DEPÓSITOS DO TIPO
SKARN
COMPONENTES: CAROLINA SOARES
JULIANA CALDEIRA
MAÍLSON BRAGA
MARLON SOARES
OLGA REGINA
RICARDO AUGUSTO
WENDELL MAGALHÃES
Introdução
• Os Skarns são rochas metassomáticas de
granulometria média a grossa compostas
por silicatos de minerais Ca, Fe, Mg e Mn,
que se formam a partir da substituição de
rochas carbonáticas.
Geometria dos depósitos
• Escarnito é o nome genérico dado a uma rocha
metamorfo-metassomática que se forma em
locais onde ocorrem reações mineralógicas
condicionadas pela presença de uma rocha
silicatada em contato com uma rocha
carbonatada.
• Durante o metamorfismo térmico de uma
sequência
sedimentar
podem
formar-se
escarnitos de reação no contato entre um
cornubianito e um mármore.
• Esse tipo de escarnito forma-se em um
ambiente isoquímico, em pequena escala,
quando há intercalação de finas camadas de
folhelho e calcário
• Os escarnóides resultam do metamorfismo de
margas em ambientes quimicamente abertos,
que proporcionam a atividade de fluidos
externos em pequena proporção.Têm formas
adaptadas ao percurso seguido pelos fluidos
metassomáticos e pelos contatos entre as
rochas carbonatadas e silicatadas.
• Os escarnitos propriamente ditos, também
denominados escarnitos de infiltração, formamse pela ação conjunta de metamorfismo térmico
e de metassomatismo em larga escala,
causados por uma intrusão ígnea em meio a
rochas carbonatadas. Os escarnitos de
infiltração são os maiores e economicamente
mais importantes, e a eles se associa a maior
parte dos depósitos intermediários possíveis
entre escarnitos puramente metamórficos e
aqueles puramente metassomáticos.
• É necessário que um grande volume de fluidos
e de rochas carbonatadas interajam para que
grandes volumes de escarnitos e/ou depósitos
minerais
economicamente
interessantes
possam formar-se. Essa situação normalmente
só ocorre quando um plutão granítico é o
emissor dos fluidos e níveis espessos de rochas
carbonatadas ou margosas sejam atingidos por
esses fluidos.
Idade dos depósitos
• A maioria dos depósitos escarníticos são
mesozóicos ou mais recentes. Os poucos
depósitos importantes do Paleozóico são
mineralizados com W e Sn e são depósitos
originados a grandes profundidades. Os
depósitos com Cu e Pb-Zn conhecidos ocorrem
em maior quantidade no Terciário.
Alterações hipogênicas
• Os escarníticos cálcicos derivam de calcários,e
os magnesianos formam-se a partir de
dolomitos.
• A mineralogia dos escarnitos é a soma dos
minerais termo-metamórficos e dos minerais
formados pela interação entre fluidos ígneos e
rochas carbonatadas.
• A gênese de um escarnito passa por três fases
distintas,cada uma responsável pela formação
de minerais específicos.
• 1º fase: O processo inicia com a formação de
uma auréola termo-metamórfico. Em rochas
carbonatadas esse metamorfismo tem como
principal consequência a recristalização da
calcita e da dolomita dos calcários,gerando um
mármore. Caso os calcários sejam impuros,
formam-se talco, tremolita, diopsidio e forsterita.
• 2º fase: Após o metamorfismo,o sistema é
invadido por fluidos metassomáticos que geram
uma
mineralogia
metassomática
ou
progradacional. Os silicatos escarníticos mais
comuns são a granadas, epidotos e idocrásio.
• 3º fase: Após o sistema intrusivo atingir o seu
máximo de atividade, a temperatura começa a
diminuir, o que permite o retorno da água
expulsa das encaixantes durante a fase
progradacional e a invasão do sistema por
águas quentes provindas do plutão. Esta fase
hidrotermal é denominada fase retrogradacional
ou de alteração do escarnito. Formam-se
minerais
hidratados,
sobretudo
biotita,
hornblenda, actinolita e epidoto.
ROCHAS E MINERAIS ASSOCIADOS
• Os Skarns nos ambientes ígneos são
associados com hornfels, mármore
hornfels e amplas zonas de rochas
calcossilicáticas.
• Os minerais que podem ser formados:
wolfrâmio, ferro, ouro, cobre, wollastonita,
granada.
