TRABALHO DE PESQUISA SOBRE AS SERPENTES As serpentes são répteis que, possuindo esqueleto interno, pertencem ao grupo dos animais vertebrados. O esqueleto das serpentes é constituído apenas pelo crânio, maxilares, coluna vertebral e costelas. A coluna vertebral possui entre 200 a 400 vértebras. A sua pele é coberta por escamas, que podem ser lisas ou granulares. A muda da pele ocorre duas vezes por ano, e durante os 15 dias anteriores, a serpente não se alimenta. MUDA DE PELE A visão das serpentes é pouco apurada, no entanto conseguem detetar o movimento. Como não possuem orelhas externas, a sua audição apenas consegue detetar vibrações. O habitat das serpentes são os bosques, nos lugares pedregosos revestidos de silvas, onde podem facilmente encontrar abrigos, já que não suportam uma exposição prolongada ao sol. No outono, recolhem-se em buracos, e passam o inverno em repouso. Todas as serpentes são carnívoras. Quando comem, não mastigam. Possuem uma mandíbula extremamente flexível. A maxila inferior está presa à superior por meio de um ligamento elástico que se distende para permitir a deglutição da presa por inteiro, permitindo-lhes devorar animais de grande porte. MORTE POR ENVENENAMENTO E MORTE POR CONSTRIÇÃO Algumas serpentes injetam veneno para atacarem ou para se defenderem, como é o caso das víboras. Outras, como os pitões e as jiboias, não possuindo veneno, capturam a presa com as maxilas e matam-na enrolando o corpo em volta dela e apertando-a. Isto provoca o rebentamento dos vasos sanguíneos da vítima que, não podendo respirar, acaba por morrer asfixiada (morte por constrição). Com uma só dentada, uma víbora com apenas algumas centenas de gramas pode matar um homem com um peso 150 vezes superior ao dela. O seu veneno provém das glândulas venenosas que se localizam logo acima dos dentes, e o veneno goteja por um canal existente no dente. Chamam-se dentes inoculadores. O veneno da víbora produz inchaço, paragem da coagulação do sangue, hemorragias internas e, por fim, a morte. No entanto, no caso do homem, nem sempre as mordeduras deste tipo de serpente são mortais. A víbora alimenta-se de pequenos roedores, de lagartos e de pequenas aves ainda no ninho. Tem, no entanto, um inimigo que a mata sem dificuldade. É a águiacobreira, que se alimenta quase exclusivamente de cobras e víboras. Ela imobiliza o réptil colocando-lhe as patas mesmo por detrás da cabeça e depois criva-o de bicadas. Come uma ou duas serpentes por dia. Águia-cobreira atacando uma víbora A víbora acasala na primavera ou no outono. Noventa dias depois, a fêmea traz ao mundo cerca de meia dúzia de pequenas víboras, que medem aproximadamente 15 cm de comprimento. A víbora é ovovivípara, uma vez que as suas crias nascem no momento da postura. Outro tipo de serpentes, de dimensões maiores, são os pitões e as jiboias. Estas cobras possuem dois pulmões, enquanto que em todas as outras espécies, o pulmão direito se apresenta fino e alongado como um tubo e o esquerdo não chega a desenvolver-se. Os pitões encontram-se em África, na Ásia e na Austrália, e as jiboias na América do Sul e em Madagáscar. Não sendo fácil distingui-los pela aparência, a diferença entre eles torna-se clara na época da reprodução: todas as espécies de pitões são ovíparas (ou seja, o embrião desenvolve-se à custa das substâncias do ovo e fora do organismo materno) enquanto que as jiboias são ovovivíparas (o embrião desenvolve-se à custa das reservas do ovo mas no interior do organismo materno). As maiores serpentes do mundo são o pitão-reticulado Python da Ásia e a anaconda, uma jiboia que vive nas margens dos rios da América do Sul. Estas duas espécies chegam a atingir os 10 metros de comprimento. Quanto aos meios de locomoção das serpentes, podemos distinguir quatro: 1. Ondulação lateral 2. Movimento de concertina (usado para trepar a árvores ou para atravessar pequenos túneis) 3. Locomoção retilínea (a serpente mantém-se em posição reta e impulsiona-se para a frente, como uma mola) 4. Movimento em zigue-zague (locomoção ondulatória para atravessar lama ou areia solta). TRABALHO FEITO POR: BENEDITA NÁPOLES MARÇO 2013