Agosto 2011
Como inteligências que somos, precisamos viver
inteligentemente.
O que é você?
O que impulsiona você?
O que você objetiva?
Que força me faz gestar, nascer, crescer, profissionalizar, casar,
multiplicar...?
Que força me acorda e que força me arrebatará pela morte?
Para saber como viver inteligentemente, eu teria que saber as
causas do por que sobrevivo.
Sobreviver implica em uma luta cotidiana, uma luta inglória em
driblar a morte, todos os dias. E para driblar a morte é preciso
manter o corpo vivo.
Você vive por Deus ou sobrevive pelo teu corpo?
Avalie a sua crença.
A sua crença é abalada todos os dias por você
mesmo e isto torna você cada dia mais uma
incógnita para você mesmo. Por ausência de auto
avaliação, você não percebe o que a vida é, a
partir de você mesmo. Você não percebe como a
vida em ti se manifesta e como verdadeiramente
é a sua crença.
Acabamos por ser como sedentos diante do
oceano.
Porque nos vemos diante de uma imensidade
chamada vida e universo e incapazes de tomar
uma gota sequer dessa imensidade, porque ao
fazermos isso corremos o risco de nos
desidratarmos ainda mais, e aí em meio a
solidão, a pequinês do individuo de uma fresta de
vida dentro de um universo infinito.
Cadê o elo ou cadê o caminho que possa nos
transportar desse círculo chamado humanidade
para aquilo que seria a vida em si mesmo.
Como eu faço para penetrar em outra
dimensão?
Existe esforço para a construção do saber?
No que está embasado: informação, conhecimento,
entendimento, compreensão, saber e verdade? Qual é a
base que te projeta a construir tudo isso? Qual é a
pilastra que sustenta este movimento em você? Ou que
te impulsiona?
A ignorância te leva a busca de informação. A
informação como está em formação (in/formação), te
leva ou deveria te conduzir a se debruçar sobre a
informação para transformá-la em conhecimento. O
problema é que quando você chega no conhecimento,
você cimenta (conhe/cimenta) o conhecimento e não dá
abertura para o entendimento, para a futura
compreensão, para o saber.
Toda a base da sua ignorância está
fundamentada em informação. E se você
precisa de informação para desenvolver o
conhecimento,
para
desenvolver
o
entendimento e desenvolver o saber, o que
poderá te dar a certeza de que a informação é
real?
O que é a verdade?
A verdade, não é mutável a verdade é nua e crua? É
verdade.
Se a verdade é nua e porta um espelho na mão, a justiça é
cega e porta uma balança de equilíbrio. A balança mostra
peso e medida ou seja, valor.
O valor pelo peso.
A justiça, ela é a outra face da verdade. Por isso, a verdade
é justa, na sua medida e no seu valor. Entendendo que o
direito, tem âmbito psíquico como a própria verdade e a
justiça. “A cada um, segundo a sua medida” ou segundo o
seu peso.
O que é a verdade, o que é a ilusão e o que
é a realidade?
Contextualizando, a realidade é composta por
corpos nutrindo e reproduzindo, porque na
verdade são átomos ou elementos universais,
que ao se conjugarem formam corpos e levam a
reproduzir.
Podemos considerar que talvez a verdade em si,
seja algo inatingível de fato e que o que nós
consideramos o que seja verdade, é um conjunto
de convenções e símbolos adaptados a cultura
local que estamos inseridos.
Um fato não é verdade. Fatos são compostos por seres
e coisas, agora o que mobiliza os seres mediante o fato
ou mediante as coisas, isso é desconhecido pelo
observador.
A verdade estaria ligada às intenções.
As informações que a Equipe de Amor à Luz traz para
você é para que você penetre o seu próprio eu e a partir
daí possa conhecer a verdade. Não existe verdade fora
de você. Não existe verdade antes, durante e depois de
você. Isto humanamente falando. Você é a verdade que
precisa ser conhecida.
EU SOU. SOU, vem de SER. O caminho, ou seja a
ponte, a verdade e a vida. Não existem respostas
fora de você. Todo conhecimento que você
conseguir estruturar que não fale de você
apontará sempre para fora de você. E você
ganhará o mundo, mas perderá a si mesmo.
Se eu não sei o caminho, ignoro a verdade e
sobrevivo estou condenado a padecer de sede
defronte o oceano.
Mas cabe recurso, não cabe?
A premissa aqui é da ignorância do que seja a verdade
ou a realidade e consequentemente ausência da postura
justa. Entre a ignorância e a verdade em si que se
alcança pelo saber, nós temos um processo. Esse
processo se desenvolve na intimidade da inteligência, no
seu pensamento.
