CLINICA DA
PSICOSE
Antônio Quinet
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Psicose: uma Estrutura Clínica
Lacan: “Não é louco quem quer...” Quinet: “ Só é louco
quem pode...”

Postura de Lacan frente à loucura é freudiana. Abordou a
psicose como algo determinado, que tem sua lógica e seu
rigor. Como estrutura clínica diferente da neurose.

Uma estrutura clínica que se revela no dizer do sujeito com
modo particular de registros do real, do simbólico e do
imaginário, com peculiar estrutura da linguagem e da
relação do sujeito com o significante.

Freud propôs que o que foi abolido no simbólico, dentro,
volta de fora.= forclusão
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Psicose: uma Estrutura Clínica


Lacan pega esta idéia de foraclusão e diz que isto é
específico da psicose. O retorno do foracluído nãoe o
mesmo que o retorno do reprimido.
A proposta de Lacan é de considerar a foraclusão em
relação ao Nome do Pai
N = Volta do reprimido, resultado do recalque
Pv = Volta do desmentido (ora sim ora não,
castração da mulher)
Ps= Volta do Foracluído


Freud: A diferença entre neurose e psicose reside no fato de
que na psicose um fragmento de realidade rejeitada
retorna sem parar, para forçar a abertura na vida psíquica
Lacan distinguiu dois campos da N e da P enfatizando a
diferença do retorno do reprimido e do foracluído.
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Édipo na PSICOSE
O
édipo é uma armadura significante mínima
que condiciona o sujeito a entrada no mundo
simbólico.
 O homem deve atravessar uma floresta de
significantes
 Freud: Lapsos, sonhos e jogos de linguagem
 Lacan: O Inconsciente é estruturado como
linguagem
 O Édipo é uma ficção do comprometimento
simbólico.
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Édipo na PSICOSE
 Freud:
Com função imaginária do falo que é o
pivô do processo simbólico junto com a questão
do complexo de castração (para ambos os
sexos)
 Naufrágio do CE = sucumbir ao recalque
 Bebê = Falo
Mãe = outro absoluto (sem lei)
até que outro falo faça a interdição Projeção,
introjeção e identificação.
 Lacan: acrescentou o Estágio do Espelho
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Édipo na PSICOSE

Encontrar sua imagem no olhar do outro. Modelo de
registro imaginário do sujeito. Alienação no outro. =
objeto de paixão, identificação e agressão.

O Eu é antes de tudo seu duplo especular – Eu
ideal(narcisismo primário).Isto é estruturante do eu

Freud fale de dois momentos estruturantes do eu após
separação (corpo-mente) da mãe
Jogos simbólicos (o carretel)

Entrada do terceiro, com alei da interdição. Um não
de retrocesso à mãe.
A metáfora do Pai.
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A metáfora do Pai.
 Lacan:
Nome do pai é o discurso
da mãe sobre a representação do
pai (o pai segundo a fala da mãe)
A
paternidade só é articulada a partir do
registro simbólico – O nome do pai
O
nome do pai tem como efeito a
emergência da significação fálica.
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A Foraclusão do Nome do Pai


O drama da loucura está situado na relação com o
significante
Foraclusão (português = sem inclusão) A lei está fora, no
real.

Jurídico = Processo que não se pode apelar pois está
prescrito. Nãp foi utilizado a tempo)

Na psicose a foraclusão corresponde no sujeito a abolição
da lei simbólica, comprometendo todo o processo do
sistema significante

Implica na não travessia da epopeia edipiana, pois o sujeito
não está submetido à castração simbólica. Sua possibilidade
de significação fálica advém da problemática fora do sexo.
Psicótico é um sujeito ex sexo.
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A Foraclusão do Nome do Pai
A
não inscrição na cadeia significante do outro
acarreta, no psicótico, os distúrbios de
linguagem e em particular as alucinações.
O
Nco habita a linguagem, o Pco é possuído
por ela (alucinação)
 Conduzir
a análise de acordo
com a estrutura psicótica.
Caso Schreber.
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