Curso de Projetos de Iluminação Eficiente Professor Tomaz Nunes Cavalcante Conteúdo do Curso • • • • • Introdução. Conceito de Eficiência Energética. Conceitos de Iluminação. Luminotécnica. Avaliação financeira de Projetos de Iluminação. Introdução • A iluminação é um dos fatores de maior relevância no que tange ao consumo de energia elétrica. Chegando a ser responsável por aproximadamente 20% de toda energia consumida no país e por mais de 40% da energia consumida pelo setor de comércio e serviços. Introdução • Como a energia elétrica é a maior despesa da iluminação, a chave da redução dos custos de iluminação é diminuir a quantidade de eletricidade para determinado nível de iluminamento. Assim, o que se paga por energia elétrica para sistemas de iluminação está diretamente relacionado com a eficiência luminosa da lâmpada utilizada. Introdução • Reduzir o consumo não significa necessariamente diminuir a iluminação. É suficiente que se utilize equipamentos mais adequados e bem planejados, proporcionando conforto visual, despertando a atenção e estimulando a eficiência energética. Conceito de Eficiência Energética • A Eficiência Energética é definida como a busca de redução do consumo de energia elétrica, sem prejuízo `a atividade de uso desta. PERDAS <=> EQUIPAMENTOS E / OU PROCESSOS EFICIÊNCIA ENERGÉTICA Conceito de Eficiência Energética • O combate ao desperdício de energia elétrica, apoia-se em três pilares: • Pessoas; • Informação; • Tecnologia. Conceito de Eficiência Energética kWh UNIDADES FOTOMÉTRICAS • FLUXO ILUMINOSO OU POTÊNCIA LUMINOSA É a energia radiante que afeta o olho nu durante 1 segundo. UNIDADES FOTOMÉTRICAS • FLUXO ILUMINOSO OU POTÊNCIA LUMINOSA É uma das unidades fundamentais em engenharia de iluminação, dada como a quantidade total de luz emitida por uma fonte, em sua tensão nominal de funcionamento. Símbolo = L Unidade = Lumens Lúmen () = 1/ 680 W UNIDADES FOTOMÉTRICAS • INTENSIDADE LUMINOSA É a quantidade de luz que uma fonte emite por unidade de ângulo sólido (lúmen / esfero radiano) projetado em uma determinada direção. UNIDADES FOTOMÉTRICAS • INTENSIDADE LUMINOSA O valor está diretamente ligado à direção desta fonte de luz. A intensidade luminosa é expressa em candelas (cd) e, em algumas situações, em candela /1000 lumens. Símbolo = I Unidade = Candela Candela (I) = /w UNIDADES FOTOMÉTRICAS • LUMINÂNCIA É a intensidade luminosa de uma fonte de luz produzida ou refletida por uma superfície iluminada. Esta relação é dada entre candelas e metro quadrado da área aparente (cd/m2). UNIDADES FOTOMÉTRICAS • LUMINÂNCIA A luminância depende tanto do nível de iluminação ou iluminância, quanto das características de reflexão das superfícies. Símbolo = L Unidade = cd /m2 Candela/m2 (L) = I/S x Cos UNIDADES FOTOMÉTRICAS • ILUMINÂNCIA OU ILUMINAMENTO É o fluxo luminoso que incide sobre uma superfície situada a uma certa distância da fonte, ou seja, é a quantidade de luz que está chegando em um ponto. Esta relação é dada entre a intensidade luminosa e o quadrado da distância (l/d2). • A iluminância pode ser medida através de um luxímetro, porém, não pode ser vista. O que é visível são as diferenças na reflexão da luz. A iluminância é também conhecida como níveis de iluminação. UNIDADES FOTOMÉTRICAS • ILUMINÂNCIA OU ILUMINAMENTO Símbolo = E Unidade = lux (lx) UNIDADES FOTOMÉTRICAS Iluminância x Luminância UNIDADES FOTOMÉTRICAS • NBR - 5413 Tipo de Atividade Trabalho não contínuao ou de transição, como: circulação, sanitário, dormitório, depósito, saguão, sala de espera, etc Trabalho simplificado com requisitos visuais limitados, como: sala decontrole, sala de aula, arquivo, indústria, etc. Tarefa