Formação de Catequistas Região Pastoral V Programação Segunda-Feira : “História da catequese e a metodologia da catequese” Terça-feira: “A Catequese e o Sínodo Diocesano” Quarta-feira: “A CF 2011 “Fraternidade e vida no Planeta” Quinta-Feira: “O ser, saber, saber fazer. Perspectivas Metodológicas” Sexta: Celebração Oração Inicial Padre Thiago: Na alegria em responder o chamado do Pai, nos encontramos aqui nesta semana no despertar de nossa vocação e missão. Todos são vocacionados, chamados a fazer desta formação uma oblação ao Amor misericordioso de Deus. Leitor 1: Cada vocacionado recebeu um chamado encarnado na existência, na procura de viver a sua vocação que, para ser melhor entendida, pode ser dividida em: Leitor 2: Chamado a Vida; a viver como pessoa feita a Imagem e à Semelhança de Deus; à Santidade, ao Compromisso Batismal; à uma Vocação Específica Canto: Me chamaste para caminhar na vida contigo. Decide para sempre seguir e não voltar atrás, me puseste uma brasa no peito e uma flecha na alma, é difícil agora viver sem lembrar-me de Ti. Te amarei Senhor, te amarei Senhor eu só encontro a paz e alegria bem perto de Ti. Padre Thiago: Deus se revela e vocaciona os seus amados. Ele é quem toma a iniciativa. E cada um é chamado de forma única, cada um está inserido de modo único no projeto do Salvador. Torna-se importante que cada qual se relacione pessoalmente com Aquele que nos chama . L1: Neste relacionamento com o Senhor faz-se necessário também um aspecto comunitário: a vocação nasce no ambiente da comunidade, das relações com outros. A pessoa se relaciona com o Senhor e com os outros. Canto: Eu pensei muitas vezes calar e não dar nem resposta, eu pensei na fuga esconder-me ir longe de Ti, mas tua força venceu ao final eu fiquei seduzido, é difícil agora viver sem lembrar-me de Ti. Te amarei Senhor, te amarei Senhor eu só encontro a paz e alegria bem perto de Ti. Coordenador da Região: É bom lembrar o que nos diz João Paulo II: “Todos os membros da Igreja sem exceção, têm a graça e a responsabilidade do cuidado pelas vocações” (Exortação Apostólica sobre Formação Sacerdotal, nº 41) Todos: Animados pelo Espírito de Deus queremos estar prontos e disponíveis para o trabalho em sua Igreja. Canto: Aquele que vos chamou. Aquele que vos chamou. É fiel, é fiel, fiel Aquele que vos chamou. Leitura: Rm 8, 26-30 Oração: “ Ó Espírito Santo, dai-nos corações grandes abertos à vossa silenciosa e forte palavra inspiradora, e fechados a todas as ambições mesquinhas, dai-nos corações alheios a qualquer desprezível competição humana, dai-nos corações grandes, desejosos de se tornarem semelhantes ao vosso manso Coração do Senhor Jesus; dai-nos corações grandes e generosos para superar todas as provações, todo tédio, todo cansaço, toda desilusão todas as ofensas, dai-nos corações cuja felicidade seja palpitar com o Coração de Cristo, e cumprir fielmente toda vontade do Pai celeste. “História da Catequese” Bíblica Eclesial Social A metodologia da Catequese” A História começa com a realidade Bíblica No AT a catequese é esta ligada: - Descoberta de Deus - A Libertação - A Páscoa - A Salvação - Ao Profetismo - A vida nova Profetismo na Bíblia- o catequista: Ninguém nasce profeta, é preciso ter vocação. Deus chama, não faz distinção de raça, sexo,idade. Deus deixa claro a missão para cada um dos profetas que Ele chama. Ele é quem revela: Externa e sensível - Samuel ouviu e confundiu-se ISm 3,1-14); - Moisés através da sarça ardente (Ex3); De forma interna: - Jeremias sente a mão de Deus tocar os lábios (Jr 1,9); - Ezequiel come o rolo de pergaminho e sente a doçura do mel (Ez 3,3); De forma intelectual: Deus utiliza-se da razão para falar: “a Palavra do Senhor foi me dirigida nestes termos”. Alguns gêneros literários na Sagrada Escritura: Estilo de catequisar Gênero Mítico: Significa reflexão Gênero Saga: narrações que o povo contava de geração em geração enaltecendo os heróis. Gênero Midrash: significa investigação, buscar um sentido mais amplo, pesquisa. Gênero Profético: profecias. Gênero Parábola: comparações, histórias. Gênero Carta: orientação, recomendação. Gênero Legal: leis, culto, orientação social. Gênero Evangelho: boa notícia. O que é