A vida política
Golpe da maioridade → Liberais;

Ministério dos Irmãos
D. Pedro II dissolveu a câmara e convocou novas eleições(1840)
Eleições do Cacete

Dificuldade de governar do liberais:
 Instabilidade no Sul;
 Oposição dos conservadores.
 Método violento nas eleições de 1840;

1841 - A volta do “regresso”
Centralização:
 Modificação do Código de Processo
Criminal.
 Oficiais da guarda nacional passaram a ser
nomeado pelo imperador (ou pelo
presidente de província);

Revoluções Liberais – 1842;

1844 – Ministério Liberal:
› 1844 – Tarifa Alves Branco.
› 1847 – Criação do cargo de Presidente do
Conselho de Ministros.
O poder vem de baixo para
cima
O poder vem de cima para
baixo
Rei/presidente
Primeiro ministro
ministério
Partidos (o que tiver maioria escolhe:)
Povo
Imperador
Presidente do conselho de ministro
Câmara
“Povo”
Conselho de ministros
Dissolver
Acordo entre as elites;
 Em cinqüenta anos – trinta e seis
gabinetes;
 1853: Honório Hermeto Carneiro de
Leão.

“ A Era da Conciliação”
(O Mequetrefe, 1878)
Analise a caricatura que mostra o imperador e os partidos Liberal e Conservador:
A situação representada na caricatura pode ser explicada
a) pela aprovação do Ato Adicional à Constituição imperial, que implantou medidas
autonomistas favoráveis ao Partido Liberal e ao Conservador, dominantes nas
províncias.
b) pela crise durante o Período Regencial, devido às várias rebeliões que questionaram a
autoridade do monarca e fizeram dele um mero joguete dos liberais e conservadores.
c) pelas divergências ideológicas entre os liberais e os conservadores, que permitiram a D.
Pedro II explorar as rivalidades entre esses partidos e colocar-se acima de todos.
d) pela implantação de um parlamentarismo singular que, ao invés de limitar o poder do
imperador, reforçava-o e garantia a alternância de liberais e conservadores no
ministério.
e) pelo controle das eleições pelo imperador, que exercia o Poder Moderador e,
portanto, impedia o acesso de liberais e conservadores aos cargos, nomeando apenas
pessoas de sua confiança.
“Ficou célebre uma frase atribuída ao político
pernambucano Holanda Cavalcanti:
–– Nada se assemelha mais a um saquarema’ do que um
‘luzia’ no poder.
‘Saquarema’, nos primeiros anos do Segundo Reinado, era o
apelido dos conservadores […] ‘Luzia’ era o apelido dos
liberais […] A idéia de indiferenciação dos partidos
parecia também confirmar-se pelo fato de ser freqüente
a passagem de políticos de um campo para o outro.”
1995, p. 180.
Fonte: FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo, Edusp,
O texto dá conta de algumas características das correntes
políticas que predominavam no Segundo Reinado (1840–
1889).
a) Identifique um aspecto comum e outro divergente entre
as correntes políticas mencionadas no texto.
b) Explique uma diferença entre a experiência
parlamentarista brasileira do Segundo Reinado e o
modelo liberal inglês da mesma época.
Ler e caracterizar a Revolução Praieira 1848.
 Ler páginas 56 a 60.

“Explique como o avanço da cultura
cafeeira através do lado paulista do Vale
do Paraíba, a partir da segunda metade
do século XIX, veio criar condições para o
início da industrialização no Brasil,
pioneiramente no Estado de São Paulo.”
(Página 76 exercício 48)
O Brasil é o café
Entrou no Brasil pelo Pará por volta de
1727;
 Chegou no Rio de Janeiro em 1760;
 Cultivado primeiramente entre outras
culturas para o consumo interno.
 Desenvolveu-se primeiramente no Vale
do Paraíba para depois expandir-se
para o Oeste Paulista.


Vale do Paraíba:
 Clima favorável;
 Terra virgem;
 Proximidade do porto do Rio de Janeiro;
Plantations;
 Cultura extensiva;
 Técnicas rudimentares – no Vale.

Mercado interno – insuficiente para
absorver uma produção de larga
escala.
OBS.: “O avanço da produção caminhou
lado a lado com a ampliação do hábito
de consumir café entre a classe média
cada vez mais numerosa nos Estados
Unidos e nos países da Europa.”
Boris Fausto






Barões do Café;
Mão de obra escrava;
Produção extensiva – desgaste do solo;
Auge do Café – 1850;
Técnicas rudimentares;
 Enxada e Foice – o arado só foi utilizado por volta
de 1870 nas novas zonas de São Paulo;
 Monjolos;
 Transporte feito por tropas de burros.

