DST
LINFOGRANULOMA VENÉREO
Linfogranuloma Venéreo
•. Doença de Nicolas-Favre, linfogranuloma inguinal e
bubo climático;
•. Doença infecto-contagiosa sistêmica, transmissão
exclusivamente sexual, popularmente: “mula”,
caracterizada pelo bubão inguinal.
•Período de incubação entre 3 - 30 dias.
•. Transmitida através de inoculação direta de fluidos
genitais. ♀ podem ser assintomáticas e cultura positivo,
pode servir como um reservatório para infecção;
•. Maior incidência em ♂ com idade entre 20 – 30 anos;
Questão 34
TED 97 – 216.
As clamídias são parasitas intracelulares classificadas como
bactérias. Qual delas é o agente do linfogranuloma venéreo?
a) Chlamydia genitalis
b) Chlamydia hominis
c) Chlamydia miyiagawis
d) Chlamydia granulomatis
e) Chlamydia trachomatis
Questão 34
TED 97 – 216.
As clamídias são parasitas intracelulares classificadas como
bactérias. Qual delas é o agente do linfogranuloma venéreo?
a) Chlamydia genitalis
b) Chlamydia hominis
c) Chlamydia miyiagawis
d) Chlamydia granulomatis
e) Chlamydia trachomatis
Comentário
. Agente etiológico: Chlamydia trachomatis - sorotipos L1, L2
e L3. O homem é o único hospedeiro natural.
. Dças Causadas por Diferentes Sorotipos de C. trachomatis
Sorotipo
Doença
A–C
tracoma, conjuntivite, ceratite
D–K
uretrite, cervicite, endometrite, prostatite, epididimite,
conjuntivite, síndrome de Reiter, oftalmia e pneumonia
L1, 2 e 3
linfogranuloma venéreo
TWAR
(Chlamydia pneumoniae), pneumonia, exacerbação
de bronquite crônica
*Em recém-natos.
Linfogranuloma Venéreo - Clínica
QUADRO CLÍNICO
Após período de incubação – 10 dias (5-21). A evolução da
ocorre em 3 fases: lesão de inoculação, disseminação
linfática regional e seqüelas.
LESÃO DE INOCULAÇÃO
• Inicia-se por pápula, pústula ou exulceração indolor, que
desaparece sem deixar seqüela.
• Freqüentemente não é notada pelo paciente, cicatriza em
poucos dias.
• Localiza-se, no homem, no sulco coronal, frênulo e prepúcio;
na mulher, na parede vaginal posterior, colo uterino, fúrcula
e outras partes de genitália externa.
Linfogranuloma Venéreo - Clínica
DISSEMINAÇÃO LINFÁTICA REGIONAL
.Linfadenopatia inguinal → 1-6 sem após a lesão inicial, sendo
subaguda, dolorosa, unilateral (60-70%), recoberta por
eritema. Manifestação mais freqüente no homem;
. Ocorre fusão de vários gânglios → massa volumosa,
conhecida como bubão ou plastrão, que sofre amolecimento
(necrose) em vários pontos, com múltiplas fístulas, lembrando
o aspecto de “bico de regador”, sinal da escumadeira. O
processo pode estender-se à área circunvizinha;
. O sinal da “canaleta” (♂), é causado pelo ligamento de
Poupart. Está presente qdo a prega inguinal dividir a massa
de gânglios.
Linfogranuloma Venéreo - Clínica
. Na mulher, a regra é a infecção localizar-se nos gânglios
ilíacos profundos ou pararretais. O diagnóstico é tardio;
. Além da adenite, podem ocorrer vulvovaginite, exocervicite,
uretrite, proctite, retite, abscessos, ulcerações, fístulas,
vegetações e elefantíase;
. A SD genitoanorretal de Gersild → abscessos pararretais,
fístulas uretrovaginais ou retovaginais, ulcerações, retrações,
vegetações e esclerose. A elefantíase de vulva, períneo,
pênis ou escroto representa uma complicação tardia rara;
. O contato orogenital pode causar glossite ulcerativa difusa,com
linfadenopatia regional;
Linfogranuloma Venéreo - Clínica
. A lesão primária na região anal pode levar à proctite
e proctocolite hemorrágica;
. Sintomas gerais: febre, mal-estar, anorexia,
emagrecimento, artralgia, sudorese noturna e
meningismo;
. Eritema nodoso – 10% ♀ 2% ♂
SEQÜELAS
A obstrução linfática crônica, na ♀ estiomeno 
elefantíase da vulva com cicatriz e fístula dos glúteos
e coxas). Pode ocorrer estenose retal, fístulas retais,
vaginais e vesicais.
