EGITO Passado e Presente Antigo Egito foi uma civilização da antiguidade oriental do Norte da África, concentrada ao longo ao curso inferior do rio Nilo, no que é hoje é o país moderno Egito. Era parte de um complexo de civilizações, as Civilizações do Vale do Nilo, dos quais as regiões ao sul do Egito (hoje no Sudão, Eritreia, Etiópia e Somália) são uma parte. Tinha como fronteira a norte o Mar Mediterrâneo, a oeste o deserto da Líbia, a leste o deserto da Arábia e a sul a primeira catarata do rio Nilo. Pirâmides de Guiza (ou Gizé), um dos monumentos mais emblemáticos do Antigo Egito O CRESCENTE FÉRTIL A coroa era um dos principais símbolos do faraó. Antes da unificação, o soberano do Alto Egito utilizava a coroa branca; a coroa vermelha era usada no Baixo Egito. Quando o Egito passou a ser governado por um único soberano, o faraó, a coroa tornou-se dupla : vermelha e branca, simbolizando a união dos dois reinos. Ao comandar suas tropas na guerra, o faraó usava a coroa azul. Unificação do Egito Por volta do ano 3200 a .C., o rei Menés, do Alto Egito (no vale do Nilo), conquistou o Baixo Egito (no delta do Nilo), unificando os dois reinos. Menés tornou-se então o primeiro faraó (nome que se dava ao rei entre os egípcios) e o fundador da primeira dinastia (sucessão de reis pertencentes a uma mesma família). FORMAÇÃO DO ESTADO Nomos: conjunto de pequenas aldeias. Linha do Tempo – Egito Antigo ANTIGO IMPÉRIO: centralização do governo, sistema administrativo eficiente, construção das pirâmides Quéops, Miquerinos e Quéfren; defesa das fronteiras, expansão territorial, expedições comerciais. Diversos problemas internos causa o fim desse período: diminuição das enchentes do Nilo, fome, pestes, gastos do Estado e revoltas sociais. MÉDIO IMPÉRIO: reunificação do Egito pelos reis da cidade de Tebas, que cultuavam o deus Amon (Rá, Amon-Rá). Atenção militar para as fronteiras do sul, na região do deserto da Núbia, gerando uma expansão territorial. Anexação do povo hebreu. Derrotados pelos hicsos (príncipes do deserto). Esses guerreiros usavam cavalos e carros de guerra e armas mais resistentes, desconhecidas pelos egípcios. NOVO IMPÉRIO: Expulsão do hicsos, fronteiras se expandiram para o norte e sul. Período de força militar, maior intercambio cultural e comercial. FIM DO IMPÉRIO: Dominação pelos estrangeiros: assírios, persas, gregos da Macedônia e romanos. ANTIGO IMPÉRIO: Durante a maior parte deste longo período, os faraós conseguiram impor sua autoridade ao reino e, auxiliados por seus funcionários, coordenaram a construção de grandes obras públicas, entre elas as pirâmides de Quéops, Quéfren e Miquerinos. MÉDIO IMPÉRIO: Neste período os egípcios expandiram seu território em direção ao Sul, conquistando a Núbia, região rica em minerais, entre os quais o ouro. Apesar da prosperidade material, o reino continuou envolvido em guerras e revoltas internas que o enfraqueceram. Isso encorajou os hicsos, povo originário da Ásia Central, a atravessarem o deserto e invadir o Egito, conquistando-o. A vitória dos hicsos deveu-se ao uso de cavalos e carros de combate, desconhecidos pelos egípcios. O domínio dos hicsos em território egípcio durou mais de 150 anos. NOVO IMPÉRIO: Este período inicia-se com a expulsão dos hicsos. Amósis, o líder militar da luta contra o invasor, inaugurou uma nova dinastia. Os faraós do Novo Império organizaram um poderoso exército com cavalaria e carros de combate e adotaram uma política expansionista. Pela força, reconquistaram a Núbia, ocuparam a Síria, a Fenícia e a Palestina e estenderam seus domínios até o rio Eufrates. Depois de efetuar estas conquistas, o governo egípcio passou a exigir pesados impostos dos povos dominados. Essa situação provocou revoltas sociais dentro do Egito, o que, somado às sublevações dos povos conquistados contra a cobrança de impostos abusivos, acabou debilitando o poder do faraó. A partir do século VIII a.C., o Egito foi sucessivamente invadido por núbios, assírios e persas, até que, em 332 a.C. foi conquistado por Alexandre, o Grande, da Macedonia. Sociedade VIZIR: A maior autoridade depois do faraó. Cabia a ele tomar decisões jurídicas, administrativas e financeiras em nome do faraó. NOBRES: Descendentes das