ANÁLISE DE RISCO Antonio Iris Mazza Agosto/ 2009 Definindo o Risco O risco é a medida da perda econômica e/ou danos a vida humana função da combinação entre a freqüência de ocorrência e a magnitude de um evento indesejado R = f(M, P) => Perigos Onde: R é o risco, M é a magnitude do evento P é a probabilidade O Risco • Está associado à possibilidade de ocorrência do evento • Propriedade intrínseca da situação, ser ou coisa • O Risco não pode ser controlado ou reduzido • O Perigo associado ao Risco pode ser gerenciado, atuando-se sobre sua freqüência e/ou magnitude Análise de Riscos Perguntas Básicas • O que pode ocorrer de errado? • Quais são as causas básicas de eventos indesejáveis? • Quais são as conseqüências? • Quais são as freqüências de ocorrência dos acidentes? • Os riscos são toleráveis? Análise de Riscos Foco • Segurança • Saúde Ocupacional • Financeiro • Ambiental Risco Ambiental Eventos externos ao ambiente industrial • Poluição crônica • Poluição aguda Exemplos • Liberação de energia • Poluição do ar • Poluição do solo • Poluição das águas • Incômodos de vizinhança Meio de contaminação 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. Emissões Dispersão no ar Deposição no solo ou água Sobra de processo, liquido ou solido Lixiviação pelo solo Chegada da contribuição hídrica Retorno para água subterrâneas Evápo transpiração e irrigação indireta. Caminhos Possíveis para riscos A. B. C. D. E. F. G. Respiração Alimentação Consumo Dessedentação Consumo de Grãos e hortaliças Consumo de carne Contato do solo fauna flora Contato do solo antropico Causas de não Conformidades – Recursos Físicos – Recursos Humanos – Operação – Gestão – Estratégia – Causas naturais – Sabotagem Estudo de Análise de Riscos • Identificação de Riscos • Avaliação de Riscos • Gerenciamento de Riscos • Comunicação de Riscos Identificação de Riscos Visa realizar uma estimativa qualitativa ou quantitativa do riscos, empregando-se técnicas cientificas, de forma a promover a combinação das freqüências com a magnitude dos eventos indesejados • Análise do Histórico de Acidentes do Empreendimento • Análise Preliminar de Riscos • Hazop • Modos de Falhas Avaliação de Riscos É o processo que utiliza os resultados da análise de riscos para a tomada de decisão quanto o gerenciamento de risco, através da comparação com os critérios de tolerabilidade de riscos previamente estabelecidos Estimativa da Probabilidade Taxa de Falhas - Taxa de Falha Humana (Falha Involuntária) para profissional não qualificado - 0.001 - Uma falha a cada 100 operações Estimativa da Magnitude do Evento •Desprezível - Não provoca nenhum impacto ambiental ao meio ambiente •Marginal - Provoca impacto leve e reversível ao meio ambiente, dentro da propriedade Crítica - Provoca danos severos ao meio ambiente interno à propriedade, às vezes irreversíveis, e danos de gravidade leve fora da propriedade, às vezes irreversíveis Catastrófica - Podem provocar danos de grande monta e irreversíveis ao meio ambiente interno ou externo à propriedade Gerenciamento de Riscos É a formulação e implantação de medidas e procedimentos técnicos e administrativos, os quais têm por finalidade prevenir e controlar os riscos, fazendo com que a instalação opere dentro de critérios considerados toleráveis. Programa Gerenciamento de Riscos Manual da CETESB de Orientação para a Elaboração de Estudos de Análises de Riscos (PGR), P4. 261 (Maio/2003) • Informações de segurança de processo • Revisão dos riscos de processo • Gerenciamento de Modificações • Manutenção e garantia da integridade de sistemas críticos • Procedimentos operacionais • Capacitação de recursos humanos • Investigação de acidentes • Plano de ação de emergências – PAE • Auditorias Comunicação de Riscos Consiste nas medidas para comunicar os riscos da instalação para •Órgão públicos •Público interno •Sociedade em geral Hierarquia das Medidas Preventivas / Corretivas Priorizar as medidas que atuam sobre a probabilidade em relação as da magnitude da conseqüência (as primeiras reduzem a probabilidade e as segundas minimizam as conseqüências •Eliminação (substituir um produto tóxico) •Minimização (EPI, bacia de contenção) •Enclausuramento (reator nuclear) •Isolamento (localização de equipamentos críticos) •Treinamento •Conscientização REPAR – Araucária / PR Fevereiro/06 DIAGNÓSTICO DAS COMUNIDADES EM ÁREAS DE INFLUÊNCIA DE CENÁRIOS ACIDENTAIS Análise de Vulnerabilidade Equipe da ERM - Brasil OBJETIVO Dar conhecimento ao participante sobre as Hipóteses Acidentais existentes na Refinaria e os principais Cenários Acidentais decorrentes de Incêndio, Explosão e Nuvem Tóxica Identificar áreas vulneráveis Definir população atingida Identificar os recursos necessários para a atuação na emergência Definir itens para conscientização de riscos Programa de Gerenciamento de Risco Rua do Risco Vento GLP Fábrica PGR - I Programa de Gerenciamento de Risco Rua do Risco Vento PGR II GLP Fábrica Análise de Vulnerabilidade Estudo realizado por intermédio de modelos matemáticos para a previsão dos impactos danosos às pessoas, instalações e meio ambiente, baseado em limites de tolerância estabelecidos através do parâmetro Probit para os efeitos de sobre pressão advinda de explosões, radiações térmicas decorrentes de incêndios e efeitos tóxicos de emissões agudas de substâncias químicas para a atmosfera. Concentração de Combustível no ar Concentração de ar LII LSI Limite Inferior de Inflamabilidade – LII Limite Superior