União Européia Antigo Bloco Soviético Rússia e CEI Em 2005 A população europeia era de aproximadamente A densidade demográfica atingia cerca de 71 hab./km², fazendo do As taxas de crescimento continente o mais demográfico europeu estão densamente povoado próximas de zero. Alguns do mundo. países vêm apresentando taxas negativas nos últimos anos. 745 milhões de habitantes O correspondente a cerca de 12% da população mundial. As partes menos habitadas, compreendem as regiões próximas do círculo polar Ártico, como a península Escandinava, a Finlândia, a porção norte da Rússia e as altas montanhas. Taxa média de crescimento demográfico entre 2005 e 2010. Países Crescimento anual Espanha 0,8 Suécia 0,4 Dinamarca 0,2 Reino Unido 0,4 Alemanha -0,1 República Tcheca 0,0 Hungria -0,3 Letônia -0,5 Bulgária -0,7 Em decorrência da acentuada queda dos índices de natalidade A Europa vem apresentando baixas taxas de crescimento populacional. Fonte: L’état du monde, 2008. O que os dados da tabela revelam? Essa queda pode ser atribuída: • ao desenvolvimento urbano-industrial do continente, que eleva o custo de vida para uma família numerosa; • redefinição do modo de vida, com casamentos mais tardios; • crescente participação da mulher no mercado de trabalho; • desejos de consumo, lazer e ascensão social; • disseminação dos métodos anticoncepcionais; • maior difusão dos meios de comunicação, que ampliaram o acesso a informação, permitiram que os casais passassem a fazer planejamento familiar, reduzindo o número de filhos. Controle de imigração no Reino Unido em 2006. Fonte: Home Office, Folha de S.Paulo, 24 mar. 08. p. C-3. A expectativa de vida na maioria dos países europeus está acima dos 75 anos. Em consequência disso, é grande o número de idosos na composição etária da população. O comportamento demográfico europeu traz séria preocupação ao continente, pois ao mesmo tempo em que não há aumento da força de trabalho, ocorre a elevação sensível dos gastos com a previdência social. Idosas praticando atividade física na Alemanha (2007). Expectativa de Vida – (2005-2010) Países Anos Quando se constata que quase um terço dos cerca de 400 milhões de habitantes da União Européia é constituído por pessoas com mais de 50 anos de idade, ou seja, pessoas aposentadas ou que estão para se aposentar, é evidente a elevação dos gastos com a previdência social. Alemanha 79,4 Espanha 80,9 República Tcheca 76,5 Reino Unido 79,4 Grécia 79,5 Itália 80,5 Portugal 78,1 Fonte: L’état du monde, 2008. As pirâmides etárias apresentam um estreitamento em suas bases. Assim, se essa situação de baixo índice de natalidade com elevação da expectativa de vida continuar, os topos das pirâmides ficarão cada vez mais largos. Fonte: Population Reference Bureau/ONU. CEDOC Os europeus podem ser divididos em três grandes ramos étnicos, cada um como uma diversidade de grupos de povos ou etnias. Esses ramos são: • atlanto-mediterrâneos; • germanos; • eslavos. Gloria Rodrigues/ Stock Photos Eslavo. No continente europeu, predominam os idiomas indo-europeus, subdivididos em três grupos principais: o latino, o germânico e o eslavo. Atlanto-mediterrâneas. Europa Nórdica e Europa Meridional A Europa Nórdica é formada por Noruega, Suécia, Finlândia, Dinamarca e Islândia. E Europa Meridional é formada por Portugal, Espanha, França, Itália e Grécia. Essa divisão obedece aos critérios geográficos. Enquanto os germanos e os eslavos, situados na Europa Nórdica e na Oriental, têm geralmente pele e olhos claros, os atlantomediterrâneos, localizados predominantemente na faixa atlântica e na Europa Meridional, são geralmente morenos e têm olhos escuros. Apesar da diversidade étnica e linguística existente na Europa A maior parte da população pratica o catolicismo, dividido em dois grupos o romano e o ortodoxo. Além do catolicismo, praticam-se também: • o protestantismo, que predomina na parte setentrional do continente e divide-se em luteranismo, calvinismo e anglicanismo; • o islamismo, que possui muitos adeptos na Turquia e na península dos Bálcãs; • o judaísmo, que é praticado em diversos países europeus, mas por um pequeno número de adeptos. Com a onda migratória recente de turcos, norte-africanos e árabes do Oriente Médio em direção à Europa Ocidental, cresceu muito o número de adeptos do islamismo nessa porção