Escola Básica de Caldas de Vizela Amadeo de Souza-Cardoso e Jean-Michel Basquiat Disciplina: História Jean-Michel Basquiat Amadeo de Souza-Cardoso Introdução A arte no século XX apresenta para um observador distanciado uma sucessão algo caótica. Todos os conceitos que serviram de base à apreciação e criação das gerações anteriores foram sistematicamente postos em causa, e pouco depois acabaram por ser recusados ou ultrapassados pelos artistas. O nosso percurso neste trabalho centra-se em pintores que evidenciaram a rutura com os conceitos tradicionais da arte. A imaginação destes artistas não conheceu limites. No entanto, a sua pintura transmite uma forma intensa do seu individualismo. Propomos, assim, uma “visita virtual” por caminhos distintos, mas ao mesmo tempo similares de dois pintores, tão distantes no espaço como em personalidade. Amadeo de Souza-Cardoso (Carregue numa das imagens para prosseguir com a apresentação) Carregue numa das caixas para a apresentação prosseguir Primeiros passos no mundo da Arte “Armory Show” Ala Amadeo de Souza-Cardoso Impacto na Sociedade e Artistas Arte Intemporal Características das suas Obras Primeiros passos no Mundo da Arte Amadeo de Souza-Cardoso nasce a 14 de Novembro de 1887 em Manhufe, freguesia de Mancelos, no concelho de Amarante. Faz estudos liceais em Amarante e frequenta a academia de Belas-Artes de Lisboa em 1905, tentando seguir o curso de Arquitetura que interrompe para partir para Paris, em 1906, instalando-se, então em Montparnasse. Frequenta ateliers preparatórios para o concurso de admissão às BeauxArts parisienses, ainda, com destino a Arquitetura, vindo, no entanto, a dedicar-se exclusivamente à Pintura, tendo frequentado a Academia Viti do pintor espanhol Anglada Camarasa. Nesta primeira época realiza várias caricaturas e algumas pinturas marcadas por aspetos naturalistas e impressionistas. Caricatura de Amadeo de Souza-Cardoso e Manuel Laranjeira(1906) Caricaturas de Emmérico Nunes(1909/1910) Caricatura de Senhora de Azul (1907) (Carregue na seguinte imagem para prosseguir com a apresentação) Internacionalização Em 1910 faz uma estadia de alguns meses em Bruxelas e em 1911 expõe trabalhos no Salon des Indépendents, em Paris, tendo-se aproximado progressivamente das vanguardas e de artistas como Modigliani, Brancusi, Archipenko, Juan Gris, Robert e Sonia Delaunay. Em 1912 publica o álbum XX Dessins e expõe no Salon des Indépedants e no Salon d´Automne. Le Moulin, da série XX Dessins, c. 1912. LA DÉTENTE DU CERF (Desenho original para o albúm XX DESSINS) Capa do Álbum XX Dessins (Carregue na seguinte imagem para a apresentação prosseguir) “Armory Show” Em 1913 toma parte, com oito trabalhos, nos Estados Unidos da América, no Armory Show, aí restando algumas das obras expostas, hoje patentes ao público nos museus americanos. Nesse ano participa ainda no Herbstsalon da Galeria Der Sturm, em Berlim. Saut du Lapin(1911) Château fort(1911) Publicidade da exposição “Armory show” (Carregue na seguinte imagem para a apresentação prosseguir) “Abstracionismo” Em 1914 encontra-se em Barcelona com Gaudi, parte para Madrid onde é surpreendido pela guerra. Regressa a Portugal, instala-se em Manhufe e casa no porto com Lucia Pecetto que conhecera em Paris, já, em 1908. Pinta com grande constância, refaz algumas obras no seu atelier da Casa do Ribeiro, cultiva a amizade com Eduardo Viana, Almada Negreiros e os Delaunay( que então se instalam em Vila do Conde). Em 1916 expõe no Porto 114 obras com o título “Abstraccionismo” que serão também expostas em Lisboa, num e noutro caso com novidade e algum escândalo, tendo sido considerada uma provocação, e levou à agressão de Amadeo. Em 25 de Novembro de 1918 Amadeo morre em Espinho vítima da “pneumónica” que então grassava em Portugal. Parto da viola(1916) Canção popular a russa e o fígaro(1916) Canção popular e o pássaro do Brasil (1916) (Carregue na seguinte imagem para a apresentação prosseguir) Características das suas obras Paisagens exóticas com estilizações prodigiosas; Aspectos decorativos e surpreendentes com desenhos cubistas que transmitem: elegância; mistério; imaginação; emoção; poesia e simbolismo Poder-se-á dizer que foi um pintor impressionista, expressionista, cubista, futurista, mas sempre recusou qualquer rótulo (Carregue na seguinte imagem para a apresentação prosseguir) Arte Intemporal Os trabalhos de restauro, feitos pela Fundação Gulbenkian permitiram descobrir que Amadeo de SouzaCardoso repintava as telas que usava, às vezes muitos anos depois. Das 90 telas já analisadas, 25 tinham por baixo outras pinturas. O quadro «Os Galgos» (com data provável de 1908-09), onde aparecem dois cavalos e uma charrete, tinha