famílias mais importantes dos antigos nomos cuidavam da administração das províncias ou ocupavam os postos mais altos do exército. SACERDOTES: detinham muito poder, administravam todos os bens que os fiéis e o próprio Estado ofereciam aos deuses e tinham muita influência junto ao faraó. Enriqueciam porque ficavam com parte das oferendas feitas pela população aos deuses, além de serem dispensados do pagamento de impostos. ESCRIBAS: os que dominavam a difícil escrita egípcia, encarregavam-se da cobrança dos impostos, da organização das leis e dos decretos e da fiscalização da atividade econômica em geral. SOLDADOS: nunca atingiam os postos de comando, pois estes eram reservados à nobreza.Eles viviam dos produtos recebidos como pagamento e dos saques que podiam realizar durante as guerras de conquista. ARTESÃOS: exerciam as mais diversas profissões. Trabalhavam como pedreiros, carpinteiros, desenhistas, escultores, pintores, tecelões, ourives, etc. Muitas de suas atividades eram realizadas nas grandes obras públicas (templos, túmulos, palácios, etc.). CAMPONESES: chamados no Egito de felás, constituíam a imensa maioria da população. Trabalhavam nas propriedades do faraó e dos sacerdotes e tinham o direito de conservar para si apenas uma pequena parte dos produtos colhidos. Eram também obrigados a trabalhar na construção de obras públicas grandiosas, como abertura de estradas, limpeza de canais, transportes de pedras necessárias às grandes obras, como túmulos, templos e palácios. ESCRAVOS: geralmente estrangeiros e prisioneiros de guerra, também compunham a base da sociedade. Trabalhavam, principalmente, nas minas e pedreiras do Estado, nas terras reais e nos templos. Muitas vezes faziam parte do exército em época de guerra e eram utilizados como escravos domésticos . Economia Egípcia -Agricultura -Pecuária -Comércio -Servidão coletiva (construções de Pirâmides, Esfinges e Mastabas) COMÉRCIO O Império Antigo é caracterizado por um crescente comércio com o Líbano, Palestina, Mesopotâmia e Punt, assim como por expedições comerciais para exploração mineral nas minas do Sinai e Mar Vermelho (Deserto Oriental) e por campanhas militares contra núbios e líbios. Com suas campanhas militares e comerciais o Egito além de criar acampamentos estratégicos também adquiriu ouro, cobre, turquesa, madeira de cedro, mirra, malaquita e electrum. Sob Sahuré, com o crescente comércio, foi criada a primeira frota marítima egípcia. CLEÓPATRA O Egito tornou-se uma província do Império Romano em 30 a.C., após a derrota de Marco Aurélio e Cleópatra VII por Otaviano (posterior o imperador Augusto) na Batalha de Actium. Os romanos dependiam fortemente das remessas de grãos do Egito, e o exército romano, sob o controle de um prefeito nomeado pelo imperador, reprimiu revoltas, aplicando estritamente a cobrança de pesados impostos, e impediu os ataques de bandidos, que havia se tornado um problema notório durante o período. Alexandria se tornou um centro cada vez mais importante na rota de comércio com o Oriente, como luxos exóticos que estavam em alta demanda em Roma. Cleópatra REVISANDO! Economia Agricultura de regadio (diques e canais) Servidão Coletiva Cobrança de Impostos Sociedade FARAÓ Ministros e sacerdotes Escribas e demais funcionários públicos Camponeses servos Escravos • • Política Poder Centralizado – Faraó Teocrática (religião + poder político) MESOPOTÂMIA REINOS DA MESOPOTÂMIA •Sumérios •Acádios •Babilônicos (Amoritas) •Assírios •Caldeus (Neobabilônicos) SUMÉRIOS 3500 ac – 1900 aC •Cidades-Estado : Ur, Uruk, Lagash, Nipur •Escrita : Cuneiforme BABILÔNICOS 1900 aC – 1600 aC Código de Hamurábi (282 artigos) ASSÍRIOS 1200 aC – 612 aC •Agressivos e Militares •Destroem 10 tribos de Israel (722 aC) •Assurbanipal e Senaqueribe CALDEUS 625 aC – 539 aC •Neobabilônicos •Cativeiro Hebreu na Babilônia (587 aC) •Dominação Persa •Nabucodonosor Civilização Mesopotâmica: História Política Sumérios ( ca.3000-2.550 a.C.) •Ocupação da Baixa e Média Mesopotâmica (Caldéia, centro-sul); •Organização de cidades-estados politicamente independentes: Ur, Uruk, Nippur, Lagash; •Patesi: do poder político, militar e religioso; •Classes dominantes: sacerdotes e burocracia administrativa; •Fim da autonomia