Professor Marcelo Dorneles Michel (UFSM-2010) Uma hipótese é uma explicação de um fenômeno observado. A experimentação a hipótese. O método hipotético ___________consiste em obter conseqüências apenas prováveis a partir de uma hipótese. Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas. a) provisória - antecede – indutivo. b) definitiva - antecede – dedutivo. c) provisória - sucede - dedutivo. d) provisória - sucede - indutivo. e) definitiva - sucede - indutivo. TEORIA CIENTÍFICA: - é o resultado das investigações, experimentos, do conjunto de métodos pelos quais é possível explicar os fenômenos (suas causas). - uma teoria pode ser o resultado da verificação das hipóteses. HIPÓTESES: - suposição, espécie de indução, podem ser refutadas através dos experimentos que provem que elas não valem mais. ARGUMENTO DEDUTIVO - Parte de uma verdade universal e chega a uma verdade menos universal ou singular. Sua característica principal é a necessidade, uma vez que nós admitimos como verdadeira as premissas teremos que admitir a conclusão como verdadeira. ARGUMENTO INDUTIVO - é raciocínio que geralmente parte de enunciados singulares e infere-se um enunciado universal. Parte de dados da experiência e desses dados chega a enunciados universais. Oferece novas informações que não estavam contidas na premissa. Então, - A Teoria pode ser o resultado da verificação de hipótese. - A teoria resulta da experimentação que comprova algo. -Hipóteses - uma suposição provável acerca de algo-, espécie de indução, podem ser refutadas através dos experimentos que provem que elas não valem mais e, se comprovadas, tornam-se teorias. - elas antecedem uma teoria. - INDUTIVO:- é raciocínio que geralmente parte de enunciados singulares e infere-se um enunciado universal Resposta Correta: D (provisória/sucede/indutivo) • • • • • • • • • • • • (UFSM) A arquitetura de uma época aponta não só para um determinado estilo artístico, mas também pode indicar traços de vida moral e política de um grupo humano. As torres das igrejas góticas, por exemplo, mostraram a verticalidade na relação entre Deus e o homem, o céu e a terra, o superior e o inferior, característica básica da cultura medieval. A respeito da concepção de moralidade no período medieval, pode-se afirmar que: I. A conduta humana deve se pautar em regras derivadas da natureza. II. A imoralidade está relacionada com a desobediência às leis divinas reveladas. III. A razão humana ocupa o lugar central na vida ética. IV. A ética se preocupa, principalmente, com a autonomia moral do indivíduo. Está(ao) correta( s) a) Apenas I b) Apenas II. c) Apenas III. d) Apenas II e IV. e) Apenas III e IV. A teologia é abordada no Período Medievo (600 – 1500 d.c.). no qual foi o apogeu do poder da igreja católica (romana) Refere-se ao conjunto de verdades a respeito de Deus. Os mandamentos supremos (divinos) são leis que regulam o comportamento, deles derivam todas as regras de conduta e convivência no vestuário e na construção de prédio. O homem moral é aquele que deve seguir as leis divinas, se ele não seguir, sua ação será em desacordo a norma - será uma ação imoral. Resposta Correta: B • • • • • • • • • • • • • • (UFSM-PEIES) A ética normativa de Kant propõe como fundamento último, o imperativo categórico que afirma, numa das suas formulações: “Procede apenas segundo aquela máxima, em virtude da qual podes querer ao mesmo tempo que ela se torne em lei universal”. O imperativo pretende garantir I. a moralidade do agir. II. a autonomia do agir. III. a heteronomia do agir Está(ão) correta(s) a(s) alternativa(s) a) I apenas. b) II apenas. c) III apenas. d) I e II apenas. e) I e III apenas. Para Kant, o agir por dever é o modo de conferir à ação o valor moral; por sua vez, a perfeição moral só pode ser atingida por uma vontade livre e autônoma. O imperativo categórico no domínio da moralidade é a forma racional do “deverser”, ou seja, é a fórmula da ação racional boa e necessária. Resposta Correta: D • • • • • • • • • • • • (UFSM) A afirmação “Os homens libertam-se pouco a pouco da brutalidade, quando de nenhum modo se procura intencionalmente nela os conservar” foi usada por Immanuel Kant, em 1784, para expressar uma importante reivindicação do iluminismo. (KANT, I. Resposta à pergunta: que é o iluminismo?) A citação se refere à passagem I. da superstição à religião. II. . do