do continente europeu. Na França, de acordo com a lei de 2004, é proibida a entrada de alunos com sinais religiosos ostensivos nas instituições de ensino públicas. Com isso, as alunas que professam o islamismo não podem usar na escolas o véu islâmico (chador). Setboun/ Corbis Entre os praticantes do islamismo, há uma facção minoritária conhecida por fundamentalistas ou integrista, da qual fazem parte alguns grupos que promovem atos terroristas para desestabilizar governos ocidentais. Em vista disso, alguns governos de países europeus vêm se preocupando com a expansão da religião islâmica no continente. Mulçumanos em prece, em uma rua da cidade de Marselha, na França, em 2000. Observe o mapa e o gráfico. Carlos Tadeu de Carvalho Gamba População natural de outros países na Europa Fonte: Eurostat/OCDE/ONU. Fonte: Eurostat. São bastante conhecidos os deslocamentos da população europeia para colonizar outros continentes Durante séculos, os europeus deixaram seu continente à procura de novas perspectivas de emprego e melhoria das condições de vida para fugir de guerras religiosas e imperialistas. Como a América e a Oceania. Com o fim da Segunda Guerra Mundial, porém, essa situação se inverteu: A Europa tornou-se um continente atraente a imigrantes do norte da África, Turquia e Oriente Médio, e sua população, de forma geral, não tem se deslocado de modo significativo em busca de outras regiões. No período pós-Segunda Guerra Muitos países europeus procuraram atrair imigrantes O crescimento econômico e o alto padrão de vida alcançado pelos países da União Europeia, Suíça e Noruega na segunda metade do século XX os transformaram em polo de atração de migrantes. Para ser mão de obra barata e sem qualificação Essencial para o momento do processo de reconstrução do continente. Principalmente vindo dos países subdesenvolvidos, com destaque para os países da África, do sul da Ásia e da Turquia. Charles Platiau/ Reuters/ LatinStock Nos últimos anos, os deslocamentos internos da população européia se tornaram muito intensos. A crise nos países do Leste Europeu provocou forte migração para os países da União Européia, principalmente para a Alemanha, a França e a Itália. Imigrantes ilegais expulsos de alojamentos na França. Em 2004 Com a admissão de oito países do Leste Europeu na União Europeia O fluxo de imigrantes sofreu modificação Também cresceram os deslocamentos da população dos países com grandes desequilíbrios econômico-regionais, das áreas mais pobres para as áreas mais ricas. Tendo em vista os investimentos que o Oeste Europeu destinou aos novos ingressantes. No período de transição do século XX para o século XXI, não foram apenas operários não qualificados que se deslocaram, mas também jovens graduados em busca de trabalho e de melhores condições de vida. A continuidade desses movimentos populacionais O fato do crescimento demográfico da população imigrante ser superior ao da europeia GERAM Uma crescente diversidade étnica e cultural nas sociedades dos países europeus. Diante desse fenômeno, têm crescido os movimentos xenófobos e o sentimento de nacionalismo em alguns povos da Europa, que atribuem aos imigrantes a culpa pelo aumento do desemprego e da criminalidade. O fato da população imigrante se concentrar nos grandes centros urbanos dá maior visibilidade aos problemas de desemprego e de formação de periferias miseráveis. O aumento da aversão aos imigrantes por parte de alguns membros da população, entre outros fatores, explica o crescimento da participação dos partidos de extrema direita nas eleições que vêm sendo realizadas neste início de século. Esses partidos têm como pontos principais de seus programas o estabelecimento de políticas de combate a imigração e aos imigrantes que vivem na Europa. Protesto de membros de uma organização de direita, contra a construção de uma mesquita na Alemanha, em 2007. Em:{http://cagle.slate.msn.com/politicalcartoons/pecartoons/archives/cajas.asp?Action=GetImage}. O que o cartunista quis expressar? A partir de 2007 Com a entrada da Romênia e da Bulgária na União Europeia Entre outros fatores Em razão dos elevados índices de desemprego desses países, muitos búlgaros e romenos começaram a sair em busca de oportunidades de trabalho nos países mais ricos do continente. Para conter o fluxo de imigrantes africanos