Sociedade Brasileira de
Gestão do Conhecimento
(SBGC)
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Pensar Brasil 2022
Brasilia-DF, 27 de Outubro de 2011
Marcos Formiga
UNB
Estudos do Futuro
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Estudos do Futuro
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Choque do futuro – Alvin Toffler
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Tensão e desorientação pelo excesso de mudanças em curto prazo
Transitoriedade/rotatividade (apego ao passado e situações
emergenciais)
Incapacidade de resposta para 2 questões: perigo potencial do
choque pelas mudanças radicais; despreparo e escassez de
informações para enfrentar nova realidade
Teoria da adaptação para melhor entender o futuro e lidar com as
mudanças pessoais e sociais
Compreensão das mudanças deve incluir as consequências do ritmo
dos acontecimentos
Contribuição de Toffler
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Conscientização das pessoas a pensar sobre o futuro e gerir o poder
acelerador e poderoso das mudanças.
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Perspectivas da Economia Brasileira
Indicadores Socioeconômicos
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PIB crescimento previsto: 3,50% (2011)
Reservas cambiais: US$ 360 bilhões
Investimentos Diretos (últimos 12 meses): US$ 72 bilhões
Aumento financiamento BNDES (2003-2010): 380% (R$ 35 – 145 bilhões)
Desemprego: 6% (julho 2011)
Índice BOVESPA: Queda 25% (8 meses em 2011)
Taxa nominal média de juros: 12% (últimos 12 meses)
Taxa nominal de câmbio: R$ 1,65 por US$ (média 2011)
Participação Brasil PIB Mundial: 2,90% (2010)
Protagonismo Econômico Brasileiro
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Percepção da boa posição relativa frente a crise mundial iniciada em 2008
Excelentes oportunidades de negócios (mercado interno e ampliação
demanda mundial commodities – petróleo)
Emergência dos BRICS
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Perspectivas da Demografia Mundial
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7 bilhões (população mundial – Out. 2011)
Evolução população mundial último milênio: Períodos de duplicação
Causas declínio populacional:
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Polêmicas entre otimistas e pessimistas
Redução desperdício alimentos e melhoria logística transportes
Inovação tecnológica fundamental para aumento do padrão de vida
Economia marrom x economia verde – pegada ambiental
Planejamento familiar: Não tem efeito retroativo (inércia populacional)
Melhoria das condições sanitárias e alimentares
Avanços exponenciais da medicina
Contracepção: conferência sobre população ONU (1994) rechaça métodos
compulsórios
Aumento da escolaridade e alta correlação com menor número de filhos
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Demografia: Censo Brasil 2010 - Resultados
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190,8 milhões hab.
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Menos da metade da população se classifica branca
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Apenas 1/3 tem 18 anos ou menos
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Taxa fecundidade 1,8 filho por mulher (reposição 2,1)
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58 milhões de domicílios visitados (150 mil na PNAD)
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De 1970 a 2010 população dobrou (90 - 180 milhões)
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Nova duplicação jamais. Em 2040) irá estabilizar em 220 milhões e diminuir
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Queda da fecundidade indica Transição Demográfica. Parcela de jovens e
crianças diminui em termos relativos e absolutos
Início do Bônus Demográfico (menos dependentes, aumenta renda “per
capita” das famílias, maior consumo e investimento (facilidade de
crescimento de forma sustentável);
Aumento da expectativa de vida contrabalança aumento de idosos;
Janela do Bônus Demográfico fecha-se em 2050. Ritmo de queda de
fecundidade pode antecipar ou adiar o evento.
