O Domingo sangrento AS notícias sobre a Revolução de 1905 na Rússia, mais concretamente os acontecimentos decorrentes do “Domingo Sangrento” que ocorreu em 22 de Janeiro desse ano, (9 de janeiro, segundo o calendário juliano, vigente no país, na época), chegaram à imprensa vimaranense através dos jornais franceses e ingleses, mais concretamente pelo Daily Mail. Os primeiros mais optimistas relativamente ao conflito que os segundos. O bissemanário Comércio de Guimarães na sua edição de 14 de Fevereiro desse ano, dá destaque a este conflito na sua primeira página. Referiu-se aos acontecimentos em S. Petersburgo salientando o repouso aparente graças ao regime “férreo e brutal” de Trepoff, “prendendo, deportando e decapitando sem atenções nem por sexos nem por classes sociais”. Fora da controlo deste governador continuaram as violências, as greves, as revoltas de soldados, a insurreição em várias cidades russas. Os mortos eram às centenas. O articulista do Comércio de Guimarães escreveu que “todos os corpos de pessoas fuziladas foram transportados para as esquadras da polícia e até aos pais foram impedidos de tratarem do funeral dos seus filhos. As valas dos cemitérios enchem-se repentinamente. Os cadáveres chegam às centenas em carroças. Os sacerdotes quase não têm tempo para os encomendar. Muitos têm o rosto desfigurado pelos buracos das balas, alguns apresentam falta de membros.” Mulheres e crianças encontravamse também entre as vítimas. Os camponeses deslocaram-se para as cidades para se juntarem aos amotinados. As tropas não conseguiram reprimir as sublevações. A Primeira Guerra Mundial A Primeira Guerra expôs um novo paradigma de destruição bélica ao mundo. Entre os anos de 1870 e 1914, o mundo vivia a euforia da chamada Belle Epóque (Bela Época). Do ponto de vista da burguesia dos grandes países industrializados, o planeta experimentava um tempo de progresso econômico e tecnológico. Confiantes de que a civilização atingira o ápice de suas potencialidades, os países ricos viviam a simples expectativa de disseminar seus paradigmas às nações menos desenvolvidas. Entretanto, todo esse otimismo encobria um sério conjunto de tensões. Com o passar do tempo, a relação entre os maiores países industrializados se transformou em uma relação marcada pelo signo da disputa e da tensão. Nações como Itália, Alemanha e Japão, promoveram a modernização de suas economias. Com isso, a concorrência pelos territórios imperialistas acabava se acirrando a cada dia. Orientados pela lógica do lucro capitalista, as potências industriais disputavam cada palmo das matérias-primas e dos mercados consumidores mundiais. Um dos primeiros sinais dessa vindoura crise se deu por meio de uma intensa corrida armamentista. Preocupados em manter e conquistar territórios, os países europeus investiam em uma pesada tecnologia de guerra e empreendia meios para engrossar as fileiras de seus exércitos. Nesse último aspecto, vale lembrar que a ideologia nacionalista Trabalho De História Alunos Diógenes aquiles e diogo amadeu