Mineralizações possíveis no ambiente
•
Ferro
principal mineral: magnetita;
hematita em concentrações supergênicas;
pirita e calcopirita em pequenas quantidades.
•
Wolfrâmio
principal mineral: scheelita;
alto teor de wolfrâmio em zonas ricas em esfeno e apatita;
são comuns sulfetos – calcopirita, pirrotita, pirita e
molibdenita.
• Cobre
principal mineral: calcopirita;
quando associados com depósitos apicais
disseminados , reservas são maiores;
sulfetos e óxidos de ferro como disseminações,
bandas maciças e veios;
pirita-calcopirita (zona a granada), bornita,
calcopirita, esfalerita e tenantita (zona a wolastonita).
• Zinco e chumbo
principais minerais: galena e esfalerita;
altos teores de prata;
calcopirita e magnetitas nas zonas externas.
• Molibdênio
principal mineral: molibdenita;
depósitos polimetálicos: Mo, Ag, Cu, Bi, Pb, Zn,
Sn e Li.
• Estanho
principal mineral: cassiterita;
scheelita, calcopirita, esfalerita, pirrotita, magnetita,
pirita, arsenopirita e fluorita;
escarnito magnesianos: estanho em magnetitas, boratos
ou ambientes sem quartzo;
escarnito cálcicos: estanho em andracita, malaquita,
axinita, magnetita e anfibólios.
• Ouro
depósitos pouco comuns, ocorrem em cinturões de
rochas verdes;
ouro na forma nativa, com bismuto, arsenopirita,
pirrotita, calcopirita e pirita.
Depósito em Brejuí/Barra Verde/Boca de Lage/
Zangarelhas, (RN)
• Cidade de Currais Novos e Acari(RN).
• Skarn com W-Mo (Scheelita).
• Reserva em torno de 1.738 t com teor
médio de 0,5% WO3 .
Depósito em Brejuí/Barra Verde/Boca de Lage/
Zangarelhas, (RN)
• Mineralização: Scheelita, Fluorita,
Sulfetos( Pirita, calcopirita,Molibdenita).
Maciço de Itaoca (SP-PR)
• Localizado no Vale do Ribeira.
• Escarnitos com Cu-W.
• Reserva com 115.000 t com 0,3%WO3 .
• Mineralizações: wollastonita, scheelitapowellita e molibdenita.
Maciço de itaoca (SP-PR)
• Os depósitos de scheelita-powellita se
associam a corpos de granada-salita
escarnitos.
• Os depósitos de wollastonita se associam
aos granada-wollastonita escarnitos.
Depósitos Skarn no Mundo
• Rocha matriz
• Tipo de rocha
• Metal econômico
• Características genéticas
• Fe, Au, W, Cu, Mo, Sn, Zn-Pb
Skarns de Fe
• Maiores depósitos ;
• Magnetita;
• Os skarns ferro-magnesianos estão associados
com diversos plútons em uma variedade de
ambientes tectônicos;
• Fierro, Novo México, EUA
• 40% Fe
Skarns de Au
• Teores de 5 a 15g/t (Hedley);
• Depósitos oxidados (McCoy, Nevada- 1 a 5g/t);
• Subproduto de depósitos de Cu;
• Mina de Veselyi, URSS;
• Depósitos de redução, Ilmenita;
• O depósito de Fortitude (Cu)- pirrotita;
• Média de 4,5g/t.
Skarns de W
• Plutons calco-alcalinos, principais cinturões
orogênicos;
• Tipo reduzido;
• Tipo oxidado;
• Scheelita;
• Óxido de Tungstênio (WO3) é de 0,7%.
Skarns de Cu
•
Os mais abundantes depósitos skarns do mundo;
•
Zonas de subducção orogênicas;
•
Contém mineralogia oxidada dominada por granadas andraditas;
•
Hematita e magnetita são comuns;
•
1 bilhão de toneladas de minério de cobre;
•
5 milhões de toneladas de cobre;
•
Record Mine, Oregon;
•
Monterrosas e Ral-Condestable, Peru;
•
O teor de cobre varia de 1 a 2%.
Conclusão
• Os depósitos do tipo skarn podem ser
estéreis ou conter metais de valor
econômico,
se
tornando
fontes
importantes de metais base ou preciosos.
• estanho, tungstênio, ferro e ouro.
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Depósitos do tipo Skarn