Questão 35
305
Entre as principais complicações do linfogranuloma
venéreo, não adequadamente tratado, temos:
a) síndrome genital, estiomeno e síndrome retal;
b) proctite e carcinoma espinocular, principalmente nas
áreas cicatriciais onde ocorreu o bubão;
c) estase venosa e linfática, somente nas pacientes do
sexo feminino;
d) somente a síndrome retal, em pacientes homossexuais;
e) com muita freqüência, dores articulares e eritema
polimorfo.
Questão 35
305
Entre as principais complicações do linfogranuloma
venéreo, não adequadamente tratado, temos:
a) síndrome genital, estiomeno e síndrome retal;
b) proctite e carcinoma espinocular, principalmente nas
áreas cicatriciais onde ocorreu o bubão;
c) estase venosa e linfática, somente nas pacientes do
sexo feminino;
d) somente a síndrome retal, em pacientes homossexuais;
e) com muita freqüência, dores articulares e eritema
polimorfo.
Comentário
SEQÜELAS
A obstrução linfática crônica leva à elefantíase genital,
(♀ estiômeno). Pode ocorrer estenose retal, fístulas
retais,vaginais e vesicais.
Linfogranuloma Venéreo - Diagnóstico
Na maioria dos casos, o diagnóstico é feito em bases clínicas.
Deve ser considerado em todos os casos de adenite
inguinal, elefantíase genital, estenose uretral ou retal.
TESTES IMUNOLÓGICOS –
1. TESTE DE FIXAÇÃO DE COMPLEMENTO
. Grupo específico (AC contra todas as infecções por clamídia), e
reação cruzada uretrite, cervicite, conjuntivite,tracoma;
. + após 4 sem de infecção. Um aumento de 4 vezes no título é
diagnóstico. Títulos altos (>1:64) → infecção atual;
. + em 80 a 90% dos casos de LGV;
. O título do teste não tem correlação com comportamento
clínico. Quanto maior o tempo de duração da doença, maior
a positividade, que pode permanecer pelo resto da vida.
Linfogranuloma Venéreo - Diagnóstico
2. TESTE DE MICROIMUNOFLUORESCÊNCIA ( + sensível )
Utiliza-se imunoglobulinas anti-IgG e anti-IgM, humanas. A
presença de IgM é indicadora de resposta imune recente.
3. REAÇÃO DE FREI
Tem valor histórico. É um teste intradérmico com leitura após
48-72 horas, + em 70%, + 2-3 sem após a lesão inicial.
4. Elisa ( ↑ sensibilidade)
Útil tanto no exame direto como na detecção de AC séricos
anti-Chlamydia spp e não dos diferentes sorotipos.
BACTERIOLÓGICO (Exames Direto e Cultura).
Exame bacteriológico direto (secreções ou pus) raramente é +.
Colorações por Giemsa, iodo e fucsina: visualizar corpúsculos
intracelulares de Gama Miyagawa, característicos da doença.
Linfogranuloma Venéreo - Diagnóstico
BACTERIOLÓGICO
Coloração citológica de Giemsa:
corpúsculos intracelulares de Gama Miyagawa
Inúmeros corpúsculos intracelulares / forma de replicação
Linfogranuloma Venéreo - Diagnóstico
Cultura Usando as Células de McCoy
(Fibroblastos de Ratos ou saco vitelino de ovos embrionados de 7 dias).
Mais utilizado, + em 3 dias. Ao microscópio → contrasta-se o
meio de cultura com reagentes iodados ou Giemsa para
observar as inclusões intracitoplasmáticas.
. Recentemente:
Identificação direta nas secreções através de AC monoclonais
anti-Chlamydia trachomatis marcados com fluoresceína.
Vantagens: ↑ sensibilidade, exame em 30 min. Realizado em
centros de referência. Permite a identificação de Chlamydia
spp. livres, corpos elementares e inclusões citoplasmáticas.
. Exame histopatológico não específico, mas sugestivo.
