Prof. Erika Meirelles de Castro
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No Brasil, ocorrem 160.000 mortes súbitas por
ano (perto de 438 pessoas por dia).
A morte súbita por problemas cardiovasculares
é a maior causa de mortes no Brasil e no
mundo.
Estatísticas apontam que se somarmos o
número de mortes por: câncer, AIDS, arma de
fogo, afogamentos, acidentes automobilísticos
etc, elas não chegam nem a metade das mortes
por problemas vasculares.
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No Brasil, o serviço de socorro demora de 25 à
45 minutos para socorrer uma vítima.
Uma pessoa com parada cardiorrespiratória
começa a sofrer lesões irreversíveis em apenas
5 minutos.
Tomar as medidas corretas nos primeiros
minutos pode salvar a vida e a qualidade de
vida futura de muitos pacientes.
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Não mais do que 2% das pessoas sobreviviam.
Hoje, números mundiais mostram que se
alcança acima de 70% de sobrevida se quem
estiver por perto souber prestar o primeiro
socorro.
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Corpo Estranho
Afogamento
Choque alérgico
Envenenamento por ingestão de sedativos,
produtos químicos ou medicamentos
Abalos violentos resultantes de explosão ou
pancada na cabeça, tórax e cervical
Soterramento (sufocamento)
Gases e fumaças
Respiração é a função pela qual o organismo
realiza a troca gasosa, através do sangue que
passa pelos pulmões, que se divide em dois
movimentos distintos:
 Inspiração
 Expiração
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SINAIS DE
PARADA
RESPIRATÓRIA
CIANOSE
(Cor azulada dos lábios, língua e unhas)
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A parada cardíaca é definida como uma
cessação súbita e inesperada dos batimentos
cardíacos. O coração para de bombear o sangue
para o organismo e os tecidos começam a sofrer
os efeitos da falta de oxigênio. O cérebro,
centro essencial do organismo, começa a
morrer após cerca de três minutos privado de
oxigênio.
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O socorrista deverá identificar e corrigir de
imediato a falha no sistema circulatório.
Caso haja demora na recuperação da vítima,
esta poderá sofrer lesões graves e irreversíveis.
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A compressão torácica externa é eficiente na
substituição dos batimentos do coração por dois
motivos principais:
primeiro, pelo fato do coração estar situado entre o
osso esterno (que é móvel) e a coluna vertebral
(que é fixa) e,
segundo, porque o coração quando na posição de
relaxamento, fica repleto de sangue. Portanto, o
coração ao ser comprimido pelo osso esterno
expulsa o sangue e depois, ao relaxar-se,
novamente se infla, possibilitando uma circulação
sangüínea suficiente para o suporte da vida.
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1.
Posicione a vítima deitada sobre uma
superfície plana e rígida;
2.
Verifique o pulso na artéria carótida (no
pescoço) para certificar-se da ausência de
batimentos cardíacos. Somente inicie a
compressão torácica externa quando não
houver pulso;
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3.
Localize a borda das costelas e deslize os
dedos da mão esquerda. Para o centro do tórax,
identificando por apalpação o final do osso
esterno (apêndice xifóide).
4. Marque dois dedos a partir do final do osso
esterno e posicione sua mão direita logo acima
deste ponto, bem no meio do peito da vítima.
Coloque a sua mão esquerda sobre a direita e
inicie as compressões.
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O pulso carotídeo deve ser apalpado
periodicamente durante a realização da RCP, a
fim de verificar se houve o retorno dos
batimentos cardíacos.
Verifique o pulso após o primeiro minuto de
RCP e a cada poucos minutos desde então. Não
demore mais que 5 segundos para verificar o
pulso para não comprometer o ritmo das
compressões.
SINAIS DE
PARADA
CARDÍACA
AUSÊNCIA DE
PULSO
MIDRÍASE
(DILATAÇÃO DA
PUPILA)
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Ressuscitação Cardiopulmonar
(RCP), consiste na combinação de
respiração boca a boca com
compressões externas sobre o peito.
A - Abertura das Vias Aéreas
B - Boa Respiração
C - Circulação
D - Desfibrilação
Manobra de Inclinação da Cabeça-Elevação do
Queixo

