Estimulação Magnética Transcraniana
Rol de Procedimentos
2016
Estimulação magnética transcraniana para
tratamento de depressão
Declaração de possíveis conflitos de interesse:
• Gerente da Área de Auditoria em Saúde da Federação
das Unimeds do Estado do Rio de Rio de Janeiro desde
fevereiro de 1997.
• Assessor Médico da Área de Regulação em Saúde da
Unimed do Brasil desde novembro de 2011.
R1595/2000 Conselho Federal de Medicina (CFM) Resolução RDC 102/2000 (ANVISA )
Estimulação magnética transcraniana para
tratamento de depressão
Contexto:
A doença: A depressão maior é muito prevalente no
mundo. Os antidepressivos e psicoterapia são a primeira
linha de tratamento, embora 10% a 40% dos pacientes
não respondam a essa linha de tratamento.
Alternativas terapêuticas:
A eletroconvulsoterapia persiste como o tratamento
antidepressivo mais efetivo, com 60% de remissão aguda,
mesmo em pacientes resistentes.
Estimulação magnética transcraniana para
tratamento de depressão
Contexto:
A Estimulação Magnética Transcraniana (EMT) utiliza um magneto ao
invés de uma corrente elétrica para ativar o cérebro. Desenvolvida
inicialmente em 1985, a EMT tem sido estudada como um tratamento
possível para depressão, psicoses e outras doenças desde os anos
1990.
•
•
•
•
FDA  tratamento para depressão maior em pacientes que não
responderam pelo menos a um antidepressivo.
No Canadá e Israel tratamento de depressão em pacientes que não
responderam a medicações e que seriam considerados para
eletroconvulsoterapia
NICE tratamento de depressão em pacientes em ambiente de pesquisa.
Diretriz europeia  uso restrito a ensaios clínicos
Estimulação magnética transcraniana para
tratamento de depressão
Contexto:
Conselho Federal de Medicina (CFM) emitiu, em outubro
de 2011 o parecer Nº 37/2011 que considera a EMT
superficial “ato médico reconhecido como válido e
utilizável na prática médica nacional, com indicação para
depressões, alucinações auditivas e planejamento de
neurocirurgia”, ressalvando que “a EMT superficial para
outras indicações, bem como a EMT profunda, continuam
sendo procedimentos experimentais
Pergunta Estruturada
População
Intervenção (tecnologia)
Pacientes portadores de depressão sem resposta
aos tratamentos medicamentosos.
Estimulação magnética transcraniana.
Comparação
Medicação farmacológica, psicoterapia,
eletroconvulsoterapia
Parâmetros
Eficácia e segurança
Desfechos (resultados em
saúde)
Melhor resultado clínico, melhor qualidade de vida.
Estratégia de busca
Base
Termos
The Cochrane
Library (via
Bireme)
"transcranial stimulation"
Medline (via
Pubmed)
Tripdatabase
Centre for
Reviews and
Dissemination
Scielo (via
Bireme)
Lilacs (via
Bireme)
("transcranial magnetic
stimulation"[MeSH Terms] OR
("transcranial"[All Fields] AND
"magnetic"[All Fields] AND
"stimulation"[All Fields]) OR
"transcranial magnetic
stimulation"[All Fields]) AND
("depressive disorder"[MeSH
Terms] OR ("depressive"[All
Fields] AND "disorder"[All
Fields]) OR "depressive
disorder"[All Fields] OR
"depression"[All Fields] OR
"depression"[MeSH Terms]) –
" transcranial stimulation AND
depression "
" transcranial stimulation AND
depression"
" transcranial stimulation AND
depression"
Estimulação transcraniana e
depressão
Resultados
Referências
selecionadas
Referências
utilizadas
2
1
1
1461
12
7
815
6
0
1
0
0
51
0
0
28
3
0
Selecionados 7 revisões sistemáticas e 1 ECR
Tipo publicação/
Autor/ano /revista/
Nº pacientes
Revisão sistemática
(RS)
Micallef, 2014;
Depress Res Treat.
RS
Rodriguez-Martin
Cochrane
RS e metanálise (MA).
Gaynes; 2014. J Clin
Psychiatry.
Comparador
Resultados
384
Eletroconvulsotera
pia (ECT)
Melhora da depressão
em ambos os grupos
735
Diversos: nenhuma
intervenção,
placebo, drogas,
psicoterapia,
outros tratamentos
e associação de
estimulação
transcraniana e
outros tratamentos
Não foi encontrado
benefício claro.
