Tipos de conhecimento
Professora: Mariana Nóbrega
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Conhecimento

“É uma relação que se estabelece entre o
sujeito que conhece [cognoscente – se
apropria do conhecimento] e o objeto
conhecido. Se a apropriação é física,
sensível, o conhecimento é sensível [...] Se
a apropiação não é sensível – o que ocorre
com realidades como conceitos (ideias),
princípios e leis – o conhecimento é
intelectual.” (RAMPAZZO, 2005, p. 17).
Tipos de conhecimento
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*Conhecimento mítico;
Conhecimento popular ou vulgar;
Conhecimento científico
Conhecimento religioso;
Conhecimento filosófico;
Conhecimento mítico

“[...] o conhecimento mítico (raios e trovões como
manifestações de desagrado da divindade pelos
comportamentos
individuais
ou
sociais).”
(LAKATOS; MARCONI, 2007, p. 76).

“[...] baseado na intuição e que deriva do
entendimento de que existem modelos naturais e
sobrenaturais dos quais brota o sentido de tudo o
que existe. [...] ajuda o ser humano a ‘explicar’ o
mundo por meio de representações que não são
logicamente raciocinadas [...]. O conhecimento
mítico é expresso por meio de linguagem
simbólica e imaginária’.” (CYRINO & PENHA,
1992 apud SOUSA, p. 4, grifo nosso)
Fonte: Domínio público
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1 Zeus – “É o deus principal, governante do Monte Olimpo, rei dos deuses e dos
homens. Era o senhor do céu e o deus da chuva, aquele que tinha o terrível poder
do relâmpago. A tempestade representava a sua fúria.”
2 Hera – “Mulher de Zeus e rainha do Olimpo, Hera é a deusa do matrimônio, do
parto e da família.”
3 Posêidon - O” irmão mais velho de Zeus e Hades é Posêidon, o deus do
oceano. ”
4 Atena – “É a deusa da sabedoria, imbatível na guerra, [...], Atena era
extremamente estratégica.”
5 Ares – “O terrível deus da guerra é outro filho de Zeus e Hera.”
6 Deméter – “Filha de Cronos e Réia, era a deusa das plantas, da terra cultivada,
das colheitas e das estações do ano.”
7 Apolo – “Apolo era o deus da luz e do sol, na verdade, os gregos acreditavam
que ele era o próprio sol [...]”
8 Artêmis – “Artêmis se tornou a deusa da vida selvagem e da caça. Seus cabelos
eram negros e tinha olhos escuros, ao contrário de Apolo, ela era a deusa da noite
enluarada.”
9 Hefesto – “Também filho de Zeus e Hera, Hefesto era o arquiteto, o forjador,
construtor de todas as obras do Olimpo.”
10 Afrodite – “Deusa do amor, da beleza e do sexo, Afrodite é a mais bela das
deusas.”
11 Hermes – “Filho de Zeus com a deusa Maia, Hermes era esperto e rápido e
estava sempre a serviço de Zeus. Ele era o mensageiro dos deuses e também
conduzia a alma dos mortos até o submundo de Hades.”
12 – Dionísio – “Dionísio, o deus do vinho, das farras e da loucura, era filho de
Zeus e Sêmele, princesa tebana, filha de Cadmo e Harmonia.” (PORTAL HISTÓRIA
DIGITAL, 2013)
Conhecimento popular

“Popular é o conhecimento do povo, que nasce da
experiência do dia-a-dia: por isso é chamando
também de empírico. [...] É igualmente popular (ou
vulgar) o conhecimento que, em geral, o lavrador
iletrado tem das coisas do campo. [...] Mas, sendo
fruto
da
experiência
circunstancial,
esse
conhecimento não vai além do fato em si, do
fenêmeno isolado: é um conhecimento ametódico e
assistemático.” (RAMPAZZO, 2005, p. 18-9).
No conhecimento popular

Sabedoria ou Bom senso –
“[...] estes
apreciam componentes como convivência e
intuição, além da prática historicamente
comprovada em sentido moral.” (PRODANOV;
FREITAS, 2013, p. 15). Ex.: Ditos populares e
receitas caseiras para doenças.

