Pr. Marinaldo Muniz Mateus 25:35-40 35 - Porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me; 36 - Estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e foste me ver. 37 - Então os justos lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, e te demos de comer? ou com sede, e te demos de beber? 38 - E quando te vimos estrangeiro, e te hospedamos? ou nu, e te vestimos? 39 - E quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos ver-te? 40 - E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes. Hoje vivemos um estado de alienação social. Aprendemos que a missão do cristão é ganhar almas para Jesus; mas fechamos os olhos para os direitos sociais. O artigo 6º da Constituição Federal de 1988 se refere de maneira bastante genérica aos direitos sociais por excelência, como o direito a saúde, ao trabalho, ao lazer, entre outros. Apesar de a Constituição Federal garantir direitos sociais ao cidadão, com o intuito de diminuir a desigualdade social, o que vemos como realidade é uma disparidade social absurda. Como agência do Reino de Deus na terra, a Igreja do Senhor possui uma responsabilidade social. O cristão vive tanto na igreja quanto no seu mundo e tem responsabilidades para com ambos. A igreja precisa se conscientizar e agir em busca da igualdade social, procurando proporcionar uma vida digna para o cidadão e para a comunidade onde atua, a igreja precisa adaptar sua caminhada visando alcançar o bem comum. “A PREOCUPAÇÃO SOCIAL é uma atitude”. É a percepção por parte do Cristão de que a salvação é dirigida ao homem. “Trata-se do reconhecimento da aplicação do evangelho aos ferimentos e fomes do homem, assim como à sua culpa”. Como igreja do Senhor, somos chamados não apenas a desenvolver uma preocupação social e para prestar serviços sociais, mas também para uma ação social efetiva. Diante dessa situação, nossa igreja sentiu a necessidade de pregar à palavra de Deus de uma maneira diferenciada, usando o evangelho de Mateus 25 - 35:36 E assim começamos a nos lançar em todos os projetos pelo qual poderíamos realizar essa missão direcionada por Deus. Mas como em toda sociedade enfrentamos muitos empecilhos como igreja, o maior de todos foi o de uma igreja não poder receber auxílio governamental para fazer obra social, segundo as leis brasileiras. Empecilho este que derrubamos com a criação do Instituto Vivendo em Graça. A política social formou setores, que são denominados como 1º setor, 2º setor e 3º setor: O 1º setor é constituído por órgãos governamentais (federal, estadual e municipal). O 2º setor é constituído pelo conjunto das empresas que exercem atividades privadas, ou seja, atuam em benefício próprio e particular. O 3º setor é constituído de organizações sem fins lucrativos, atuando nas lacunas deixadas pelos setores públicos e privados, buscando o bem estar social da população. A igreja para exercer suas atividades sociais precisa se enquadrar como 3º setor, podendo ser uma ONG, Instituto ou Fundação. Hoje, através do Instituto Vivendo em Graça nos lançamos, de uma forma considerável, nas obras sociais, como ordena a palavra de Deus. Entendemos que existem três passos que precisam ser tomados para implantar um programa de Ação Social em uma igreja: Conscientização - é o processo pelo qual as pessoas da igreja venham a entender o que é a Ação Social Cristã, e comecem a desejar se envolver com a mesma, todo esse trabalho precisa ter seu inicio com o líder da igreja, isto é, ponta pé inicial não pode ter outra pessoas à frente se não o líder da igreja. Mobilização - é quando um grupo de pessoas da igreja começa a organizar-se e planejar ações sociais, fazendo reuniões, dividindo tarefas trazendo a igreja para o centro do projeto, a ponte dos membros se sentirem inseridos no projeto, e que todos consigam explicar o que será realizado. Ação – é quando as pessoas de fato fazem algo que pode ser considerado o programa social da igreja, isto é, quando conseguimos tirar do papel, das reuniões e transformar em atitudes, tendo seu inicio, meio e final. Princípios para um programa de Ação Social Cristã eficaz: Oração; Conhecer a comunidade, seus anseios, problemas e desejos; Conheça os recursos que existem entre os irmãos e na comunidade; Estabelecer qual ação é a mais viável entre as mais urgentes; Realizar outros projetos, respeitando um espaço para que a igreja e a comunidade não se percam; Sempre utilizar pessoas diferentes para cada ação diferente; Planejamento; Buscar recursos externos; Realizar estudos bíblicos constantemente, como parte normal da vida da igreja, que tratam de questões sociais; Avaliação. Jesus mostrou que servir a Ele é servir ao necessitado que está ao nosso lado e à nossa volta, carentes de assistência.