UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA
MERCADO DE ENERGIA ELÉTRICA
EO
SISTEMA INTERLIGADO NACIONAL
Disciplina: Análise de Sistemas Elétricos de Potência
Professor: Dr. Ubiratan Holanda Bezerra
ANA CAROLINA NEVES PARDAUIL
MARCIO NIRLANDO GOMES LOPES
SUMÁRO
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INTRODUÇÃO
SISTEMA INTERLIGADO NACIONAL (SIN)
SISTEMAS ISOLADOS
FONTES DE ENERGIA
ATUAÇÃO DA ONS SOBRE O SIN
INTEGRAÇÃO DE INSTALAÇÕES AO SIN
HISTÓRICO DO MERCADO DE ENERGIA ELÉTRICA
COMPOSIÇÃO DO SETOR ELÉTRICO NACIONAL
CONSUMIDORES
MODELO DE COMERCIALIZAÇÃO DE ENERGIA
AMBIENTE DE CONTRATAÇÃO REGULADA
AMBIENTE DE CONTRATAÇÃO LIVRE
CONCLUSÕES
INTRODUÇÃO
 O SIN é um sistema predominantemente
hidrotérmico de grande porte e atende cerca de 98%
do mercado nacional;
 Coordenação sistêmica e esta é feita pela ONS;
 Novo paradigma de operação dos sistemas elétricos:
a geração distribuída (GD);
 Necessidade de equilíbrio constante entre oferta e
demanda;
 O mercado de energia é um setor desverticalizado;
 As relações comerciais no atual modelo do setor
elétrico brasileiro se estabelecem no Ambiente de
Contratação Regulada - ACR e no Ambiente de
Contratação Livre – ACL.
SISTEMA INTERLIGADO NACIONAL (SIN)
 Sistema de produção e transmissão de energia elétrica do
Brasil é um sistema hidrotérmico de grande porte;
 Extenso sistema de transmissão;
 Operado de forma coordenada para se obter ganhos
sinérgicos a partir da interação entre os agentes;
 Utilização dos recursos de geração e transmissão dos
sistemas interligados.
 1,7% da produção de eletricidade se encontra fora do SIN
 Até 2021 precisará contratar 52GW de potência instalada
para suprir necessidades energéticas do país.
 Até Março/2013 usinas hidrelétricas em operação
respondiam por 68,9% da matriz de energia elétrica
brasileira seguida pela termoelétrica com 29,4% incluindo a
fonte nuclear (1,6%) e a eólica (1,7%).
SISTEMA INTERLIGADO NACIONAL (SIN)
Representação simplificada da integração
entre os sistemas de produção e transmissão
para o suprimento do mercado consumidor.
Sistemas de Transmissão Horizonte 2014.
SISTEMAS ISOLADOS
 Localização
principalmente na
região Norte
 Operação
Coordenada pelo
Grupo Técnico
Operacional da
Região Norte
(GTON);
 Com interligação
Manaus-Boa Vista
fará com que 99,6%
do sistema fique
conectado.
FONTES DE ENERGIA
Hidráulica
Biogás
Gás Natural
Marítima
Petróleo
Geotérmica
Carvão
Solar
Nuclear
Eólica
Biomassa
ATUAÇÃO DO ONS SOBRE O SIN
 Insumos Fundamentais:
Procedimentos de rede: Conjunto de normas e
requisitos técnicos ;
Informações externas que o ONS necessita receber
das autoridades setoriais e dos agentes proprietários
das instalações que compõem o SIN.
 Indicadores de Desempenho do SIN:
Indicadores de continuidade nos pontos de controle
da Rede Básica;
Indicadores de qualidade da operação.
INTEGRAÇÃO DE INSTALAÇÕES AO SIN
A.1)
A.2)
B.1 )
B.2)
B.3)
B.4)
C.1)
Acesso e Conexão à Rede Básica
Solicitação de Acesso e Parecer de Acesso
Integração de Novas Instalações
Início do processo
Realização de estudos
Liberação para operação integrada
Definição da Modalidade de Operação de Usinas
INTEGRAÇÃO DE INSTALAÇÕES AO SIN
Modalidades de Operação das Usinas



Tipo I
Usinas conectadas na 
rede
básica
–
independente
da
potência líquida injetada
no SIN e da natureza da
fonte primária; ou
Usinas cuja operação
hidráulica possa afetar a 
operação de usinas Tipo I
já existentes; ou
Usinas conectadas fora 
da rede básica cuja
máxima potência líquida
injetada no SIN contribua
para
minimizar
problemas operativos e
proporcionar
maior
segurança para a rede de
operação
Tipo II
Usinas não classificadas como Tipo I, mas 
que afetam os processos de planejamento,
programação da operação, operação em
tempo real, normatização, pré-operação e
pós-operação. As usinas deste grupo são
classificadas em dois subgrupos: Tipo II-A e
Tipo II-B.