realizada continuamente, com requisitos visuais normais, como:escritórios, bancos, bibliotecas, lojas, etc. Situações onde se exige visualização de detalhes, como em exposição em vitrine ou display, desenho, etc. E (min) E (méd) E (máx) 100 150 200 200 300 500 300 500 750 750 1000 1500 UNIDADES FOTOMÉTRICAS Norma de Iluminamento para hospitais Mínimo Médio Máximo sala dos médicos ou enfermeiras: - geral 100 150 200 - mesa de trabalho 300 500 750 quarto de preparação 150 200 300 arquivo 100 150 200 farmácia: - geral 150 150 300 - mesa de trabalho 300 500 750 trabalho com radioisótopos: - laboratório radioquímico 300 300 750 - salão de medidas 150 200 300 - mesa de trabalho 300 500 750 UNIDADES FOTOMÉTRICAS • CURVA DE DISTRIBUIÇÃO LUMINOSA OU CURVA FOTOMÉTRICA É a representação da Intensidade Luminosa em todos os ângulos em que ela é direcionada num plano. UNIDADES FOTOMÉTRICAS • CURVA DE DISTRIBUIÇÃO LUMINOSA OU CURVA FOTOMÉTRICA A curva de distribuição luminosa é apresentada em coordenadas polares (cd/1000 lm) para diferentes planos. São estas curvas que indicam se a lâmpada ou luminária tem uma distribuição de luz concentrada, difusa, simétrica, assimétrica, etc. UNIDADES FOTOMÉTRICAS • CURVA DE DISTRIBUIÇÃO LUMINOSA OU CURVA FOTOMÉTRICA UNIDADES FOTOMÉTRICAS • CURVA DE DISTRIBUIÇÃO LUMINOSA OU CURVA FOTOMÉTRICA LCQ UNIDADES FOTOMÉTRICAS • CURVA DE DISTRIBUIÇÃO LUMINOSA OU CURVA FOTOMÉTRICA LSA UNIDADES FOTOMÉTRICAS • FATOR DE UTILIZAÇÃO É o fluxo luminoso emitido por uma lâmpada sobre influência do tipo de luminária e da conformação física do ambiente onde ele se propagará. Indica, portanto, a eficiência luminosa do conjunto lâmpada, luminária e ambiente. UNIDADES FOTOMÉTRICAS • ÍNDICE DO AMBIENTE (RCR) É a relação entre as dimensões do local, tanto para iluminação direta como indireta. • REFLETÂNCIA: Relação entre o fluxo luminoso refletido e o fluxo luminoso incidente sobre uma superfície. É medida geralmente em porcentagem. LEIS FUNDAMENTAIS DA LUMINOTÉCNICA • LEI DO INVERSO DO QUADRADO DA DISTÂNCIA Para uma mesma fonte luminosa, o iluminamento em diversas superfícies situadas perpendicularmente a direção da radiação, é diretamente proporcional ao quadrado da distância que o separa da fonte. I E 2 d LEIS FUNDAMENTAIS DA LUMINOTÉCNICA • LEI DO COSENO O iluminamento em um ponto qualquer de uma superfície é proporcional ao co-seno do ângulo de incidência dos raios luminosos no ponto considerado. I. cos E 2 d VARIÁVEIS DE UM PROJETO EFICIENTE DE ILUMINAÇÃO • • • • TIPO DE LUMINÁRIA; TIPO DE REATOR (DESCARGA); COR TETO, PAREDE E PISO; CONTROLE AUTOMATIZADO DO SISTEMA DE ILUMINAÇÃO; • TIPO DE LÂMPADA; • APROVEITAMENTO DA ILUMINAÇÃO NATURAL. LUMINÁRIA A principal característica de desempenho elétrico exigido de uma Luminária é a boa refletância do seu corpo interno. REATOR • O Princípio na especificação do reator para as lâmpadas de descargas é a utilização de reatores do tipo eletrônicos. COR DE TETO, PAREDES E PISOS • PRINCÍPIO BÁSICO: “Utilizar, na medida do possível, cores claras.” LÂMPADAS • ÍNDICE DE REPRODUÇÃO DE COR É o valor que representa a capacidade que tem as lâmpadas de apresentarem um espectro de luz que melhor determine a cor de certo corpo ou seja, um espectro que melhor se aproxime do espectro da luz solar. LÂMPADAS • ÍNDICE DE REPRODUÇÃO DE COR LÂMPADAS • TEMPERATURA DE COR É a temperatura na qual um corpo negro emite luz na cor idêntica a emitida pela lâmpada a ser comparada, indica a aparência de cor de luz, ou a sensação de Tonalidade de Cor de diversas lâmpadas. Símbolo = K Unidade = Kelvin LÂMPADAS • TEMPERATURA DE COR Quando dizemos que um sistema de iluminação