União Européia
Antigo Bloco Soviético
Rússia e CEI
Em 2005
A população
europeia era de
aproximadamente
A densidade
demográfica atingia
cerca de 71 hab./km²,
fazendo do
As taxas de crescimento
continente o mais
demográfico europeu estão
densamente povoado próximas de zero. Alguns
do mundo.
países vêm apresentando
taxas negativas nos últimos
anos.
745 milhões
de habitantes
O correspondente a
cerca de 12% da
população mundial.
As partes menos habitadas, compreendem as regiões próximas do
círculo polar Ártico, como a península Escandinava, a Finlândia, a
porção norte da Rússia e as altas montanhas.
Taxa média de crescimento demográfico
entre 2005 e 2010.
Países
Crescimento anual
Espanha
0,8
Suécia
0,4
Dinamarca
0,2
Reino Unido
0,4
Alemanha
-0,1
República Tcheca
0,0
Hungria
-0,3
Letônia
-0,5
Bulgária
-0,7
Em decorrência da
acentuada queda dos
índices de natalidade
A Europa vem
apresentando baixas
taxas de crescimento
populacional.
Fonte: L’état du monde, 2008.
O que os dados da tabela revelam?
Essa queda pode ser atribuída:
• ao desenvolvimento urbano-industrial do continente, que
eleva o custo de vida para uma família numerosa;
• redefinição do modo de vida, com casamentos mais tardios;
• crescente participação da mulher no mercado de trabalho;
• desejos de consumo, lazer e ascensão social;
• disseminação dos métodos anticoncepcionais;
• maior difusão dos meios de comunicação, que ampliaram o
acesso a informação, permitiram que os casais passassem a
fazer planejamento familiar, reduzindo o número de filhos.
Controle de imigração no Reino Unido em 2006.
Fonte: Home Office, Folha de S.Paulo, 24 mar. 08. p. C-3.
A expectativa de vida na maioria dos países
europeus está acima dos 75 anos.
Em consequência disso, é grande o número de
idosos na composição etária da população.
O comportamento
demográfico europeu
traz séria preocupação
ao continente, pois ao
mesmo tempo em que
não há aumento da força
de trabalho, ocorre a
elevação sensível dos
gastos com a
previdência social.
Idosas praticando atividade física na Alemanha (2007).
Expectativa de Vida – (2005-2010)
Países
Anos
Quando se constata que
quase um terço dos
cerca de 400 milhões de
habitantes da União
Européia é constituído
por pessoas com mais
de 50 anos de idade, ou
seja, pessoas
aposentadas ou que
estão para se aposentar,
é evidente a elevação
dos gastos com a
previdência social.
Alemanha
79,4
Espanha
80,9
República Tcheca
76,5
Reino Unido
79,4
Grécia
79,5
Itália
80,5
Portugal
78,1
Fonte: L’état du monde, 2008.
As pirâmides etárias
apresentam um
estreitamento em suas
bases. Assim, se essa
situação de baixo índice de
natalidade com elevação
da expectativa de vida
continuar, os topos das
pirâmides ficarão cada vez
mais largos.
Fonte: Population Reference Bureau/ONU.
CEDOC
Os europeus podem ser divididos em três
grandes ramos étnicos, cada um como uma
diversidade de grupos de povos ou etnias.
Esses ramos são:
• atlanto-mediterrâneos;
• germanos;
• eslavos.
Gloria Rodrigues/ Stock Photos
Eslavo.
No continente europeu,
predominam os idiomas
indo-europeus,
subdivididos em três
grupos principais: o latino,
o germânico e o eslavo.
Atlanto-mediterrâneas.
Europa Nórdica e Europa Meridional
A Europa Nórdica é formada por Noruega,
Suécia, Finlândia, Dinamarca e Islândia. E
Europa Meridional é formada por Portugal,
Espanha, França, Itália e Grécia. Essa divisão
obedece aos critérios geográficos.
Enquanto os germanos e os eslavos, situados
na Europa Nórdica e na Oriental, têm
geralmente pele e olhos claros, os atlantomediterrâneos, localizados predominantemente
na faixa atlântica e na Europa Meridional, são
geralmente morenos e têm olhos escuros.
Apesar da diversidade étnica e linguística existente na Europa
A maior parte da população pratica o
catolicismo, dividido em dois grupos
o romano e o
ortodoxo.
Além do catolicismo, praticam-se também:
• o protestantismo, que predomina na parte
setentrional do continente e divide-se em
luteranismo, calvinismo e anglicanismo;
• o islamismo, que possui muitos adeptos na
Turquia e na península dos Bálcãs;
• o judaísmo, que é praticado em diversos
países europeus, mas por um pequeno
número de adeptos.