Questão 36
423
Indivíduo do sexo masculino apresenta-se, ao exame clínico,
com adenopatia flegmásica unilateral. Refere relações
heterossexuais sem proteção mecânica, febre e artralgias
prévias discretas. O título da reação solicitada foi de 1 para 64.
Qual a doença e a reação efetuada ?
a) Sífilis – VDRL
b) Linfogranuloma venéreo – fixação de complemento
c) Cancróide – reação de Ito-Reenstierna
d) Donovanose – reação de Donovan
e) Herpes simples – titulação de IgG
Questão 36
423
Indivíduo do sexo masculino apresenta-se, ao exame clínico,
com adenopatia flegmásica unilateral. Refere relações
heterossexuais sem proteção mecânica, febre e artralgias
prévias discretas. O título da reação solicitada foi de 1 para 64.
Qual a doença e a reação efetuada ?
a) Sífilis – VDRL
b) Linfogranuloma venéreo – fixação de complemento
c) Cancróide – reação de Ito-Reenstierna
d) Donovanose – reação de Donovan
e) Herpes simples – titulação de IgG
Comentário
Termo flegmásica – inflamatória
. Linfogranuloma – manifestações gerais (ex.: febre e artralgia)
podem preceder a adenopatia. Adenopatia inguinal subaguda,
dolorosa, unilateral, recoberta por eritema. Diagnóstico é feito
com a fixação do complemento que é maior ou igual a 1:64.
- Sífilis – adenopatia bilateral. VDRL é negativo;
- Cancróide – não tem sintomas gerais. O teste de Ito
Reenstierna é uma intradermorreação;
- Donovanose – ausência de adenopatia;
- Herpes genital – adenopatia discreta. Sorologia: uso limitado
Linfogranuloma Venéreo - Tratamento
• Doxiciclina 100 mg, VO, de 12/12 hs, 21 dias; ou
• Eritromicina (estearato) 500mg, VO, de 6/6 hs,21 dias; ou
• Sulfametoxazol / Trimetoprim (160 mg e 800 mg), VO, de
12/12 hs, 21 dias; ou
• Tianfenicol 500 mg, VO, de 8/8 horas,14 dias
GESTANTE
• Eritromicina (estearato) 500mg, VO, de 6/6 horas, por 21dias.
PORTADOR DO HIV
Mesmos esquemas acima descritos.
Linfogranuloma Venéreo - Tratamento
OBSERVAÇÕES:
• Os sintomas agudos são erradicados
de modo rápido;
• Os antibióticos não revertem as seqüelas;
• A adequada terapêutica é associada a ↓ dos títulos de AC;
• Se não houver resposta clínica após 3 sem de tto, deve ser
reiniciado o tto com outro medicamento;
• Bubões flutuantes, podem ser aspirados, não devendo ser
incisados cirurgicamente.
Questão 37
TED 96 – 111.
Analise as frases falsas ou verdadeiras:
I - Adenite satélite é obrigatória no cancro duro, ocorrendo
simultaneamente ao surgimento da erosão;
II - Rollet tem seu nome associado ao cancro misto;
III - Estiomeno significa ulcerações, esclerose e hipertrofia da
vulva na doença de Nicholas-Favre;
IV - A maioria dos subtipos do papiloma vírus é oncogênita.
a)
b)
c)
Todas são verdadeiras
I, II e IV são falsas
I e IV são falsas
d) II e IV são falsas
e) II, III e IV são falsas
Questão 37
TED 96 – 111.
Analise as frases falsas ou verdadeiras:
I - Adenite satélite é obrigatória no cancro duro, ocorrendo
simultaneamente ao surgimento da erosão;
II - Rollet tem seu nome associado ao cancro misto;
III - Estiomeno significa ulcerações, esclerose e hipertrofia da
vulva na doença de Nicholas-Favre;
IV - A maioria dos subtipos do papiloma vírus é oncogênica.
a)
b)
c)
Todas são verdadeiras
I, II e IV são falsas
I e IV são falsas
d) II e IV são falsas
e) II, III e IV são falsas
Comentário
Assertiva I – Falsa. O cancro duro: surge 1-2 sem após a
infecção. Depois de mais 1-2 sem: surge adenite satélite;
Assertiva II – Verdadeiro. Cancro misto de Rollet – associação
do cancro sifilítico com cancro mole;
Assertiva III – Verdadeira. Doença de Nicholas-Favre ou
Linfogranuloma Venéreo – O estiomeno representa ulceração
vulvar, acompanhada ou não de esclerose e hipertrofia tecidual,
que leva à estenose;
Assertiva IV – Falsa. Papovavírus – são produtoras de verrugas
e outros papilomas: Baixo risco oncogênico: 6, 11, 13 e 30; alto
risco: 16, 18, 31 e 33; epidermodisplasia verruciforme: 5, 8 e 9.