Tipo II-A: Usinas Térmicas – UTEs não
classificadas como Tipo I e que têm Custo
Variável Unitário – CVU declarado.
Tipo II-B: Usinas não classificadas como
Tipo I, para as quais se identifica a
necessidade de informações ao ONS, para
possibilitar
a
sua
representação
individualizada
nos
processos
de
planejamento, programação da operação,
operação em tempo real, normatização,
pré-operação e pós-operação.
Tipo III
Usinas,
individualmente, não
classificadas
nas
modalidades
anteriores.
HISTÓRICO DO MERCADO DE ENERGIA ELÉTRICA
-
Novo ciclo marcado pela criação de um modelo de propriedade mista,
privatizações e evoluções do marco regulatório.
1980-1990
-
Crise da dívida externa brasileira;
Tarifas de energia iguais em todo o país;
Valor das tarifas de energia mantidos artificialmente baixos.
1945-1980
-
Presença do Estado no setor elétrico;
Criação de empresas estatais: CHESF, FURNAS, Eletronorte, Eletrosul;
Criação do MME;
Grandes investimentos em 20 anos: 1.300 MW  30.000 MW.
1930-1945
-
Enfraquecimento do modelo agrário exportador;
Aceleração da industrialização;
Maior regulação do setor: Código das Águas;
Getúlio Vargas: suspensão de contratos empresas privadas e gov. locais.
1889-1930
-
Economia baseada na produção de produtos primários para exportação;
Principal fonte energética: carvão vegetal;
Indústria do café aumentou o consumo de energia elétrica.
1990-2014
HISTÓRICO DO MERCADO DE ENERGIA ELÉTRICA
EVOLUÇÕES DO
MARCO REGULATÓRIO
- Lei 8.987/1995: regras gerais para as licitações de concessões
em diversos segmentos de infraestrutura.
- Lei 9.074/1995: aumento do período de concessão para usinas
em construção; criou figura jurídica do produtor independente.
- Elaboração do relatório RESEB: privatizações de cias.
elétricas, criação do MAE, desmembramento dos ativos GTD,
criação de um operador independente do sistema para
administrar o sistema interligado.
- Lei 9.427/1996: criação da ANEEL.
HISTÓRICO DO MERCADO DE ENERGIA ELÉTRICA
EVOLUÇÃO DA
CAPACIDADE INSTALADA x CONSUMO
Fonte: Cuberos, 2008.
HISTÓRICO DO MERCADO DE ENERGIA ELÉTRICA
APRIMORAMENTOS DO
MARCO REGULATÓRIO
- Mudanças norteadas pela segurança energética,
modicidade tarifária e a universalização do atendimento.
a
- Criação da EPE: entidade responsável pelo planejamento do
setor elétrico a longo prazo.
- Criação do CMSE: comitê com atribuição de avaliar a
segurança do suprimento de energia elétrica.
- Criação da CCEE: tem como principal atribuição dar
continuidade às atividades do MAE.
HISTÓRICO DO MERCADO DE ENERGIA ELÉTRICA
APRIMORAMENTOS DO
MARCO REGULATÓRIO
- Criação de dois ambientes para celebração dos contratos de
compra e venda de energia.
AMBIENTE DE
CONTRATAÇÃO
REGULADA - ACR
AMBIENTE DE
CONTRATAÇÃO
LIVRE - ACL
DISTRIBUIDORES
CONSUMIDORES LIVRES
CONSUMIDORES ESPECIAIS
COMPOSIÇÃO DO SETOR ELÉTRICO NACIONAL
CNPE
ANEEL
Conselho Nacional de
Política Energética
Agência Nacional de
Energia Elétrica
CNPE
Decreto nº 3520/2000
Política Energética/Matriz
Lei nº 9427/1996
CMSE
MME
EPE
Água - ANA
Leis nº 10.848/2004 e 10.847/2004
ANEEL
MME
Ministério de Minas e
Energia
ONS
Petróleo - ANP
CCEE
Implementação Política Energética
EPE
Empresa de Pesquisa
Energética
CCEE
Agentes
Decreto nº 6184/2004
Planejamento da Expansão
CMSE
Comitê de Monitoramento
d0 Setor Elétrico
Decreto nº 6175/2004
Segurança do Suprimento
Regulação e Fiscalização
Câmara de Comercialização
de Energia Elétrica
Decreto nº 6177/2004
Comercialização
Agentes
Geração, Transmissão, Distribuição,
Comercialização de Energia,
Consumidores Livres,
Importador/Exportador de Energia
ONS
Operador Nacional do
Sistema Elétrico
Decreto nº 5081/2004
Operação Técnica
CONSUMIDORES
- CATIVO
- A energia é comprada por meio de uma distribuidora;
- Todos os clientes de baixa tensão;
- Maioria dos clientes de média tensão.