Senso comum – “[...] este se caracteriza pela
aceitação não problematizada, muitas vezes
crédula, do que afirmamos ou temos por
válido.” (PRODANOV; FREITAS, 2013, p. 15).
Ditados populares
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“Deus ajuda quem cedo madruga.”
“Diga-me com quem andas que te direi quem és.”;
“Há males que vem para bem.”;
“Quem com ferro fere, com ferro será ferido.”
“Depois da tempestade vem a bonança.”
“Mais vale um pássaro na mão do que dois
voando.”
“A mentira tem perna curta.”
“Devagar se vai ao longe.”
Alertam, aconselham; refletem julgamentos (juízos
de valores); e, representam experiências.
Mais características do conhecimento popular
Quadro 1 - Características do conhecimento popular
Superficial
Sensitivo
Subjetivo
Assistemático
Acrítico
“[...] conforma-se
com a aparência,
com aquilo que se
pode
comprovar
simplesmente
estando junto das
coisas: expressa-se
por frases
como ‘porque o vi’,
‘porque o senti’,
‘porque o
disseram’, ‘porque
todo
mundo o diz’.”
“[...]
referente a
vivências,
estados de
ânimo e
emoções
da vida
Diária.”
“[...] o próprio
sujeito que
organiza suas
experiências e
conhecimentos,
tanto os que
adquire por
vivência própria
quanto os "por
ouvi dizer."
“[...] esta
"organização"
das
experiências
não visa a uma
sistematização
das idéias, nem
na forma de
adquiri-las nem
na tentativa de
validáLas.”
“[...]
verdadeiros
ou não, a
pretensão de
que esses
conhecimento
s
o sejam não
se manifesta
sempre de
uma forma
crítica.”
Fonte - Quadro elaborado pela autora com informações de Lakatos e Marconi (2003, p. 77).
História do conhecimento científico

“O conhecimento científico [...] tem pouco mais de
trezentos e surgiu no século XVIII com Galileu
(1564-1642). Isso não significa que antes não
houvesse nenhum saber rigoroso, pois desde a
Grécia antiga (século VII a. C.), os homens
aspiram um conhecimento racional que se
distinga do mito e do saber comum
(conhecimento empírico). Esse conhecimento
racional durante a Antiguidade e toda Idade
Média, foi chamado de filosofia [...] só se separa
quando procura seu próprio caminho [...] o seu
método: o que vai ocorrer apenas na Idade
Moderna.” (RAMPAZZO, 2005, p. 19, grifo do
autor).

“Lembrando que: “Durante muito tempo, as
ciências trataram exclusivamente do estudo dos
fatos e fenômenos da natureza. Até a segunda
metade do século XIX, o estudo do homem e da
sociedade permaneceu com os teólogos e
filósofos [...]. Mas a partir desse período, [...],
passou-se a buscar conhecimento acerca do
homem e da sociedade tão confiáveis quanto os
proporcionados pelas ciências das naturezas.”
(GIL, 2012, p. 3-4).
Características

“[...] o conhecimento científico é real (factual)
porque lida com ocorrências ou fatos [...].”
(LAKATOS; MARCONI, 2007, p. 80, grifo do
autor).

“Constitui um conhecimento contingente, pois
suas proposições ou hipóteses têm sua
veracidade ou falsidade conhecida através da
experiência e não apenas pela razão, como
ocorre no conhecimento filosófico.” (LAKATOS;
MARCONI, 2007, p. 80, grifo do autor).

“É sistemático, já que se trata de um saber ordenado
logicamente, formando um sistema de idéias (teoria) e
não conhecimentos dispersos e desconexos.”

“Possui a característica da verificabilidade, a tal ponto
que as afirmações (hipóteses) que não podem ser
comprovadas não pertencem ao âmbito da ciência.”
(LAKATOS; MARCONI, 2007, p. 80, grifo do autor).

Constitui-se em conhecimento falível, em virtude de não
ser definitivo, absoluto ou final e, por este motivo, é
aproximadamente exato: novas proposições e o
desenvolvimento de técnicas podem reformular o acervo
de teoria existente.” (LAKATOS; MARCONI, 2007, p.
80, grifo do autor).
Pode ser considerado:

“a) acumulativo, por oferecer um processo de
acumulação seletiva, em que novos conhecimentos
substituem outros antigos, ou somam-se aos
anteriores;

b) útil para a melhoria da condição da vida
humana;

c) analítico, pois procura compreender uma
situação ou um fenômeno global por meio de seus
componentes;

d) comunicável, já que a comunicabilidade é um
meio de promover o reconhecimento de um
trabalho como científico. A divulgação do
conhecimento é responsável pelo progresso da
ciência;

e) preditivo, pois, a partir da investigação dos
fatos e do acúmulo de experiências, o
conhecimento científico pode dizer o que foi
passado e predizer o que será futuro.”
(PRODANOV; FREITAS, 2013, p. 22-3).
Vídeo

“Cientistas aprendem com
o conhecimento popular”
Conhecimento popular #/= científico

“O conhecimento vulgar ou popular, às
vezes denominado senso comum, não se
distingue do conhecimento científico nem
pela veracidade nem pela natureza do
objeto conhecido: o que os diferencia é a
forma, o modo ou o método e os
instrumentos do ‘conhecer’.” (LAKATOS;
MARCONI, 2007, p. 76, grifo nosso).
Conhecimento filosófico

“O conhecimento filosófico é valorativo, pois seu
ponto de partida consiste em hipóteses, que não
poderão ser submetidas à observação [...] por
este motivo, o conhecimento filosófico não é
verificável, já que os enunciados das hipóteses
filosóficas, [...], não podem ser confirmados nem
refutados. É racional, em virtude de consistir num
conjunto
de
enunciados
logicamente
correlacionados. Tem a característica de
sistemático, pois suas hipóteses e enunciados
visam a uma representação coerente da
realidade estudada, numa tentativa de apreendêIa em sua totalidade.” (LAKATOS; MARCONI,
2007, p. 78, grifo do autor).

