Critérios de justiça e penas em Portugal António Pedro Dores, ISCTE-IUL, Jun 2012 Dados • A amostra de conveniência mobilizada em Lisboa conta 1941 respostas recolhidas durante 2010. • Amostra extremamente qualificada a nível escolar, recolhida por estudantes da licenciatura de sociologia do ISCTE-IUL, turno pós-laboral do ano lectivo 2009/2010. Os europeus destacam-se dos outros povos pelo respeito pelos Direitos Humanos Quem comete um crime deve ser punido O Estado deve assumir todas as responsabilidades para empregar quem cometa crimes Sem liberdade, o trabalho degrada o ser humano O trabalho liberta os condenados O Estado deve passar a admitir a entrada na função pública de pessoas com cadastro criminal Ao Estado cabe estimular as empresas e a sociedade para receberem bem os ex-condenados Havendo condições para isso, o trabalho livre dos condenados é preferível à prisão Quem comete um crime deve ser tratado sempre como pessoa Os europeus são demasiado brandos com os seus inimigos Admissão de cadastrados no Estado • 1/3 concordam, 1/3 discordam e 1/3 não tomam posição • Dados confirmam dados de uma amostra menor, anterior • Não tomar posição foi admitida pelo método: tem significado? Natureza do poder social • Baseia-se numa massa de indecisos • Na necessidade de orientação social para essa “maioria silenciosa” • Na partidarização em função de respostas a questões estruturantes – “muito” ou “nada”, solidariedade com o governo ou com a oposição Natureza do poder social (II) • Em primeiro plano – no factor principal – está representada a contraposição entre os apoios do regime (governo e oposição) e aqueles a quem o regime não coloca os problemas certos (“não punir criminosos” e “não os tratar como seres humanos”) Critérios de justiça • A imposição do poder por via institucional pressupõe o estabelecimento de um estado de normalidade – inércia suficiente – para que o sistema (aliança entre governo e oposição) sejam capazes de determinar os problemas a ser respondidos – e desse modo as respostas possíveis – marginalizando os problemas principais (“o que fazer com os prisioneiros”?) FIM António Pedro Dores http://iscte.pt/~apad/estesp/trilogia.htm