OS PRIMÓRDIOS DA SOCIOLOGIA NO BRASIL A sociologia no Brasil antecedentes históricos Por volta do séc XIX, a sociologia surge juntamente com a emergência do capitalismo moderno. A sociedade brasileira, por sua vez, estava desorganizada para a transformação do capital na sociedade urbanoindustrial e essa transformação implicou a consolidação da “liberdade” para os escravos, a livre-concorrência para os comerciantes e o inicio de uma fase de convulsão social. Do séc XIX em diante, a burguesia brasileira começa a ganhar primazia na condução econômica, política e cultural do país No fim do séc XIX, a modernização do país passa a ser importante para a burguesia emergente. Ela necessita de um saber mais pragmático que não estivesse vinculado à herança colonial. Por essa razão, organiza-se um movimento para modificar a cultura e orientar o pensamento social. Surge estudos históricos, críticas literárias e análises de caráter precocemente sociológicos. Os sertões de Euclides da Cunha. Escola do Recife – primeiro lugar que intelectuais brasileiros começaram a visualizar as questões entre indivíduos e sociedades. E no Nordeste que esse grupo começa a desenvolver um olhar sociológico sobre a sociedade. Como eles não têm formação sociológica, mas na ciência jurídica, a análise desses autores não será considerada dentro dessa ciência propriamente dita. Referência da Escola do Recife é Tobias Barreto – um olhar contextualizado dos conflitos e contradições sociais. A sociologia no Brasil: autores e influências teóricas Influência dos clássicos da sociologia: a positivista e a crítica (ou dialética). Principal expoente do positivismo, Auguste Comte (1798-1857), defendia a mesma maneira de pensar (razão), tínhamos uma unidade centrada na fé, no período moderno, almejava-se uma unidade humana na ciência. Benjamin Constant (1838-1891), um dos responsáveis pela filosofia de positivista no Brasil. Por força do grupo político ao qual estava ligado foram adotadas medidas que tornaram obrigatórias as disciplinas de sociologia e moral, no segundo grau. A influência dos clássicos na sociologia brasileira Émile Durhkeim, Max Weber, e Karl Marx. Max Weber (1864-1920) – conceitos usados para analisar a sociedade, ação social e tipo ideal. Para Weber, o fenômeno da sociedade é complexo porque a sociedade é diversificada e entrelaçada a várias ações e a várias relações sociais. A sociologia weberiana vai influenciar grandes pensadores no Brasil como Brandão Lopes (1925) e Gilberto Freyre (1900-1987). A revolução científica Ao chegar ao Brasil, a corrente marxista divide-se em duas vertentes. A primeira é o marxismo confessional, mais prático e mais militante, que vai orientar a formação dos sindicatos e dos partidos de massa. (Caio Prado Júnior (1907-1990), Leandro Konder (1936)e Carlos Nelson Coutinho (1943). A outra é o marxismo metodológico, constituídos pelos teóricos mais dedicados ao plano da ciência, da discussão, do materialismo filosófico, dialético, do socialismo científico. Octávio Ianni (1924-2004) e Francisco Weffort (1937) Os pioneiros da sociologia científica Caio Prado Junior toma como ponto de partida a situação colonial brasileira para a compreensão da realidade de nosso pais. Florestan Fernandes e Celso Furtado tem em comum acrítica, em certa medida, às interpretações sociológicas e econômicas das gerações passadas.