Ascaridíase, Ascaridose ou Ascariose Ascaris lumbricoides O parasita Reino Animalia Sub reino Metazoa Filo Nematelminthes Classe Nematoda Família Ascarididae Gênero Ascaris Espécie lumbricoides A parasitose Agente etiológico: Ascaris lumbricoides Sinonímia: Ascaridíase, Ascaridiose, Ascariose Nome popular: lombrigas ou bichas É a mais cosmopolita e freqüente Relatório da OMS 1998 1,38 bilhão de pessoas infectadas 250 milhões com a doença 60 mil óbitos em 1997 A parasitose – características gerais Parasito exclusivo da população humana e de alguns macacos superiores (chimpanzé, gorila, gibão e rhesus) Atinge principalmente crianças Na maioria dos casos, a infecção é leve clinicamente benigna Em média, há 6 vermes /indivíduo Registros com 500 a 700 parasitos A parasitose – características gerais Porco é infectado por Ascaris suum diferenças morfológicas com A. lumbricoides Prevalências altas: 25 a 65% Ovos são infectantes para o homem mas não passam da fase larvária Morfologia geral dos nematelmintos Morfologia do Ascaris Vermes adultos Morfologia ovos Ovo infértil Ovo infértil sem membrana externa Morfologia ovos Ovo fértil Ovo embrionado Habitat e comportamento Pequeno número de parasitos: jejuno e íleo e poucos no duodeno e estômago Infecções intensas: todo intestino delgado Estão em movimento contínuo contra a corrente peristáltica Eventualmente fixam-se à mucosa Localizações ectópicas Vias biliares e pancreáticas, traquéia, brônquios, seios da face, trompa de Eustáquio Nutrição e metabolismo Vermes adultos: utilizam materiais semidigeridos e outros da luz intestinal Possuem enzimas para digestão de proteínas, carboidratos e lipídeos São aeróbios facultativos e no intestino desenvolvem metabolismo inteiramente anaeróbio Reprodução e ciclo biológico Fêmea deve ser fecundada repetidas vezes pelo macho Espermatozóides acumulam-se no útero e os ovos são fertilizados à medida que por aí passem A fêmea põe cerca de 200.000 ovos /dia por um ano Reprodução e ciclo biológico Ovos férteis Reprodução e ciclo biológico Ovos inférteis Reprodução e ciclo biológico Embrionamento dos ovos Meio exterior Presença de O2 Temperatura ótima: 20 – 30º C 2 semanas Ciclo biológico Resistência do hospedeiro Defesa inespecífica: reação inflamatória (pulmões) Sistema imunológico: resposta intensa às larvas de 2º e 3° estádios que migram nos tecidos (anticorpos) Larvas de estádios posteriores e vermes adultos são menos antigênicos Resposta mais alérgica (IgE) Patogenia e sintomatologia Parasitismo assintomático dependendo do número de parasitos 2 etapas na ação patogênica Durante migração das larvas Vermes adultos no habitat definitivo Migrações anômalas Alterações mecânica, tóxica, alérgica Patogenia e Sintomatologia Invasão larvária Lesões dependem do nº larvas, do tecido e da sensibilidade do hospedeiro Infestação maciça Lesões traumáticas devido migração larvária no fígado Pequenos focos hemorrágicos, necrose, reação inflamatória pode haver aumento do fígado Síndrome de Loeffler Principalmente em crianças Patogenia e sintomatologia Infecção intestinal Desconforto abdominal – cólicas intermitentes Dor epigástrica Má digestão Náuseas Perda de apetite Emagrecimento Sensação de coceira no nariz Irritabilidade Insônia Manifestações alérgicas Patogenia e sintomatologia Agravamento do estado nutricional do hospedeiro Inapetência Má-absorção Redução da capacidade de absorção de substâncias específicas como ferro e vitaminas Competição entre parasito e hospedeiro por materiais nutritivos como vitamina B12 Diarréia Patogenia e Sintomatologia Localizações ectópicas Tendência do verme em procurar o interior de cavidades Apêndice cecal: apendicite aguda Invasão de vias biliares Abscesso hepático Canal pancreático: pancreatite aguda Trompa de Eustáquio: otites Canal lacrimal Possibilidade de transmissão transplacentária