baixa e aqueles de melhor
performance.
• Aumento da esperança de vida ao nascer combinada com redução do
gap entre performances.
• Nos anos 2000, redução do Índice de Gini (0,64 para 0,60),
combinada com aumento de renda per capta.
1991
1991
IDHM Longevidade
2000
2010
2000
2010
Estadual
IDHM Longevidade – 2010
Municipal
Mortalidade Infantil
Correlação: -0,967
1991
1991
IDHM Educação
2000
2010
2000
2010
Estadual
IDHM Educação – 2010
Municipal
IDEB (2011)
Correlação: 0,631
1991
1991
IDHM Renda
2000
2010
2000
2010
Estadual
IDHM Renda – 2010
Municipal
PIB PER CAPITA
1991
1991
IDHM
2000
2010
2000
2010
Resultados do Atlas: IDHM e posição na REGIC
RELAÇÃO ENTRE GRAU DE URBANIZAÇÃO E IDHM E SEUS COMPONENTES
Resultados do Atlas: IDHM e grau de urbanização
IDHME X URBANIZAÇÃO
IDHM X URBANIZAÇÃO
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
ALTAMENTE
URBANIZADO
URBANIZADO
Muito Alto
Alto
Médio
BAIXA
URBANIZAÇÃO
Baixo
RURAL
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
ALTAMENTE
URBANIZADO
Muito Baixo
URBANIZADO
Muito Alto
IDHMR X URBANIZAÇÃO
Alto
Médio
BAIXA
URBANIZAÇÃO
Baixo
RURAL
Muito Baixo
IDHML X URBANIZAÇÃO
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
ALTAMENTE
URBANIZADO
Muito Alto
URBANIZADO
Alto
Médio
BAIXA
URBANIZAÇÃO
Baixo
Muito Baixo
RURAL
ALTAMENTE
URBANIZADO
Muito Alto
URBANIZADO
Alto
Médio
BAIXA
URBANIZAÇÃO
Baixo
Muito Baixo
RURAL
RELAÇÃO ENTRE GRAU DE URBANIZAÇÃO E IDHM E SEUS COMPONENTES
Divulgação e monitoramento da Plataforma WEB
• Apresentações, capacitação e distribuição de material sobre o Atlas:
• SAF;
• MPOG (distribuição de material no Fórum Interconselhos);
• Participação em Audiência Pública na CINDRA da Câmara Federal.
• Novas análises:
• Compreender melhor aspectos regionais (análise da REGIC é insuficiente);
• Relação entre indicadores do Atlas (IDHM) e outros (corrupção).
• Monitoramento:
•
•
•
•
Correção de bugs e erros do sistema;
Defesa contra ataques (TI do IPEA);
Desenvolvimento de nova Plataforma, mais funcionalidades (ex.: gráficos);
Problemas com a base – correções propostas por pesquisadores e professores
universitários.
A imprensa e o Atlas do Desenvolvimento Humano
/Cidades
Desigualdade de renda cai em 80% dos municípios do Brasil em uma década
Entre 2000 e 2010, rendimento dos 20% mais pobres cresceu mais rapidamente do que o dos 10%
mais ricos em quatro de cada cinco cidades do País;; nos dez anos anteriores, a desigualdade
medida pelo índice de Gini havia crescido em 58% das cidades
03 de agosto de 2013 | 22h 12
José Roberto de Toledo e Amanda Rossi -­ O Estado de S. Paulo
De 2000 a 2010 aconteceu algo inédito no Brasil: em 80% dos municípios, a
desigualdade de renda entre seus habitantes diminuiu. O fato é ainda mais relevante
porque reverteu uma tendência histórica. Na década anterior, a desigualdade medida
pelo índice de Gini aumentara em 58% das cidades brasileiras.
A maior queda da desigualdade aconteceu numa cidadezinha do interior de São Paulo.
