Faculdade de Regional do Jacuípe – FARJ
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CURRÍCULO E
CONHECIMENTO ESCOLAR
ORIENTADOR: MARCONDE JACOB
ARARIPINA – PE, 22/03/2015.
CURRÍCULO E SOCIEDADE
O currículo entendido como “tradição coletiva”, traduz elementos da mem´ria
coletiva, expressão ideológica, política, expressão de conflitos simbólicos, de
descobrimento e ocultamento, segundo os interesses e jogos de força daqueles que estão
envolvidos (ou não) no processo educativo.
Quando se fala em “seleção de conteúdos”, não se fala de coisa neutra: na escolaha
de conteúdos curriculares se determinam variáveis sociais e dinâmicas; pondo-se em jogo
interessses, exercita-se o poder, determina-se rumos políticos; urde-se uma trama social
complexa.
Há um poder, como atesta Foucalt em várias obras, que é difuso, que se distribui
em mil intãncias pequenas, individuais, de pequenos grupos, nas reentrâncias mais
recônditas da sociedade.
ORIENTADOR: MARCONDE JACOB
ARARIPINA – PE, 22/03/2015.
TENDÊNCIAS NO BRASIL
Não temos no Brasil, algo que corresponda a um estudo aprofundado sobre o
problema do currículo; esta quastão tem sido discutida junto com a questão do libro
didático, nas discussões das relações escoals e sociedade junto com as questões da
dificuldades de aprendizagem dos alunos, com o probelma da competência técnica e
política do professor e outras temáticas mais(Paraíso, 1994).
A relação currículo e sociedade começou se posta no Brasil a partir do final da
década de 1960, recebendo o nome de Nova Sociologia da Educação (NSE), com
característica essencial “considerar o cinjunto dos funcionamentos e fatores sociais da
educação, a partir da seleção, da estruturação, da circulação e da legitimação dos
saberes e conteúdos simbólicos incorporados nos programas e nos cursos.
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ORIENTADOR: MARCONDE JACOB
ARARIPINA – PE, 08/03/2015.
Na busca de uma resposta a uma série de questionamentos em torno do currículo,
surgia a Sociologia do Currículo. Questões tais como:
A - O que pode ou não ser considerado de valor educativo para fazer parte dos conteúdos
transmitidos pela escola?
B – Quem faz a seleção dos conteúdos e, portanto, dos elementos culturais que fazem parte dos
currículos?
C – A quem serve os conteúdos ensinados na escola?
D – Como é tratada a cultura das classes populares nos currículos?
Tais questões levaram aos estudos da Sociologia do Currículo, em muitos lugares do
planeta e no Brasil.
ORIENTADOR: MARCONDE JACOB
ARARIPINA – PE, 08/03/2015.
Não se deve negar, a abertura de caminhos nas discussões dialético-marxista
encetadas em 1979 - teoria que defende que a sociedade é definida por fatores materiais,
como economia, biologia, geografia e desenvolvimento científico. Se opõe a ideia de que a
sociedade seja definida por forças sobrenaturais, divindades ou pelo pensamento -, que
resultou em teorizações como a teoria crítico-social dos conteúdos – teoria preocupada
com a função transformadora da educação em relação à sociedade, sem, com isso,
negligenciar o processo de construção do conhecimento fundamentado nos conteúdos
acumulados pela humanidade.
Na decada de 1980, o debate sobre currículo no Brasil foi aceso e a educação
popular ganhou espaços na reflexão e na prátia pedagógica, bem como em nível teórico. O
construtivismo - uma das correntes teóricas empenhadas em explicar como a inteligência
humana se desenvolve partindo do princípio de que o desenvolvimento da inteligência é
determinado pelas ações mútuas entre o indivíduo e o meio. - teve grande aceitação nos
meios educacionais brasileiros
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O período de 1986 a 1989 trouxe mudanças significativas num artigo de Mcdonald,
inspirado por Habermans intitulado “Interessses humanos e paradigmas curriculares”.
Nesse período se superou a concepção de currículo como elenco de disciplinas ou
listagem de conteúdos e se pensou no sentido de que todas as ativiadaes da escola são
significativas para o sabeer do aluno, para sua apropriação do conhecimento.
A escola assume o papel social, os estudiosos trabalham a adequação dos conteúdos
aos alunos, a tendência de adotar um currrículo crítico, uma adequação do currículo às
classes e grupos mais excluídos sobretudo pela pobreza material, a discussão da formação
básica para todos os brasileiros comrespeito as questões e interesses regionais.
Nesse tempo, obras de Michael Apple e Henry Giroux tornaram-se conhecidas no
Brasil. Tomaz da Silva iniciou importantes estudos curriculares.
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ARARIPINA – PE, 08/03/2015.
CURRICULO E CULTURA
Uma das mais recentes tendências quanto aos estudo curriculares é a de ligar o
tema às questões culturais.
Moreira & Silva (1994) afirmam: “...a cultura é o terreno em que se enfrentam
diferentes e conflitantes concepções de vida social, é aquilo pelo qual se luta e não aquilo
que recebemos” (p. 27).