apresenta luz “quente” não significa que a luz apresenta uma maior temperatura de cor, mas sim que a luz apresenta uma tonalidade mais amarelada. LÂMPADAS • INCANDESCENTES Operam através do aquecimento de um fio fino de tungstênio pela passagem de corrente elétrica. Apenas 10% de toda a energia consumida por essa lâmpada transforma-se em luz. O resto se transforma em calor, o que gera uma eficiência luminosa menor que 18 Im/W. LÂMPADAS • FLUORESCENTES São lâmpadas que utilizam descarga elétrica através de um gás. Consiste em um tubo cilíndrico de vidro revestido de material fluorescente (cristais de fósforo), contendo vapor de mercúrio a baixa pressão em seu interior e, portanto em suas extremidades eletrodos de tungstênio. Necessitam para seu funcionamento de um reator e um starter. São utilizadas na iluminação geral. LÂMPADAS • FLUORESCENTES COMPACTAS LÂMPADAS • VAPOR DE MERCÚRIO Com bulbo semelhante ao das incandescentes, operam como as fluorescentes, através da descarga elétrica numa mistura de vapor de mercúrio com pequena quantidade de argônio, atingindo altas pressões internas durante o funcionamento. São usadas na iluminação pública e na iluminação de pátios, estacionamentos, áreas livres, depósitos, onde a reprodução precisa de cores não é exigida. É recomendável o seu uso na área industrial. LÂMPADAS • MULTIVAPOR METÁLICO São lâmpadas de mercúrio a alta pressão em que a radiação é proporcionada por iodeto de ítrio, tálio e sódio adicionados ao mercúrio. Necessitam para seu funcionamento de um reator e um ignitor. LÂMPADA • EFICIÊNCIA LUMINOSA É a relação entre o fluxo luminoso emitido e a energia elétrica consumida (potência). É útil para averiguarmos se um determinado tipo de lâmpada é mais ou menos eficiente do que outro. Unidades = Lúmen por Watt (lm / W) LÂMPADA • EFICIÊNCIA LUMINOSA LÂMPADA • VIDA ÚTIL LÂMPADAS POTÊNCIA FLUXO (Watts) LUMINOSO LUMINOSA (lumens) (lm/Watts) 40 60 100 150 470 780 1.480 2.360 11,8 13,0 14,8 15,7 Incand. 36 410 12,8 Econômica 54 710 14,6 67 90 950 1.320 15,8 16,4 TIPO DE LÂMPADA Incand. Comum EFICIÊNCIA VIDA MÉDIA (horas) VANTAGENS DESVANTAGENS 1.000 Iluminação Baixa eficiência Ligação imediata geral luminosa e, por sem necessidade localizada de isto, custo de uso de dispositivos interiores. elevado; alta auxiliares Tamanho produção de calor, 1.000 OBSERVAÇÃO LÂMPADAS TIPO DE LÂMPADA POTÊNCIA FLUXO EFICIÊNCIA VIDA MÉDIA (Watts) LUMINOSO LUMINOSA (horas) (lumens) (lm/Watts) 160 3.000 18,8 Mista 6.000 VANTAGENS DESVANTAGENS Substituem lâmpadas incandescentes normais Custo elevado; de elevada potência. Pequeno Volume. demora 5 min para atingir 80% do fluxo luminoso OBSERVAÇÃO Não necessita de dispositivos auxiliares, e é ligada somente em 220 Volts. 250 5.500 22,0 Boa vida média. 500 80 13.500 3.500 27,0 43,8 Boa eficiência Necessita de 125 6.000 48,0 luminosa, pequeno volume, longa dispositivos 12.600 50,4 vida auxiliares 22.000 55,0 Vapor de 250 Mercúrio 400 15.000 média. (reator) e é ligada somente em 220 V. LÂMPADAS TIPO DE LÂMPADA POTÊNCIA FLUXO EFICIÊNCIA (Watts) LUMINOSO LUMINOSA (lumens) (lm/Watts) Flúores. 15 850 56,7 Comum 20 30 40 1.060 2.000 2.700 53,0 69,2 69,4 Flúores. 60 85 110 16 3.850 5.900 8.300 1.020 64,2 69,4 75,5 63,7 Econômica 32 2.500 78,1 5 7 9 11 13 250 400 600 900 900 50,0 57,1 66,7 82,0 69,2 Flúores. H.O. Flúores. Compacta VIDA MÉDIA (horas) 7.500 10.000 10.000 7.500 5.000 VANTAGENS DESVANTAGEN S Ótima eficiência Custo elevado luminosa, longa vida útil, baixo custo de funcionamento, Boa reprodução de cores. Boa vida média. de instalação. OBSERVAÇÃO Necessita de dispositivos auxiliares (reator+starter ou somente reator de partida rápida).