Micologia: é o ramo da Biologia que
estuda os fungos, ela engloba o estudo de
um grande número de seres pluricelulares
ou macroscópicos; e de unicelulares ou
microscópicos.
Aplicações dos fungos
•
•
•
•
•
•
•
Fornecedores de químicos (antibióticos)
Controle biológico
Simbiontes mutualistas
Parasitas
Bebidas e alimentos
Biodegradação
Biotecnologia
Referências:
• Cimerman S, et all. Condutas em Infectologia.
São Paulo; Atheneu, 2004.
• Mandell L G, et all. Principles and Practice of
Infectious Diseases. 6 ed. - USA: Churchill
Livingstone, 2005.
• Mims CA, et all. Microbiologia Médica. Great
Britain. Ed. Manole Ltda, 1995.
• Murray PR, et all. Microbiologia Médica. USA:
Guanabara Koogan, 1990.
• Tierney LM, et all. Current Medical Diagnosis &
Treatment. 44.ª ed. – USA: McGraw-Hill, 2005.
FUNGOS
Tipos morfológicos básicos
• Leveduras (Células arredondadas)
• Micélio (células filalmentosas
septadas ou não)
• Fungos dimórficos
As leveduras
• São fungos unicelulares, geralmente, não
formam filamentos com micélio.
• São maiores que a maioria das bactérias,
podem ter forma oval, podendo ser
alongadas e esféricas.
• As leveduras têm como habitat, frutas,
flores e as cascas das árvores
Brotamento – reprodução assexuada que ocorre nas leveduras
Fungos filamentosos (bolores)
Unidade estrutural = HIFA
Conjunto de hifas = MICÉLIO
Reprodução:
Assexuada
Micélio: Massa visível de Hifas
Aspergillus nidulans
Características das Hifas dos
Fungos
Fungos Dimórficos
Paracoccidioides brasiliensis
micélio
levedura
23ºC
37ºC
Infecções Fúngicas

mais de 1000.0000 sp

+/- 200 sp de relevância médica
Filamentosos
Micoses oportuisticas

Leveduras
Dimórficos
Micoses endêmicas
Fungos de relevância médica
Patógenos
primários
Dermatófitos
Fungos dimórficos
P. brasliensis
H. capsulatum
B. dermatiditis
Coccidioides sp
S. schenckii
Dematiáceos
Fungos
oportunistas
Filamentosos
Leveduras
Aspergillus sp
Fusarium sp.
Scedosporium sp
Mucorales
Dematiaceos
Candida sp
Cryptococcus sp
 Trichosporon sp
Malasezzia sp
Rodotorula
Sacharomyces
Infecções fúngicas em
cenários clínicos diversos
Micoses endêmicas:
fungos verdadeiramente
patogênicos
Micoses oportunísticas:
Fungos oportunistas (baixa capacidade de causar
doença)
Acometimento de pacientes imunocomprometidos:




