Educação de Essencialidades “Mecanismos de sobrevivência emocional na convivência e nos relacionamentos: ataque, defesa e fuga.” O instinto é o piloto automático da inteligência na condição humana. Desta maneira, os movimentos precisos, que protegiam o corpo das intempéries ambientais, passaram a proteger a intimidade psicológica do homem. O instinto aprimorado, hoje, no aspecto sentimental, se tornando sentimentos, procura preservar a área psicológica do ser humano. .E o homem é o que? É um ser afunilado em si mesmo, ele precisa sobreviver, ele precisa competir. Sobreviver, competir, sobreviver, sobreviver, sobreviver… embora com pleno saber de que vai morrer, porque o homem tenta driblar a única certeza que ele tem, a morte. Ele precisa a todo instante provar a si mesmo que está vivo, porque o homem não sabe viver, ele só sabe sobreviver. Autoconhecimento, dinâmica evolutiva, eu e você. Tenham a coragem de sentar frente a frente e falar as coisas mais difíceis. “Eu tenho acesso a mim, por isso me direciono; por isso me auto-educo, eu sei os dinossauros que tenho internamente”. A animosidade indica que fatores relacionados à sobrevivência emocional, ataque, defesa e fuga, foram ativados de alguma forma. Como não temos a percepção desses processos, nós os qualificamos genericamente. A animosidade em um nível mais ostensivo se torna belicosidade, em um nível mais intenso se torna agressividade. E aí quando extrapola a agressividade se torna violência propriamente falando, aí no caso agressão ao indivíduo da convivência. Na agressão ao outro, surge a ira como sentimento e conseqüentemente a raiva. Para entendermos a nós mesmos é muito importante que aprendamos a escutar a vida dentro de nós, a acolher nossos sentimentos e a vê-los como parte integrante de nosso ser, assim daremos lugar à mudança e ao crescimento. E tal enfoque não exclui o sentimento da raiva que é um sentimento universal. Todo mundo já sentiu raiva um dia, a questão é como você reage quando entra em contato com esse sentimento. A raiva é um sentimento natural à frustração e é a primeira resposta a uma perda. Alguns entram rapidamente em depressão e em processo de tortura e sofrimento, o que só piora a situação. As explosões não acontecem por acaso. Pessoas em situações de estresse já estão frustradas. Qualquer outro fato contrário soa como uma agressão e é fácil perder a paciência. Sendo assim, é importante que estas pessoas trabalhem a frustração e tentem redimensionar as perdas, aceitando-as como inerentes ao processo da existência. O ideal é lembrar que tudo tem dois lados, tentando entender o que aquela perda significa e o que se pode aprender com a experiência. Normalmente, o ataque de raiva começa com uma irritação diante de alguma situação desagradável. O coração acelera, as mãos começam a suar, os músculos ficam tensos e aí vem a explosão. Se isso acontecer com muita freqüência, a pessoa pode desenvolver problemas de saúde. No corpo, um dos primeiros sinais é a dificuldade respiratória. Quando a pessoa não respira adequadamente, não oxigena as células cerebrais, o que estimula a tomada de decisões erradas. A pressão arterial sobe e a pessoa pode ter problemas estomacais, como gastrite e até mesmo úlcera. Sob um enfoque psicológico, a raiva comumente gera ataques de pânico, crises de ansiedade, depressão, desânimo e mágoa. É comum que o sentimento de raiva e suas manifestações são desencadeadas, quando a pessoa se sente injustiçada, menosprezada e desrespeitada. A raiva está no nosso dia-a-dia. O importante é saber conviver com ela, "dando-lhe voz" para que expresse o que não queremos aceitar , o que não aceitamos perder e se estamos onde e com quem realmente desejamos estar. De nada resolverá sufocá-la, negá-la, aprisioná-la tal qual uma fera enjaulada, pois, mais cedo ou mais tarde, ela surgirá de uma forma desajeitada e prejudicial