Maio
• Daniel Gold, de 22 anos, suspeitou que havia algo
errado quando, na noite de terça-feira (19), viu a
foto que se espalhava pelas redes sociais. O
ciclista ensanguentado, estirado na ciclovia da
Lagoa Rodrigo de Freitas, parecia com seu pai, o
cardiologista Jaime Gold, de 56 anos. O médico
havia saído horas antes do apartamento em
Ipanema, onde morava com os filhos – Daniel e
Clara, de 21 anos –, para dar uma volta com sua
bicicleta. Daniel mostrou a foto para Clara, que
ligou para o celular do pai. Sem resposta,
telefonaram para a mãe, a designer de interiores
Márcia Amil, que acabara de ver a mesma foto na
internet e, como Daniel, tivera um mau
pressentimento.
• “Quando atendi o telefone, Clara disse: ‘Acho
que aconteceu alguma coisa muito ruim com
o papai’”, contou Márcia, com voz embargada,
a ÉPOCA. No hospital, os filhos reconheceram
as roupas do pai, que, naquele momento, já
estava havia três horas em uma cirurgia. Cinco
horas mais tarde, depois de ter recebido 2
litros de sangue em transfusão e sofrido duas
paradas cardiorrespiratórias, Jaime Gold
estava morto.
• O cardiologista foi vítima de um crime bárbaro, que
assustou os cariocas e que, nas últimas semanas, vem se
tornando frequente. Atacado de surpresa por dois jovens
também em uma bicicleta, foi esfaqueado com violência.
Não teve tempo nem de decidir se reagiria ao assalto.
Uma testemunha do crime contou aos policiais ter visto
os algozes de Gold emparelhar com o médico e se atirar
sobre ele, de uma forma que, à testemunha, pareceu ser
uma saraivada de socos. Eram facadas. Uma delas cortou
de forma tão profunda o abdômen do médico que deixou
vísceras à mostra. “A bicicleta não era importada. Era só
uma bicicleta. Por causa dessa bicicleta, ele foi
estraçalhado”, diz Márcia.
Negociação de abertura entre Cuba e
EUA intermediada pelo papa
Pesquisa Vigitel
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