Uretrites
Uretrite gonocócica
CONCEITO E AGENTE ETIOLÓGICO
. Processo infeccioso e inflamatório da mucosa uretral
causado pela Neisseria gonorrhoeae (diplococo Gram - ).
. ♂ Freqüente uretrite. ♀ assintomáticas (70-80% / transmitem).
. Essencialmente transmitida pelo contato sexual.
. Período de incubação curto: 2-5 dias.
. Incidência > nos jovens (15-30a) sexualmente ativos.
QUADRO CLÍNICO
Sintoma precoce → sensação de prurido na fossa navicular
que se estende por toda a uretra. Após 1-3 dias ardência
miccional (disúria), corrimento (inicialmente mucóide, abundante e
purulento). Pode: febre e manifestações de infecção aguda.
Uretrite gonocócica
COMPLICAÇÕES
. Sem tto, ou se for tardio ou inadequado, o processo atinge
em 50% à uretra posterior: polaciúria e sensação de peso
no períneo;
. Orquiepididimite gonocócica → causa mais freqüente de
infertilidade ♂;
. ♀ → salpingite aguda, a principal complicação (10%). Pode
levar à formação de abscessos localizados, peritonite,
abscessos pélvicos ou peri-hepatite (SD de Fitz-Hugh-Curtis).
Outras complicações: dça inflamatória pélvica e bartolinite.
Uretrite gonocócica
MANIFESTAÇÕES EXTRA GENITAIS
. Anorretite;
. Gonococcia disseminada (GD):
Clínica - febre, manifestações cutâneas (75%) poliartralgias
e tenossinovites dos punhos, dedos, joelhos e tornozelos.
. As lesões cutâneas são eritematomaculosas,
papulopustulosas ou hemorrágicas;
. Queixa álgica articular (90%), é poliarticular;
. Principal causa de monoartrite em jovens.
Local: joelho (50%), ombro (25%) ou quadril (25%).
Uretrite gonocócica
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
. Gram → amostras uretrais (swab) → excelente;
. O achado de Diplococos Gram negativos intracelulares →
diagnóstico em 95% - ♂ e em menos de 30% - ♀ ;
. A cultura em meio específico de Thayer-Martin é indicada:
- para ♀;
- pacientes ♂ com diagnóstico negativo após o Gram;
- não foi possível obter material para a coloração;
- nos casos suspeitos de resistência à penicilina.
Uretrite gonocócica - diagnóstico
Diplococos Gram negativos, riniformes, extra e intracelulares
com leucócitos polimorfonucleares → Aumento 1000X
Questão 38
307
No tratamento da uretrite gonocócica, as drogas de primeira linha e
principais esquemas recomendados são:
a) Ceftriaxone, 250mg, por via intramuscular, em dose única ou
Ofloxacina, 200mg de12/12 horas, durante 15 dias;
b) Ampicilina 3,5g, em dose única, V.0., precedida de Probenicide, 1g, em
dose única ou Ceftriaxone, 250mg, por via intramuscular, em dose única
ou Ofloxacina 400mg, em dose única.
c) Ceftriaxone, 250mg, por via intramuscular, em dose única ou
Doxiciclina, 600mg, V.0., em dose única;
d) Ciprofloxacina 500mg, em dose única, V.0. ou Doxiciclina 400mg, V.0.,
em dose única;
e) Tianfenicol 500mg, em dose única + Tetraciclina 1g, em dose única.