Com a onda migratória
recente de turcos,
norte-africanos e
árabes do Oriente
Médio em direção à
Europa Ocidental,
cresceu muito o
número de adeptos do
islamismo nessa
porção do continente
europeu.
Na França, de acordo com a lei de
2004, é proibida a entrada de alunos
com sinais religiosos ostensivos nas
instituições de ensino públicas. Com
isso, as alunas que professam o
islamismo não podem usar na
escolas o véu islâmico (chador).
Setboun/ Corbis
Entre os praticantes do islamismo,
há uma facção minoritária
conhecida por fundamentalistas
ou integrista, da qual fazem parte
alguns grupos que promovem atos
terroristas para desestabilizar
governos ocidentais. Em vista
disso, alguns governos de países
europeus vêm se preocupando
com a expansão da religião
islâmica no continente.
Mulçumanos em prece, em uma rua
da cidade de Marselha, na França, em
2000.
Observe o mapa e o gráfico.
Carlos Tadeu de Carvalho Gamba
População natural de outros países na Europa
Fonte: Eurostat/OCDE/ONU.
Fonte: Eurostat.
São bastante conhecidos os deslocamentos da
população europeia para colonizar outros continentes
Durante séculos, os europeus deixaram seu
continente à procura de novas perspectivas de
emprego e melhoria das condições de vida para fugir
de guerras religiosas e imperialistas.
Como a América e
a Oceania.
Com o fim da Segunda Guerra Mundial,
porém, essa situação se inverteu:
A Europa tornou-se um continente atraente
a imigrantes do norte da África, Turquia e
Oriente Médio, e sua população, de forma
geral, não tem se deslocado de modo
significativo em busca de outras regiões.
No período pós-Segunda Guerra
Muitos países europeus
procuraram atrair imigrantes
O crescimento econômico e o
alto padrão de vida alcançado
pelos países da União
Europeia, Suíça e Noruega na
segunda metade do século XX
os transformaram em polo de
atração de migrantes.
Para ser mão de obra
barata e sem qualificação
Essencial para o momento do
processo de reconstrução do
continente.
Principalmente vindo dos países
subdesenvolvidos, com destaque
para os países da África, do sul
da Ásia e da Turquia.
Charles Platiau/ Reuters/ LatinStock
Nos últimos anos, os
deslocamentos
internos da população
européia se tornaram
muito intensos. A crise
nos países do Leste
Europeu provocou forte
migração para os
países da União
Européia,
principalmente para a
Alemanha, a França e a
Itália.
Imigrantes ilegais expulsos de
alojamentos na França.
Em 2004
Com a admissão de oito países do
Leste Europeu na União Europeia
O fluxo de imigrantes
sofreu modificação
Também cresceram os
deslocamentos da
população dos países
com grandes
desequilíbrios
econômico-regionais,
das áreas mais pobres
para as áreas mais ricas.
Tendo em vista os investimentos
que o Oeste Europeu destinou
aos novos ingressantes.
No período de transição do século
XX para o século XXI, não foram
apenas operários não qualificados
que se deslocaram, mas também
jovens graduados em busca de
trabalho e de melhores condições
de vida.
A continuidade desses movimentos populacionais
O fato do crescimento demográfico da população
imigrante ser superior ao da europeia
GERAM
Uma crescente diversidade étnica e cultural nas
sociedades dos países europeus.
Diante desse fenômeno, têm
crescido os movimentos xenófobos
e o sentimento de nacionalismo em
alguns povos da Europa, que
atribuem aos imigrantes a culpa
pelo aumento do desemprego e da
criminalidade.
O fato da população
imigrante se concentrar nos
grandes centros urbanos dá
maior visibilidade aos
problemas de desemprego
e de formação de periferias
miseráveis.
O aumento da aversão aos imigrantes por parte de alguns membros
da população, entre outros fatores, explica o crescimento da
participação dos partidos de extrema direita nas eleições que vêm
sendo realizadas neste início de século. Esses partidos têm como
pontos principais de seus programas o estabelecimento de políticas
de combate a imigração e aos imigrantes que vivem na Europa.
Protesto de membros de uma organização de direita, contra a construção de
uma mesquita na Alemanha, em 2007.
Em:{http://cagle.slate.msn.com/politicalcartoons/pecartoons/archives/cajas.asp?Action=GetImage}.
O que o cartunista quis expressar?
A partir de 2007
Com a entrada da Romênia e da
Bulgária na União Europeia
Entre outros fatores
Em razão dos elevados
índices de desemprego
desses países, muitos
búlgaros e romenos
começaram a sair em
busca de
oportunidades de
trabalho nos países
mais ricos do
continente.
Para conter o fluxo de
imigrantes africanos que se
dirigem à Europa Ocidental,
os europeus decidiram
levantar, em 1998, um muro
semelhante ao existente entre
o México e os Estados
Unidos. A maior parte da obra
foi financiada pela União
Europeia.
