Mesa Redonda: Crise Hídrica e Clima A Questão do Clima e Pluviometria no Brasil e a Crise Hídrica de 2014 J. Marengo, A. Cuartas, M. Seluchi, E. Mendiondo, C. Nobre, R. Alvala CEMADEN, Brasil [email protected] Seminário: A Crise Hídrica e Questões do Clima Rio de Janeiro, 19/03/2015 Anomalias sazonais de chuva entre 2013-2105 no SE do Brasil D13JF14 MAM14 SON14 D14J15 JJA14 Meteorologia da situação que levou a seca em SP Z 500 hPa A causa meteorológica da seca foi um bloqueio atmosférico que aconteceu durante o verão de 2014, com uma duração de 45 dias, inibindo a formação de chuva no sistema Cantareira Anomalia de 500 hPa altura geopotencial durante Janeiro-Fevereiro 2014 Acoplamento entre a circulação nos níveis baixos da atmosfera e anomalias de TSM no Atlântico Sul que favoreceram o bloqueio Circulação nos níveis baixos da atmosfera e TSM em Janeiro 2014 Frequência de eventos de bloqueio no Hemisfério Sul Fonte:: INPE A Seca no SE Brasil: ~45 dias Wedenmann and Lupo (2002) O Sistema Cantareira O sistema de reservatórios da Cantareira fornece água para, pelo menos, a metade da população de São Paulo. A cidade de São Paulo depende, entre outros reservatórios, deste sistema. A situação atual foi deflagrada por um período seco durante o verão de 2014 na região, o pior em 80 anos, deixando rios e reservatórios com níveis baixos críticos. Outras partes do estado de São Paulo e do Sudeste do Brasil também foram afetados. O gerenciamento e planejamento no uso do recurso de agua tem sido aquém do esperado e isso representa um lição que não devemos esquecercrise hídrica Até 10 de março de 2015, a redução na quantidade de água bombeada e a chuva acima da média estão ajudando a elevar o nível do Sistema Cantareira que hoje opera com 13,3% de sua capacidade. É a quarta alta seguida, com um acréscimo de 0,4 ponto percentual em relação a ontem. Desde o início de março choveu 100,5 milímetros (mm), representando 56,46% da média histórica para todo o mês (178 mm). Sistema Cantareira 60% 28% 34% Média para o período NDJF = 852 mm Nov/2013 – Fev/2014 = 320,7 mm (37,6% da média) Nov/2014 – Fev/2015 = 651,1 mm (76,4% da média) 37% Situação Atual do Sistema Cantareira 300 Média climatológica 250 Pluviômetros CEMADEN e DAEE/SAISP 200 150 100 50 0 out/12 nov/12 dez/12 jan/13 fev/13 mar/13 abr/13 mai/13 jun/13 jul/13 ago/13 set/13 out/13 nov/13 dez/13 jan/14 fev/14 mar/14 abr/14 mai/14 jun/14 jul/14 ago/14 set/14 out/14 nov/14 dez/14 jan/15 fev/15 mar/15 Precipitação mensal (mm) Observado Out/2012 - Mar/2015 Média histórica Nov – Mar = 1030,3 mm Nov/2014 – 18/Mar/2015 = 781,9 mm (75,9% da média) DJF 500 hPa - anomalia da altura geopotencial sobre o SE do Brasil DJF chuva sobre o sistema Cantareira Source: INPE Monitoramento das Bacias do Sistema Cantareira Pluviômetros do CEMADEN foram instalados entre final de abril e inicio de maio de 2014. Na bacia do sistema Cantareira tinha somente 1 estação do INMET e algumas da DAEE. Este sistema de monitoramento observacional, acoplado com as ferramentas de modelagem, irá permitir um conhecimento aprofundado da hidrologia do Sistema Cantareira, essencial à gestão sustentável deste precioso recurso hídrico Chuva acumulada Fevereiro 2015 Chuva acumulada 18/Março/2015 Chuva acumulada 1-4 março 2015 Mudanças Climáticas e água Sobre os recursos hídricos, no texto do SPM do WG2 IPCC AR5 afirma-se que há fortes evidências de uma redução projetada da oferta de água potável em territórios subtropicais secos, o que aumentaria disputas pelo uso de bacias hidrográficas – algo semelhante ao que acontece entre os Estados de São Paulo e Rio de Janeiro, com a disputa pelo uso da água do Rio Paraíba do Sul para abastecer o Sistema Cantareira. IMPACTS CLIMATE Vulnerability SOCIOECONOMIC PROCESSES Socioeconomic Pathways Natural Variability Hazards RISK Anthropogenic Climate Change Exposure EMISSIONS and Land-use Change Adaptation and Mitigation Actions Governance