Aquilo que ela vai correlacionando entre a forma de
pensar e o objeto pensante que inicialmente como
informação e conhecimento é exterior.
E a partir de um momento, já está organizado na
humanidade, a gente acessa.
Nós podemos colocar aqui: informação, a internet dá.
Tem informação aí à mancheia… O conhecimento, os
templos educacionais dão, estimulam, ao menos. Agora
daqui pra cá é com você. Pertence à genialidade de
cada um. Comparando o pensamento como um veículo
da inteligência, então a ignorância seria o início do
processo.
Quer dizer, é preciso admitir. É fácil pra você admitir que
é ignorante? Ou que está ignorante?
Então poderíamos dizer que o veículo vai em uma certa
velocidade e o que eu chamei de ponte, talvez não seja
ponte, talvez seja um alçar…
Poderíamos, comparando a um carro, adentrarmos uma
aeronave e buscarmos vôo ou até mesmo uma
espaçonave e buscarmos um vôo maior… E o motor
propulsor desta espaçonave seria a sensibilidade.
Sem sensibilidade, não há entendimento e nem
compreensão. Muito menos encontro com a verdade!
É preciso admitir que é necessário desenvolver
sensibilidade
para
desenvolver
entendimento,
compreensão, saber e verdade. Admitindo isso vamos
admitir que Eu sou o caminho, a verdade e a vida!
Admitido isso eu também preciso admitir que
desconheço o caminho, desconheço a verdade e
desconheço a vida. E consequentemente o caminho, a
verdade e a vida devem se tornar objetivos do meu
entendimento. E futuro saber. Agora a sensibilidade só
será desenvolvida por um outro processo chamado
autoconhecimento. Não existe outra forma de
desenvolvimento da sensibilidade que não seja o
autoconhecimento.
“Eu e o pai somos um só”. Agora, vamos avaliar juntos que somos
inteligências que nos manifestamos através das formas, e neste
momento eu obedeço a esse princípio: eu estou me manifestando
em uma forma que não é minha, mas em uma forma para entrar
em contato com inteligências que utilizam formas de
manifestação. Então, estamos aqui, neste momento esta forma
que você é – bate aí no seu corpinho, diga assim, batendo: “Eu
sou o pai de mim. “Eu corpo, sou filho do pai que sou eu”.
Gostaram da didática? Ou seja, o pai e o filho se fundem em um
único princípio, por isso que Jesus sabiamente disse: “Eu e o pai
somos um só”.
E posso garantir, meus amigos, nenhum templo humano
ou religioso, embora todas as religiões tenham
contribuído para a estadia da inteligência na condição
humana, nenhuma religião a partir do momento que a
inteligência como o seu processo de transcendência da
dimensão humana para a dimensão de si mesma, tem o
poder de revelar para a inteligência o que é Deus
verdadeiramente. Se você quer conhecer a Deus,
autoconhecimento, conheça-te a ti mesmo. Porque sem
isso tu estarás sempre a repetir chavões que te
disseram e a crer naquilo que você não entende e a
desejar estar com Deus como se Ele fosse alguém, sem
perceber que ele está em ti. Eu e o pai somos um só.
“Adultecer é sair do mundo das ilusões
para o mundo real”.
Vida, sobrevivida padronizada. Os padrões que nos
chamam
a
todo
momento
a
manifestações
inconscientes, manifestações estas que não estão
diretamente ligadas à autoconsciência, ao sentimento
permanente de que eu sou a minha própria vida, e de
que eu participo dela. Sou eu manifesto a ter que dar
conta da minha manifestação. Sou eu inteligência que
preciso desenvolver a arte de viver inteligentemente.
Sou eu vida, que preciso aprender a viver. Sem isso, o
que nos difere nesse momento, em humanidade, de
seres que dormem? Porque dormir implica viver de um
mundo onírico, um mundo de sonhos, um mundo aonde
eu não sei bem o que acontece, não sei bem porque
surgi, não sei bem porque começou e nem tampouco sei
como acabou. É assim ou não é, o mundo dos sonhos?
O mundo onírico.
Como começa o meu sonho? Como ele começou? Como
foi que ele terminou? O que estava acontecendo de fato
no meu sonho? É mais ou menos assim que você vive.
Não existem por quês, não existe o levantamento
daquilo que realmente compõe em mim o ser que eu
devo ser.
Tornar conhecido o desconhecido é um dos desafios da
inteligência e aprender a conviver é um desafio maior
ainda. Porque dentro de nós vaga um universo obscuro
sem razão e sem significado. E é preciso que cada um
de aprenda a dar sentido e significado à vida que cada
um é.
Conviver, sobreviver e sentir
Rosa e Lorice
Agosto 2011
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