SAÚDE MENTAL NA ATENÇÃO BÁSICA Março 2014 Atenção Básica – Fundamentos e Diretrizes TERRITÓRIO LONGITUDINALIDADE COORDENAR A INTEGRALIDADE Integralidade (Mattos, 2001) A Integralidade do olhar do profissional de saúde. Evitar a fragmentação dos sujeitos A Integralidade dos serviços no território. A forma como os serviços de saúde são organizados. Clínica e epidemiologia deveriam andar de mãos dadas A Integralidade das Políticas Públicas. Respostas governamentais a determinados problemas de saúde ou ás necessidades de grupos específicos O Início da Conversa O que há de SM na AB? Cobertura Nacional da ESF: 52% Lógica (Ética) de Redução de Danos como diretriz na PNAB (2011) Equipes para populações específicas, em especial as Equipes de Consultório na Rua (103 eCR) Presença de psicólogos em 85% das equipes NASF no Brasil, além das demais categorias ligadas a SM. 2147 NASF no Brasil (1498 municípios – 1410 tem até 2 equipes implantadas – 183 com NASF 3 implantados) O Início da Conversa O que há de SM na AB? Os sofrimentos psíquicos mais frequentes na AB são: depressão, ansiedade, somatizações e abuso ou dependência de álcool. No caso das psicoses, a Atenção Básica colabora com os serviços especializados para o reconhecimento precoce e acompanhamento dos casos. A ESF opera um modo ativo de intervenção em saúde, não esperando a demanda chegar para intervir, mas agindo sobre ela preventivamente, o que representa um instrumento de reorganização da demanda Informações Preliminares PREVALÊNCIA : - HAS: 23% na população geral. - DM: 6,4%, na população geral. - Transtorno Mental Comum/Leve: 22,7 - 38% na população geral. - Transtorno Mental Severo: 9-12% na população geral. Dados MS / OMS (2011) Expectativas da Formação para a AB Utilizar a AB como espaço de problematização clínica da “loucura da vida cotidiana” e da naturalização e banalização de questões promotoras de sofrimento psíquico; Discussão e incorporação de estratégias e ferramentas da clínica da SM para o cuidado integral na AB; Não estaremos discutindo somente a qualificação do diagnóstico em SM ou do encaminhamento para a equipamentos da Rede de SM; Estaremos discutindo o cuidado possível em SM realizado na AB, pelo ACS; A problematização do discurso das “demandas específicas” e das especialidades de SM na AB. NASF • Dispositivo privilegiado para discussão da Saúde Mental na AB; • Equipes compostas por profissionais de diferentes áreas de conhecimento, que devem atuar de maneira integrada e apoiando os profissionais das ESF, compartilhando as práticas e saberes em saúde nos territórios, atuando diretamente no apoio matricial às equipes da(s) unidade(s) na(s) qual(is) o NASF está vinculado. Apoio Matricial Dimensão pedagógica na gestão do trabalho; Se dá sobretudo em ato, nos “encontros”; Pede porosidade, capacidade de afetar e ser afetado; Prática técnica e relacional; Pode ampliar a potência de pensar, de inventar, de (inter)agir, de cuidar. Acolhimento “Compromisso ético, estético e político”. Ética no que se refere ao compromisso com o reconhecimento do outro, na atitude de acolhê-lo em suas diferenças, dor , alegrias, modos de viver, sentir e estar na vida. Estética porque traz para as relações e encontros do dia a dia a invenção de estratégias que contribuem para a dignificação da vida e do viver e, assim, com a construção de nossa própria humanidade. Política porque implica o compromisso coletivo de envolverse neste “estar com”, potencializando protagonismos e vida nos diferentes encontros. As Formações em Saúde A formação em saúde no Brasil não prepara os profissionais para o trabalho no SUS, de forma colaborativa (interdisciplinar) e territorializada. Foco em uma formação de caráter