Problemas de trânsito na Roma
antiga
A exemplo das capitais modernas, Roma
antiga já sofria enormes
congestionamentos. Tanto assim que
César, o curator viarum, ou seja, o diretor
de trânsito da época, proibiu o trânsito de
carroças e carruagens em toda a cidade. As
carruagens só podiam circular após as três
da tarde. Exceção era feita para o
transporte de materiais dos templos dos
deuses, precaução bastante saudável,
aliás. Hoje em dia também abrimos
exceções para nossos deuses atuais, né?
Adivinhem o que aconteceu quando
implantaram essa regra? A mesma coisa
que em nossas cidades modernas. Os
veículos pesados passaram a rodar só à
noite.
Consequência: ninguém mais conseguia
dormir. O poeta Juvenal, lá no Século II,
reclamando do trânsito dos caminhões da
época, se queixava: “Só quem tem muito
dinheiro consegue dormir em Roma. O
problema é o trânsito das carroças que
passam por ruas estreitas e sinuosas e nos
rebanhos que param e fazem tanto barulho
que nem um peixe conseguiria dormir”.
Fonte: Por que dirigimos assim? Livro de
Tom Vanderbilt, traduzido por Cristina
Yamagami
Imagem de Cottage Home.
A maior faixa de pedestres
O enorme número de pedestres
atravessando a Rua Xavier de Toledo, perto
do Teatro Municipal em São Paulo,
justificou a pintura de uma faixa com 28
metros de largura. Até prova em contrário, é
a maior faixa de pedestres que existe.
História dos pedágios
•
• Na Inglaterra, os pedágios começaram a ser autorizados já em 1346. Embora os
colonizadores oriundos da Grã-Bretanha os conhecessem, o sistema somente foi
introduzido nos Estados Unidos após sua independência. Foi então que os
interesses comerciais das cidades em desenvolvimento passaram a requisitar mais
estradas, muitas das quais não podiam ser construídas e mantidas com os
orçamentos locais.
• A primeira estrada com pedágio na América foi autorizada por lei, na Virginia, em
1785, mas tinha sido construída com fundos governamentais. A primeira estrada a
ser totalmente construída e operada por empresas privadas foi a rodovia de
Lancaster em 1792, na Pennsylvania.
• A construção de estradas por particulares evoluiu rapidamente, e se olharmos um
mapa de 1825 dos estados do leste norte-americano vamos perceber que coincide
quase que totalmente com o desenho das estradas atual.
•
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Traduzido de www.answers.com
Foto Chicago Skyway Toll Bridge, de Ronnig. Encontra-se em www.flickr.com
• O trânsito e o arroz
• O Departamento de Trânsito de Washington
realizou uma experiência extremamente
didática. Mediu quanto tempo demorou para
que um kilo de arroz conseguisse passar por
um funil em duas situações diferentes.
• Na primeira, o arroz era despejado todo de uma vez na
boca do funil, enquanto que na segunda ele ia sendo
despejado suave e continuamente. Adivinhem qual foi
o resultado? Ao contrário do que muitos possam
imaginar, o primeiro método foi muito mais lento do
que o segundo. No último, o arroz demorou 27
segundos para ser escoado enquanto que no primeiro
foram necessários 40 segundos, quase 50% mais
demorado.
• Jogar violentamente o arroz só serviu para aumentar o
atrito entre os grãos e criar impedância à fluidez.
• O paralelo com o trânsito não é só figura de retórica.
Se o número de veículos que se permitir entrar numa
via for só um pouco inferior à sua capacidade, será
possível escoar no mesmo período de uma hora, por
exemplo, um número muito maior de veículos do que
se a demanda for superior à capacidade e se permitir
que acesse a via sem nenhum tipo de controle. Esse é o
princípio do ramp meter, muito utilizado em outros
países e do qual não temos nenhum operando no
Brasil. Aliás, nem nome para ele temos, ainda, por
aqui. Que tal moderador de acesso?
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