CONTROLE BIOLÓGICO
Camila Esteves
Fernanda Faria
Patrícia Fernanda
Rodrigo Passos
Belo Horizonte
2010
1 Definição
“Controle biológico é um processo natural de
regulação populacional através de inimigos
naturais.”
2
1.1 Tipos de Controle Biológico

Controle biológico artificial é quando o homem
interfere de modo a proporcionar um aumento de seres
predadores, parasitas ou patógenos, podendo esses serem:
insetos (mais atuantes no controle biológico natural),
fungos , vírus, bactérias , nematóides e ácaros;

Controle biológico clássico é a importação e colonização
de parasitóides ou predadores, visando ao controle de
pragas exóticas (eventualmente nativas).
3

Controle biológico natural refere-se a população de
inimigos que ocorrem naturalmente. São muito
importantes em programas de manejo de pragas, pois são
responsáveis pela mortalidade natural no agro
ecossistema e, conseqüentemente, pela manutenção de
um nível de equilíbrio das pragas;

Controle biológico aplicado trata-se de liberações
inundativas de parasitóides ou predadores, após criação
massal em laboratório.
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1.2 Objetivo
 Melhorar
e aumentar a qualidade do
produto agrícola; reduzir a poluição do
meio ambiente contribuindo para a
preservação dos recursos naturais e
aumentando a sustentabilidade dos
agro ecossistemas.
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1.3 Formas de utilização

Feromônios - são semioquímicos (sinalizadores
químicos) de atuação entre indivíduos da mesma espécie.
Na agricultura emprega-se os feromônios para o manejo
de insetos-pragas, no monitoramento com armadilhas, no
controle, através das técnicas de coleta massal, atrai-emata ou confusão sexual.
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
Lesmicidas - produto que contém como ingrediente ativo
um componente natural do solo, o fosfato de ferro (FePO4 ),
ele age por ingestão, após se alimentarem da isca cessam a
alimentação, ou seja, imediatamente o cultivo é protegido do
dano causado pelas lesmas e caracóis.

Bioinseticida - inseticida microbiológico que age através da
ingestão. Após a eclosão dos ovos, as lagartas de lepidóptero
se alimentam da planta tratada, ingerindo os Bacillus e suas
toxinas, que atuarão no aparelho digestivo e causará a morte
do inseto.
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Atrativos
Alimentares - Os atrativos alimentares são
proteínas hidrolisadas, desenvolvidas para o manejo específico
de moscas-das-frutas.
Armadilhas
- Através de um atrativo aplicado à armadilha,
os insetos são capturados. Os atrativos a serem utilizados nas
armadilhas podem ser feromônios sintéticos, atrativos
alimentares, luz com intensidade luminosa específica ou sua
própria cor, que pode ser atrativa ao inseto.
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1.4 Espécies

Vírus - Embora muitas viroses ocorram em insetos, é na
família Baculoriridae que se concentram os mais
importantes vírus empregados no controle biológico;

Bactérias - Bactérias que produzem esporos e mesmo
bactérias não-esporulantes podem causar doenças em
insetos. pertencentes ao gênero Bacillus são as mais
importantes para o controle biológico, sendo o Bacillus
popillae utilizado desde a década de 30 no controle de
coleópteros, B. thuringiensis , mais conhecido como Bt,
largamente empregado contra dípteros, ortópteros,
himenópteros e principalmente lepidópteros;
9

Fungos – Estima-se que os fungos sejam responsáveis por
cerca de 80% das doenças de insetos. São conhecidas
atualmente mais de 700 espécies de fungos que atacam
insetos como o Metarhizium anisopliae;

Protozoários – Apesar da grande importância dos
protozoários como controladores de algumas populações de
insetos, este grupo de patógenos não tem desenvolvimento
satisfatório como inseticida microbiano;