Em reação a isso, Alemanha,
França, Espanha, Portugal, Itália,
entre outros, implementaram
ações de restrição ao ingresso de
pessoas originárias desses
países.
Apesar de terem retomado o crescimento econômico:
• com baixa inflação;
• alta rentabilidade de suas empresas;
• boas perspectivas com a moeda única.
Os países europeus
não conseguiram
eliminar o que parece
ser um dos seus
principais problemas:
o desemprego.
O desemprego é um dos maiores problemas que o
mundo enfrenta atualmente. Na fotografia,
desempregado na Inglaterra (2003).
Dentre as medidas que estão sendo
Na Itália e no Reino Unido, o trabalho
propostas para criar empregos
DESTACA-SE
• a adoção de políticas flexíveis
de contratação;
• dispensa de trabalhadores.
Todo esse processo de alteração na
estrutura de empregos está sendo
acompanhado pela deterioração das
condições de trabalho e de vida dos
trabalhadores, o que se traduz em
queda dos salários reais,
instabilidade no emprego e
desemprego dos menos
qualificados.
autônomo vem crescendo em virtude
da terceirização e da subcontratação
na indústria e nos serviços.
Os países da união européia
vêm organizando estratégias
para conter o desemprego, que
atinge cerca de 10% de seus
habitantes, com destaque para
as elevadas taxas da Espanha
(8,7%), França (9,2%),
Alemanha (9,5%), Itália (7,7%),
Polônia (17,2) e Eslováquia
(16,1%).
Na década de 1980
Houve a instituição de uma
proposta de redução da
jornada de trabalho semanal.
Na Alemanha, na França
e em outros países.
Com o objetivo de criar
oportunidades de emprego.
Entretanto, isso acabou
acarretando justamente o aumento
no índice de desemprego em
alguns países, pois com salários
elevados e jornada de trabalho
reduzida, muitas empresas
europeias optaram por investir em
outros países e continentes, entre
eles a China.
Paulatinamente, por
pressão das empresas, os
trabalhadores vêm
aceitando acordos de
ampliação de jornada de
trabalho sem aumento de
salários ou acordos de
redução de jornada com
diminuição de salário, a
fim de garantir seus
empregos, sobretudo,
após a crise de 2008.
Diversos conflitos na Europa se relacionam a processos
de incorporação de minorias étnicas e de territórios por
alguns Estados-nação. Alguns desses conflitos têm
origem há séculos.
Na primeira metade do século XX
A desintegração de
impérios
Como o Austro-Húngaro e o
Turco-Otomano, além das
duas Grandes Guerras.
Ocasionou instabilidades nos
limites políticos entre os países.
Na segunda metade do século
O processo de derrocada do socialismo
trouxe também alterações nos limites
entre os Estados-nação.
Em decorrência disso,
houve uma sucessão de
conflitos, sobretudo nas
duas últimas décadas.
A região mais instável nessa
perspectiva foi a dos Bálcãs –
península estrategicamente
situada entre a Europa e a
Ásia, o Ocidente e o Oriente, e
que alternou situações de
domínios de diferentes
impérios e/ou Estados-nação,
com culturas, línguas e
religiões diferentes.
Até 1991, a Iugoslávia era uma país federativo
FORMADO POR
Seis repúblicas:
•Sérvia;
•Croácia;
•Eslovênia;
•Bósnia-Herzegovina;
•Macedônia;
•Montenegro.
E duas regiões autônomas pertencentes à
Sérvia:
• Kosovo;
• Vojvodina.
Essa complexa colcha
de retalhos permaneceu
unida enquanto foi
governada por dirigentes
autoritários.
O poderio militar da
federação iugoslava,
controlado na maior
parte pelos sérvios,
tentou impedir a
independência das
repúblicas, contando
com o apoio dos sérvios
que nelas viviam.

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






1989 – retirada de parte da autonomia de Kosovo, estimulando
o separatismo.
Junho de 1991 – independência da Croácia e da Eslovênia.
Setembro de 1991- independência da Macedônia.
Março de 1992 – independência da Bósnia-Herzegovina.
1995 – acordo intermediado pela ONU, entre os sérvios e os
mulçumanos da Bósnia que disputavam fatias do território do
país.
1998 – crescimento do movimento separatista armado em
Kosovo, presidente iugoslavo contra-atacou com violência.
2003 – o que restou da Iugoslávia assumiu o nome de Sérvia e
Montenegro (junção de duas repúblicas).
2006 – Montenegro conquista sua independência, após
realização de referendo em ambas as repúblicas.
Fevereiro de 2008 – declaração da independência de Kosovo,
porém vários países, inclusive a Rússia que é membro
permanente do Conselho de Segurança da ONU, até início de
2009, recusavam-se a reconhecer sua independência.