que se dirigem à Europa Ocidental, os europeus decidiram levantar, em 1998, um muro semelhante ao existente entre o México e os Estados Unidos. A maior parte da obra foi financiada pela União Europeia. Em reação a isso, Alemanha, França, Espanha, Portugal, Itália, entre outros, implementaram ações de restrição ao ingresso de pessoas originárias desses países. Apesar de terem retomado o crescimento econômico: • com baixa inflação; • alta rentabilidade de suas empresas; • boas perspectivas com a moeda única. Os países europeus não conseguiram eliminar o que parece ser um dos seus principais problemas: o desemprego. O desemprego é um dos maiores problemas que o mundo enfrenta atualmente. Na fotografia, desempregado na Inglaterra (2003). Dentre as medidas que estão sendo Na Itália e no Reino Unido, o trabalho propostas para criar empregos DESTACA-SE • a adoção de políticas flexíveis de contratação; • dispensa de trabalhadores. Todo esse processo de alteração na estrutura de empregos está sendo acompanhado pela deterioração das condições de trabalho e de vida dos trabalhadores, o que se traduz em queda dos salários reais, instabilidade no emprego e desemprego dos menos qualificados. autônomo vem crescendo em virtude da terceirização e da subcontratação na indústria e nos serviços. Os países da união européia vêm organizando estratégias para conter o desemprego, que atinge cerca de 10% de seus habitantes, com destaque para as elevadas taxas da Espanha (8,7%), França (9,2%), Alemanha (9,5%), Itália (7,7%), Polônia (17,2) e Eslováquia (16,1%). Na década de 1980 Houve a instituição de uma proposta de redução da jornada de trabalho semanal. Na Alemanha, na França e em outros países. Com o objetivo de criar oportunidades de emprego. Entretanto, isso acabou acarretando justamente o aumento no índice de desemprego em alguns países, pois com salários elevados e jornada de trabalho reduzida, muitas empresas europeias optaram por investir em outros países e continentes, entre eles a China. Paulatinamente, por pressão das empresas, os trabalhadores vêm aceitando acordos de ampliação de jornada de trabalho sem aumento de salários ou acordos de redução de jornada com diminuição de salário, a fim de garantir seus empregos, sobretudo, após a crise de 2008. Diversos conflitos na Europa se relacionam a processos de incorporação de minorias étnicas e de territórios por alguns Estados-nação. Alguns desses conflitos têm origem há séculos. Na primeira metade do século XX A desintegração de impérios Como o Austro-Húngaro e o Turco-Otomano, além das duas Grandes Guerras. Ocasionou instabilidades nos limites políticos entre os países. Na segunda metade do século O processo de derrocada do socialismo trouxe também alterações nos limites entre os Estados-nação. Em decorrência disso, houve uma sucessão de conflitos, sobretudo nas duas últimas décadas. A região mais instável nessa perspectiva foi a dos Bálcãs – península estrategicamente situada entre a Europa e a Ásia, o Ocidente e o Oriente, e que alternou situações de domínios de diferentes impérios e/ou Estados-nação, com culturas, línguas e religiões diferentes. Até 1991, a Iugoslávia era uma país federativo FORMADO POR Seis repúblicas: •Sérvia; •Croácia; •Eslovênia; •Bósnia-Herzegovina; •Macedônia; •Montenegro. E duas regiões autônomas pertencentes à Sérvia: • Kosovo; • Vojvodina. Essa complexa colcha de retalhos permaneceu unida enquanto foi governada por dirigentes autoritários. O poderio militar da federação iugoslava, controlado na maior parte pelos sérvios, tentou impedir a independência das repúblicas, contando com o apoio dos sérvios que nelas viviam. 1989 – retirada de parte da autonomia de Kosovo, estimulando o separatismo. Junho de 1991 – independência da Croácia e da Eslovênia. Setembro de 1991- independência da Macedônia. Março de 1992 – independência da Bósnia-Herzegovina. 1995 – acordo intermediado pela ONU, entre os sérvios e os mulçumanos da Bósnia que disputavam fatias do território do país. 1998 – crescimento do movimento separatista armado em Kosovo, presidente iugoslavo contra-atacou com violência. 2003 – o que restou da Iugoslávia assumiu o nome de Sérvia e Montenegro (junção de duas repúblicas). 