Questão 38
307
No tratamento da uretrite gonocócica, as drogas de primeira linha e
principais esquemas recomendados são:
a) Ceftriaxone, 250mg, por via intramuscular, em dose única ou
Ofloxacina, 200mg de12/12 horas, durante 15 dias;
b) Ampicilina 3,5g, em dose única, V.0., precedida de Probenicide, 1g, em
dose única ou Ceftriaxone, 250mg, por via intramuscular, em dose única
ou Ofloxacina 400mg, em dose única.
c) Ceftriaxone, 250mg, por via intramuscular, em dose única ou
Doxiciclina, 600mg, V.0., em dose única;
d) Ciprofloxacina 500mg, em dose única, V.0. ou Doxiciclina 400mg, V.0.,
em dose única;
e) Tianfenicol 500mg, em dose única + Tetraciclina 1g, em dose única.
Comentário
TRATAMENTO
• Ciprofloxacina 500mg, VO, dose única (contra-indicado: <
18 anos) ou
• Ceftriaxona 250 mg, IM, dose única ou
• Cefixima 400mg, VO, dose única ou
• Ofloxacina 400 mg, VO, dose única (contra-indicado: < 18
anos) ou
• Tianfenicol 2,5g, VO, dose única.
• Ampicilina 3,5 g/Amoxicilina 3,0 g: Dose precedida de
1 g de probenecida VO.
. O critério de cura no homem é basicamente clínico;
. Pacientes infectados pelo HIV, devem ser tratados com os
esquemas acima referidos.
Uretrite não gonocócica
CONCEITO E AGENTE ETIOLÓGICO
. Uretrites sintomáticas, cujas bacterioscopias pela coloração
de Gram e/ou cultura são negativas para o gonococo;
. Vários agentes: Chlamydia trachomatis, Ureaplasma
urealyticum, Mycoplasma hominis, Trichomonas vaginalis.
. A Chlamydia trachomatis é o agente mais comum de UNG.
Bactéria, obrigatoriamente intracelular, que causa:
tracoma,conjuntivite por inclusão no recém-nascido e o
linfogranuloma venéreo.
Transmissão → contato sexual.
Período de incubação → 14 a 21 dias.
Uretrite não gonocócica
QUADRO CLÍNICO
. Corrimentos mucóides, discretos, disúria leve e intermitente.
Podem simular, clinicamente, os da gonorréia;
. Uretrite subaguda (50%);
. As uretrites causadas por C. trachomatis podem evoluir para:
prostatite, epididimite, balanites, conjuntivites, a SD uretro
conjuntivo-sinovial ou SD de Fiessinger-Leroy-Reiter.
Uretrite não gonocócica
DIAGNÓSTICO
. Cultura celular, imunofluorescência direta, Elisa, PCR ou
LCR (Ligase Chain Reaction);
. 4 piócitos ou mais por campo → esfregaços uretrais, ou 20
ou mais piócitos por campo → sedimento do primeiro jato
urinário (corados pelo Gram), somados à ausência de
gonococos e aos sinais clínicos, justificam o tto como UNG;
. Sintomáticos, 1º exame negativos: colher nova amostra.
Questão 39
306
No tratamento da uretrite por Clamydia, obtêm-se excelentes
resultados com:
a) Doxiciclina, 600mg por via oral, em dose única;
b) Ceftriaxone, 250mg por via I.M., em dose única;
c) Ampicilina 3,5g + Probenicide 1,0g, em dose única;
d) Doxiciclina - 100mg de 12/12 horas, 7 a 14 dias;
e) Ciprofloxacina 500mg, V.O., em dose única.
Questão 39
306
No tratamento da uretrite por Clamydia, obtêm-se excelentes
resultados com:
a) Doxiciclina, 600mg por via oral, em dose única;
b) Ceftriaxone, 250mg por via I.M., em dose única;
c) Ampicilina 3,5g + Probenicide 1,0g, em dose única;
d) Doxiciclina - 100mg de 12/12 horas, 7 a 14 dias;
e) Ciprofloxacina 500mg, V.O., em dose única.
Comentário
TRATAMENTO (uretrite por Clamydia)
• Azitromicina 1g, VO, dose única ou
• Doxiciclina 100 mg, VO, de 12/12 horas, 7 dias ou
• Eritromicina (estearato) 500 mg, VO, de 6/6 horas, 7 dias.
. HIV → tratados com os esquemas acima referidos.