afinal por baixo o perfil de uma mulher. Concluiram então que, ou o pintor estava insatisfeito e queria corrigir a obra, ou havia falta de materiais, sobretudo no período da I Guerra Mundial. Os galgos (1911) A Casa de Manhufe Impacto na Sociedade e Artistas (Carregue na seguinte imagem para a apresentação prosseguir) Crítica positiva de Almada Negreiros à exposição de Amadeo de Souza-Cardoso na Liga Naval. Carregue em cada uma das caixas para prosseguir com a apresentação: Bilhete de identidade de Jean-Michel Basquiat Herança “Poesia Visual” Progresso Artístico Ala de Jean-Michel Basquiat Identidade Cultural Justiça e Igualdade Heróis Bilhete de identidade de JeanMichel Basquiat O jovem pintor afro-americano nasceu a 22 de Dezembro de 1960 na cidade de Nova Iorque mais precisamente em Brooklyn. Era filho de Gerard Jean-Baptiste Basquiat, exministro do interior do Haiti e de Mathilde Andrada, de origem porto-riquenha. Desde muito cedo, mostra um interesse e aptidão invulgar em relação ao Mundo da Arte. Com 17 anos de idade começa a deixar a sua marca por várias paredes em Nova Iorque, através de graffitis. Basquiat por volta do ano de 1980 é “descoberto” por um crítico de arte que entretanto o lança no mundo artístico internacional, ficando conhecido pela corrente característica das suas obras: o neo-expressionismo. (carregue na imagem acima) Morre em1988 devido a uma overdose. Herança Inspirado pela sua própria herança, Basquiat não só contribuiu para a corrente moderna do neo-expressionismo, como também a ultrapassou. Ou seja, ele compreendeu não só a arte Africana, influenciado pelos seus antepassados desde o início do século, como também o estado da arte contemporânea: austera, cerebral, exclusiva e desligada da vida quotidiana. Como muitos artistas do chamado pós-moderno, ele revelou-se um revivalista, no que toca ao seu esforço para tornar a arte mais relevante para um público mais abrangente. The Nile (1983) Undiscovered genious of the Mississipi Delta(1983) (Carregue na seguinte imagem para a apresentação prosseguir) Jim Crow(1986) Poesia Visual Basquiat usava palavras para elaborar os seus temas, acrescentando camadas verbais determinantes às suas ideias pictóricas. Às vezes, seguindo uma técnica surrealista ou fluxo da consciência, ele construía diagramas de pensamentos. Em muitas ocasiões, escrevia palavras repetidamente, alcançando um efeito quase hipnótico. As suas palavras desempenham um papel fundamental na construção gráfica de uma pintura. Talvez foi o mais famoso na integração de texto e imagem num todo dinâmico. Nas suas obras, há sempre uma harmonia característica entre as marcas escritas, desenhadas e pintadas. Jimmy Best (1981) Sem título (Cheesepopcorn) (Carregue na seguinte imagem para a apresentação prosseguir) Progresso Artístico Antes de possuir o seu primeiro atelier (1981), pintava e desenhava em caixilhos de janelas, portas de armário, e até mesmo capacetes de futebol, ou seja tudo o que conseguia encontrar. Basquiat atingiu a plena maturidade como artista por volta de 1983, quando tinha apenas 22 anos de idade. Encorajado pelo sucesso e optimismo, fez pinturas que ainda hoje são considerados umas das mais fortes e complexas obras de arte do século XX. As suas criações são uma combinação de símbolos, escrita, cores, a alheia sequência de ideias; a construção de padrões densos de imagens e de textos transcritos de vários livros ilustrados; o seu interesse pela história, ciência, comércio e cultura popular. Especialmente, demonstram-nos como este utilizava uma técnica, que é normalmente denominada por "incoerência sugestiva", na qual se cria imagens que são intencionalmente confusas, a fim de captar ao máximo a atenção do espectador. Notary(1983) Gravestone(1987) (Carregue na seguinte imagem para a apresentação prosseguir) Pegasus(1987) Heróis CPRKR(1982) Charles the First (1982) Horn Players(1983) (Carregue na seguinte imagem para a apresentação prosseguir) Justiça e igualdade Com apenas 20 anos de idade, Basquiat começou a desenhar com base na sua própria experiência de vida para falar sobre os mais relevantes problemas da sociedade. Per Capita(1981) Philistines(1982) (Carregue na seguinte imagem para a apresentação prosseguir) Irony of the negro policeman(1981) Identidade Cultural “Eu não ouço o que os críticos dizem sobre mim e a minha arte. Nunca conheci ninguém que precisasse de um crítico para descobrir o que a Arte é.” Jean-Michel Basquiat Basquiat no seu atelier Gold Griot (1984) Flexible(1984) Grillo(1984) Exu(1988) Trabalho realizado: Bruno Marinho, nº7 Cátia Freitas, nº8 Daniela Costa, nº9 9ºD Webgrafia: www.wikipedia.com www.google.com (imagens) www.brooklynmuseum.org