As caraterísticas
da rede urbana
portuguesa
Rede urbana
Conjunto
de
aglomerações
e
respetivas áreas envolventes que,
integradas
num
determinado
quadro territorial, se encontram
ligadas entre si e a um centro
urbano
principal
por
relações
hierárquicas de dependência ou
complementaridade.
Caraterísticas segundo o INE, 2007
•
157 cidades: 139 no continente
- 7 na R.A. Madeira
- 5 na R.A. Açores
• Representam apenas 2% no território nacional;
• Concentram cerca de 4 milhões de habitantes;
• Densidade populacional média = 2 187 hab/km²;
•
50% da população nacional residia em apenas 14 cidades com mais de
50 mil habitantes;
•
Destas, apenas 7 possuem uma população acima dos 100 mil habitantes:
Lisboa, Porto, Vila Nova Gaia, Amadora, Braga, Coimbra, e Funchal.
Desequilíbrios da rede urbana nacional
•
Grande número de cidades de pequena dimensão (2/3 com menos de 20
mil habitantes);
•
Número reduzido de cidades de média dimensão (entre 50 e 100 mil
habitantes);
•
Duas cidades de grande dimensão (com mais de 100 mil habitantes) –
Lisboa e Porto – mas com uma grande diferença entre si;
Distribuição
portuguesas.
espacial
das
cidades
Desequilíbrios:
• Numa faixa litoral, quer Ocidental quer meridional, verificase uma elevada concentração de cidades e de população
urbana, em particular entre Setúbal e Viana do Castelo, com
destaque para as Áreas Metropolitanas de Lisboa e Porto;
• No interior assiste-se a um menor número de cidades e de
população urbana, desde o nordeste até ao interior do
Algarve, com exceção de alguns concelhos onde se
localizam algumas cidades de média dimensão como
Castelo Branco, Évora, Beja;
• Nas ilhas, as cidades cresceram a partir dos portos,
localizando-se todas junto à costa.
Distribuição espacial das cidades
portuguesas.
Litoralização:
Concentração da
população e das
atividades
económicas no litoral
Bipolarização:
Crescente
centralização do
desenvolvimento em
dois aglomerados
urbanos, baseada na
concentração da
população e das
atividades económicas
Em conclusão:
Desequilíbrios da rede urbana portuguesa:
•
Concentração de grande quantidade da população numa área urbana de
grande dimensão – Lisboa:
Macrocefalia: rede urbana caraterizada pela existência de uma cidade
que, pela sua dimensão (demográfica e funcional), domina um conjunto
de outras cidades de dimensão muito menor;
•
Domínio de duas maiores cidades – Lisboa e Porto:
Bimacrocefalia: rede urbana caraterizada pela existência de duas
cidades que, pela sua dimensão (demográfica e funcional), dominam um
conjunto de outras cidades de menor dimensão;
•
Domínio de cidades de pequena dimensão: 80% das cidades portuguesas
têm menos de 30 mil habitantes;
•
Quase ausência de cidades de média dimensão;
Hierarquia dos lugares de rede
•
Área de influência ou hinterland: áreas sobre as quais a cidade exerce a
sua ação, fornecendo bens e serviços, emprego e que atrai população.
Trata-se de um área que se encontra na dependência de um lugar central.
•
Lugar central: todo o lugar onde se exerce pelo menos uma função
central.
•
Função central: qualquer atividade económica, social e cultural que
assegure o fornecimento de bens centrais.
•
Bens centrais: produto ou serviço que se pode adquirir num lugar central.
•
Bens dispersos: produto ou serviço que é distribuído à população, como
≠
água e eletricidade que assegure o fornecimento de bens centrais.
Hierarquia dos lugares de rede
Os bens centrais podem ser divididos em:
•
Bens vulgares: produtos ou serviços de utilização frequente que se
podem encontrar em qualquer lugar central.
•
Bens raros: produtos ou serviços que se caracterizam por ser de
utilização menos frequente e, portanto, só possíveis de adquirir em
lugares centrais de nível hierárquico mais elevado.
•
Raio de eficiência ou alcance de um lugar central: distância máxima
que a população está disposta a percorrer para adquirir um bem ou
serviço em função do tempo e do custo de deslocação.
Hierarquia dos lugares de rede
•
Raio de eficiência de um bem central determina a hierarquia dos
lugares centrais:
- Nível inferior: pequenos centros – aldeias
fornecem funções, bens, serviços vulgares;
- Nível superior: centros de nível superior – cidades
fornecem funções, bens, serviços vulgares mas também outras
funções, bens e serviços mais raros, com maior raio de eficiência.
•
Centralidade: razão entre a quantidade de bens e serviços que o lugar
oferece à população e a quantidade de bens e serviços que essa
população necessita.
Hierarquia das cidades portuguesas
•
Hierarquia das cidades portuguesas apresenta um desequilíbrio também
a nível funcional porque se assiste à concentração de funções muito
especializadas num reduzido número de centros urbanos, ao contrário de
alguns países europeus – sistemas urbanos mais policêntricos
Rede urbana da P. Ibérica, Polónia e da Eslováquia.
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As características da rede urbana portuguesa