- LIVRE
- A energia pode ser comprada diretamente no mercado livre;
- Demanda mínima de 3 MW;
- Tensão em qualquer nível.
- ESPECIAL
- Pode negociar energia no mercado livre, desde que adquirida de fontes
incentivadas;
- Demanda igual ou superior a 500 kW.
MODELO DE COMERCIALIZAÇÃO DA ENERGIA
CARACTERÍSTICAS
-
A energia demandada é 100% contratada.
-
Mercado segmentado em dois ambientes de contratação: ACR e ACL.
GERAÇÃO FÍSICA
COMERCIALIZAÇÃO
FINANCEIRA
-
Mercado de Curto Prazo.
- Preço de Liquidação de Diferenças
(PLD).
-
Valor calculado pela CCEE.
AMBIENTE DE CONTRATAÇÃO REGULADA
CARACTERÍSTICAS
-
Mercado > 500 GWh/ano => LEILÃO.
-
Mercado < 500 GWh/ano => LEILÃO é facultado.
-
Formalização da compra através de contratos CCEEAR (Contratos de
Comercialização de Energia Elétrica no Ambiente Regulado).
- Geração Distribuída =>
contratação de usinas de pequeno porte
conectadas à rede de distribuição. Limite máximo de 10% da carga total.
AMBIENTE DE CONTRATAÇÃO REGULADA
LEILÕES
- ENERGIA EXISTENTE:
leilões destinados a
atender distribuidoras
no ano subsequente
ao da contratação
(denominado A-1) a
partir
da
energia
proveniente
de
empreendimentos já
em operação.
- ENERGIA NOVA: leilões
que
destinam-se
à
contratação de energia
proveniente de usinas
em projeto ou em
construção, que poderão
fornecer energia em 3 (A3) ou 5 (A-5) anos a partir
da contratação.
AMBIENTE DE CONTRATAÇÃO REGULADA
CONTRATOS
- QUANTIDADE:
os
contratos preveem o
fornecimento de um
montante fixo de
energia
a
um
determinado preço.
Os geradores estão
sujeitos a riscos de
sobras ou déficits de
energia, liquidados ao
PLD
- DISPONIBILIDADE:
os
contratos preveem uma
remuneração fixa ao
agente
gerador,
independente do que for
efetivamente gerado. A
parcela fixa é destinada à
cobertura dos custos
fixos
para
a
disponibilização da usina
ao sistema, que pode ou
não ser despachada.
AMBIENTE DE CONTRATAÇÃO LIVRE
CARACTERÍSTICAS
-
Operações de compra e venda de energia elétrica por meio de
contratos bilaterais entre consumidores livres, comercializadores,
importadores, exportadores de energia e geradores, sendo que as
condições, preços e volumes são livremente negociados.
-
Formalização da compra através de contratos CCEEAL (Contratos de
Comercialização de Energia Elétrica no Ambiente Livre).
- O consumidor livre também deve apresentar cobertura (lastro
contratual) para o atendimento de 100% de seu consumo de energia.
-
Consumidor livre conectado ao sistema de transmissão/distribuição =>
Tarifa de Uso do Sistema de Transmissão (TUST)/Tarifa de Uso do
Sistema de Distribuição (TUSD).
CONCLUSÕES
-
A indústria de energia elétrica é basicamente composta por geradores espalhados
pelo país e pelas linhas de transmissão e de distribuição de energia, que compõem a
chamada “indústria de rede”. Todo o sistema é eletricamente conectado, exigindo o
balanço constante e instantâneo entre tudo o que é produzido e consumido.
-
A energia elétrica é gerada por várias usinas e injetada nos sistemas de transmissão e
distribuição. Tecnicamente, não é possível que um gerador entregue a sua energia
para apenas um consumidor. O que ocorre fisicamente é que a soma de todo o
montante consumido deve ser atendido pela soma de todo o montante gerado,
consideradas as perdas.
-
Cada unidade geradora, por meio ou não de comercializadores, tem contratos de
venda de energia para um ou mais consumidores ou distribuidores. Esses contratos
são bilaterais, negociados livremente para consumidores livres ou resultantes de
leilões regulados para o caso das empresas distribuidoras. Qualquer montante
diferente dos montantes contratados, consumido ou gerado, será liquidado ao PLD.
OBRIGADO
Download

ambiente de contratação livre