Estudos de baixa
qualidade
metodológica
Placebo
EMT (RR = 3,38; IC
95% 2,24 a 5,10).
Melhora média de 4
pontos
Pacientes
resistentes a
duas drogas
Selecionados 7 revisões sistemáticas e 1 ECR
Tipo publicação/
Autor/ano /revista/
RS e MA.
Shiozawa; 2014.
Internat J
Neuropsychopharm
RS e MA.
Kedzior . 2014.
Neuropsychiatr Dis
Treat.
Nº pacientes
depressão
resistente a
outros
tratamentos
259
depressão
resistente a
outros
tratamentos
Comparador
Resultados
Placebo
Estatisticamente
superiores tanto na
avaliação por escalas de
depressão como pela taxa
de remissão.
Estudos muito
heterogêneos, necessários
mais estudos
Placebo
Redução significativa nos
escores de depressão.
Opção aceitável para
pacientes com depressão
resistente a outros
tratamentos
Selecionados 7 revisões sistemáticas e 1 ECR
Tipo publicação/
Autor/ano /revista/
RS
Dell'osso. 2011, Clin
Pract Epidemiol Ment
Health.
Nº pacientes
realizado
apenas em
serviços de
excelência
RS
Lepping. 2014. Acta
Psychiatr Scand.
Ensaio clínico
randomizado
Brunelin. 2014. Brain
Stimul.
170
multicêntrico
Comparador
Resultados
Placebo
Superior ao placebo em
estudos pequenos e com
método variado.
Placebo
Escore para depressão
menor para o grupo EMT;
a relevância clínica dos
resultados foi duvidosa.
Acompanhamento de
curto prazo.
Venlafaxina
Resultados similares
Limitação dos Estudos
Os estudos que avaliaram o uso de EMT na depressão
resistente aos tratamentos medicamentosos são inúmeros,
mas na maioria com fraca metodologia, pequeno número
de pacientes e acompanhamento por curto período.
No estado atual da avaliação da EMT no tratamento da
depressão resistente, foi comprovada sua pequena
eficácia. Porém, nenhum estudo conseguiu estabelecer a
relevância clínica desta eficácia na prática clínica
Limitação dos Estudos
DÚVIDAS:
• Quais pacientes se beneficiariam com o tratamento
• Qual o número ideal de sessões e o tipo de estímulo,
• Melhor local de aplicação do estímulo.
Referências Bibliográficas
1.
Holtzheimer PE1, Mayberg HS.Neuromodulation for treatment-resistant depression.F1000 Med Rep. 2012;4:22.
doi:
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Nov
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transmagnética
craniana
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CFM
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Acesso
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em:http://www.portalmedico.org.br/resolucoes/CFM/2012/1986_2012.pdf
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therapy in the treatment of depression: a systematic review and meta-analysis. Depress Res Treat.
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Shiozawa P., Fregni F., Benseñor I. M., Lotufo P. A. , Berlim M. T.,Daskalakis J.Z., Cordeiro Q, Brunoni A.
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09/09/2014.
Disponível
Referências Bibliográficas
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short-term antidepressant properties of repetitive transcranial magnetic stimulation (rTMS): a meta-analysis of
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Dell'osso B., Camuri G., Castellano F., Vecchi V., Benedetti M., Bortolussi S., Altamura A.C.Meta-Review of
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Lepping P., Schönfeldt-Lecuona C., Sambhi R.S., Lanka S.V., Lane S., Whittington R., Leucht S., Poole R.A
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Scand. 2014 Apr 12. doi: 10.1111/acps.12276. [Epub ahead of print]
10. Brunelin J., Jalenques I., Trojak B., Attal J., Szekely D., Gay A., Januel D., Haffen E., Schott-Pethelaz A.M.,
Brault C.; The STEP Group, Poulet E. The Efficacy and Safety of Low Frequency Repetitive Transcranial Magnetic
Stimulation for Treatment-resistant Depression: The Results From a Large Multicenter French RCT. Brain Stimul.
2014 Aug 7. pii: S1935-861X(14)00269-1.
11. NICE. Depression in adults .Treatment. Acesso em: 26/09/2014. Disponível em:
http://www.nice.org.uk/guidance/CG90
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