Iugoslávia – formação e desintegração
Fonte: Le monde Diplomatique e Enciclopédia Britânica. Em: Almanaque Abril 2008. São Paulo: Abril.
2008. p. 596.
David Turnley/ Corbis/ LatinStock
David Turnley/ Corbis/ LatinStock
CEDOC
Refugiados de guerra na Bósnia,
em 1995.
A cena observada na fotografia foi uma
constante ao longo do século XX: pessoas
abandonando tudo por causada guerra.
Nesse caso, são kosovares de origem
albanesa deixando a região autônoma de
Kosovo. A população dessa região era
formada, ao menos até 1998, por 90% de
albaneses e 10% de sérvios.
Manifestações em Kosovo (2008).
O conflito entre católicos e protestantes na
Irlanda do Norte
O conflito entre católicos e protestantes na Irlanda do
Norte é uma questão grave que havia muito tempo pedia
solução no Reino Unido. Na verdade, não se trata de
uma questão apenas religiosa, mas também política e
econômica.
O Reino Unido da Grã-Bretanha e da Irlanda do Norte
constitui um Estado formado por Inglaterra, Escócia,
País de Gales e Irlanda do Norte. Na Irlanda do Norte,
os católicos (cerca de 38% da população) querem a
independência em relação ao Reino Unido. Os
protestantes (cerca de 51%) querem permanecer ligados
ao Reino Unido, por isso são chamados de unionistas.
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1969 - exército inglês passou a interferir no conflito.
1991 - IRA intensificou os ataques a Grã-Bretanha.
Setembro de 1994 - cessar-fogo do IRA.
Outubro de 1994 - protestantes também anunciaram o fim da luta
armada.
Fevereiro de 1996 - voltaram os conflitos, IRA acabou com o cessarfogo, em protesto à insistência dos protestantes em condicionar os
acordos de paz ao seu desarmamento total.
1997- 2º cessar-fogo, recomeçando as negociações entre os
líderes.
1998 – foi selado um acordo de paz, que propôs a formação de um
governo autônomo, com a participação das duas comunidades no
estabelecimento de uma Assembléia.
Dezembro de 2000 – início do funcionamento dessa Assembléia.
2005 – conclusão do desarmamento do IRA e dos grupos
paramilitares protestantes, além da libertação de presos políticos.
2007 – formou-se um governo de coalizão, garantindo a Irlanda do
Norte o retorno a uma autonomia regional, e o exército inglês
encerrou sua intervenção militar nesse país que já durava 38 anos.
Ilhas Britânicas
Reino Unido e Irlanda
Fonte: P.Joint e outros. La Geographie de l’Europe des 15. Paris: Nathan, 1998. p.61 (adaptado).
Estima-se que haja cerca de
20 milhões de ciganos pelo
mundo.
Grande parte vive
na Europa.
Assim como fazem com
os turcos e os norteafricanos, os jovens neonazistas têm promovido
atentados a moradias
ciganas. Na República
Tcheca, a entrada de
ciganos em alguns bares
e restaurantes é
proibida.
Em 2005, oito países do antigo
bloco socialista apresentaram em
Sófia (capital da Bulgária) uma
proposta de integração dos ciganos,
prevendo que até 2015 eles sejam
tirados da situação marginal em que
vivem na Europa.
A origem desse povo é incerta, mas
alguns pesquisadores acreditam que
eles tenham vindo da Índia, cerca de
mil anos atrás, migrando para a parte
oriental da Europa no século XIV e
para a parte ocidental após a
Segunda Guerra Mundial.
Sidnei Moura
Fonte: Word Atlas. Londres: Dorling Kindersley, 1999. p. 132 (adaptado).
Indicadores socioculturais de alguns países europeus - 2006
Países
França
Espanha
Itália
Portugal
0,942
0,938
0,940
0,904
Número de médicos (por mil hab.)
3,3
3,4
4,2
3,4
Porcentagem da população com o
equivalente ao Ensino Médio
completo
56
67
63
56
Pessoas conectadas a internet (por
mil hab.)
432
425
482
280
54 415
60 267
55 566
10 708
Indicadores
Índice de Desenvolvimento Humano
Número de livros publicados
Fonte: L’état du monde, 2008
Fonte: Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). Relatório de Desenvolvimento
Humano 2007/2008.
Parte integrante da obra Geografia homem & espaço, Editora Saraiva
Observe as tabelas que, além dos dados do IDH, apresentam dados
das receitas de royalties, que são as importâncias cobradas pelo
proprietário da patente do produto, processo de produção ou marca
para permitir o seu uso ou comercialização.