para nós mesmos e para o outro. RAIVA é um sentimento de protesto, insegurança, timidez ou frustração, contra alguém ou alguma coisa, que se exterioriza quando o ego se sente ferido ou ameaçado. A intensidade da raiva, ou a sua ausência, difere entre as pessoas. Joanna de Ângelis (Conflitos Existenciais,pg 37-48, 43) aponta o desenvolvimento moral e psicológico do indivíduo como determinante na maneira como a raiva é exteriorizada. A raiva também pode ser um sentimento passageiro ou prolongado (rancor) e a expressão da irritabilidade e agressão humana. Outros nomes comofúria,ira,cólera,ódio,crueldade, etc. aplicam-se à distintas formas ou modulações desse sentimento que enquanto expressão do instinto de agressão é extensível aos demais vertebrados. A raiva pode ter diversas origens, tais como: O desejo de vingança: Quando alguém foi de alguma forma insultado, ou prejudicado por outra pessoa, e sente o desejo que ela sinta o mesmo que está sentindo. A inveja: Uma pessoa pode sentir raiva de outra pelo fato desta ter algo que aquela gostaria para si, no entanto, como não possui recursos próprios para adquirir estes objetos de desejos, e pela sua imaturidade moral, passa a sentir raiva de quem os têm. O ego: Uma pessoa pode sentir raiva de uma outra pelo fato desta ter afrontado ou ridicularizado o seu ego. A raiva, neste caso, é uma tentativa de proteção( defesa) ao impor-se uma postura agressiva diante da afronta. O instinto de superioridade: Uma pessoa que no seu íntimo tem a falsa percepção de superioridade em relação aos demais, quando se vê em uma situação em que não é compreendida ou aceita como gostaria que o fosse, utiliza-se da raiva como mecanismo de evasão dos seus instintos violentos, afligindo a todos que encontram-se ao seu lado A família: Pode ocorrer quando os pais não dão a devida atenção aos filhos, desinteressando-se pelos problemas que venham a afligir a prole. Inconscientemente o indivíduo começa a ressentir-se, o que ao longo dos anos pode gerar raiva acumulada. O trânsito: Segundo Joanna de Angelis (2005), é bem comum acidentes automobilísticos devido a "raiva malcontida" de motoristas que não se conformam em serem ultrapassados por outros carros, e ao invés de facilitar a ultrapassagem terminam expondo o outro automóvel a perigos que podem resultar em um acidente. CONSEQUENCIAS Estilização de um rosto expressando raiva. A raiva é como uma doença que vai corroendo de dentro para fora, e que causa diversos prejuízos físicos, mentais e espirituais para o próprio enfermo e para as pessoas que a este acompanham. Como conseqüências da raiva podemos ter: A violencia verbal. A violencia fisica. O ódio, O mau humor. No corpo humano a raiva gera problemas no sistema nervoso central, disfunção das glândulas de secreção endócrina, distúrbios no aparelho digestivo e desequilíbrio psicológico. Afetos, emoções e sentimentos Agressividade · Afetividade · Aflição· Alegria · Altruísmo · Ambivalência · Amizade · Amor · Angustia · Ansiedade · Antipatia · Antecipação · Apatia · Arrependimento · Autopiedade · Bondade · Carinho · Compaixão · Confusão· Ciúme· Constrangimento· Coragem Culpa Curiosidade · Contentamento Depressão · Desapontamento Deslumbramento · Dó Decepção· Egoísmo Empatia · Esperança · Euforia· Entusiasmo· Felicidade Fanatismo Frieza · Frustração· Gratificação Gratidão · Gula · Histeria· Hostilidade· Humor · Humildade Humilhação Incomodo Inspiração · Interesse· Indecisão· Ira Isolamento · Luxúria Mágoa Mau-humor · Medo Melancolia · Nojo· Nostalgia· Inveja· Ódio · Orgulho · Paixão· Paciência · Pânico · Pena· Piedade Prazer · Preguiça· Preocupação Raiva · Remorso· Repugnância· Resignação · Saudade · Simpatia · Soberba· Sofrimento · Solidão · Susto, Tédio, Timidez, Tristeza , Vergonha. Qual projeto ou estratégia posso construir para lidar comigo mesmo e na convivência com o grupo? QUESTIONÁRIO