Alivia a obstrução da via aérea em vítima não
responsiva

Obstrução pela Língua






Procure objetos estranhos na boca.
Caso haja alguma coisa bloqueando a passagem de ar, tente
removê-la.
Verifique se a língua está bloqueando a garganta.
A língua é a causa número um de bloqueio de passagem de
ar.
Desobstrua a garganta utilizando o método de elevação do
queixo.
Em caso de suspeita de lesões na coluna, utilize o método de
puxar o maxilar a fim de trazer a base da língua para a
frente.
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O ar expirado pelo socorrista contém 17% de
oxigênio e 4% de dióxido de carbono →
suficiente para suprir as necessidades da
vítima.
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Verifique a respiração através da técnica “olhar,
ouvir e sentir”.
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Primeiro, vire a cabeça e coloque seu ouvido
próximo ao tórax da vítima.
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Observe o tórax da vítima quanto a movimentos.
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Ouça sons de respiração e sinta a respiração em seu
rosto.
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Se uma vítima de lesão estiver deitada de bruços e
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você suspeita de que ela não esteja respirando,
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pode ser necessário mover a pessoa para
desobstruir a
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passagem de ar. Com o auxílio de outras pessoas,
vire a
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vítima como um todo, mantendo a cabeça,costas e
pernas alinhadas.
Aplicações de ventilações muito rápidas e/ou
com muita força, pode provocar distensão
gástrica.
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1.
2.
Para previnir as distensões gástricas:
Aplique cada ventilação com intervalos de
1seg.
Forneça uma quantidade de ar suficiente para
conseguir elevar o tórax da vítima.
Complicações da distensão gástrica:
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Vômito
Aspiração
Pneumonia
Importância

Mantêm o fluxo de sangue para o
Coração – Cérebro – Órgãos Vitais


Sinta a pulsação na artéria carótida. Faça isso
colocando 02 ou 03 dedos no pomo-de-adão da
vítima, então deslize os dedos para o lado, na
área aprofundada bem ao lado do pomo-deadão.
Se a vítima estiver respirando, ela apresentará
pulsação, caso não mesmo assim, ela poderá
apresentar pulsação.
Lembre-se

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O retorno completo do tórax otimiza o preenchimento
do coração;
Importante para um fluxo sanguíneo eficaz;
Retorno incompleto do tórax significa fluxo sanguíneo
reduzido.
QUANDO NÃO SE COMPRIME O
TÓRAX O SANGUE NÃO CIRCULA
Um Socorrista

