PRIMEIRO REINADO Após a independência do Brasil a monarquia foi escolhida para garantir a unidade territorial um reino “inteiro e contínuo”, através da Monarquia, como queria José Bonifácio, já que os projetos de república na América Espanhola acabaram por sua fragmentação. É importante frisar que a independência do Brasil se deu por um conjunto de interesses em sua maioria econômicos, e não por sentimentos patrióticos. Os latifundiários e grandes comerciantes do sudeste que formavam o partido Brasileiro foram os responsáveis por colocar e garantir D. Pedro I no trono, porém a independência não foi um processo pacífico e ordeiro como se pensa, o governo monárquico enfrentou diversas crises internas e revoltas violentas de norte a sul do país que muitas vezes só eram resolvidas com o uso da força e derramamento de sangue. A resistência maior a D. Pedro partiu de províncias do Maranhão; cisplatina; Pará, onde o povo, sem a ajuda dos grandes latifundiários, fez a independência levando D. Pedro a agir militarmente já que esse tipo de independência fugia dos interesses econômicos dos latifundiários e burocratas; e também na Bahia, onde havia muitos oficiais portugueses fies as cortes de Lisboa, em maio de 1823 essas tropas tomaram salvador, e somente em 2 de julho do mesmo ano houve a rendição, na Bahia esta é a data da independência. RECONHECIMENTO EXTERNO Com as províncias devidamente incorporadas, cabia ao Brasil ser reconhecido internacionalmente como país independente, o que se deu rapidamente por parte dos Estados Unidos, que tinham medo de intervenções européias que ameaçassem sua integridade territorial, por isso, através da Doutrina Monroe: América para os americanos, trataram logo de reconhecer o Brasil. Depois foi a vez da Inglaterra, que mesmo com receio de desagradar seu aliado português aceitou o Brasil após assinar o tratado de 1827 de retornar aos apenas 15% de imposto nos produtos ingleses, fazendo os capitalistas pularem de alegria com o novo país emergente. Em seguida se deu a aceitação do resto do mundo, inclusive para Portugal que aceitou uma indenização de mais ou menos dois milhões de libras esterlinas, justamente a quantia que devia para a Inglaterra. Como o Brasil não tinha da onde tirar o dinheiro para pagar a indenização para Portugal, o Brasil fez um grande empréstimo com os ingleses a custa de altos juros. Desta forma, o dinheiro voltava a mãos inglesas. A CONSTITUIÇAO DE 1824 (ANTIDEMOCRATICA) Primeiro foi feita a Constituição de 1823, dizia-se baseada no Iluminismo, mas foi apelidada de Constituição da mandioca devido ao voto vinculado ao voto masculino, alfabetizado e censitário (vinculado a renda, pelos alqueires de farinha produzidos). Esta constituição pretendia afastar o povo, mas também o Absolutismo ao limitar os poderes de D. Pedro, que não aceita, fecha a constituinte e Outorga uma nova constituição. A Constituição outorgada de 1824 mantinha o voto masculino e censitário, mas foi feita por pessoas escolhidas pelo Imperador, e nela foi criada o Poder Moderador, além dos outros 3 poderes: Poder Executivo – Imperador e seus ministros. Função administrativa. Poder Legislativo – Deputados (eleitos a cada 4 anos) e Senadores (vitalício). Função de elaborar Leis. Poder Judiciário - Tribunais e juízes. Fiscalizavam e aplicavam as Leis (os principais magistrados eram escolhidos pelo Imperador. Poder Moderador – Exercido somente pelo Imperador, tudo tinha de passar por ele. Dava-lhe o direito de intervir nos outros poderes, no exercito e na religião. CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR “[…] O PODER MODERADOR […] É A CHAVE NESTRA DA OPRESSÃO DA NAÇÃO BRASILEIRA” (FREI CANECA) Características: Crise economico-financeira em todo nordeste (queda dos preços do açucar) Altos impostos, alta dos preços de alimentos e alugueis Demissao do presidente