mito ao conceito. III. da heteronomia à autonomia. Está(ão) correta(s) a(s) alternativa(s) a) I apenas. b) II apenas. c) III apenas. d) I e III apenas. e) II e III apenas. Kant é um filósofo do período moderno da filosofia no qual o objeto do conhecer está focado no sujeito enquanto ser que pode conhecer. Os teóricos iluministas destacam que os fundamentos dos valores se encontram no ser humano. O agir é pela “luz da razão” – crença nos poderes da razão. Defendem um ideal da tolerância e Autonomia. Resposta Correta: C • • • (UFSM)Thomas Hobbes é conhecido por sua descrição do estado de natureza como um estado de guerra de todos os homens contra todos os homens. Para superar essa condição inicial de insegurança Hobbes propõe a instituição de um Estado (A) Pautado por um ideal de isomeria e igualdade social (B) Civil mediante um pacto que transfere todo direito natural dos indivíduos a um soberano (C) Liberal que assegure o direito à propriedade privada e às liberdades do indivíduo (D) Pautado por valores democráticos, no plano político, e pelo mercado, no econômico (E) Fundado no despotismo esclarecido e nos ideais iluministas Resposta comentada Na questão proposta reconhecemos que trata de um problema ligado a filosofia política. O autor sugerido (Hobbes) é considerado um dos primeiros teóricos contratualistas e jusnaturalistas no período moderno. Para resolver a questão é preciso lembrar que Hobbes é defensor do ideal absolutista, de um soberano e que ideias liberais estão presentes em Locke (teórico contratualista), mas que é absolutista. • • • • “A felicidade é, portanto, a melhor, a mais nobre e a mais aprazível coisa do mundo, e esses atributos não devem estar separados como na inscrição existente em Delfos: ‘das coisas, a mais nobre é a mais justa, e a melhor é a saúde; porém a mais doce é ter o que amamos’. Todos esses atributos estão presentes nas mais excelentes atividades, e entre essas a melhor, nós a identificamos como felicidade.” (ARISTÓTELES, A Política. São Paulo: Cia das Letras, 2010) Ao reconhecer na felicidade a reunião dos mais excelentes atributos, Aristóteles a identifica como a) Busca por bens materiais e títulos de nobreza. b) Plenitude espiritual e ascese pessoal. c) Finalidade das ações e condutas humanas. d) Conhecimento de verdades imutáveis e perfeitas. e) Expressão do sucesso individual e reconhecimento público. Ora, qualquer um que já tenha lido pelo menos o começo do tratado “A Política” ou da “Ética a Nicômaco” certamente está farto de saber que o interesse de toda filosofia prática de Aristóteles é teleológico, ou seja, pergunta pelo fim (finalidade) das ações e condutas humanas. A resposta correta para essa questão é, portanto, a alternativa “c”. • • • • “Nasce daqui uma questão: se vale mais ser amado que temido ou temido que amado. Responda-se que ambas as coisas seriam de desejar; mas porque é difícil juntá-las, é muito mais seguro ser temido que amado, quando haja de faltar uma das duas. Porque dos homens se pode dizer, duma maneira geral, que são ingratos, volúveis, simuladores, covardes e ávidos de lucro, e quanto lhes fazem bem são inteiramente teus, oferecem-te o sangue, os bens, a vida e os filhos, quando, como acima disse, o perigo está longe; mas quando ele chega, revoltam-se.” (MAQUIAVEL, N. O Príncipe. Rio de Janeiro: Bertrand, 1991.) A partir da analise histórica do comportamento humano em suas relações sócias e políticas, Maquiavel define o homem como um ser a) Munido de virtude, com disposição nata a praticar o bem a si e aos outros. b) Possuidor de fortuna, valendo-se de riquezas para alcançar êxito na política. c) Guiado por interesses, de modo que suas ações são imprevisíveis e inconstantes. d) Naturalmente racional, vivendo em um estado pré-social e portanto seus direitos naturais. e) Sociável por natureza, mantendo relações pacíficas com seus pares. Para resolver essa questão não é preciso ter lido “O Príncipe”. Não é preciso nem mesmo ter algum dia ouvido falar desta obra ou mesmo de um tal Maquiavel. Exceto para analfabetos funcionais, o trecho citado no enunciado entrega a resposta certa: novamente alternativa “c”. • • • • “Para que não haja abuso, é preciso organizar as coisas de maneira que o poder seja contido pelo poder. Tudo estaria perdido se o mesmo homem ou o mesmo corpo dos principais, ou dos nobres, ou