Questão 40
698
Entre as principais drogas recomendadas pelo Ministério da
Saúde para o tratamento de pacientes masculinos com
corrimento uretral temos:
a) ofloxacina - 400 mg, VO (dose única) + azitromicina 500mg, VO (dose única)
b) ciprofloxacina - 500 mg, VO (dose única) + eritromicina 2,0g, VO (dose única)
c) ceftriaxona - 250m, IM (dose única) + cifroploxacina 400mg, VO (dose única)
d) ofloxacina - 250 mg, de 12 em 12 horas, durante 10 dias +
azitromicina - 500mg, de 12 em 12 horas, durante 10 dias
e) cefxima - 400 mg, VO (dose única) + azitromicina 500mg, de 12 em 12 horas, durante 8 dias
Questão 40
698
Entre as principais drogas recomendadas pelo Ministério da
Saúde para o tratamento de pacientes masculinos com
corrimento uretral temos:
a) ofloxacina - 400 mg, VO (dose única) + azitromicina 500mg, VO (dose única)
b) ciprofloxacina - 500 mg, VO (dose única) + eritromicina
- 2,0g, VO (dose única)
c) ceftriaxona - 250m, IM (dose única) + cifroploxacina 500mg, VO (dose única)
d) ofloxacina - 250 mg, de 12 em 12 horas, durante 10 dias +
azitromicina - 500mg, de 12 em 12 horas, durante 10 dias
e) cefxima - 400 mg, VO (dose única) + azitromicina 500mg, de 12 em 12 horas, durante 8 dias
Comentário
Ministério
Persistência do corrimento ou recidiva: Eritromicina (estearato) 500 mg,
VO, 6/6 horas, por 7 dias mais Metronidazol 2g, VO, dose única.
Fluxograma: corrimento uretral
Cancro Mole
Cancro Mole
CONCEITO
. Sinônimos: cancróide, cancro venéreo, cancro de Ducrey;
. Transmissão: exclusivamente sexual,
. Etiologia: Haemophilus ducreyi, bacilo Gram - .
. Característica: Múltiplas lesões (pode ser única) e dolorosas.
. Popularmente: cavalo.
. Período de incubação: 5 a 8 dias, 1 a várias semanas.
. Freqüência: 20/30 ♂ : ♀ 1
QUADRO CLÍNICO
. Úlceras: dolorosas, múltiplas (devido à auto-inoculação), borda
irregular (“talhadas a pique”), contorno eritemato-edematoso,
fundo sujo recoberto por exsudato necrótico, amarelado,
odor fétido que, quando removido, revela tecido de
granulação com sangramento fácil.
Cancro Mole
QUADRO CLÍNICO (cont.)
. Pele e semimucosas;
. No ♂: frênulo e sulco bálano-prepucial;
. Na ♀: fúrcula e face interna dos pequenos e grandes
lábios.
. 30 a 50% → linfonodos inguino-crurais (bubão), unilaterais
e dolorosos, no ♂ (cadeia linfática), ♀ raro. → liquefação,
fistulização (50%), por orifício único.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Cancro duro (sífilis primária), herpes simples, linfogranuloma
venéreo, donovanose, erosões traumáticas infectadas.
É importante excluir a associação de sífilis.
Cancro Misto de Rollet
Questão 41
376
Paciente com 3 lesões ulceradas, dolorosas, localizadas no
sulco balano-prepucial, com secreção purulenta, e surgidas 3
dias após contato sexual suspeito, desenvolveu adenopatia
inguinal unilateral dolorosa e volumosa uma semana após. A
melhor hipótese diagnóstica é:
a) herpes genital;
b) donovanose;
c) cancróide;
d) linfogranuloma venéreo;
e) cancro de Rollet.
Questão 41
376
Paciente com 3 lesões ulceradas, dolorosas, localizadas
no sulco balano-prepucial, com secreção purulenta, e
surgidas 3 dias após contato sexual suspeito, desenvolveu
adenopatia inguinal unilateral dolorosa e volumosa uma
semana após. A melhor hipótese diagnóstica é:
a) herpes genital;
b) donovanose;
c) cancróide;
d) linfogranuloma venéreo;
e) cancro de Rollet.
Questão 42
549
Assinale a doença que se caracteriza por ser autoinoculável:
a) sífilis
b) herpes no imunocompetente
c) cancróide
d) linfogranuloma
e) papulose bowenóide
Questão 42
549
Assinale a doença que se caracteriza por ser autoinoculável:
a) sífilis
b) herpes no imunocompetente
c) cancróide
d) linfogranuloma
e) papulose bowenóide
Cancro Mole
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
EXAME DIRETO
Gram de secreção da base da úlcera, ou aspirado do bubão
→ bacilos Gram negativos intracelulares, acompanhados de
cocos Gram positivos (fenômeno: satelitismo).