individualizado (clínico) e desconectado da lógica territorial e em rede. A formação para o trabalho na Saúde Mental A formação para o trabalho na Atenção Básica O Agente Comunitário de Saúde Mediadores entre o saber científico e popular; Contato permanente com as famílias permite o trabalho de continuidade dos tratamentos; Incorporação do Discurso Científico no processo de trabalho. Função de elo entre o serviço e a população; Diferença entre elo e laço Programa de Melhoria do Acesso e Qualidade AMAQ A equipe de atenção básica identifica e acompanha os usuários de álcool e outras drogas na perspectiva da redução de danos. 0 n 1130 % 7,6 1 686 4,6 2 1192 8,0 3 1469 9,9 4 1475 9,9 5 2649 17,8 6 1856 12,5 7 1955 13,1 8 1400 9,4 9 569 3,8 10 522 3,5 14903 100,0 Total 0 – 5 : 57,8 % 6 – 10 : 42,2% A equipe de atenção básica identifica e acompanha as pessoas com sofrimento psíquico de seu território. 0 n 354 % 2,4 1 180 1,2 2 428 2,9 3 720 4,8 4 846 5,7 5 1811 12,2 6 1667 11,2 7 2544 17,1 8 2851 19,1 9 1780 11,9 10 1722 11,6 Total 14903 100,0 0 – 5 : 29,2 % 6 – 10 : 70,8% INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO EXTERNA PMAQ MÓDULO II Qual a freqüência que a equipe recebe o apoio matricial? Semanal Quinzenal Mensal Trimestral Semestral Sem periodicidade definida Total Abs. % 4657 31,68 946 6,44 1950 13,27 112 0,76 44 0,30 6990 47,55 14699 100,00 O protocolo de acolhimento à demanda espontânea considera: Problemas relacionados à saúde mental Abs. % Sim 110 1,72 Não 6267 98,28 Total 6377 100,00 A equipe teve preparação para o atendimento dos usuários com transtorno mental? Abs. % Sim 5428 32,8 Não 11143 67,2 Total 16571 100,0 A equipe de atenção básica possui registro do número dos casos mais graves de usuários com transtorno mental? Abs. % Sim 6740 40,7 Não 9836 59,3 Total 16576 100,0 A equipe de atenção básica possui registro dos usuários com necessidade decorrente do uso de crack, álcool e outras drogas? Abs. % Sim 3947 23,8 Não 12668 76,2 Total 16615 100,0 Pontos para Discussão A Clinica Protocolar instituída na Atenção Básica e a Clínica Artesanal que acontece na Saúde Mental; 50% das eSF realizam de modo insatisfatório o cuidado a hipertensão de diabetes (PMAQ-AB 2012); Tradição da AB em se dedicar aos Programas (hipertensão, diabetes, saúde da mulher, criança e bucal ...). O Deslocamento Necessário Ao falar em SM na AB não se trata de acrescentar mais uma linha de cuidado ou “tarefa” a AB, mas sim incorporar na clínica da AB um olhar a questão da formação dos processos subjetivos que constituem os sujeitos, assumir a transversalidade na AB; Necessidade de transpor para a clínica na AB um deslocamento do cuidado ao transtorno mental (diagnóstico) para o cuidado ao sofrimento psíquico e ao sujeito que sofre; O Deslocamento Necessário Mais do que representar uma maior clareza dos diagnósticos é propor uma clínica guiada por intensidades. Abertura para reconhecer e valorizar os pequenos movimentos no processo de cuidado (Pequenas Vertigens Rolnik); Fazer do cuidado espaço de produção de vida, em suas mais variadas formas. Produção de Relações Produção do Cuidado Produção de Vidas Ofertas Atuais do MS - CAB de Saúde Mental; - Manual Sobre o Cuidado à Saúde Junto a População em Situação de Rua; - CAB NASF (Fev 2014); - Curso de ações de SM na AB para todos os ACS e téc. de enfermagem do Brasil (SGETS); - Curso de qualificação dos processos de trabalho para os profissionais de eCR (SGETS) ; - Curso de qualificação dos processos de trabalho para os profissionais do NASF (SGETS); - Comunidade de Práticas (DAB). OBRIGADO !!! Contatos: e-mail: [email protected] [email protected] [email protected] www.saude.gov.br/dab CGGAB/ DAB/ MS tel: (61) 3315 - 5900