do povo, exercesse esses três poderes: o de fazer leis, o de executar as resoluções públicas e o poder de julgar os crimes ou as divergências dos indivíduos. Assim, criam-se os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, atuando de forma independente para a efetivação da liberdade, sendo que esta não existe se uma mesma pessoa ou grupo exercer os referidos poderes concomitantemente.” (MONTESQUIEU, B. Do espírito das leis. São Paulo: Abril Cultural, 1979). A divisão e a independência entre os poderes são condições necessárias para que possa haver liberdade em um Estado. Isso pode ocorrer apenas sob um modelo politico em que haja a) Exercício de tutela sobre atividades jurídicas e politicas. b) Consagração do poder politico pela autoridade religiosa. c) Concentração do poder nas mãos de elites técnico-cientificas. d) Estabelecimento de limites dos atores públicos e às instituições do governo. e) Reunião das funções de legislar, julgar e executar nas mãos de um governante eleito. Ora, um governante (ou governo) que detivesse para si os três poderes citados estaria acima da lei, haja vista a inexistência de competências políticas que fiscalizassem suas decisões e ações. A humanidade experimentou por muitos séculos esse tipo de política (monarquias, absolutismos, ditaduras, etc.). Montesquieu defende que, somente havendo a divisão dos três poderes, é possível que eles se fiscalizem mutuamente, evitando abusos e impondo limites uns aos outros. Para que a justiça e a liberdade sejam garantidas, é preciso que toda forma de poder político seja limitada. Portanto, a resposta correta é a alternativa “d”. • “Na produção social, os homens entram em determinadas relações indispensáveis e correspondem a um estágio definido de desenvolvimento das suas forças materiais de produção. A totalidade dessas relações constitui a estrutura econômica da sociedade – fundamento real, sobre o qual se erguem as superestruturas política e jurídica, e ao qual correspondem determinadas formas de consciência social.” (MARX, K. Crítica da Economia Política. In: MARX, K; ENGELS, F. Textos 3. São Paulo: Edições Sociais, 1977). • Para o autor, a relação entre economia e política estabelecida no sistema capitalista faz com que • a) O proletariado seja contemplado pelo processo de mais-valia. b) O trabalho se constitua como o fundamento real da produção material. c) A consolidação das forças produtivas seja compatível com o progresso humano. d) A autonomia da sociedade civil seja proporcional ao desenvolvimento econômico. e) A burguesia revolucione o processo social de formação da consciência de classe. • Em outras palavras, Marx está falando de trabalho. Quando ele diz “produção social”, “relações de produção” ou “forças materiais de produção”, está falando do trabalho. Logo, a alternativa correta é a “b”. • • • • “Até hoje admitia-se que nosso conhecimento se devia regular pelos objetos; porém, todas as tentativas para descobrir, mediante conceitos, algo que ampliasse nosso conhecimento, malogravam-se com esse pressuposto. Tentemos, pois, uma vez, experimentar se não se resolverão melhor as tarefas da metafísica, admitindo que os objetos se deveriam regular pelo nosso conhecimento.” (KANT, I. Crítica da Razão Pura. Lisboa: Calouste-Gulbenkian, 1994) O trecho em questão é uma referência ao que ficou conhecido como revolução copernicana na filosofia. Nele confrontam-se duas posições filosóficas que a) Assumem pontos de vista opostos acerca da natureza do conhecimento. b) Defendem que o conhecimento é impossível, restando-nos somente o ceticismo. c) Revelam a relação de interdependência entre os dados da experiência e a reflexão filosófica. d) Apostam, no que diz respeito às tarefas da filosofia, na primazia das ideias em relação aos objetos. e) Refutam-se mutuamente quanto à natureza do nosso conhecimento e são ambas recusadas por Kant. Nesse trecho, Kant propõe a inversão de um pressuposto assumido pela tradição. Para a tradição filosófica até Kant, nós (sujeito) deveríamos nos regular pelas coisas (objeto) para poder conhecê-las. A proposta de Kant é que as coisas (objeto) é que devem se regular pela nossa cognição (sujeito). Você não precisa entender o que isso significa. Basta notar o óbvio: essas duas posições “assumem pontos de vista opostos acerca da natureza do conhecimento”. Portanto, a resposta