Breve resumo da publicidade na TV Brasileira: A TV chega ao Brasil na década de 50 e junto com ela a publicidade. As primeiras peças (desenhos e testemunhais ao vivo com garotas muito bonitas) são exibidas na primeira emissora brasileira, a Tupi. Curiosidade: os intervalos chegavam a durar trinta minutos. Apesar do improviso que imperou no começo, as garotas conquistaram o público e um número cada vez maior de anunciantes. E com isso surgiram as primeiras produtoras, e a “indústria” começou a crescer. De um cantinho improvisado no estúdio, todas ganharam set´s, as informações improvisadas deram lugar a textos previamente escritos que era decorados. Mas diante de tanto improviso um aspecto chamou atenção na publicidade brasileira. A adequação da mensagem ao programa. Por exemplo, nesta época existiam os programas de gala, e as garotas propaganda se vestiam de longo como as atrizes. Na década de 60 a publicidade se aprimora com a chegada do video tape. Mas no começo o prestígio das garotas era tanto que muito insistiam no comercial ao vivo. Na década de 70, a publicidade em TV feita no Brasil ganha os primeiros prêmios internacionais, e seus profissionais passam a ser reconhecidos no exterior. Nos anos 80 e 90 a sofisticação e criatividade das produções dá a publicidade em TV brasileira o status de uma das melhores do mundo Nos anos 2000 as inovações tecnológicas mudam a forma de pensar a propaganda. Surgem as produções com função social, de prevenção e serviço. O crescimento do comerciais para TV aconteceu no mesmo ritmo do desenvolvimento do meio no Brasil. Nos anos 70% a TV recebia até 50% do investimento publicitário. Na década de 80 esse número subiu para 60%. Traduzindo em valores, na década de 90 o setor movimentava três bilhões de reais . E uma pesquisa divulgada na primeira semana de setembro pelo IBOPE revelou que apesar de proporcionalmente , a internet ter sido o meio em que os investimentos publicitários mais cresceram, a TV ainda registra aumento de 3,9%, superando 60% de participação de toda verba destinada a publicidade no Brasil. Mercado que movimentou no primeiro semestre desse ano, nove bilhões seiscentos e setenta milhões. Jornal Nacional: Em rede nacional: trinta segundos = R$ 422.600,00 local: trinta segundos = R$ 8.055,00 Rádio Interativa: de R$ 88,50 a R$ 160.50 Rádio Executiva: de R$ 42,00 a R$ 56,00 Maiores anunciantes da TV brasileira: Casas Bahia – R$ 349.905 – SBT (25%) Unilever – R$ 259.493 – Record (27%) Governo do Estado de SP – R$ 180.551 – Globo (31%) Ambev – R$ 156.346 – Globo (46%) Cervejaria Petrópolis – R$ 106.487 – Rede TV (36%) Caixa – 100.069 – Record (43%) Reckitt Benckiser – R$ 99.756 – Record (49%) Danone - R$ 81.708 – Record (70%) Ministério da Saúde – R$ 75.493 – Rede TV (19%) Procter e Gamble – R$ 75.203 – Record (32.4%) O setor que mais investe em publicidade em TV é o comércio varejista (alimentos, bebidas, produtos domésticos e bens duráveis). Maior concorrência hoje da TV está na Internet . (Na Inglaterra a WEB já passou a TV). Ações específicas. Como forma de sobreviver, investe-se em tecnologia, interatividade e merchandising. RAMOS, José Mário. Cinema, Televisão e Massa no Brasil nos Anos 1970 – 1980. SP, Annablume. 2004. www.centrocultural.sp.gov.br www.ibope.com.br Machado, Arlindo. A Televisão Levada a Sério. SP, Editora Senac São Paulo. 2005.