+ • Autores: • Evandro José Borgo • • • • Jeriel Silva Santos Junior Milena Bortolotto Felippe Silva José Luiz Cintra Junqueira Luiz Roberto Coutinho Manhães Junior Localização e classificação do Canalis Sinuosus (CS) por meio da Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico (TCFC). Canalis Sinuosus: Tridimensional location by Cone Beam Computed Tomography Canalis Sinuosus • Canal neurovascular (nervo alveolar superior anterior) • Jones (1939) “ ...descreveu esta estrutura anatômica como o nervo e vasos que deixam o nervo infra-orbital pela porção de trás do forame infra-orbital e corre lateralmente em um canal ósseo com cerca de 2 mm de diâmetro lateralizado à cavidade nasal.” Canalis Sinuosus • Corre pra anterior e para inferior da parede inferior da órbita, lateral ao canal infra-orbital e medialmente dobrado para a parede anterior do seio maxilar, passando por baixo do forame infra-orbital (Neves et al., 2011). • Variações anatômicas procedimentos cirúrgicos potenciais complicações • Exames de imagem x TCFC “A TCFC é indicada por fornecer detalhes adequados da região a ser estudada, além de utilizar baixas doses de radiação, eliminar a sobreposição de imagens, permitindo a obtenção de valores reais de medidas lineares e angulares e reconstruindo a imagem em diversos planos e em 3D” Este estudo visa classificar foraminas e canais adicionais na região do palato anterior, de acordo com as sete possibilidades de abertura de emersão segundo Oliveira-Santos et al. (2012); e medir a distância em que emergem em relação ao soalho da fossa nasal, cortical vestibular do rebordo e crista do rebordo alveolar , através do uso da Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico (TCFC). Canalis Sinuosus Localização do CS na região anterior da maxila, compreendida entre o forame incisivo e o canino . Oliveira-Santos et al. (2012) Materiais e Métodos • 500 exames de TCFC • Entre 20 e 80 anos • Equipamentos: - Classic I-CAT (Imaging Sciences Internation, Hatfield, EUA) - Voxel: 0,25 mm - Fov: 8 cm - Tempo de Aquisição: 40 seg - 120 kv / 5 a 7 mA - Software XoranCat (Xoran Technologies, EUA) • Utilizou-se cortes axiais com 0,25 mm de espessura e transversais com 1,00 mm de espessura e 1,00 mm de distância • Três mensurações foram utilizadas: - Medida CN – distância entre o CS até o soalho de fossa nasal - Medida CV – distância entre o CS até a cortical vestibular do rebordo, em linha reta - Medida CR – distância entre o CS até a crista do rebordo alveolar Medida CN – distância entre o CS até o soalho de fossa nasal (seta vermelha); Medida CV – distância entre o CS até a cortical vestibular do rebordo, em linha reta (seta verde); Medida CR – distância entre o CS até a crista do rebordo alveolar (seta azul). Exemplo da presença do CS nos cortes transversais, por TCFC, na região do dente 13. Resultados • Grupo Feminino - 284 pacientes - CS encontrado em 99 casos (34,86%) - Dentre os 99 casos: - 37 casos (37,37%) o CS apareceu apenas do lado direito - 41 casos (41,41%) o CS apareceu apenas do lado esquerdo - 21 casos (21,21%) o CS apareceu bilateralmente - A classificação mais frequente (em ambos os lados) foi a emersão do CS atrás do incisivo lateral superior, sendo 15 casos do lado direito e 14 do lado esquerdo Resultados • Grupo Masculino - 216 pacientes - CS encontrado em 82 casos (37,97%) -Dentre os 82 casos: - 27 casos (32,39%) o CS apareceu apenas do lado direito - 32 casos (39,02%) o CS apareceu apenas do lado esquerdo - 23 casos (28,05%) o CS apareceu bilateralmente - A classificação mais frequente foi o CS lateralizado ao forame incisivo , para ambos os lados, sendo 12 casos do lado direito (14,63%) e 14 do lado esquerdo (17,07%) Resultados • Amostra Agrupada - 500 pacientes - CS encontrado em 181 casos (36,20%) - Dentre os 181 casos: - 64 casos (35,36%) o CS apareceu apenas do lado direito - 73 casos (40,33%) o CS apareceu apenas do lado esquerdo - 44 casos (24,31%) o CS apareceu bilateralmente - A classificação mais frequente foi o CS lateralizado ao forame incisivo, para ambos os lados, sendo 27 casos do lado direito (14,92%) e 24 do lado esquerdo (13,26%). No lado esquerdo, a emersão do CS atrás do incisivo lateral superior apresentou a mesma incidência, se comparado ao CS lateralizado ao forame incisivo. Resultados Distribuição dos números absolutos e relativos da classificação da localização segundo Oliveira Santos (2012) para a amostra agrupada. DIREITO CLASSIFICAÇÃO ESQUERDO n % N % ausente 73 40,33 64 35,36 1 - Atras do forame incisivo 5 2,76 3 1,66 2 - Lateralmente ao forame incisivo 27 14,92 24 13,26 3 - Palatino do incisivo central 14 7,73 14 7,73 4 - Distal do incisvo central 19 10,50 19 10,50 5 - Palatino do incisivo lateral 26 14,36 24 13,26 6 - Palatino do Canino 13 7,18 22 12,15 7 - Palatino do 1 pré molar 4 2,22 11 6,08 TOTAL 181 100,00 181 100,00 **P=0,055 Discussão • Grupo feminino - diferença entre os lados direito e esquerdo quando se observa a distância entre o CS e a tábua óssea vestibular • Amostra Agrupada - houve variação entre os lados direito e esquerdo nas distâncias entre o CS e a crista óssea alveolar e entre o CS e a tábua óssea vestibular • Em nenhum dos grupos houve diferença entre os lados quanto à distância do CS em relação à fossa nasal Conclusão De acordo com os resultados obtidos, é possível concluir que há variação da localização do CS em relação à crista e à cortical vestibular do rebordo, esperando-se encontra-lo por palatino do incisivo lateral superior. 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