30 : 2

Adulto
Criança
Lactente
Dois Socorristas

30 : 2

Adulto
15 : 2

Criança
 Verifique se está consciente.
 Chame o Pronto Socorro Imediatamente.
 Deite a pessoa de costas.
 Abra as vias aéreas.
 Verifique se há respiração ( espere 3-5
segundos)
 Dê 2 sopros moderados.
 Verifique o pulso.
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A vítima não está posicionada sobre uma
superfície rígida;
A vítima não está em posição horizontal (se a
cabeça está elevada, o fluxo sangüíneo cerebral
ficará deficitário);
As vias aéreas não estão permeáveis;
A boca ou máscara não está apropriadamente
selada na vítima e o ar escapa;
As narinas da vítima não estão fechadas;
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As mãos foram posicionadas incorretamente ou
em local inadequado sobre o tórax;
As compressões são muito profundas ou
demasiadamente rápidas (não impulsionam
volume sangüíneo adequado);
A razão entre as ventilações e compressões é
inadequada;
A RCP deixa de ser executada por mais de 5
segundos (alto risco de lesão cerebral).
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Haja o retorno espontâneo da circulação
(retorno do pulso). Continuar a ventilar;
Haja o retorno da respiração e da circulação;
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Pessoal mais capacitado chegar ao local da
ocorrência;
Socorrista estiver completamente exausto e não
conseguir realizar as manobras de
ressuscitação.
RCP-LISTA DE CONSULTA
ADULTOS
CRIANÇAS
BEBÊS
Parada respiratória com
pulso presente. Ventile a
cada...
5 segundos
Parada cardíaca. Local da
compressão...
Dois dedos acima
Como no
do final do osso
adulto
esterno
Método da compressão
sobre o esterno...
Duas mãos
Somente a
sobrepostas, com a palma de uma Dois ou três
palma de uma
mão sobre o
dedos
mão sobre o peito peito
Número de compressões por
80 - 100
minuto...
Afundamento do esterno
3,5 à 5 cm
durante as compressões...
Razão entre as compressões
15 x 2
e as ventilações...
3 segundos
3 segundos
Um dedo
abaixo da
linha entre os
mamilos
80 – 100
100 – 120
2,5 à 3,5 cm
1,5 à 2 cm
5x1
5x1
Contagem das compressões 1 e 2 e 3 e 4 e 5...15, 1 e 2 e 3 e 4 e 5, 1,2,3,4,5,
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1. Se o paciente está inconsciente e não há suspeita
de trauma, abra as vias aéreas da criança
inclinando a cabeça para trás e elevando o queixo .
2. Coloque uma mão na testa da criança e,
suavemente, incline a sua cabeça para trás.
3. Ao mesmo tempo, coloque a ponta dos dedos da
outra mão na parte óssea da mandíbula inferior,
perto da ponta do queixo, elevando-o para abrir as
vias aéreas (não comprima as partes moles abaixo
do queixo, porque isso pode bloquear as vias
aéreas).
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A causa mais comum de obstrução das vias
aéreas em pacientes
pediátricos inconscientes é a língua. Portanto,
quando a criança for encontrada
inconsciente, abra as vias aéreas utilizando a
manobra indicada para
elevar a língua e afastá-la da faringe, deixando
as vias aéreas livres.
No caso de suspeita de lesão craniana ou cervical,
utilize, preferencialmente, a manobra de tração
da mandíbula para abrir as vias aéreas.
 1. Coloque os dedos indicador e médio de
ambas as mãos sob cada ângulo da mandíbula
e eleve-a.
 2. O socorrista deverá apoiar seus cotovelos no
chão ou em suas coxas, garantindo a
estabilização da coluna cervical do paciente.
Os seguintes sinais indicam uma obstrução das
vias aéreas em lactentes:
 1. incapacidade para emitir sons ou chorar;
 2. cianose;
 3. fraqueza ou agitação;
 4. tosse fraca e ineficaz;
 5. sons inspiratórios agudos ou ausentes; e
 6. dificuldade respiratória.
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1. O socorrista deverá apoiar o lactente em seu
antebraço com o rosto voltado para baixo, e
sustentar a cabeça ligeiramente mais baixa que
o tórax, com cuidado para evitar a compressão
de partes moles da garganta do lactente. O
socorrista deverá apoiar o seu braço sobre sua
coxa, garantindo uma maior estabilidade para
o lactente.
2. Com a mão espalmada, aplicará 5 golpes
dorsais, entre as escápulas do lactente.
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3. Depois, colocará sua mão livre na parte
posterior da cabeça do paciente, girando-o em
monobloco, mantendo-o apoiado em seu
antebraço.
4. Logo após, aplicará 5 compressões no tórax,
do mesmo modo e local das compressões
torácicas de RCP.
5. O socorrista repetirá a seqüência, até que o
objeto seja expulso ou a vítima fique
inconsciente.
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6. Se o paciente perde a consciência, abra as vias
aéreas com a manobra de inclinação da cabeça e
elevação do queixo, observando a boca e tentando
visualizar o objeto. Somente nesse caso realize o
pinçamento do objeto com dois dedos ou utilize
uma pinça para retirar o objeto.
Promova duas ventilações, após a primeira
ventilação, observe se há expansão torácica, caso
não haja reposicione a cabeça do paciente e faça
uma nova ventilação. Se a obstrução persistir,
inicie RCP.
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Em crianças, a massagem cardíaca deve ser
realizada com apenas uma das mãos
posicionada sobre o meio do peito da vítima,
no terço inferior do osso esterno.
No socorro de bebês, o socorrista deve apalpar
o pulso na artéria braquial, e realizar a
massagem cardíaca com apenas dois dedos.
Comprimir o peito do bebê, um dedo abaixo
da linha entre os mamilos.
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Desfibrilador
Monofásico (360 J
inicial);
Desfibrilador Bifásico
(ex. DEA 200 J, segunda
dose igual ou >);
Após Choque iniciar
imediatamente RCP;
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Infraclavicular Direita;
Ápice Cardíaco;
Canção da
Desfibrilação;
< 1 ano: Desfibrilação
não recomendada;
Criança: utilizar pás
infantis (dose inicial
2J/Kg e segunda 4J/Kg.
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PARADA CARDÍACA RCP