das cidades sumérias:invasão dos cotidianos. Acádios (ca. 2550 a.C.) •Conquista e civilização política das cidades sumérias; •Absorção e síntese da cultura suméria; •Império Acádio-sumeriano: Sargão I; •Curta duração: revoltas dos sumérios e invasões estrangeiras (gutis, elemitas, amoritas) Amoritas (ca. 2000-1750 a.C.) •Hamurabi, Rei da Babilônia: conquista militar e domínio político da mesopotâmia; •Formação do primeiro império Babilônico; •Criação do mais antigo sistema de leis escritas (Código de Hamurabi); •Declínio: morte de Hamurabi,fragmentação política e invasões estrangeiras (cassitas, hititas, assírios) Assírios (ca. 1300-612 a.C.) •Origem: Assur, Alta Mesopotâmia (norte), ponto de passagem entre a Ásia e o mediterrâneo ; •Constantes conflitos e invasões estrangeiras: espírito guerreiro; •Império Assírio: Conquista da Mesopotâmia e expansão territorial (Armênia,Síria,Fenícia,Palestina,Egito); •Estado militarista: extrema violência, cobrança de tributos e escravização dos povos conquistados; •Enfraquecimento Político: rebeliões nas áreas dominadas; •Fim do império Assírio: Vitória da aliança entre medos e caldeus. Caldeus (ca. 612-539 a.C) •Conquista do Império Assírio e formação do Segundo Império Babilônico; •Babilônia: centro político, comercial, e cultural; •Nabuconosor: auge do império (expansão territorial e grandes construções); Estrutura Social Rei Gov.Local (Patesi) Sacerdotes Camponeses Guerreiros Artesãos Escravos Comerciantes Mesopotâmia, região entre rios Rio Eufrates Rio Tigre Muito do que consideramos natural no mundo moderno tem suas origens nessa civilização: os alimentos, os tijolos para a construção, os veículos de rodas e a utilização da linguagem escrita. Chamadas de sociedades hidráulicas, as civilizações da Mesopotâmia fizeram uso de técnicas de engenharia para aproveitar os recursos fluviais. Cultura •Religião Politeísta •Astrologia e Horóscopo (12 Signos) •Matemática •Semana de 7 dias •Posição do Número •Divisão do dia em H, M e S •Divisão do Círculo em 360º •Multiplicação •Templos, Palácios e Zigurates Religião politeísta: deuses representados com a forma humana, simbolizavam as forças da natureza e dos astros do céu. Os deuses eram exigentes e temíveis. Os mesopotâmicos não se preocupavam com a vida além-túmulo. Arquitetura: devido a ausência de pedras, empregaram tijolos de barro. Restaram apenas vestígios e alguns Zigurates. Ruínas do Palácio de Nabucodonosor (Caldeu FENÍCIOS Os fenícios se instalaram na região do Mediterrâneo por volta de 3000 a.C., onde hoje é o Líbano e parte da Síria. Eram organizados em cidades-estados independentes, ou seja, cada cidade-estado tomava as suas próprias decisões. Assim, era comum a rivalidade entre elas. O desenvolvimento comercial era um fator que indicava maior ou menor supremacia entre as cidades. Pois, uma cidade-estado cujo comércio era mais desenvolvido tinha mais recursos sobre as outras e, portanto, maior poder de dominação. Três cidades-estados se sobressaíram: Biblos (2500 a.C.), Sidon (1500-1300 a.C.) e Tiro(séculos XII a VI a.C). Durante o apogeu da cidade de Tiro, os fenícios atingiram o norte da África, fundando Cartago, passando pelo sul de onde hoje é a Itália, península ibérica, França e Ilhas Britânicas. Como se pode perceber os fenícios expandiram muito o seu domínio em busca de novas áreas de comércio. Para que o intenso comércio ganhasse agilidade e eficiência era necessário uma forma escrita menos complexa que os hieróglifos. Assim, os fenícios inventaram o alfabeto, com 22 letras que mais tarde foi incorporado pelos gregos e romanos. Os romanos por sua vez criaram o latim e este deu origem a diversas outras línguas, como a nossa língua portuguesa. O declínio de Tiro e dos fenícios de forma geral deu-se pela concorrência com os gregos e cartagineses (é sempre bom lembrar que apesar de estudarmos separadamente as civilizações, muitas delas conviveram e interagiram umas com as outras). Escrita com alfabeto fenício. 