Pela tabela você pode constatar o quanto
os países que ocupavam os primeiros
postos na lista de IDH em 2005 recebiam de
royalties e de direitos de licença. É claro
que os países da Europa que têm mais
população, como Alemanha, Itália e França,
recebem, por habitante, menos que alguns
países bem menos populosos, como
Luxemburgo, Suécia, Holanda (Países
Baixos), Irlanda e Bélgica.
A situação dos Estados Unidos, que mais
recebem royalties e direitos de licença,
também deve ser analisada nessa
perspectiva, pois é um país com cerca de
300 milhões de habitantes. Dos países da
Europa Oriental, o único que apresenta
valores que se equiparam aos da Europa
Ocidental é a Hungria, que estava na 36ª
posição no ranking do IDH (0,874) e tinha
receitas de royalties e de direitos de licença
no valor de 82,7 dólares por habitante.
Fonte: Programa das Nações Unidas
para o Desenvolvimento (Pnud).
Relatório de Desenvolvimento
Humano 2007/2008.
O continente europeu
Berço da Revolução
Industrial
É formado por alguns dos
países mais desenvolvidos do
Mesmo considerando
globo.
apenas aspectos
Segundo o relatório 2007/2008 do
econômicos — como,
Programa das Nações Unidas para o
por exemplo, o valor
Desenvolvimento (Pnud), que mede a
do PIB — dos 10
qualidade de vida dos países do
países mais ricos do
mundo, entre os 20 de mais alto IDH
mundo (Estados
(Índice de Desenvolvimento Humano)
Unidos, Japão,
15 eram europeus, destacando-se a
Alemanha, China,
Islândia (1º), a Noruega (2º), a Irlanda
Reino Unido, França,
(5º), a Suécia (6º), a Suíça (7º), os Países
Itália, Canadá,
Baixos (9o) e a França (10º). O Brasil
Espanha e Brasil),
ocupa o 70º lugar, o último entre os
cinco eram europeus.
países considerados de alto
Os grandes grupos industriais europeus e de outras partes
do mundo fazem investimentos elevados em pesquisa e
tecnologia.
Criando e desenvolvendo novas mercadorias,
modernizando e automatizando suas fábricas para
alcançar um menor custo de produção e melhorar a sua
competitividade global.
Os parques industriais da maioria dos países
da Europa Ocidental são bastante
diversificados.
Com destaque para:
• produtos
eletroeletrônicos;
• produtos
farmacêuticos;
•
telecomunicações;
•
construção naval;
•
química;
•
energia nuclear;
•
aviação;
•
siderurgia;
•
automobilística.
O setor terciário desses países também é bastante
diversificado.
Formado por grandes grupos de empresas
multinacionais que atuam nas áreas:
•
comercial, como redes de hipermercados (o
francês Carrefour);
•
financeira, como bancos (os espanhóis
Santander e BBV, os britânicos Lloyd’s Bank e
HSBC, o holandês ABN-Amro Bank);
•
de telefonia (a espanhola Telefonica, a
italiana Tim); entre outras.
Para alguns países da
Europa Ocidental, como
França, Itália e Espanha, a
atividade turística é uma
importante fonte de divisas.
Fonte: Organização Mundial do Turismo.
A Torre Eiffel, em Paris, um dos lugares mais
visitados do mundo.
Qual região da Europa recebeu a
maior parte dos turistas estrangeiros
SENDO:
França e Itália os principais
exportadores de produtos de alta
costura, além de abrigarem empresas
que detêm as patentes das grifes.
Esses países são os grandes
centros europeus de eventos
de divulgação do mundo da
moda.
Merecem destaque ainda os
grandes centros universitários,
sobretudo no Reino Unido, na
França, na Itália, na Alemanha e na
Espanha, que atraem
pesquisadores e estudantes do
mundo inteiro.
Stephane Cardinale / People Avenue / Corbis /
LatinStock
integrante da obra Geografia homem & espaço, Editora Saraiva
Parte
O mercado internacional da moda também movimenta um
grande volume de capitais.
Modelos desfilam em Paris, França (2008)
A União Europeia é o maior projeto de integração
entre países levado a cabo na história.
A primeira experiência de integração comercial
entre países já havia sido elaborada um pouco
antes do final da Segunda Guerra.
A experiência pioneira dessa
integração está sendo
seguida por várias nações e
é um dos elementos que
caracterizam a ordem
mundial dos dias atuais.
Bélgica, Holanda e Luxemburgo
formaram, em 1944, o Benelux, que
previa a criação de uma zona de livre
comércio entre seus membros. O
Benelux entrou em funcionamento
em 1948 e, dez anos depois,
completou o processo de unificação
econômica.
Em 1952, foi criada a Ceca (Comunidade Europeia do Carvão e do
Aço), reunindo os países do Benelux, a Alemanha, a França e a Itália.