Trata-se, mais, de descobrir na cultura as diferenças mínimas, mas significativas,
dinâmicas, difrenças que produzem diferenças; ao observar o cuidado de autores, em
ressaltar a diferença quando a categoria gênero entra em cena na análise dos fenômenos
sociais.
ORIENTADOR: MARCONDE JACOB
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Nos Estudos Culturais voltados para o currículo não se pode mais ignorar as
diferenças culturais, de gênero, de raça, de cor, sexo etc.
Em todo enfoque cultural, há uma profunda preocupação co os valores éticos do
respeito, do cuidado heideggeriano com a vida, com o outro, com o sujeito diferente, com a
dor da exclusão, com a ma´goa das minorias marginalizadas, com os excluídos, coma
discriminação dos gays e lésbicas, com a exploração da mulher, com o abandono de
crianças, com osilenciamento dos jovens e adolescentes...Sem entrar nestas graves
questões, podemos afirmar que o argumento ético é forte, prevalece, torna visível as
feridas sociais.
O currículo está intimamente ligado às questões culturais, desde o momento que se
faz a pergunta: “Currículo para quem?” Afinal, a questão central do currículo diz
respeito àquilo que a escola faz e para quem faz ou deixa de fazer.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Hoje, as questões curriculares estão intimamente conctadas aos problemas sociais
e, em dias mais recentes, aos aspectos culturais. A tendência atial é aprofundar esta
questão, numa forte tentativa de eticidade perante as diferenças.
A sociedade pós-moderna se caracteriza pela complexidade.
O currículo é o lugar dos eventos micro e macro, dos sistemas educacionais, das
instituições, a um tempo, e o lugar, também, dos desejos mínimos, por outro. As decisões
tomadas a respeito do currículo (micro ou macro) afetam vidas, sujeitos. Daí, sua
importância.
OBRIGADO!!!
ORIENTADOR: MARCONDE JACOB
ARARIPINA – PE, 08/03/2015.
Segundo a sua tese, os esforços para ensinar conteúdos e
habilidades específicas são,até certo ponto fúteis. O que importa é a
competência cognitiva geral e reforçá-la é a única coisa que a
educação pode e deve fazer, submetida às leis gerais do
desenvolvimento operatório ( profusão de conflitos cognitos,
manuseio direto de objetos, etc. ).
A década de 1970 foi pródiga em currículos e programas para a
pré-escola e ensino básico ( Kamii, 1970; lawson, 1975; Karplus,
1979, etc. ), inspirados no enfoque cognitivo-evolutivo, que parte do
princípio de que,
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a finalidade última da educação formal é promover o avanço possível dos alunos na
sequência evolutiva da etapas operatórias....
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pré-escolar – operatividade concreta
ensino básico – operatividade formal
O enfoque de Kolberg, argumenta Bereiter, identifica o crescimento educacional
como mudanças naturais: segundo a teoria genética, é inexorável – desde que não ocorram
transtornos graves ou fortes carências de estimulação ambiental – que os seres humanos
progridam da etapa sensorio-motora para a das operações concretas e desta para as etapas
formais.
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Os processos de desenvolvimento e de aprendizagem são considerados quase
independentes; atribuem-se quase que exclusivamente aos primeiros uma dinâmica
interna da pessoa os os segundos, a uma presssão externa.
Scribner e Cole (1973), em suas pesquisas, manifestam que “a universalidade
das capacidade cognitivas básicas” (a capacidade de generalizar, recordar, formar
conceitos, raciocinar logicamente, etc.) em todos os grupos estudados. Ressaltam
ainda diferenças na maneira de utilizar essas capacidades em situações concretas de
resolução de problemas.
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ARARIPINA – PE, 08/03/2015.
De acordo com Cole e Wakai (1984, p. 6-7), a cultura engloba múltiplos aspectos:
conceitos, explicações, raciocínios, linguagem, ideologia, costumes, valores, crenças,
sentimentos, interesses, atitudes, pautas de comportamento, tipos de organização
familiar, profissional, econômica, social, tecnológica, tipos de habitat, etc.
Os grupos sociais ajudam seus membros a asssimiliar a experiência
culturalmente organizada e a converter-se, por sua vez, em membros ativos e em
agentes de criação cutural, ou, o que é a mesma coisa, favorecerem seu
desenvolvimento pessoal no seio da cultura do grupo, fazendo-os participar de um
conjunto de atividades que, consideradas globalmentente, constituem o que chamamos
de Educação.
ORIENTADOR: MARCONDE JACOB
ARARIPINA – PE, 08/03/2015.
Assim, a Educação designa o conjunto de atividades mediante as quais um grupo
assegura que seus membros adquiram a experiência social historicamente acumulada e
culturalmente organizada.
Obrigado!!!
ORIENTADOR: MARCONDE JACOB
ARARIPINA – PE, 08/03/2015.
CURRÍCULO E
CONHECIMENTO ESCOLAR
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