Lei Eusébio de Queiroz e a Lei de terras –
atrapalharam o desenvolvimento da Região.

O “Oeste” paulista.
 Contou com o esgotamento do Vale;
 Terra “roxa”;
 Foi beneficiado pela modernização;
• Arado;
• Despolpador;
• Ferrovias;
 Mão de obra imigrante;

As perspectivas de uma industrialização
no Brasil, até então, sempre foram
obstacularizadas.
• Alvará de 1785;
• Tratados de 1810;

Segundo reinado – primeiro surto
industrial brasileiro.

Fatores que contribuíram para o surto
industrial do Segundo Reinado.
 Capitais oriundos do café;
 Tarifa Alves Branco (1844);
 Lei Eusébio de Queiroz (1850);
 Elevação da receita do governo →
investimento em infra-estrutura;

Barão de Mauá.
Falta de uma mão de obra urbana
numerosa;
 Exigüidade do mercado interno;
 Pressões internacionais;
 Mentalidade;

Assegurar a hegemonia brasileira na
América do Sul;
 Subserviência menor perante a
Inglaterra;


A relação com a Inglaterra:
› Antes do Segundo Reinado:
 Dependência da (antiga) metrópole;
 Período Joanino – aumentou a dependência.
 Tratado de 1810;
 Renovação dos tratados (1810) para
reconhecimento da independência e
empréstimos;
Brasil nasce atrelado aos interesses ingleses.
 1831 – “Lei para inglês ver”.

A relação com a Inglaterra:
› Segundo Reinado:
 Lucros do café e maior disponibilidade de $
nas mãos da monarquia → Diminui a
dependência econômica perante aos ingleses.
 1844 - Tarifa Alves Branco;
 1845 – Bill Aberdeen.

A relação com a Inglaterra:
› A Questão Christie – 1863;
 1861 – Prince of Walles naufraga no RS;
 1862 – prisão de três marinheiros (bêbados e em
trajes civis);
 1863 – parecer do rei da Bélgica: ganho de causa
para o Brasil.
 1865 – Governo inglês pede desculpas formais ao
governo brasileiro;
Brasil
Região
do Prata
(Rio do
Prata)
Intervenção
Intervenção
Uruguai
Argentina
Conflito
Data
Países
envolvidos
Resultado
Guerra da
Cisplatina
1825 - 1828
Brasil, Uruguai e
Argentina
Independência
da província
cisplatina com o
nome de
República
Oriental do
Uruguai.
Guerra contra
Oribe (Uruguai)
e Rosas
(Argentina)
1850 -1852
Brasil (a favor de
Rivera no
Uruguai),
Argentina(a
favor de Oribe)
O Brasil obteve
o apoio de
Urquiza derrotou
a aliança OribeRosas.
Luta contra
Aguirre
(Uruguai)
1864 - 1865
Brasil contra o
Uruguai,
governado por
Aguirre, que
obteve apoio
de Solano Lopéz
(Paraguai)
Derrotou Aguirre
e afirmação do
poderio
brasileiro no
Prata.





Intervenção de 1850:
Oribe e Rosas – recriação do Vice Reino da Prata.
Oribe chegou ao poder com apoio da Argentina
(1850).
Brasil rompeu relações com a Argentina e aliou-se a
Urquiza (1850);
Batalha de Monte Caseros (1852) – Vitória brasileira
sobre a Argentina: Livre navegação dos rios da
Bacia do Prata.
• Entrou no poder com apoio do Brasil o Urquiza.

5 mil homens ocuparam Montevidéu (1852)
• O Brasil coloca no poder o colorado Frutuoso Rivera;





Intervenção em 1864:
Atanásio Cruz Aguirre (Blanco) chegou
ao poder em 1863;
Aguirre buscou apoio no Paraguai de
Solano Lopéz (pretensões expansionista);
Brasil invade o Uruguai depondo Aguirre
e colocando em seu lugar Venâncio
Flores;
Aumentou a tensão entre Brasil e
Paraguai.
Manuel Oribe
Manuel Rosas
Frutuoso Rivera
Atanásio Aguirre
Solano Lopéz
Venâncio Flores


O Paraguai:
José Gaspar Francia –”EL Supremo”(1814 -1840):
• Isolamento;
• Expropriou terras da igreja e de uma parte da elite →
Estâncias da Pátria.
• Trocas em espécie.
• “ninguém entra e ninguém sai”.