Com essa integração, foi estabelecido um mercado comum para os
produtos e matérias-primas ligados à indústria siderúrgica, como
carvão, ferro e aço.
A experiência do mercado siderúrgico comum e o êxito
alcançado pela Ceca inspiraram uma integração econômica mais
ampla.
Em 1957, os membros da Ceca criaram, pelo Tratado de Roma, a
Comunidade Econômica Europeia (CEE), também chamada de
Mercado Comum Europeu (MCE), que deu origem ao processo de
unificação da Europa.
Os objetivos da CEE apontavam para a formação de um
bloco
pudesse assegurar aos seus integrantes
que
a livre circulação de mercadorias,
pessoas, capitais e serviços.
No início da década de 1990, os países da
CEE resolveram ampliar a abrangência
desse organismo, devido à delineação de
uma nova etapa das relações
internacionais, marcada pela queda do
muro de Berlim, pelo fim da União
Soviética, pela unificação alemã e também
pelo aumento da concorrência no âmbito
comercial.
Esses objetivos só se
concretizaram
plenamente em 1993,
com a unificação
europeia.
Reunidos em dezembro de 1991, na cidade de Maastricht, na
Holanda, os países da CEE decidiram eliminar, num curto espaço
de tempo, todas as barreiras que impediam uma integração
socioeconômica definitiva, implantando o mercado único.

Uma das principais decisões foi definir o uso de uma nova e
única moeda na Europa unificada, com a criação de um Banco
Central Europeu.
O Tratado de Maastricht,
que entrou em vigor em
1º de janeiro de 1993,
substituiu o Tratado de
Roma e transformou a
CEE em UE (União
Européia).
Assim, gradativamente, vem ocorrendo
entre os países integrantes uma maior
cooperação em questões como:
• o combate ao crime organizado e ao
narcotráfico;
• decisões comuns relacionadas ao
meio ambiente, à imigração, à educação, à
proteção do consumidor, à saúde pública,
à defesa do território e a outras áreas.
A ambição desse tratado é
clara:
Transformar a Europa unificada em um grande
bloco econômico, capaz de competir com os
Estados Unidos e com o bloco integrado por esse
país — o Nafta.
Um dos setores beneficiados com a
adoção do euro foi o turismo, uma
Nesse sentido, um passo
vez que o visitante, ao chegar à
importante foi dado em 1º
Europa, faz apenas uma conversão
de janeiro de 2002,
de seu dinheiro.
quando entrou em
circulação o euro, a
No dia 1º de maio de 2004, entraram
moeda única (união
na União Europeia dez países,
monetária), em doze
sendo oito oriundos do antigo bloco
países que pertencem à
socialista.
Os novos países-membros
UE.
Dessa forma, o novo mapa da UE
apresentam um nível de
desenvolvimento inferior aos
colocou fim à tradicional divisão do
demais, infra estrutura
continente em Ocidental e Oriental.
bastante defasada e atraso
tecnológico.
Comparativamente, a
contribuição desses países
ao bloco será menor do
que os investimentos que
deverão receber.
Sede da União Europeia, em Bruxelas
(Bélgica).
Somente em 2014 os
países que ingressaram
em 2004 terão acesso a
todos os benefícios.
Esses países, no entanto, receberão
menos benefícios do que os oferecidos
aos que entraram anteriormente, como:
Subsídios
agrícolas
Ajuda econômica
ao
desenvolvimento
Em 2007, Romênia e
Bulgária ingressaram na
EU; Eslovênia tornou-se
o 13º país a adotar o
euro.
Carlos Tadeu de Carvalho
Gamba
Fonte: Folha de S.Paulo. São Paulo, 23 jun. 2007. p. A-19.
Mário
Yoshida
Fonte: World atlas. Londres: Dorling Kinderley, 1999. p. 135 (adaptado).
A Europa apresenta uma importante e diversificada produção
agrícola, com grande aproveitamento de seus solos.
A cultura de cereais é predominante, destacando-se o trigo, produto
mais importante. Sua principal área produtora é a região de solos
negros da Ucrânia (tchernozion).
Grand Tour/Corbis/Latin
Stock
CEDOC
Outros cereais cultivados são o centeio, a aveia e a cevada, produtos
agrícolas das áreas temperadas.
Cultivo de centeio na França.
Cultivo de uva na Europa.
•
A batata é outro produto importante da agricultura
europeia.
•
Nas regiões europeias de clima mediterrâneo, sobressai o
cultivo da oliveira, destinada à produção de azeitonas e de
azeite. Portugal, Espanha, França e Itália destacam-se como
maiores produtores mundiais e seus produtos são
reconhecidos como os de melhor qualidade internacional.
•
Outro destaque é o cultivo da videira, destinada à produção
de vinhos.