de provincia em pernambuco o Monarca resolver dissolver a Assembléia constituinte a centralização que negava autonomia às províncias que viam no Rio de Janeiro e no Sudeste quase que uma nova metrópole Parte dos revoltados queriam o fim da escravidao com oFrei caneca, e outros não, o que enfraqueceu o movimento. A repressão do governo foi violenta e cruel, morte de inocentes e quima de casas. Os principais líderes foram enforcados ou fuzilados, o exercito de D. Pedro foi formado com emprestimos ingleses CRISE NA CISPLATINA Outro movimento reprimido a Ferro e fogo foi a guerra da cisplatina em 1825, que também envolvia a Argentina, era um movimento separatista que culminou na independência Uruguaia, durou três anos e esvaziou os cofres brasileiros que sofriam com os juros altos e concorrência nos principais produtos, mesmo com a ascendência do café nesta época. ABDICAÇÃO DE D. PEDRO I (7 DE ABRIL DE 1831) D. Pedro perdeu o apoio do povo brasileiro, sendo acusado de matar jornalistas que criticavam seu governo, suas viagens as provincias em busca de apoio foram em vão, ao voltar para o Rio foi recebido com festa pelos portugueses, mas os brasileiros revoltados entraram em brigas conhecidas como Noites das Garrafadas. Não pelas fofocas que envolviam o monarca, nem por incapacidade intelectual ou excessiva “mão de ferro”, D. Pedro abdicou devido a: Crise politica: aproximação do Imperador aos membros do Partido Português que queriam totais poderes ao monarca, fez um novo ministério com maioria desses membros, frente aos representantes do Partido Brasileiro que queriam limitações a soberania de D. Pedro. O povo foi as ruas exigindo a volta dos antigos ministros. Insatisfação dos latifundiários e grandes comerciantes devido ao acordo de D. Pedro com a Inglaterra de acabar com o trafico negreiro culminaram na abdicação do Imperador. crise econômica aliada aos privilégios dados aos comerciantes portugueses, balança comercial sempre negativa. falta de apoio militar, e popular devido a violência de seu governo. Estes fatores fizeram com que D. Pedro fosse governar Portugal, em crise de sucessão (lá ele se tornaria herói Liberal, e aqui ele era Absolutista opressor), deixando seu filho de cinco anos entregue aos cuidados de José Bonifácio, e o Brasil entregue aos Regentes. Fofoca Histórica: Que D. Pedro I era garanhão irremediável disto não há dúvidas. Que tinha uma penca de filhos por todo o Brasil Império também. A fofoca vem justamente do primeiro rebento do fanfarrão. Em seus tenros 15 anos… (sim o viril Rei foi pai numa idade em que você se divertia vendo Cavaleiros do Zodíaco) o então príncipe se apaixona por uma belíssima “atriz” francesa que excursionava em terras tupiniquins. A donzela porém nem dava bola pro rapaz. D. Pedro usa da maladrangem. Vende um cavalo árabe caríssimo do pai e compra a mais cara jóia do ourives mais badalado da época. O que se sucede é uma relação de troca. O famoso ditado infantil “se eu te dar o meu, você me dá o seu?” A mademoulselle não resiste à oferta. E o vigor sexual do rapaz deixa marcas. Como resultado o primeiro rebento de D. Pedro. Se é verdade? Dizem as más línguas que sim… A partir dos 16 anos, dom Pedro I adquiriu fama de amante insaciável. Os nobres portugueses e ricos brasileiros escondiam as filhas quando o príncipe passava. A primeira da série de incontáveis amantes foi a bailarina francesa Noémi Thierry, com quem ele teve um filho (natimorto), antes que a Corte enviasse a moça de volta a Paris. A grande paixão de sua vida, entretanto, foi Domitila de Castro, a qual o nobre deu o título de marquesa, além de quatro filhos. nome de batismo de Dom Pedro I é "Pedro de Alcântara Francisco Antônio João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon". Teve ao todo 18 filhos, 7 com Leopoldina, 1 com Amélia, 5 com a marquesa de Santos Domitila