2006 – Montenegro conquista sua independência, após realização de referendo em ambas as repúblicas. Fevereiro de 2008 – declaração da independência de Kosovo, porém vários países, inclusive a Rússia que é membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, até início de 2009, recusavam-se a reconhecer sua independência. Iugoslávia – formação e desintegração Fonte: Le monde Diplomatique e Enciclopédia Britânica. Em: Almanaque Abril 2008. São Paulo: Abril. 2008. p. 596. David Turnley/ Corbis/ LatinStock David Turnley/ Corbis/ LatinStock CEDOC Refugiados de guerra na Bósnia, em 1995. A cena observada na fotografia foi uma constante ao longo do século XX: pessoas abandonando tudo por causada guerra. Nesse caso, são kosovares de origem albanesa deixando a região autônoma de Kosovo. A população dessa região era formada, ao menos até 1998, por 90% de albaneses e 10% de sérvios. Manifestações em Kosovo (2008). O conflito entre católicos e protestantes na Irlanda do Norte O conflito entre católicos e protestantes na Irlanda do Norte é uma questão grave que havia muito tempo pedia solução no Reino Unido. Na verdade, não se trata de uma questão apenas religiosa, mas também política e econômica. O Reino Unido da Grã-Bretanha e da Irlanda do Norte constitui um Estado formado por Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte. Na Irlanda do Norte, os católicos (cerca de 38% da população) querem a independência em relação ao Reino Unido. Os protestantes (cerca de 51%) querem permanecer ligados ao Reino Unido, por isso são chamados de unionistas. 1969 - exército inglês passou a interferir no conflito. 1991 - IRA intensificou os ataques a Grã-Bretanha. Setembro de 1994 - cessar-fogo do IRA. Outubro de 1994 - protestantes também anunciaram o fim da luta armada. Fevereiro de 1996 - voltaram os conflitos, IRA acabou com o cessarfogo, em protesto à insistência dos protestantes em condicionar os acordos de paz ao seu desarmamento total. 1997- 2º cessar-fogo, recomeçando as negociações entre os líderes. 1998 – foi selado um acordo de paz, que propôs a formação de um governo autônomo, com a participação das duas comunidades no estabelecimento de uma Assembléia. Dezembro de 2000 – início do funcionamento dessa Assembléia. 2005 – conclusão do desarmamento do IRA e dos grupos paramilitares protestantes, além da libertação de presos políticos. 2007 – formou-se um governo de coalizão, garantindo a Irlanda do Norte o retorno a uma autonomia regional, e o exército inglês encerrou sua intervenção militar nesse país que já durava 38 anos. Ilhas Britânicas Reino Unido e Irlanda Fonte: P.Joint e outros. La Geographie de l’Europe des 15. Paris: Nathan, 1998. p.61 (adaptado). Estima-se que haja cerca de 20 milhões de ciganos pelo mundo. Grande parte vive na Europa. Assim como fazem com os turcos e os norteafricanos, os jovens neonazistas têm promovido atentados a moradias ciganas. Na República Tcheca, a entrada de ciganos em alguns bares e restaurantes é proibida. Em 2005, oito países do antigo bloco socialista apresentaram em Sófia (capital da Bulgária) uma proposta de integração dos ciganos, prevendo que até 2015 eles sejam tirados da situação marginal em que vivem na Europa. A origem desse povo é incerta, mas alguns pesquisadores acreditam que eles tenham vindo da Índia, cerca de mil anos atrás, migrando para a parte oriental da Europa no século XIV e para a parte ocidental após a Segunda Guerra Mundial. Sidnei Moura Fonte: Word Atlas. Londres: Dorling Kindersley, 1999. p. 132 (adaptado). Indicadores socioculturais de alguns países europeus - 2006 Países França Espanha Itália Portugal 0,942 0,938 0,940 0,904 Número de médicos (por mil hab.) 3,3 3,4 4,2 3,4 Porcentagem da população com o equivalente ao Ensino Médio completo 56 67 63 56 Pessoas conectadas a internet (por mil hab.) 432 425 482 280 54 415 60 267 55 566 10 708 Indicadores Índice de Desenvolvimento Humano Número de livros publicados Fonte: L’état du monde, 2008 Fonte: Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). Relatório de Desenvolvimento Humano 2007/2008. Parte integrante da obra Geografia homem & espaço, Editora Saraiva Observe as tabelas que, além dos dados do IDH, apresentam dados das receitas de royalties, que são as importâncias cobradas pelo proprietário da patente do produto, processo de produção ou marca para permitir o seu uso ou comercialização. Pela tabela você pode constatar