Como na agricultura, a pecuária
europeia é responsável por uma
grande variedade de produtos, desde
a carne até o queijo e a manteiga.
Na pecuária vem
ocorrendo modificação
nos padrões alimentares
das criações.
Além disso
Os consumidores estão cada vez
mais conscientes dos problemas
ecológicos e desejam uma
alimentação saudável, dando
preferência aos alimentos cultivados
sem o uso de agrotóxicos.
Vem crescendo nos
países europeus, em
particular nos da
Europa Ocidental, a
prática da agricultura
orgânica. Ela utiliza
métodos naturais
para a correção do
solo e controle de
pragas.
Produtos mais importantes do
continente europeu:
• petróleo;
• carvão;
• manganês.
O carvão é extraído em
maior quantidade na
Ucrânia, no Reino Unido, na
Alemanha e na Polônia.
Extração de carvão
mineral na
Alemanha.
CEDO
C
• ferro;
O petróleo é explorado no
continente e no oceano.
Além da Rússia (parte
europeia) e do Azerbaijão,
outra região rica em
petróleo é o mar do Norte,
onde a exploração é
controlada pelo Reino Unido
e Noruega.
Em virtude do elevado
grau de industrialização e
das características
geológicas do território,
os países europeus são
dependentes de uma série
de minerais essenciais à
atividade industrial.
Plataforma de petróleo
no mar do Norte.
Elevado nível de
desenvolvimento e economia
diversificada
• Reino Unido;
• Alemanha;
• Itália;
• França;
• Holanda (Países Baixos);
• Bélgica;
Grandes exportadores
de produtos
industrializado
• Luxemburgo;
• Suécia;
• Suíça;
• Dinamarca;
• Espanha;
Parte integrante da obra Geografia homem & espaço, Editora Saraiva
Países europeus
Especialmente
bens de alta
tecnologia.
O Reino Unido é o mais antigo país industrializado.
Londres, capital da
Inglaterra e do Reino
Unido, é considerada a
cidade mais importante
da Europa e a terceira do
mundo. Essa cidade
reúne à sua volta o mais
importante parque
industrial do país, além
de ser o principal centro
comercial, financeiro e
portuário do Reino
Unido.
• Possui uma das mais extensas
redes ferroviárias da Europa, sendo
a maior parte eletrificada.
• A rede rodoviária atinge cerca
de 370 mil km.
• O porto de Londres, de grande
atividade, é um dos mais
movimentados da Europa.
No centro de Londres há uma região, a City que congrega as principais
instituições financeiras do país – a City. Também chamada de Square Mile,
comparável a Wall Street (Nova York), esse centro financeiro reúne o Banco
da Inglaterra, importantes bancos comerciais e as principais casas de
câmbio e de comércio internacional.
Mário
Yoshida
Fonte: World atlas. Londres: Dorling Kindersley, 1999. p.134-135.
Tellus: L’encyclopédie du monde. Londres/Paris: Dorling
Kindersley/Nathan, 2002. p. 509.
Juntamente com os Estados
Unidos, a Alemanha liderou
a segunda etapa da
Revolução Industrial.
Contando com
financiamento americano,
por meio do Plano Marshall,
a indústria alemã pôde se
reconstruir, tornando-se, já
nos anos 1960, a mais
poderosa do continente.
Cidade de Dortmund, na
Alemanha.
A Alemanha abriga hoje um dos maiores complexos industriais do
mundo. É na região dos rios Ruhr e Reno, também chamada de
região renana, que estão situados importantes centros industriais,
como Dortmund, Essen, Düsseldorf e Duisburg.
•
Mesmo não compreendendo a língua
francesa, é possível entender qual aspecto do
Ruhr o cartaz destaca? Explique-o.
Parte integrante da obra Geografia homem & espaço, Editora Saraiva
Reprodução
Observe o cartaz ao lado,
que foi divulgado em 1994
na imprensa francesa, a fim
de atrair investimentos para
a região do vale do rio Ruhr,
na Alemanha, e ao mesmo
tempo apagar a imagem de
“velha região industrial”,
caracterizada por ter se
industrializado no século
XIX e por apresentar muitas
indústrias tradicionais —
siderúrgicas e metalúrgicas.
Lazer em antigo prédio
de indústria no vale do
Ruhr.
Berlim
(2005).
Mário
Yoshida
Fonte: La Geographie de l’Europe des 15. Paris: Nathan, 1998. p.23./Tellus: L’enciclopédie du monde.
Londres/Paris: Dorling Kindersley/ Nathan, 2002. p.93.
A Itália é marcada por sensíveis
diferenças regionais. Os contrastes
entre a região norte e a sul são tão
marcantes que se costuma dizer que o
território se apresenta dividido em
duas regiões:
Hoje a economia
italiana situa-se entre
as seis maiores do
mundo.