TESTE DE ITO-REENSTIERNA
Intradermorreação raramente utilizada. + 12 dias após início da dça, pode
permanecer por toda a vida. Valor histórico.
CULTURA
Mais sensível, de realização difícil (crescimento do bacilo).
BIÓPSIA
Não é rotina. Faz diagnóstico presuntivo da doença.
Cancro Mole - Diagnóstico
EXAME DIRETO
Gram → cocobacilos Gram negativos intracelulares.
Cancro Mole - Tratamento
*segunda opção
• Ceftriaxona 250 mg, IM, dose única ou
• Tianfenicol 5g,VO, dose única ou
• Doxiciclina 100 mg, VO, 12/12 hs, por 10 dias ou até cura clínica ou
• Tetraciclina 500 mg, de 6/6 hs, 15 dias ou
• Sulfametoxazol / Trimetoprim (160 e 800 mg), VO, 12/12 hs, 10 dias
ou até cura clínica.
Cancro Mole
TRATAMENTO
GESTANTE
. Não apresenta uma ameaça ao feto ou ao neonato.
. 12 a 15% das lesões típicas do cancro mole são infecções
mistas com H. ducreyi e T. pallidum.
• Eritromicina (estearato) 500 mg, VO, de 6/6 hs, 10 dias.
Sem resposta: Ceftriaxona 250 mg, IM, dose única.
PORTADOR DO HIV
. maior tempo de tratamento.
• Eritromicina (estearato), 500 mg, VO, de 6/6 hs, 10 dias.
HERPES GENITAL
HERPES GENITAL
CONCEITO
. Virose transmitida pelo contato sexual (inclusive oro-genital)
contato com lesões ou objetos contaminados;
. Período de incubação de 3 a 14 dias, no caso de primo
infecção sintomática;
. Caracteriza-se pelo aparecimento de lesões vesiculosas
que transformam-se em pequenas úlceras.
AGENTE ETIOLÓGICO
. Herpes simplex virus (HSV), tipos 1 e 2;
. Predomínio: . tipo 2 → lesões genitais
. tipo 1 → lesões periorais.
HERPES GENITAL
QUADRO CLÍNICO
HERPES GENITAL PRIMÁRIO
. Pródromos: aumento de sensibilidade, formigamento
mialgias, ardência ou prurido;
. ♂ → glande e prepúcio;
. ♀ → pequenos e grandes lábios, clitóris, fúrcula e colo
do útero;
. Característica: pápulas eritematosas, segue-se vesículas
agrupadas citrinas → rompem → ulcerações, recobertas por
crostas sero-hemáticas;
. Adenopatia inguinal dolorosa bilateral (50%);
. Após infecção primária → latência;
. HIV+ → quadro clínico mais grave e prolongado.
HERPES GENITAL
HERPES GENITAL RECORRENTE
. Após a infecção genital 1ª → 90% (HSV 2) e 60% (HSV 1)
→ novos episódios nos 1º 12 meses (reativação dos vírus);
. Associação: febre,RUV, traumatismos, menstruação,
estresse físico/emocional, ATB e imunodeficiência;
. Quadro clínico menos intenso e precedido de pródromos.
DIAGNÓSTICO (anamnese e o exame físico)
. Citodiagnóstico: Tzanck (multinucleação e balonização
celulares) e coloração pelo Papanicolaou (inclusões virais).
. Biópsia: faze o diagnóstico (corpúsculos de inclusão).
. Cultura: + específica (sensibilidade: varia com estágio lesão).
HERPES GENITAL
TRATAMENTO SINTOMÁTICO
Dor: analgésicos e aine. Tópico SF, água boricada, atbtc.
TRATAMENTO ESPECÍFICO
Não há tto que proporcione a cura definitiva. 1ºepisódio:
• Aciclovir 400 mg, VO, 8/8 hs, 7 a 10 dias ou 200mg cinco
vezes ao dia
• Valaciclovir 1g, VO, 12/12 hs, 7 a 10 dias ou
• Famciclovir 250 mg, VO, 8/8 hs, 7 a 10 dias.
Recorrências: tto (pródromos) , mesmas drogas, por 5 dias.