certa é a alternativa “a”. René Descartes Ideias claras e distintas Para conhecer a verdade, é preciso, de início, colocar todos os Um dos pais da filosofia nossos conhecimentos emmoderna dúvida. René Descartes A dúvida metódica e o cogito Meus pensamentos existem Ser pensante Única verdade totalmente livre de dúvida A existência desse pensamento se confundia com a essência da própria existência. Disso decorreu a célebre conclusão de Descartes: Cogito ergo sum Em latim Penso, logo existo Para Descartes, “Penso, logo existo” seria uma verdade absolutamente firme, certa e segura, que, por isso, deveria ser adotada como princípio básico de toda a sua filosofia. Pensamento para Descartes é: tudo o que afirmamos, negamos, sentimos, imaginamos, cremos e sonhamos. Ser humano essencialmente pensante. Logo existo Filosofia Moderna: Empirismo e Iluminismo Com o iluminismo, o homem superou sua menoridade intelectual. Kant A razão tudo ilumina, pensavam os iluministas. No quadro, a luz da sabedoria parece nascer das páginas do livro e projetar-se naquele que o lê. O Filósofo Pitagórico (1762) – Pietro Longhi. Empirismo A experiência sensível é fundamental Nos séculos XVII e XVIII, muitas epistemologias ou teorias do conhecimento foram formuladas. As principais são: Empirista A origem fundamental do conhecimento está na experiência sensível. Racionalista Além do conhecimento pela experiência sensível, há o conhecimento pela razão. O racionalismo realça a importância do conhecimento pela razão. René Descartes Princípio da filosofia cartesiana Sujeito pensante Ideias inatas O sujeito pensante possui certos tipos de ideias que nasceram com ele e dispensam a percepção de um objeto para fazê-las existir. Inatismo. A filosofia cartesiana provocou a reação dos empiristas modernos que argumentaram contra a tese da existência de ideias inatas. Empirismo O palco inicial do empirismo moderno foi a Inglaterra. Nesse país, grande parte da burguesia, a partir do século XVII, conquistou não apenas poder econômico, como também político e ideológico, impondo o fim do absolutismo monárquico (Revolução Gloriosa). Principais pensadores Thomas Hobbes John Locke George Berkeley David Hume Iluminismo A razão em busca de liberdade • “A razão não era o cofre da alma onde se guardavam verdades eternas, mas era a força espiritual, a energia capaz de nos conduzir ao caminho da verdade”. Ernest Cassirer (1874-1945) • Enfatiza a capacidade humana de, através do uso da razão, conhecer a realidade e intervir nela, no sentido de organizá-la racionalmente, de modo a assegurar uma vida melhor para as pessoas. • Libertar o homem dos medos irracionais, superstições e crendices, levando-o a questionar as tradições vulgares e construir uma nova ordem racional da sociedade. • Generalização e aplicação das doutrinas críticas e analíticas aos diversos campos da atividade humana, bem como dos ideais de conhecimento forjados no grande racionalismo do século XVII: Indicadores: Estudos: a atenção dos intelectuais se volta para o mundo terreno. História: os estudos da história ganham expressão. Percebe-se que o conjunto dos conhecimentos adquiridos no passado podem ser colocados a serviço do bem-estar social. Progresso: o entusiasmo pelas novas descobertas – a ideia do progresso. FILOSOFAR A ética Ética Do ser ao que deve ser A característica específica do homem em comparação com os outros animais é que somente ele tem o sentimento do bem e do mal, do justo e do injusto e de outras qualidades morais. ARISTÓTELES. Política, p. 15. O ser humano age no mundo de acordo com valores. As ações podem ser hierarquizadas de acordo com as noções de bem e de justo compartilhadas por um grupo de pessoas, em um determinado momento. O homem é um ser moral, capaz de avaliar sua conduta a partir de valores morais. Distinção entre Moral e Ética Moral Ética Latim: mos mor-, “costumes”. Conjunto de normas que orientam o comportamento tendo como base os valores de uma comunidade ou cultura. Grego: ethikos, “modo de ser”, “comportamento”, disciplina filosófica que investiga os sistemas morais elaborados pelos homens, buscando compreender a fundamentação das normas e proibições (interdições) e explicitar as concepções sobre o ser humano e a existência humana . Une o saber ao fazer, aplicando o conhecimento sobre o ser para construir aquilo que deve ser.