Nematóides - Já os nematóides, como agentes de controle
biológico apresentam a vantagem de serem mais eficientes,
principalmente em nível de espécie. Esta vantagem está
associada com a habilidade de busca do hóspede e a
segurança que representam para os mamíferos.
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2 Aplicação real
QUADRO 1
Exemplos de agentes de controle biológico utilizados no Brasil.
Fonte: www.todafruta.com.br/todafruta/imgsis/7210.jpg.
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FIGURA 1 - Larva de Syrphidae alimentando-se de
pulgões.
Fonte: http://www.cnpab.embrapa.br/publicacoes/
artigos/ artigo_controle_biologico.html
FIGURA 2 - Adulto de Syrphidae alimentando-se de
recursos florais (pólen e/ou néctar)
Fonte: http://www.cnpab.embrapa.br/publicacoes/
artigos/ artigo_controle_biologico.html
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FIGURA 3 - Cadeia alimentar: couve – insetos fitófagos-praga
(vaquinhas, lagartas e pulgões) – inimigos naturais
(parasitóides e predadores).
Fonte: http://www.cnpab.embrapa.br/publicacoes/ artigos/
artigo_controle_biologico.html
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3 Estudo de caso
Cigarrinha da cana-de-açúcar
- Bons resultados têm sido obtidos com o controle de cigarrinha da cana-deaçúcar com o fungo Metharizium anisopliae, em especial no nordeste do
Brasil, onde o inseto ataca as folhas. Com a mudança radical na cultura por
meio da eliminação de queimada da cana e da adoção do corte mecanizado
ocorre o aumento significativo da matéria orgânica depositada no solo,
influenciando diretamente a ocorrência de pragas e doenças, tais como:
Migdolus spp, cupins, formigas cortadeiras, cigarrinhas, fungos, bactérias,
nematóides e plantas daninhas infestantes.
- O ataque das ninfas e adultos da cigarrinha provoca danos visíveis à lavoura,
com colmos de cana mais finos e até mortos, causando redução de até 60% de
peso e, principalmente, do teor de sacarose, devido à contaminação por
toxinas e microrganismos, provocando perdas na produção de açúcar e de
álcool. O trabalho desenvolvido pelo Instituto Biológico permitiu a utilização
de novas cepas do fungo, mais efetivas no controle do inseto e hoje é
difundida para produtores, empresas interessadas na produção de
formulações comerciais.
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- O Instituto Biológico tem transferido, com apoio da FundAg, a
tecnologia de multiplicação do fungo Metarhizum, utilizado no controle
da cigarrinha em cana-de-açúcar, para o setor privado, viabilizando o
estabelecimento de novos laboratórios de produção do fungo, além de
acompanhar e monitorar a qualidade do produto final.
- Em, pelo menos, 160 mil hectares de cana-de-açúcar do Estado de São
Paulo, já está sendo utilizado o controle de cigarrinhas, representando
economia e redução de aplicação de defensivos químicos. A implantação
do projeto reduziu em 3.238 toneladas o uso de produtos químicos no
período de 2002/2003. A queda nos custos também foi bastante sensível:
o custo médio de tratamento utilizando defensivos químicos é de
R$160,00/ha. O gasto com controle biológico cai para, apenas,
R$40,00/ha, em média. Redução de R$ 120,00/ha.
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Cigarrinha infectada com o
fungo
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Fonte: http://www.rehagro.com.br/siterehagro/publicacao.do?cdnoticia=1374
Conclusão
A
agricultura
sustentável,
produtiva
e
ambientalmente equilibrada, apóia-se em práticas
agropecuárias que promova a agro biodiversidade e
os processos biológicos naturais, baseando-se no
baixo uso de insumos externos. Infere-se daí que o
controle biológico é uma alternativa promissora
para o manejo de pragas em sistemas agrícolas
sustentáveis, visto constituir-se num processo
natural de regulação do número de indivíduos da
população da praga por ação dos agentes de
mortalidade biótica.
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Referências bibliográficas
BIOCONTROLE. Disponível em: < http://www.biocontrole.com.br/>. Acesso em: 13 abr. 2010.
BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária. Controle Biológico: na busca pela sustentabilidade da agricultura brasileira. Disponível em:<
http://www.cnpab.embrapa.br/publicacoes/artigos/artigo_controle_biologico.html>. Acesso em: 25 abr.
2010.
BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária. Controle Biológico. Disponível em:< www.cenargen.embrapa.br/conbio/conbio.html>.
Acesso em: 25 abr. 2010.
PLANETA ORGÂNICO. Controle Biológico. Disponível em:
<http://www.planetaorganico.com.br/controle.htm>. Acesso em: 25 abr. 2010.
PROTEÇÃO FLORESTAL. Disponível em:<http://www.floresta.ufpr.br/~lpf/contbio01.html>. Acesso em: 13
abr. 2010.
PROTEÇÃO FLORESTAL. Disponível em:<http://www.floresta.ufpr.br/~lpf/contbio02.html>. Acesso em: 13
abr. 2010.
PROTEÇÃO FLORESTAL. Disponível em:<http://www.floresta.ufpr.br/~lpf/contbio03.html>. Acesso em: 13
abr. 2010.
TODA FRUTA. Controle Biológico. Disponível em:<
http://www.todafruta.com.br/todafruta/imgsis/7210.jpg>. Acesso em: 25 abr. 2010.
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