o quanto os países que ocupavam os primeiros postos na lista de IDH em 2005 recebiam de royalties e de direitos de licença. É claro que os países da Europa que têm mais população, como Alemanha, Itália e França, recebem, por habitante, menos que alguns países bem menos populosos, como Luxemburgo, Suécia, Holanda (Países Baixos), Irlanda e Bélgica. A situação dos Estados Unidos, que mais recebem royalties e direitos de licença, também deve ser analisada nessa perspectiva, pois é um país com cerca de 300 milhões de habitantes. Dos países da Europa Oriental, o único que apresenta valores que se equiparam aos da Europa Ocidental é a Hungria, que estava na 36ª posição no ranking do IDH (0,874) e tinha receitas de royalties e de direitos de licença no valor de 82,7 dólares por habitante. Fonte: Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). Relatório de Desenvolvimento Humano 2007/2008. O continente europeu Berço da Revolução Industrial É formado por alguns dos países mais desenvolvidos do Mesmo considerando globo. apenas aspectos Segundo o relatório 2007/2008 do econômicos — como, Programa das Nações Unidas para o por exemplo, o valor Desenvolvimento (Pnud), que mede a do PIB — dos 10 qualidade de vida dos países do países mais ricos do mundo, entre os 20 de mais alto IDH mundo (Estados (Índice de Desenvolvimento Humano) Unidos, Japão, 15 eram europeus, destacando-se a Alemanha, China, Islândia (1º), a Noruega (2º), a Irlanda Reino Unido, França, (5º), a Suécia (6º), a Suíça (7º), os Países Itália, Canadá, Baixos (9o) e a França (10º). O Brasil Espanha e Brasil), ocupa o 70º lugar, o último entre os cinco eram europeus. países considerados de alto Os grandes grupos industriais europeus e de outras partes do mundo fazem investimentos elevados em pesquisa e tecnologia. Criando e desenvolvendo novas mercadorias, modernizando e automatizando suas fábricas para alcançar um menor custo de produção e melhorar a sua competitividade global. Os parques industriais da maioria dos países da Europa Ocidental são bastante diversificados. Com destaque para: • produtos eletroeletrônicos; • produtos farmacêuticos; • telecomunicações; • construção naval; • química; • energia nuclear; • aviação; • siderurgia; • automobilística. O setor terciário desses países também é bastante diversificado. Formado por grandes grupos de empresas multinacionais que atuam nas áreas: • comercial, como redes de hipermercados (o francês Carrefour); • financeira, como bancos (os espanhóis Santander e BBV, os britânicos Lloyd’s Bank e HSBC, o holandês ABN-Amro Bank); • de telefonia (a espanhola Telefonica, a italiana Tim); entre outras. Para alguns países da Europa Ocidental, como França, Itália e Espanha, a atividade turística é uma importante fonte de divisas. Fonte: Organização Mundial do Turismo. A Torre Eiffel, em Paris, um dos lugares mais visitados do mundo. Qual região da Europa recebeu a maior parte dos turistas estrangeiros SENDO: França e Itália os principais exportadores de produtos de alta costura, além de abrigarem empresas que detêm as patentes das grifes. Esses países são os grandes centros europeus de eventos de divulgação do mundo da moda. Merecem destaque ainda os grandes centros universitários, sobretudo no Reino Unido, na França, na Itália, na Alemanha e na Espanha, que atraem pesquisadores e estudantes do mundo inteiro. Stephane Cardinale / People Avenue / Corbis / LatinStock integrante da obra Geografia homem & espaço, Editora Saraiva Parte O mercado internacional da moda também movimenta um grande volume de capitais. Modelos desfilam em Paris, França (2008) A União Europeia é o maior projeto de integração entre países levado a cabo na história. A primeira experiência de integração comercial entre países já havia sido elaborada um pouco antes do final da Segunda Guerra. A experiência pioneira dessa integração está sendo seguida por várias nações e é um dos elementos que caracterizam a ordem mundial dos dias atuais. Bélgica, Holanda e Luxemburgo formaram, em 1944, o Benelux, que previa a criação de uma zona de livre comércio entre seus membros. O Benelux entrou em funcionamento em 1948 e, dez anos depois, completou o processo de unificação econômica. Em 1952, foi criada a Ceca (Comunidade Europeia do Carvão e do Aço), reunindo os países do Benelux, a Alemanha, a