Evangelho? Evangelho é uma palavra grega que significa: “bom (bem) anuncio” EU Bem (bom) Exemplo: Eufonia: soar bem Eucaristia: boa graça + AGGELO Eu Anuncio, trago uma mensagem EUAGGELION No nosso caso é a boa notícia, boa nova, É notícia que enche de alegria e de esperança. O vocábulo era já conhecido no ambiente grecoromano: o arauto, brandindo um ramo de palmeira, proclamava a todos o evangelho, isto é, a boa notícia do nascimento do herdeiro ao trono, da sua maioridade, também das vitórias obtidas sobre os inimigos. Em relação a Jesus a boa-nova que ele anuncia é o Reino de Deus. (“cumpriu-se o tempo e o Reino de Deus está próximo” Mc 1, 15) Após a ressurreição o evangelho se tornará o anúncio a respeito de Cristo. Ministério público de Jesus Fonte Q 6-4 Nascimento de Jesus Nascimento de Saulo 5-10 Oralidade Momento Apostólico Momento Sub-Apostólico Evangelhos 30-50 70-100 Ditos e Parábolas de Jesus Cartas: Proto paulinas Experiência da ressurreição I Ts I Cor Fl Fm II Cor Gl Rm Período redacional dos escritos Deutero-Paulinas Cl Ef II Ts Pastorais I e II Tm e Tt Hb Católicas Pd, Tg, Jd e João No Novo Testamento apresentamos 3 vertentes de anúncio: Jesus anuncia o evangelho do Reino de Deus: ministério público de Jesus. Os discípulos anunciam o evangelho de Jesus: o anunciador torna-se anunciado. Se Jesus anunciou o Reino , agora os discípulos anunciam Jesus ressuscitado. A comunidade escreve, redige os fatos. Imagens dos Evangelistas: O número 4 representa a totalidade Ap 4,6-8; Ez 1,1-10 Marcos: Leão de Judá (o mais forte de todos os animais) Jesus é o verdadeiro leão de Judá, autêntico vencedor, também porque Marcos começa o evangelho falando do deserto, local onde vive este anima. Mateus: Filho do homem (o ápice da criação): Jesus o Filho de Deus é também filho de Adão, filho do homem. Lucas: Touro (o mais forte dos animais domésticos) Lucas inicia seu evangelho com sacrifícios de animais no templo João: Águia (a mais imponente das aves) João investiga as profundidades e alturas do Jesus divino-humano. Se os sinóticos apresenta uma fotografia de Jesus, João apresenta uma verdadeira radiografia. O que temos hoje no Novo Testamento foi um processo de: Experiência vivida Transmissão Oral Registro Escrito Texto relido e acrescido Reconhecimento oficial canônico Gêneros Literários nos Evangelhos: Relato de milagre: (Divide-se em 5 pontos) 1. Introdução apresentando o caso; 2. Pedido de intervenção que manifesta confiança do que pede ou dos que o cercam; 3. Intervenção daquele a quem é pedido o milagre; 4. Resultado produzido; 5. Reação dos expectadores. Relato de Parábolas: Comumente ensinar de maneira leve ou para levar o auditório a realizar, sem se dar conta, um julgamento sobre si mesmo. Relatos de Chamado: - Breves: apenas um olhar, o chamado, resposta missão. Discursos: - O personagem dá ordens de instrução. Controvérsia: - Disputa, debate, geralmente as testemunhas se dividem. A catequese é uma atividade tão antiga quanto a Igreja. Alguns textos do Novo Testamento nasceram como formas de catequese aos primeiros cristãos. Necessitando estruturar o processo de iniciação à fé cristã, a comunidade eclesial dos primeiros séculos elaborou um longo itinerário que ficou conhecido com o nome de CATECUMENATO. CATECUMENATO: Era um processo dirigido aos adultos que incluía: o anúncio da fé; a audição da palavra de Deus; a participação na vida da comunidade; o exercício da conversão; a instrução na doutrina da Igreja; e a celebração de ritos iniciais: (o Batismo, a Eucaristia e a Unção do Crisma). O processo catecumenal, reservava-se o nome de “catequese” para o momento próprio do ensino e aprofundamento na fé. O cristianismo se evolui, desaparece o catecumenato e o processo de iniciação à fé muda, as pessoas já nasciam dentro do clima cristão. Eram “iniciadas” à fé simplesmente no convívio do dia a dia. Ser cristão era mais uma questão de pertença a uma família, a um grupo, a uma nação, do que propriamente uma opção pessoal. Neste contexto, do complexo itinerário catecumenal sobreviveu apenas a catequese, assim mesmo com uma característica eminentemente doutrinal e voltada preferencialmente para as novas gerações. Modernidade Alta Idade Média