“[...] o conhecimento filosófico é caracterizado
pelo esforço da razão pura para questionar os
problemas humanos e poder discernir entre o
certo e o errado, unicamente recorrendo às
luzes da própria razão humana. [...] o objeto de
análise da filosofia são idéias, relações
conceptuais, exigências lógicas que não são
redutíveis a realidades materiais e, por essa
razão, não são passíveis de observação
sensorial direta ou indireta (por instrumentos)
[...]” (LAKATOS; MARCONI, 2007, p. 78-9, grifo
do autor).
Conhecimento religioso

“O conhecimento religioso, isto é, teológico,
apóia-se em doutrinas que contêm proposições
sagradas (valorativas), por terem sido reveladas
pelo sobrenatural (inspiracional) e, por esse
motivo, tais verdades são consideradas infalíveis
e indiscutíveis (exatas); é um conhecimento
sistemático do mundo (origem, significado,
familiaridade e destino) como obra de um criador
divino; suas evidências não são verificadas: está
sempre implícita uma atitude de fé perante um
conhecimento revelado.”(LAKATOS; MARCONI,
2007, p. 79, grifo do autor).
Resumo: os quatro tipos de conhecimento
Quadro 2 - Sistematização das características dos quatro tipos de conhecimento
Conhecimento
Popular
Conhecimento
Religioso
Conhecimento
Filosófico
Conhecimento
Científico
Valorativo
Reflexivo
Assistemático
Verificável
Falível
Inexato
Valorativo
Inspiracional
Sistemático
Não verificável
Infalível
Exato
Valorativo
Racional
Sistemático
Não verificável
Infalível
Exato
Real (factual)
Contingente
Sistemático
Verificável
Falível
Aproximadamente
exato
Fonte - Quadro elaboado pela autora a partir das informações de (TRUJILLO, 1974 apud LAKATOS;
MARCONI, 2007, p. 77).
Referência

GIL, Antonio Carlos. Métodos e Técnicas da pesquisa
social. Antonio Carlos Gil. – 6. ed. – 5. Reimpr. – São
Paulo: Atlas, 2012.

MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria.
Fundamentos de metodologia científica. Marina de
Andrade Marconi, Eva Maria Lakatos. - 5. ed. - São
Paulo: Atlas, 2003.

PRODANOV, Cleber Cristiano; FREITAS, Ernani Cesar
de. Metodologia do trabalho científico: métodos e
técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico / Cleber
Cristiano Prodanov, Ernani Cesar de Freitas. – 2. ed. –
Novo Hamburgo: Feevale, 2013.

RAMPAZZO, Lino. Metodologia Científica - Para Alunos dos Cursos de
Graduação e Pós-graduação. – 3. ed. São Paulo: Loyola, 2005. Disponível
em:
<http://books.google.com.br/books?id=rwyufjs_DhAC&pg=PA141&lpg=PA14
1&dq=RAMPAZZO,+Lino.+Metodologia+Cient%C3%ADfica++Para+Alunos+dos+Cursos+de+Gradua%C3%A7%C3%A3o+e+P%C3%B3
sgradua%C3%A7%C3%A3o.+%E2%80%93+3.+ed.+S%C3%A3o+Paulo:+Lo
yola,+2>. Acesso em: 17 Jul. 2014.

SOUSA, Ian Jhemes Oliveira. Análise da Tipologia do Conhecimento: um
artigo derevisão de literatura. Disponível em:
<http://www.academia.edu/5276440/ANALISE_DA_TIPOLOGIA_DO_CON
HECIMENTO_REVIEW_ARTICLE>. Acesso em: 12 Jul. 2014.
Pesquisa em sites

IMAGENS. Domínio público. Disponíveis no google.

LOGMARCA FACISA. Disponível em: <http://www.cesed.br/portal/>. Acesso
em: 13 Jul. 2014.

PORTAL HISTÓRIA DIGITAL. 2013. Disponível em: <
http://www.historiadigital.org/curiosidades/12-deuses-do-olimpo-namitologia-grega/>. Acesso em: : 13 Jul. 2014.
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