França e a Itália. Com essa integração, foi estabelecido um mercado comum para os produtos e matérias-primas ligados à indústria siderúrgica, como carvão, ferro e aço. A experiência do mercado siderúrgico comum e o êxito alcançado pela Ceca inspiraram uma integração econômica mais ampla. Em 1957, os membros da Ceca criaram, pelo Tratado de Roma, a Comunidade Econômica Europeia (CEE), também chamada de Mercado Comum Europeu (MCE), que deu origem ao processo de unificação da Europa. Os objetivos da CEE apontavam para a formação de um bloco pudesse assegurar aos seus integrantes que a livre circulação de mercadorias, pessoas, capitais e serviços. No início da década de 1990, os países da CEE resolveram ampliar a abrangência desse organismo, devido à delineação de uma nova etapa das relações internacionais, marcada pela queda do muro de Berlim, pelo fim da União Soviética, pela unificação alemã e também pelo aumento da concorrência no âmbito comercial. Esses objetivos só se concretizaram plenamente em 1993, com a unificação europeia. Reunidos em dezembro de 1991, na cidade de Maastricht, na Holanda, os países da CEE decidiram eliminar, num curto espaço de tempo, todas as barreiras que impediam uma integração socioeconômica definitiva, implantando o mercado único. Uma das principais decisões foi definir o uso de uma nova e única moeda na Europa unificada, com a criação de um Banco Central Europeu. O Tratado de Maastricht, que entrou em vigor em 1º de janeiro de 1993, substituiu o Tratado de Roma e transformou a CEE em UE (União Européia). Assim, gradativamente, vem ocorrendo entre os países integrantes uma maior cooperação em questões como: • o combate ao crime organizado e ao narcotráfico; • decisões comuns relacionadas ao meio ambiente, à imigração, à educação, à proteção do consumidor, à saúde pública, à defesa do território e a outras áreas. A ambição desse tratado é clara: Transformar a Europa unificada em um grande bloco econômico, capaz de competir com os Estados Unidos e com o bloco integrado por esse país — o Nafta. Um dos setores beneficiados com a adoção do euro foi o turismo, uma Nesse sentido, um passo vez que o visitante, ao chegar à importante foi dado em 1º Europa, faz apenas uma conversão de janeiro de 2002, de seu dinheiro. quando entrou em circulação o euro, a No dia 1º de maio de 2004, entraram moeda única (união na União Europeia dez países, monetária), em doze sendo oito oriundos do antigo bloco países que pertencem à socialista. Os novos países-membros UE. Dessa forma, o novo mapa da UE apresentam um nível de desenvolvimento inferior aos colocou fim à tradicional divisão do demais, infra estrutura continente em Ocidental e Oriental. bastante defasada e atraso tecnológico. Comparativamente, a contribuição desses países ao bloco será menor do que os investimentos que deverão receber. Sede da União Europeia, em Bruxelas (Bélgica). Somente em 2014 os países que ingressaram em 2004 terão acesso a todos os benefícios. Esses países, no entanto, receberão menos benefícios do que os oferecidos aos que entraram anteriormente, como: Subsídios agrícolas Ajuda econômica ao desenvolvimento Em 2007, Romênia e Bulgária ingressaram na EU; Eslovênia tornou-se o 13º país a adotar o euro. Carlos Tadeu de Carvalho Gamba Fonte: Folha de S.Paulo. São Paulo, 23 jun. 2007. p. A-19. Mário Yoshida Fonte: World atlas. Londres: Dorling Kinderley, 1999. p. 135 (adaptado). A Europa apresenta uma importante e diversificada produção agrícola, com grande aproveitamento de seus solos. A cultura de cereais é predominante, destacando-se o trigo, produto mais importante. Sua principal área produtora é a região de solos negros da Ucrânia (tchernozion). Grand Tour/Corbis/Latin Stock CEDOC Outros cereais cultivados são o centeio, a aveia e a cevada, produtos agrícolas das áreas temperadas. Cultivo de centeio na França. Cultivo de uva na Europa. • A batata é outro produto importante da agricultura europeia. • Nas regiões europeias de clima mediterrâneo, sobressai o cultivo da oliveira, destinada à produção de azeitonas e de azeite. Portugal, Espanha, França e Itália destacam-se como maiores produtores mundiais e seus produtos são reconhecidos como os de melhor qualidade internacional. • Outro destaque é o cultivo da videira, destinada à produção de vinhos. Como