Poder Civil Poder Religioso Cristandade Sociedade Perfeita Trento: (3 papas) 1545-1547 1551-1552 1562-1563 * Definição da Escritura * Doutrina da justificação * Definição sacramentos Revolução Francesa Vaticano I: 1869-1870 1789-1815 Liberdade Igualdade Fraternidade Iluminismo Racionalismo Materialismo Ateismo Ministério Petrino/ Episcopal Vaticano II Pós Vaticano II 1962-1965 Hoje Eclesiologia de Comunhão Fundação da CNBB 1950 Igualdade Diferença (Dignidade) (Ministérios) Igreja Relação: Igreja: Trindade: Povo de Deus Evangelização Igrejas: ecumenismo Religões: inter religioso Mundo: geografia/ historia/ política/cultura Missão: permanente e ad gentes Linhas Comunhão Missionária Bibblico catequética Litúrgica Ecumênica Sócio Transformadora LG AG DV SC UR GS Evangelização em 4 Dimensões/Comissões Anúncio – Serviço – Diálogo- Testemunho Histórico Catequético Diretório Catequético Geral da Santa Sé 1971 (publicado por mandato do Vat II para tratar dos princípios e do ordenamento fundamentais da formação Cristã) Carta Apostólica de Paulo VI Evangelii Nuntiandi - 1977 Exortação Apostólica de João Paulo II Catequese Tradendae - 1979 Catequese Renovada- Doc 26 CNBB - 1983 orientações e conteúdo – Fé e vida (nº 13 DNC) Catecismo da Igreja Católica 1992 Diretório Geral para a Catequese 1997 Série Azul: Doc 26 – Catequese Renovada Doc 84 – Diretório Nacional de catequese Série Verde – Estudos da CNBB Textos e manuais de catequese - 53 1º semana Brasileira – 55 Formação de catequistas: critérios pastorais – 59 Orientações para a catequese Crisma – 61 Catequese para um mundo em mudança – 73 Com adultos catequese adulta - 80 Itinerário da fé na iniciação cristã - 82 2º semana Brasileira - 84 Organização Pastoral da CNBB - Ministérios Ordenados e Vida Consagrada - Laicato, Vida e Família Ação Missionária e Cooperação Inter-Eclesial - Animação BiblicoCatequética - Liturgia - Ecumenismo e Dialogo inter-religioso - Serviço da caridade, Justiça e Paz - Cultura, educação e Comunicação Social - Movimentos Eclesiais, Novas comunidades e Associações No estado de São Paulo Regional SUL 1 E na Diocese ? Comissão para Animação Biblico- catequética Nós catequistas somos profetas “ O catequista não prega a si mesmo, mas a Jesus Cristo, sendo fiel a Palavra e a integridade de sua mensagem. Ele também é um profeta, pois faz ecoar a Palavra de Deus na comunidade tornando-a compreensível.” DNC - 27 “A catequese faz parte do ministério da Palavra e do profetismo eclesial. O catequista é um autêntico profeta.” DNC - 39 “ A catequese prepara o fiel para assumir e viver a fé dentro de um determinado contexto, como profeta, sacerdote e pastor: alguém profeticamente atento para interpretar os sinais dos tempos, assíduo em promover a santificação própria e dos outros, como participante do sacerdócio comum dos leigos e ativo para promover a organização das realidades terrestres e de sua comunidade eclesial, conforme o Espírito de Cristo”. DNC 85 “ É importante que o catequista não atue sozinho, mas sempre em comunidade, em grupo. O catequista que participa da vida de grupo, reconhece ser, em nome da Igreja, testemunha ativa do Evangelho, participando da vida eclesial, encontrando na Eucaristia uma grande fonte de crescimento pessoal e de inspiração para a realização de suas aspirações.” DNC- 176 Metodologia Catequética "A Catequese é um processo dinâmico e abrangente de educação da fé, um itinerário, e não apenas uma instrução”. CR 281 Não há tempo e hora para acabar. É vida, vivida na fé. Uma caminhada para a vida toda... “Não deve limitar-se a ocasiões e lugares”. CR 284 Traços da Pedagogia de Jesus: • Educa a todos de maneira pessoal • Acolhe as pessoas • Anuncia a Boa Notícia - Novidade que dá sentido à vida • Transmite uma experiência de comunidade no relacionamento particular com os doze apóstolos • Educa para a oração a partir de sua própria experiência de oração, motivando os apóstolos à vida de oração simples e verdadeira O Encontro de Catequese O encontro é a canal, o meio através do qual catequista e catequizando, numa experiência de conhecimento, reflexão e ação, realizam juntos o encontro individual e comunitário com Deus. O Encontro de Catequese precisa se