Carlos Antônio López (1840 – 1862):
• Procurou romper o isolamento do país.
• Instalou uma ferrovia;
• Recrutou técnicos europeus para modernizar o país;

Francisco Solano López (1862 – 1870).
• “O Paraguai Maior”

As várias versões da guerras CONTRA o
Paraguai;
OBS.: A História é um trabalho de criação
que pode servir a vários fins.
América espanhola: A Guerra da Tríplice
Aliança;
 Versão tradicional da historiografia
brasileira:

› Conflito é resultado da megalomania e dos
planos expansionistas de Solano López.
› Membros das forças armadas encaram
episódios da guerra como exemplos da
capacidade militar brasileira – exaltando os
feitos de Tamandaré, Osório e principalmente
Caxias.
› Olhar com desdém para a figura sisuda do
barbudo Solano López.

Historiografia paraguaia:
› O conflito é visto como uma agressão de
vizinhos poderosos a um pequeno país
independente.
› As nações vizinhas seriam responsáveis pela
“estagnação” do país;

Historiografia de esquerda a partir de
1960 (León Pomer):
› O conflito teria sido fomentado pelo
imperialismo inglês.

Últimos anos – versão menos ideológica,
mais coerente e bem apoiada em
documentos (Francisco Doratioto e Ricardo
Salles)
› Concentra a atenção nas relações entre os
países envolvidos;
› Entender cada país a partir de sua fisionomia
própria, sem negar a grande influência do
capitalismo inglês;
› Chama a atenção para o processo de
formação dos Estados Nacionais da América
Latina e da luta entre eles para assumir uma
posição dominante.

“ ‘A Guerra do Paraguai’ (em verdade, a
Guerra contra o Paraguai) foi uma chacina
em larga escala, uma hecatombe
demográfica, um genocídio, sobretudo no
final, com a dizimação do que restou do
exército paraguaio, formado por crianças.”
(Carlos Guilherme Mota e Adriana Lopez; História do Brasil, uma interpretação)


A população do Paraguai foi reduzida de 600
mil para 200 mil pessoas.
Praticas
criminosas
brasileiras
–
envenenamento das águas potáveis para
matar a população civil.

Morte de 99% da população
economicamente ativa
Atraso econômico paraguaio
Crise econômica;
 Aceleração do declínio do escravismo;
 Descontentamento militar (politização
do exército);

Monarquia
Fim da escravidão
questão religiosa
questão militar

O Fim da escravidão.
 Pressão de parte da sociedade;
 Fuga, rebeldia e aquilombamento por
parte dos escravos;
 Os barões do café de São Paulo, os
paulistas caifazes, são abolicionistas;
 Processual - através de leis:
 1871 – lei do ventre livre;
 1885 – lei do sexagenário;
 1888 – Lei Áurea.

Com a Lei Áurea e a abolição da escravidão o Império
perde o apoio dos barões do café escravistas cariocas,
perdendo assim o alicerce social que o apoiava, isto é,
perde o último sustentáculo de apoio da Monarquia e
conseqüentemente esta cai. São os chamados republicanos
de última hora;

OBS.: Não se politizou a discussão do abolicionismo com o
povo, não se apresentou o plano de inserção social;

Setores urbanos, comerciais, industriais vindos da Era Mauá
apoiavam a República, então, cresceu o movimento e se
expandiu as idéias republicanas e abolicionistas, a
Monarquia passou a ser mau vista, indesejada

Conflito entre o Estado e a SICAR;

Em 1824 superioridade do Estado em relação a SICAR –
segundo a constituição de 1824:
 Padroado: é o direito que o imperador tinha de escolher
os bispos do Brasil;

Durante o segundo Reinado foi criado o beneplácito:
toda decisão papal só será cumprida com o aval do
rei, D. Pedro II.

Em 1864 o papa Pio IX, na Bula Syllabus proíbe a
maçonaria no Brasil, ou seja, o papado proibiu as
relações de católicos e irmandades com os maçons,
proibiu os maçons de freqüentarem a Igreja;
D. Pedro II não dá o Beneplácito para essa Bula e
prevê penas para os padres e bispos que adotarem e
cumprirem essa medida;
 Os bispos de Olinda (Dom Vital de Oliveira) e de Recife
(Antônio de Macedo) descumprem a ordem do Estado
e são presos e condenados. Posteriormente acabam
perdoados;
 A Igreja passa a colocar o povo contra o Estado,
contra D. Pedro II;
 OBS.: O povo assiste, mas dá apoio à SICAR. A
sociedade com medo de estar contra Deus, contra a
igreja, com medo de ser excomungada se coloca ao
lado da SICAR. O povo não chega a destruir a base do
Estado pois o apoio do povo é “surdo”, ou seja, o povo
está com a Igreja mas não está contra o Estado.

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O segundo Reinado2