na agricultura, a pecuária europeia é responsável por uma grande variedade de produtos, desde a carne até o queijo e a manteiga. Na pecuária vem ocorrendo modificação nos padrões alimentares das criações. Além disso Os consumidores estão cada vez mais conscientes dos problemas ecológicos e desejam uma alimentação saudável, dando preferência aos alimentos cultivados sem o uso de agrotóxicos. Vem crescendo nos países europeus, em particular nos da Europa Ocidental, a prática da agricultura orgânica. Ela utiliza métodos naturais para a correção do solo e controle de pragas. Produtos mais importantes do continente europeu: • petróleo; • carvão; • manganês. O carvão é extraído em maior quantidade na Ucrânia, no Reino Unido, na Alemanha e na Polônia. Extração de carvão mineral na Alemanha. CEDO C • ferro; O petróleo é explorado no continente e no oceano. Além da Rússia (parte europeia) e do Azerbaijão, outra região rica em petróleo é o mar do Norte, onde a exploração é controlada pelo Reino Unido e Noruega. Em virtude do elevado grau de industrialização e das características geológicas do território, os países europeus são dependentes de uma série de minerais essenciais à atividade industrial. Plataforma de petróleo no mar do Norte. Elevado nível de desenvolvimento e economia diversificada • Reino Unido; • Alemanha; • Itália; • França; • Holanda (Países Baixos); • Bélgica; Grandes exportadores de produtos industrializado • Luxemburgo; • Suécia; • Suíça; • Dinamarca; • Espanha; Parte integrante da obra Geografia homem & espaço, Editora Saraiva Países europeus Especialmente bens de alta tecnologia. O Reino Unido é o mais antigo país industrializado. Londres, capital da Inglaterra e do Reino Unido, é considerada a cidade mais importante da Europa e a terceira do mundo. Essa cidade reúne à sua volta o mais importante parque industrial do país, além de ser o principal centro comercial, financeiro e portuário do Reino Unido. • Possui uma das mais extensas redes ferroviárias da Europa, sendo a maior parte eletrificada. • A rede rodoviária atinge cerca de 370 mil km. • O porto de Londres, de grande atividade, é um dos mais movimentados da Europa. No centro de Londres há uma região, a City que congrega as principais instituições financeiras do país – a City. Também chamada de Square Mile, comparável a Wall Street (Nova York), esse centro financeiro reúne o Banco da Inglaterra, importantes bancos comerciais e as principais casas de câmbio e de comércio internacional. Mário Yoshida Fonte: World atlas. Londres: Dorling Kindersley, 1999. p.134-135. Tellus: L’encyclopédie du monde. Londres/Paris: Dorling Kindersley/Nathan, 2002. p. 509. Juntamente com os Estados Unidos, a Alemanha liderou a segunda etapa da Revolução Industrial. Contando com financiamento americano, por meio do Plano Marshall, a indústria alemã pôde se reconstruir, tornando-se, já nos anos 1960, a mais poderosa do continente. Cidade de Dortmund, na Alemanha. A Alemanha abriga hoje um dos maiores complexos industriais do mundo. É na região dos rios Ruhr e Reno, também chamada de região renana, que estão situados importantes centros industriais, como Dortmund, Essen, Düsseldorf e Duisburg. • Mesmo não compreendendo a língua francesa, é possível entender qual aspecto do Ruhr o cartaz destaca? Explique-o. Parte integrante da obra Geografia homem & espaço, Editora Saraiva Reprodução Observe o cartaz ao lado, que foi divulgado em 1994 na imprensa francesa, a fim de atrair investimentos para a região do vale do rio Ruhr, na Alemanha, e ao mesmo tempo apagar a imagem de “velha região industrial”, caracterizada por ter se industrializado no século XIX e por apresentar muitas indústrias tradicionais — siderúrgicas e metalúrgicas. Lazer em antigo prédio de indústria no vale do Ruhr. Berlim (2005). Mário Yoshida Fonte: La Geographie de l’Europe des 15. Paris: Nathan, 1998. p.23./Tellus: L’enciclopédie du monde. Londres/Paris: Dorling Kindersley/ Nathan, 2002. p.93. A Itália é marcada por sensíveis diferenças regionais. Os contrastes entre a região norte e a sul são tão marcantes que se costuma dizer que o território se apresenta dividido em duas regiões: Hoje a economia italiana situa-se entre as seis maiores do mundo. • Itália do Norte, região correspondente à planície do rio Pó, que possui cidades