GESTANTES
Primoinfecção: > chance de complicações obstétricas;
. aciclovir 400 mg, VO, 8/8 hs, 7 a 10 dias.
Transmissão: > passagem do canal parto (< transplacentária);
. neonato: Aciclovir 5 mg/kg/dia, EV, de 8/8 hs, 7 dias
DONOVANOSE
DONOVANOSE
Doença crônica da pele e mucosas das regiões genitais,
perianais e inguinais. Transmissão sexual, contagiosidade
baixa e pouco freqüente. Período de incubação: 30d a 6m.
. Agente etiológico: Klebsiella granulomatis.
QUADRO CLÍNICO
• Úlcera de borda plana ou hipertrófica, bem delimitada,
fundo granuloso, vermelho vivo e de sangramento fácil.
Evolui lentamente → vegetante ou úlcero-vegetante.
Podem ser múltiplas, configuração em “espelho”;
• Predileção pelas regiões de dobras e perianal. Não há
adenite. Pode: obstrução linfática. Raro: pseudobubões
unilaterais e extragenital.
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
Exame histopatológico → corpúsculos de Donovan
DONOVANOSE
Esfregaço da lesão evidenciando
corpúsculo de Donovan (forma de
halteres) no interior das células
mononucleares
Citologia pela técnica Papanicolau
Esfregaço com polimorfonucleares
e nas setas, corpúsculos de Donovan
DONOVANOSE - Tratamento
Observação: sem resposta com cipro ou a eritro: aminoglicosídeo:
gentamicina 1mg/kg/dia, EV, 8/8 hs.
GESTANTE
• Eritromicina (estearato) 500mg, VO, 6/6 hs, até cura clínica (adição da
gentamicina considerada desde o início).
PORTADOR DO HIV
seguir os esquemas + gentamicina (casos graves).
OUTRAS DST
. Vulvovaginites:
Bacteriana (ex. Gardnerella vaginallis), por cândida;
. Tricomoníase genital (Trichomonas vaginalis);
. HPV – importância pelo seu potencial oncogênico
. Hepatites: A (transmissão sexual, orofecal, objetos)
B ( transmissão sexual)
HPV
:: Definição
•O condiloma acuminado é doença provocada pelo Papiloma
vírus humano (HPV).
•Existem mais de 100 tipos diferentes, sendo 45 destes
considerados como sendo sexualmente transmissíveis.
•Os tipos 6 e 11 são os que mais produzem verrugas
anogenitais, e podem associar-se ao tumor de BuschkeLöwenstein.
•100% das displasias e cânceres cervicais e mais de 90%
das lesões malignas anogenitais estão relacionados a tipos
oncogênicos de HPV.
:: Tipos de HPV
Classificação em função da
associação com lesões graves
Tipos de HPV
Baixo risco
6, 11, 42, 43, 44
Alto risco
16, 18, 31, 33, 35,45, 51, 52, 56e
58
:: Transmissão
•Acredita-se que a transmissão do HPV é facilitada pela
presença de verrugas anogenitais.
•Pode ser transmitido ao feto.
•É considerado um dos principais fatores facilitadores
da transmissão sexual do HIV.
:: Epidemiologia
•Foram notificados 118.007 novos casos de DST no Brasil
no ano de 2002, e destes 12% foram de HPV.
•Prevalência: mulheres 25%; homens 5% do total das
DST notificadas no Brasil.
:: Manifestações Clínicas
•O condiloma acuminado apresenta-se como lesões
vegetantes de aspecto verrucoso; únicas ou múltiplas;
isoladas ou em placas; de coloração da pele normal,
violácea ou esbranquiçada.
•A maioria das infecções é assintomática ou inaparente.
•As lesões podem ser subclínicas visíveis só com técnicas
de magnificação – Aplicação de Ácido Acético a 5%.
•Localizam-se mais freqüentemente no homem na glande,
sulco bálano-prepucial e região perianal; na mulher na
vulva, no períneo, colo do útero e região perianal.
:: Tratamentos
•Podofilotoxina tópica – 0,15 a 0,5%
•Imiquimod
•Crioterapia
•Ácido tricloroacético 80-90%
•Podofilina 25%
•Remoção
cirúrgica
–
Eletrocoagulação - Laser
Shaving,
Curetagem
-
Download

Linfogranuloma venéreo