AIDS;
Câncer;
Pacientes expostos a transplante de órgãos;
UTI.
Síndromes Clínicos
1.
2.
3.
Micotoxicoses
a.
b.
Alcalóides do ergot (Claviceps purpurea)
Agentes psicotrópicos (psilocibina, psilocina, LSD)
c.
Aflatoxinas
–
–
–
A. flavus e A. parasiticus  nozes e grão
potencial carcinogênico (fígado)
controle pelo FDA
Doenças por Hipersensibilidade
Colononização e doença Micótica
MICOSES
Tipos de micoses:
- Micoses superficiais (dermatomicoses) - ao longo de
fios de cabelo e células epidérmicas superficiais:
Dermatomicoses (Tinha)- Piedra branca - Piedra pretaOnicomicoses
- Micoses cutâneas - secreção de queratinases
- Micoses subcutâneas - implantação abaixo da pele
- Micoses sistêmicas - acomete tecidos e órgãos
- Micoses oportunistas - geralmente inofensivo no seu
habitat
Dermatomicoses:
•Transmissão de um indivíduo para outro, células
epidérmicas descamadas
•Tinha capidis - pode resultar em placas de calvície
Microsporum canis (contato fômites, tesoura)
•Tinha cruris - da virilha
•Tinha pedis - alta umidade, interdigital
•Tinha barbae - Trichophyton verrucosum
Micose cutânea
Candida albicans - infecção das unhas.
Fonte: Microbiology Perspectives, 1999.
Micoses subcutâneas
Fungos do solo e penetram na pele através de
um ferimento que os conduz até o tecido
subcutâneo
-
Micetomas
- Esporotricose
-
Cromoblastomicose
-
Feoifomicose
- Zigomicose
Cromoblastomicose
Doenças fúngicas do sistema Respiratório Inferior
Micoses sistêmicas
- Respiratórias endêmicas
- Blastomicose
- Paracoccidioidomicose
- Coccidioidomicose (deserto/Sudoeste EUA)
- Histoplasmose
- Criptococose
-
Sistêmicas oportunistas
- Aspergilose
- Pneumonia por Pneumocyctis
- Candididíase
- Mucormicose (Mucor)
CONSIDERAÇÕES SOBRE O TRATAMENTO
ANTIFÚNGICO
1. Fungos crescem lentamente
2. Parede celular de quitina; contendo ß-Glucana
3. Ergosterol versus Colesterol
4. Localização da infecção
5. Resposta granulomatosa.
6. Terapêutica de longo prazo; Toxicidade.
Antifúngicos
Introdução - Histórico
•
•
•
•
1903- iodeto de potássio (Esporotricose)
1930- sulfas
1939- griseofulvina
1955- anfotericina B
Antifúngicos
Lancet Infect Dis 2:550-563;2002
Agentes Antifúngicos
Divididos em cinco grupos principais
(pela estrutura química)
•
•
•
•
Poliênicos: Anfoterecina B e a Nistatina
Não Poliênicos: Griseofulvina
Fluocitosina
Azólicos: miconazol, cetoconazol, fluconazol,
itraconazol
• Equinocandinas: Caspafungina
Classificação geral dos
antifúngicos
Agente
Sítio de
ação
Atividade
Implicações clínicas
Anfoterecina B
Membrana
Ligação ao
ergosterol
Fungicida potente
Amplo espectro
Toxicidade
Azólicos
Membrana
Inibição da
síntese de
ergosterol
(citocromo P-450)
Fungistáticos de
potencia e espectro
variável
Inibição da
síntese de
glucano
Fungicida potente
Espectro variável
Equinocandinas Parede
celular
Adaptado de: J Int Infect Dis 2003; 7: 94-101
Mecanismo de Ação
Poliênicos: Anfoterecina B e Nistatina
• Ligam-se ao ergosterol da membrana
• Permitem o trânsito de potássio e
magnésio, alterando o metabolismo da
célula
• Resultando em ação fungisida
Mecanismo de ação da
Anfoterecina B
No Fungo: o ergosterol da membrana tem maior afinidade
pela anfoterecina B do que o cholesterol
Mecanismo de ação da
Anfoterecina B
ergosterol
ergosterol com
póro
um poliênico
Anfotericina B
• Espectro - Candida, Cryptococcus,
Histoplasma, Coccidioides, Paracoccidiodes,
Sporothrix, Fusarium, Blastomyces,
Aspergillus, Penicillium, Mucor e Rhizopus
• Mecanismo de ação
– Alvo - ergosterol - aumento de permeabilidade
– Lesão oxidativa
• Mecanismo de resistência – alteração quantitativa e
qualitativa do ergosterol
Anfotericina B
Efeitos colaterais
•
•
•
•
•
•
Hipersensibilidade – anafilaxia
Alterações hematológicas (anemia hemolítica)
Febre, calafrios, cefaléia, náuseas
Tromboflebite
Toxicidade renal
Hipocalemia
Nistatina
•
•
•
•
Não se absorve VO
Toxicidade
Recomendações de uso: Tópico
Espectro e indicação: candidíase
cutânea e de mucosas
Griseofulvina
Mecanismo de Ação
• Antibiótico produzido por Penicillium griseofulvum
• Liga-se aos microtubolos da célula
• Liga-se à queratina, Desorganiza a divisão
celular
• Deposita-se na pele, cabelos e unhas
• Inibe a mitose do fungo , Ação fungiostática
• Uso em infecções superficiais dermatofíticas de
cabelo e unhas, esporotricose
Fluocitosina
Mecanismo de Ação
• Pirimidina fluorada análoga de citosina
• Conhecido como 5-fluorocitosina
(antimetabólico)
• Penetra pela membrana celular e interfere com
a síntese de DNA
• Resultando em ação fungisida
H
N
O
• Espectro – Cryptococcus, Candida e os
N
agentes da cromomicose
F
• Desenvolvimento de resistência durante
NH
o tratamento - Uso em associação com
Flucytosine
Anfotericina B
2
Fluocitosina – uso e toxicidade
• Comprimidos de 500 mg
• 100-150mg/kg/d divididos em 4 tomadas
• Combinada com Anfo B exceto na
cromomicose
• Leucopenia, anemia e trombocitopenia
• Rash, náusea, vômitos, diarréia, cefaléia e
enterocolite grave
• 5% com TGO e TGP elevadas
Azóis Antifúngicos
• Imidazólicos
• Triazólicos
– 1o- fluconazol, itraconazol
– 2o- terconazol, Saperconazol, electrazol,
genaconazol
– 3o- voriconazol, posaconazol,
ravuconazol
Mecanismo de ação
Imidazóis:
Inibem a síntese de ergosterol bloqueando a
demetilação do lanosterol e inibindo a atividade
do citocromo
Clotrimazol e miconazol
•geralmente uso tópico
•pé de atleta, infecções vaginais
Cetoconazol (amplo espectro)
•via oral - é menos tóxico
•toxicidade hepática
•bloqueador da testosterona
Mecanismo de ação
Triazólicos::
• Fluconazol
– Boa absorção por via oral, penetra o SNC
– Menos efeitos hepáticos
– Usos – meningite cryptocóccica, candidiase,
coccidioidomicose
• Itraconazol e Voriconazol
– Absorção oral variável
– Pouca interação com o citocromo
– Usos – Histoplasmose, Aspergilose,
Esporotricose, Blastomicose
Acetyl CoA
Squalene
Squalene
monooxygenase
Allylamine
drugs
Squalene-2,3 oxide
Lanosterol
Azoles
14-a-demethylase
(ergosterol)
Lancet Infect Dis 2:550-563;2002
Equinocandina
- Caspafungina
• Inibe a 1,3-b-D-glucano sintetase, que é
requerida para a polimerização do glucano da
parede celular e dos filamentos do fungo
• Eliminação hepática
• Age contra fungos resistentes a outras drogas
• Usado para aspergilose e candidíase
resistente
• Causa liberação de histamina
• Dor abdominal e diarréia
Antifúngicos
Indicações:
• Tratamento Tópico
• Nistatina, miconazol, clotrimazol, tioconazol,
oxiconazol
• Tratamento Sistêmico
– Infecções não Graves
• Cetoconazol, Itraconazol, Fluconazol
• Griseofulvina (dermatofitose)
– Infecções Graves
• Anfotericina B, Fluconazol, Caspofungina
Download

leveduras