• Itália do Norte, região
correspondente à planície do rio Pó,
que possui cidades industriais e
elevado nível de vida;
• Itália do Sul (Il Mezzogiorno),
formada pela Sicília, Sardenha e parte
meridional da península, que é menos
industrializada, onde as atividades
agropastoris têm importância
significativa.
Nápoles, Itália (2007).
• Um dos países pioneiros na atividade industrial;
• uma das mais importantes nações da Europa Ocidental;
• uma das maiores economias do globo.
Entre os setores industriais mais importantes do país destacam-se:
• o automobilístico, concentrado na região de Paris;
• o siderúrgico, cujo principal centro é a região de Lorena — onde
se encontra a cidade de Metz —, em razão da presença de minério
de ferro;
• o têxtil, localizado na parte norte do país, em Lille, importante
produtora de fibras sintéticas.
No setor dos transportes, a França possui uma boa
rede de rodovias, que, partindo de Paris, conduzem
aos principais portos e aos países vizinhos.
Sistema
ferroviário na
França.
Mário
Yoshida
Fonte: La Geographie de l’Europe des 15. Paris: Nathan, 1998. p.41./Tellus: L’enciclopédie du monde.
Londre/Paris: Dorling Kindersley/ Nathan, 2002. p.279.
Holanda (Países Baixos)
Atualmente o porto mais movimentado do mundo é o de Roterdã, situado
nesse país, que, por seu volume de tráfego, é considerado a porta de
entrada e saída comercial do continente europeu.
Bélgica
Os principais setores industriais da Bélgica são o siderúrgico, o têxtil, o
químico e o de lapidação de diamantes.
A capital da Bélgica (Bruxelas) é sede dos seguintes organismos
internacionais:
• UE — União Europeia;
• Euratom — Comunidade Europeia de Energia Atômica;
• Otan — Organização do Tratado do Atlântico Norte.
• Área territorial 2.586 km2;
• Independente desde 1867;
• Localizado entre a Alemanha, a Bélgica e a França.
A siderurgia, sua principal atividade industrial, já teve maior destaque na
economia do país. A partir da década de 1980, outros setores industriais
vêm alcançando maior projeção, como é o caso da indústria química.
Suécia
• País da Europa Nórdica, com uma população de quase 9 milhões de
habitantes.
• Uma das maiores reservas de minério de ferro do mundo, a de Kiruna,
no norte do país.
Estocolmo, a capital da Suécia, é a cidade mais populosa do país. O
padrão de vida dos suecos é um dos mais elevados do globo.
A indústria da Suíça tem por base
os setores químico, farmacêutico,
relojoeiro, de laticínios e de
aparelhos de precisão. Sua
capital é Berna, mas Zurique,
importante centro financeiro
europeu, é a cidade mais
populosa. Genebra é sede de
vários organismos internacionais,
como:
• a OIT (Organização Inter
nacional do Trabalho);
• a OMS (Organização Mundial de
Saúde);
• a Cruz Vermelha;
• a OMC (Organização Mundial do
Comércio).
Sede da Organização Mundial da
Saúde, na Suíça.
•A Dinamarca situa-se na península da Jutlândia, ao norte da Alemanha. As
indústrias de alimentos, maquinaria, equipamentos de escritórios e
produtos químicos são as mais importantes.
•A exportação de produtos industrializados é a principal fonte de divisas do
país, que possui escassos recursos minerais e de matérias-primas.
•A capital dinamarquesa é Copenhague, que abriga aproximadamente 20%
da população do país.
Espanha
A partir de seu ingresso no Mercado Comum Europeu, atual União Europeia,
com injeção de capitais e ajuda econômica para melhoria do padrão
socioeconômico de sua população, a Espanha, num curto espaço de tempo,
teve um processo de crescimento econômico, passando pela modernização
da agricultura e pela diversificação de suas atividades industriais.
Estolcomo, é a cidade mais
populosa do país. O padrão
de vida dos suecos é um
dos mais elevados do
mundo.
Agricultura na
Espanha.
O território da Finlândia, país da Europa Nórdica, é pontuado
por lagos — cerca de 187 mil — e a presença da floresta de
coníferas possibilita o desenvolvimento da atividade extrativa
madeireira e de fabricação de celulose e papel.
Os investimentos na economia do país passaram a priorizar os
setores de tecnologia de ponta, particularmente o de telefonia
celular. A finlandesa Nokia é uma das maiores empresas fabricantes
de telefones celulares do mundo.
Helsinki, capital da
Finlândia
Europa – população
urbana
Fonte: Atlante geográfico metódico. Novara: Instituto Geográfico De Agostini, 1997. p. 45./IBGE. Atlas Geográfico
escolar. Rio de Janeiro: IBGE, 2007 (adaptado).
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