industriais e elevado nível de vida; • Itália do Sul (Il Mezzogiorno), formada pela Sicília, Sardenha e parte meridional da península, que é menos industrializada, onde as atividades agropastoris têm importância significativa. Nápoles, Itália (2007). • Um dos países pioneiros na atividade industrial; • uma das mais importantes nações da Europa Ocidental; • uma das maiores economias do globo. Entre os setores industriais mais importantes do país destacam-se: • o automobilístico, concentrado na região de Paris; • o siderúrgico, cujo principal centro é a região de Lorena — onde se encontra a cidade de Metz —, em razão da presença de minério de ferro; • o têxtil, localizado na parte norte do país, em Lille, importante produtora de fibras sintéticas. No setor dos transportes, a França possui uma boa rede de rodovias, que, partindo de Paris, conduzem aos principais portos e aos países vizinhos. Sistema ferroviário na França. Mário Yoshida Fonte: La Geographie de l’Europe des 15. Paris: Nathan, 1998. p.41./Tellus: L’enciclopédie du monde. Londre/Paris: Dorling Kindersley/ Nathan, 2002. p.279. Holanda (Países Baixos) Atualmente o porto mais movimentado do mundo é o de Roterdã, situado nesse país, que, por seu volume de tráfego, é considerado a porta de entrada e saída comercial do continente europeu. Bélgica Os principais setores industriais da Bélgica são o siderúrgico, o têxtil, o químico e o de lapidação de diamantes. A capital da Bélgica (Bruxelas) é sede dos seguintes organismos internacionais: • UE — União Europeia; • Euratom — Comunidade Europeia de Energia Atômica; • Otan — Organização do Tratado do Atlântico Norte. • Área territorial 2.586 km2; • Independente desde 1867; • Localizado entre a Alemanha, a Bélgica e a França. A siderurgia, sua principal atividade industrial, já teve maior destaque na economia do país. A partir da década de 1980, outros setores industriais vêm alcançando maior projeção, como é o caso da indústria química. Suécia • País da Europa Nórdica, com uma população de quase 9 milhões de habitantes. • Uma das maiores reservas de minério de ferro do mundo, a de Kiruna, no norte do país. Estocolmo, a capital da Suécia, é a cidade mais populosa do país. O padrão de vida dos suecos é um dos mais elevados do globo. A indústria da Suíça tem por base os setores químico, farmacêutico, relojoeiro, de laticínios e de aparelhos de precisão. Sua capital é Berna, mas Zurique, importante centro financeiro europeu, é a cidade mais populosa. Genebra é sede de vários organismos internacionais, como: • a OIT (Organização Inter nacional do Trabalho); • a OMS (Organização Mundial de Saúde); • a Cruz Vermelha; • a OMC (Organização Mundial do Comércio). Sede da Organização Mundial da Saúde, na Suíça. •A Dinamarca situa-se na península da Jutlândia, ao norte da Alemanha. As indústrias de alimentos, maquinaria, equipamentos de escritórios e produtos químicos são as mais importantes. •A exportação de produtos industrializados é a principal fonte de divisas do país, que possui escassos recursos minerais e de matérias-primas. •A capital dinamarquesa é Copenhague, que abriga aproximadamente 20% da população do país. Espanha A partir de seu ingresso no Mercado Comum Europeu, atual União Europeia, com injeção de capitais e ajuda econômica para melhoria do padrão socioeconômico de sua população, a Espanha, num curto espaço de tempo, teve um processo de crescimento econômico, passando pela modernização da agricultura e pela diversificação de suas atividades industriais. Estolcomo, é a cidade mais populosa do país. O padrão de vida dos suecos é um dos mais elevados do mundo. Agricultura na Espanha. O território da Finlândia, país da Europa Nórdica, é pontuado por lagos — cerca de 187 mil — e a presença da floresta de coníferas possibilita o desenvolvimento da atividade extrativa madeireira e de fabricação de celulose e papel. Os investimentos na economia do país passaram a priorizar os setores de tecnologia de ponta, particularmente o de telefonia celular. A finlandesa Nokia é uma das maiores empresas fabricantes de telefones celulares do mundo. Helsinki, capital da Finlândia Europa – população urbana Fonte: Atlante geográfico metódico. Novara: Instituto Geográfico De Agostini, 1997. p. 45./IBGE. Atlas Geográfico escolar. Rio de Janeiro: IBGE, 2007 (adaptado).