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Estado do Futuro 2011 (Mundo)
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Aspectos Positivos
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Mais rico, saudável, educado
Vive-se mais
Mais pacífico
Mais conectado
Aspectos negativos
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Aumento dos preços dos alimentos
Diminuem as reservas de água
Aumentam níveis de corrupção e crime organizado
Fragilidade do meio ambiente como suporte da vida
Aumento do endividamento dos países e insegurança econômica
Agravamento das mudanças climáticas
Ampliação do fosso entre ricos e pobres
Conclusão: O mundo enfrenta um dilema entre implementar e
continuar crescendo as condições de vida humana e o
aumento da complexidade e escala dos problemas globais
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Cenários da América Latina (2030)
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Cenários da América Latina
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Entre 2010 e 2030 quase todos países da A.L. completam 200 anos de
independência política
Análise de cenários usada desde a segunda metade do Sec. XX por
empresas, países e regiões para tomada de decisão
A.L. (Napoleão III – 1860) x Ibero-América
População da A.L. superou a dos EUA em 2000
População da A.L 729 milhões (2050) e 400 milhões EUA
Área da A.L. 21 milhões de km2
Quatro cenários alternativos ilustram um amplo e razoável
futuro plausível ao rever potenciais impedimentos e
oportunidades de ação
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Amanhã é hoje (sucesso latino-americano)
Tecnologia como ideologia (crentes e céticos)
Região em chamas (caos)
Morte e renascimento
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Olhar sobre o Brasil! - Constatações
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Educação
O que foi feito
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Aumento média anos de estudo: 2 (1960) para 7,2 (2009)
Redução analfabetismo: 39% (1967) para 9,7% (2009)
Aumento matrículas crianças: 51% (1967) para 97,6% (2009)
Aumento matrículas ensino médio: 39% (1967) para 90,6% (2009)
Aumento matrículas educação superior: 426 mil (1967) para 6
milhões (2010)
O que falta fazer
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40 mil engenheiros e tecnólogos formados por ano. Atende
menos da metade da demanda atual
12 mil doutores por ano (EUA 50 mil)
Disseminar qualidade em todos níveis educacionais
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Ambiente de Negócios e Burocracia
O que foi feito
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Aumento empresas formais: 440 mil (1967) / 4,8 milhões (2009)
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Aumento faturamento 500 maiores empresas: R$ 180 bi (1975)/R$ 1,3 trilhão (2010)
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Aumento PIB: US$ 339 bi (1967) / 2,25 trilhões (2010), 7ª. economia mundial
O que falta fazer
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Reduzir tempo abertura empresa: 120 dias x 14 dias média países desenvolvidos
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Exigem-se 15 procedimentos. São 6 no México
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20 órgãos para licenciamento ambiental (média, 2335 dias. Noruega – campeã mundial
em respeito ambiental , apenas 5 dias.
85 tributos (69% é a proporção de impostos sobre o lucro das empresas)
Últimas 4 décadas economia cresceu 3 vezes e o ambiente de negócios não acompanhou
ou piorou
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Entre 1988 e 2006 o sistema tributário emitiu 18 mil leis, decretos e portarias
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Efeito devastador da burocracia é estimado em 46 bilhões de reais (1,4% do PIB)
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Se equiparado à burocracia do Chile ou Espanha o PIB per capita cresceria 17%
Marcos Formiga UNB - SBGC, 27 Out., 2011 (12 de 16)
Resumo Visão do Brasil
Em 4 décadas o País mudou: deixou de ser
agrícola, se industrializou e, agora, esforça-se
para a inclusão social.
O desafio para as duas próximas décadas, tão ou
mais importante que o anterior, é transformar
crescimento em desenvolvimento, quantidade
em qualidade, e preparar-se para um futuro
onde a mudança será cada vez mais rápida e
instrumento mais poderoso da transformação em
curso.
Marcos Formiga UNB - SBGC, 27 Out., 2011 (13 de 16)
Tendências da Educação Globalizada
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Enfraquecimento da noção de tempo na aula. Diminuição da carga horária
e aumento em atividades extra sala (aprende-se mais)
Diminuição da importância da aula no campus com cursos
majoritariamente, on line. Mesmo assim, o campus, continuará o melhor
local para encontro dos estudantes
Tendência ao reconhecimento de graus universitários acreditados por
agências internacionais
Até 2020 desaparecerão as resistências ao mundo digital e os estudantes
maximizarão a combinação dos instrumentos tradicionais (livro, papel,
lápis) com os avanços da mídia digital
Fortalecimento da aprendizagem mista (presencial e online)
Os conteúdos do futuro, mais do que o currículo tradicional, serão
desmontados sem significar a criação indiscriminada de novas disciplinas,
mas, a inclusão de habilidades interpessoais (soft skills) e mídias do
conhecimento (liderança, disciplina, comunicação, responsabilidade e autoaprendizagem tecnológica)
Marcos Formiga UNB - SBGC, 27 Out., 2011 (14 de 16)
Tendências da Educação Globalizada
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Redes sociais irão facilitar a forma de aprender. A geração “NET” utiliza
tecnologia para socializar, trabalhar e aprender.
Professores abandonarão o “drill and kill” (memorização e exercício à
exaustão) e estimularão maior liberdade e apoio ao aluno no processo de
aprendizagem com menos competição e mais espírito de grupo
(aprendizagem colaborativa)
Ferramentas de busca irão incluir além de textos, respostas faladas, vídeo e
outros formatos de mídia
Uso excessivo de ferramentas online, pode impactar a capacidade de
comunicação escrita e desempenho acadêmico. Ao mesmo tempo, o
excesso de uso da Internet poderá diminuir a habilidade de pensar
Superpopulação na formação de PhDs nos EUA (50 mil/ano, 12 mil no
Brasil, 18 mil em 2014) diminuirá doutoramentos em humanas e sociais
pelas dificuldades de comparação e avaliação internacionais
China poderá liderar a educação pela Internet com a educação aberta. De
2003 a 2007 investiu mais de US$ 1 bilhão em EaD em comunidades rurais.
Marcos Formiga UNB - SBGC, 27 Out., 2011 (15 de 16)
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Palestra: Pensar Brasil 2022 - Marcos Formiga