900 a.C. encontrada na Itália HEBREUS Os hebreus tiveram a sua origem na Mesopotâmia e emigraram para a região da Palestina, onde se localiza a parte atual do estado de Israel. Uma das principais fontes para se conhecer a história desse povo é o Antigo Testamento (primeira parte da Bíblia). Os cinco primeiros livros constituem o Torá, texto sagrado no qual os hebreus (futuramente chamados de judeus) regem as suas vidas. É importante ressaltar que a Bíblia, apesar de ser um documento histórico não é um livro de história e sim um livro sagrado. Em 2000 a.C, os hebreus habitavam a região de Ur (atual Iraque). Organizavam-se em clãs familiares liderados pelos patriarcas. Porém, segundo a tradição, por volta de 1800 a.C, Abraão teria ouvido uma mensagem divina pedindo que ele conduzisse seu povo à Terra Prometida (Cannaã, na Palestina) Por volta de 1700 a.C, muitos hebreus migraram para o Egito devido à uma grande fome e lá foram escravizados por muitos faraós. Moisés os conduziu à liberdade, fazendo a travessia do mar Vermelho e andando pela península do Sinai, onde recebeu as Tábuas da Lei com as inscrições sobre os Dez Mandamentos, que deveriam ser seguidos pelo povo hebreu. Dentre eles encontram-se a proibição de matar e a proibição de adorar outro deus que não fosse Javé. Os hebreus foram um dos primeiros povos de caráter monoteísta(adoração a um só deus), influenciando a cultura ocidental. João Zeferino Costa, Moisés recebendo as tábuas da lei, 1868. Após quarenta anos no deserto, os hebreus chegaram à Palestina, segundo a Bíblia. Organizaram-se de acordo com o seu costume em clãs, porém por perigo de invasões foram obrigados a unirem-se em um governo centralizado. O primeiro rei foi Saul, seguido de David e mais tarde Salomão. Este foi responsável pelo período de apogeu do povo hebraico, pois tornaram-se importantes comerciantes, distribuindo mercadorias de outros povos. Após a morte de Salomão, houve uma nova divisão do povo hebreu entre as tribos do norte e do sul. Estes fundaram o reino de Judá, com capital em Jerusalém e aqueles fundaram o reino de Israel com capital em Semaria. A divisão enfraqueceu os hebreus, que foram dominados pelos assírios sob o comando de Nabucodonosor e levados ao cativeiro para a Babilônia, por volta de 587 a.C. Somente em 538 a.C., quando o rei persa Ciro dominou a Babilônia, os hebreus tiveram autorização para regressarem a Judá. Porém ainda enfrentaram domínio macedônico e romano. Os romanos, no primeiro século cristão, destruíam o templo de Jerusalém e os hebreus se dispersaram pelo mundo, mas mantiveram os seus costumes religiosos e forte identidade cultural mesmo sem um território. Apenas em 1948 foi criado o Estado de Israel com o propósito de abrigar os judeus após as perseguições e crimes cometidos contra eles. A criação do Estado de Israel ainda gera vários conflitos até hoje entre judeus e árabes palestinos, mas isso é história para outro post. PERSAS O Império Persa dominou a Mesopotâmia no século VI a.C. sob o comando de Ciro, que em apenas vinte anos estendeu o seu domínio pela Ásia Menor e Babilônia. Os imperadores seguintes atingiram o norte da África, as margens do rio Danúbio e as margens do rio Indo. Os persas eram um povo com técnicas militares muito eficientes. Organizavam-se em satrapias, espécies de províncias, que respondiam diretamente ao rei, mas tinham grande liberdade de ação. Além disso, os povos dominados se aceitassem a dominação, é claro, tinham as tradições locais respeitadas. Essa forma de administração foi muito eficiente para conseguir sustentar um império tão vasto. Baixo relevo de guerreiros persas na cidade de Persépolis. Os persas também construíram a Estrada Real com mais de 2000 km, facilitando a comunicação entres as satrapias e o deslocamento de tropas e caravanas. No século VII a.C., Zoroastro fundou uma religião que chegou até nós através dos escritos no livro Zend-Avesta. Esta religião defendia o princípio dualista, ou seja, uma disputa entre opostos extremos como o bem e o mal, a luz e a escuridão. Os persas rejeitavam sacrifícios de sangue e o politeísmo, já que para eles aqueles que seguissem o bem haveriam de ter recompensa futura. O gigantesco Império Persa não conseguiu dominar os gregos e foram sucumbidos diante do império macedônico, liderado por Alexandre, o Grande, em 330 a.C. Apesar de terem sido dominados, a forma de dominação persa e as bases de sua administração foram incorporadas pelo império macedônico.