tornar o espaço de reflexão do projeto de Deus. O catequista deve encadear etapas no encontro que envolvem o ensinar – aprender – sentir – criar descobrir – experienciar. A Catequese não é um ato isolado (sem compromisso com a comunidade), não é só preparação para os sacramentos, mas sim uma preparação para a vida na comunidade. Como Preparar um Encontro de Catequese • Preparar um encontro com a motivação de quem prepara uma festa... a festa do encontro! • Encontro de pessoas • Encontro entre catequista e catequizandos • Encontro entre o grupo com Jesus • Recordemos que Jesus realizou uma forma catequética para conviver com os seus discípulos e seguidores. • Para Ele, todo acontecimento e lugar podem ser oportunidades para transmitir sua mensagem. Não existe horário, nem tempo, existem momentos de catequese. Três momentos significativos para o encontro de catequese: • Antes do encontro • Durante o encontro • Depois do encontro 1. Antes do encontro: • Criar intimidade com o conteúdo a ser desenvolvido no encontro • Planejar o desenvolvimento do encontro • Pesquisar os acontecimentos da semana e dados da vida dos catequizandos que possam contribuir no desenvolvimento do conteúdo; • Ler o texto bíblico e se aprofundar no tema; • Definir o que é prioridade • Adequar o conteúdo de acordo com a idade do catequizando; • Selecionar textos complementares, filmes, dinâmicas...facilitando a compreensão da mensagem; • Programar o tempo para as atividades que foram planejadas; • Pensar na organização do ambiente; Não esquecer que é importante: • Deixar de improvisar • Ver o encontro como um todo: cada atividade é importante • Ter interesse nos resultados • Ter clareza das dificuldades diante da complexidade das ações planejadas • Estar aberto para encontrar novos meios que nos ajudam a superar as barreiras que aparecem nos encontros 2. Durante o encontro: Apresentar o conteúdo permitindo espaço para intervenções e contribuições dos catequizandos. Assumir a postura de acolhimento e escuta Envolver a todos, conquistando confiança Lidar com as diferentes idéias e contribuições Saber valorizar a todos Dividir bem o tempo, sem reduzir as manifestações do grupo Controlar suas emoções e as do grupo Conduzir o grupo a uma convivência serena e fraterna Favorecer a participação É importante ter presente – depois do Encontro Cada encontro deve abrir novas perspectivas para a aplicação das novas descobertas na vida e para os próximos encontros. Cada encontro deve provocar no catequizando o desejo de vivenciar aquilo que foi transmitido. Muitas ações poderão ser realizadas no decorrer da semana e por toda a vida •A mensagem do encontro assim como o Evangelho é para ser ouvido, vivido e transmitido – ação transformadora, segundo o Plano de Deus •A avaliação da ação catequética deve ser realizada para verificar se os objetivos foram alcançados. • • • • De onde você tira os textos? De quais fontes? A Bíblia Os documentos da Igreja ( Concílio Vaticano II, Catecismo da Igreja Católica, Documentos Pontifícios, Documentos da CNBB,etc) Livros de Teologia (Principais Teólogos da Igreja) Documentos de Catequese Na atividade pastoral temos uma forte tendência do: Do cansaço Perca da convicção Empurrar com a barriga Faço sempre sozinho Nunca tem gente Faço tudo Desanimar Cair na rotina Precisamos recuperar a CONVICÇÃO : Ter certeza, clareza, firmeza. “Sei o que faço” “Porque faço” “Assumo as conseqüências” Frente a fragilidade pastoral, as dificuldades somos convidados a: Levantar diante da dificuldade; Tirar lições frente ao contexto; Fazer perguntas; Buscar a criatividade; Quais os pontos positivos; Saber dialogar; Somar diferenças; Buscar energia. Mergulho nas convicções cristãs Mística não é remédio que se compra, mas uma experiência. Tem a ver com: Nossos anseios Nossa existência Nossos sonhos Mexe com nossos sentimentos, opções, atitudes, emoções, razão, ser todo. Experiência existencial em Cristo “Para mim viver é Cristo”( Fl 1,21) “Não sou eu quem vivo é Cristo que vive em mim” (Gl 2,20) “Fui conquistado por Cristo Fl 3,12) “Tu me seduziste e eu deixe-me seduzir” (Jr 20,7) Esta experiência acontece através de uma vida intensa de ORAÇÃO Oração acompanhada da PRÁTICA