No extremo oeste, perto de Presidente Prudente, Emilianópolis viu seu índice de Gini
cair pela metade, de 0,76 para 0,38 em 2010. A escala varia de zero a 1. Se os 3 mil
emilianopolenses ganhassem igual, o índice seria 0. Se um deles concentrasse toda a
renda da cidade, o Gini seria 1.
Emilianópolis é um bom exemplo, uma vez que as condições em que se deu a redução da
desigualdade são representativas do que aconteceu em outros 4.431 municípios
brasileiros. O Gini da cidade crescera nos anos 1990, de 0,43 para 0,76. A reversão na
década seguinte ocorreu com o enriquecimento da população em geral: a renda do
emilianopolense foi de R$ 373 para R$ 585.
Na maior parte do Brasil foi igual. De 2000 a 2010, o rendimento domiciliar per capita
cresceu 63% acima da inflação, na média dos 5.565 municípios. Foi um enriquecimento
mais intenso do que nos dez anos anteriores, quando o ganho havia sido de 51%.
Isso é importante porque uma forma perversa de reduzir a desigualdade é via
empobrecimento geral. Se os ricos perdem mais do que os pobres, a desigualdade
também cai. Foi o que aconteceu em grande parte do Brasil nos anos 1980, por causa da
recessão.
Nos dez anos seguintes, o alto desemprego comprometeu o salário dos trabalhadores e a
renda voltou a se concentrar no topo da pirâmide. O índice de Gini do País cresceu, e a
desigualdade aumentou em 58% dos municípios brasileiros.
Partilha do bolo. É o oposto do que aconteceu em 80% dos municípios do Brasil na
década passada. Nos anos 2000, houve redistribuição da renda simultânea ao
crescimento. O bolo aumentou para todos, mas a fatia dos pobres cresceu mais, em
comparação à dos ricos.
Em quase todo lugar, os ricos não ficaram mais pobres. Ao contrário. Mesmo
descontando-se a inflação, o rendimento médio dos 10% mais ricos de cada município
cresceu 60%, na média de todos os municípios ao longo da década passada.
A desigualdade caiu porque a renda dos 20% mais pobres de cada município cresceu
A imprensa e o Atlas do Desenvolvimento Humano
RELAÇÃO ENTRE GRAU DE URBANIZAÇÃO E IDHM E SEUS COMPONENTES
O Atlas Metropolitano: articulações institucionais
• Desenvolvido para as RMs participantes do projeto “Governança
Metropolitana no Brasil”, no âmbito da Rede IPEA.
• RIDE DF, RMs de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre,
Curitiba, Vitória, Salvador, Recife, Natal, Fortaleza, São Luís, Belém, Manaus,
Goiânia e Cuiabá.
• Publicação do livro “40 Anos de Regiões Metropolitanas no Brasil”.
• Participação na revisão do substitutivo do Estatuto da Metrópole.
• Articulado à construção do Indicador de Vulnerabilidade Social (bloco
do Atlas do Desenvolvimento Humano).
• Indicador municipal e intrametropolitano.
• Desenvolvido em parceria com Fundação Seade, Fundação Ceperj, Fundação
João Pinheiro, Ipardes, Idesp, SEI/BA e PNUD.
RELAÇÃO ENTRE GRAU DE URBANIZAÇÃO E IDHM E SEUS COMPONENTES
A Proposta do Atlas Metropolitano
• Proposta:
• Construção de recorte territorial (e nova área de ponderação) para as 16 RMs
participantes: Unidades de Desenvolvimento Humano:
• Maior homogeneidade socioeconômica;
• Identidade sócio-urbanística.
• Apresentação de TODAS as variáveis do Atlas do DH no Brasil na Plataforma
WEB em sua nova versão (consulta por UDH e por RM).
• Perfis para cada UDH e para cada RM.
• Consulta por UDH e por RM.
• Lançamento (previsão): março/2014.
Para maiores informações, consulte a plataforma WEB do
Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil em:
www.atlasbrasil.org.br
Marco Aurélio Costa
Coordenador do Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil (IPEA)
Coordenador da Rede IPEA
Assessoria da Presidência do IPEA
[email protected]
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Apresentação do PowerPoint