de Inflamabilidade - LSI Nota: Abaixo do LII e acima do LSI não inflama. Caracterização da Instalação Descrever a distribuição populacional da região Descrever o aspecto físico e layout da instalação, em escala Verificar carta planialtimétrica ou fotos aéreas que apresentem a circunvizinhança ao redor da instalação Anotar as características climáticas e meteorológicas da região NORTE NO 600 500 400 300 200 100 NE Indústria OESTE 100 200 300 400 500 SO LESTE SE SUL Localização do Empreendimento Norte Jardim Alvorada GLP GLP Rio Barigui INDÚSTRIA DO RISCO Flash Fire – 300 m BR - 476 Níveis de Efeitos e Danos Utilizados nas Simulações Nível Dano Contaminação Ambiental Raio da Poça Poluição Ambiental Incêndio em Nuvem Limite Inferior de Inflamabilidade 100% Fatalidade Incêndio em poça / Jato de Fogo 23 kW/m² 90% de probabilidade de fatalidade em 60 s de exposição 8 kW/m² 1% de probabilidade de fatalidade em 60 s de exposição 5 kW/m² Queimaduras graves em 60 s de exposição 0,70 bar 100% de probabilidade de destruição de máquinas pesadas 0,17 bar 50% de probabilidade de destruição de casas 0,03 bar Quebra de vidros IDLH (H2S) Nenhum dano em 30 minutos de exposição. Tipo de Efeito Físico Explosão Tóxico Áreas Contaminadas Modelagem de Plumas de Hidrocarbonetos Exercício I – Cenário Contaminações Antrópicas Exercício I • Quais meios foram afetados? B) Há emissão de efluentes? C) Solo pode ter sido impactado? D) A água subterrânea e superficial podem ter sido afetadas? E) Podem haver vapores no solo? F) Há risco de impacto em pessoas externas ao site? II - Gerenciamento de Áreas Contaminadas Modelo Brasileiro Mais importância para a avaliação preliminar • A etapa de avaliação preliminar tem como objetivo principal constatar evidências, indícios ou fatos que permitam suspeitar da existência de contaminação na área sob avaliação, por meio do levantamento de informações disponíveis sobre o uso atual e pretérito da área • Preenchimento da “Ficha Cadastral de Áreas Contaminadas” • Elaboração de modelo conceitual. Investigação Confirmatória A etapa de investigação confirmatória tem como objetivo principal confirmar ou não a existência de contaminação nas Áreas Suspeitas prioritárias ou nas Áreas Potencialmente prioritárias para as quais essa investigação foi exigida O Responsável Legal deverá informar previamente, por e-mail (disponível em www.cetesb.sp.gov.br), à Agência Ambiental da CETESB, o período de execução dos trabalhos de campo da etapa de investigação confirmatória, para que os acompanhe quando julgar necessário No caso de conclusão acerca da existência de contaminação na área investigada, o Responsável Legal deverá iniciar as etapas de investigação detalhada e avaliação de risco, independentemente de manifestação prévia da CETESB acerca do relatório de investigação confirmatória apresentado Quando da existência de contaminante em fase livre, o Responsável Legal deverá implantar e operar sistema de recuperação da fase livre assim que a mesma for constatada, concomitantemente com a realização das demais etapas do processo de reabilitação de áreas contaminadas Investigação Detalhada A etapa de investigação detalhada tem por objetivo definir os limites da pluma de contaminação, determinar as concentrações das substâncias ou contaminantes de interesse e caracterizar o meio físico onde se insere a Área Investigada Deverá ser realizada a modelagem da expansão da pluma de contaminação dissolvida ao longo de 5 e 10 anos, incluindo se o decaimento dos contaminantes, quando pertinente, informando a possibilidade dessas plumas atingirem os poços de captação identificados investigação detalhada e plano de intervenção: constitui a junção das etapas de investigação detalhada, avaliação de risco, concepção da remediação e projeto de remediação em uma só etapa O prazo máximo para remoção da fase livre será de 180 dias a partir da constatação da sua presença Os mapas das plumas de contaminação deverão ser apresentados apenas para os parâmetros cujas concentrações sejam iguais ou superiores aos valores de intervenção, considerados na definição das metas de remediação no “ROTEIRO PARA REALIZAÇÃO DE INVESTIGAÇÃO DETALHADA e ELABORAÇÃO DE PLANO DE INTERVENÇÃO EM POSTOS e SISTEMAS RETALHISTAS DE COMBUSTÍVEIS mapas contendo a delimitação das plumas em fase dissolvida de BTEX e PAHs, gerados a partir de modelagem de transporte dos contaminantes, considerados os tempos de 5 e 10 anos, incluindo-se o decaimento dos contaminantes Remediação Deverão ser apresentados semestralmente pelo Responsável Legal relatórios de monitoramento da eficiência e eficácia, sendo que a freqüência de apresentação poderá ser alterada pela CETESB de acordo com as peculiaridades do projeto Atingidas as metas de remediação, o Responsável Legal deverá comunicar à CETESB a data de desativação do sistema de remediação e a data do início do monitoramento para encerramento, passando a área a ser classificada como Área Livre de Contaminação Encerrado o processo de reabilitação, a CETESB poderá emitir o competente Termo de Reabilitação da Área para Uso Declarado Será considerado o prazo máximo de 5 anos para a implantação e operação das medidas de remediação, incluindo o monitoramento para encerramento, contados a partir da data de confirmação da existência de contaminação (investigação confirmatória) Perguntas Quais sites possuem hidrocarbonetos? Quais tipos de contaminantes são comuns de se encontrar em sites com vazamento de hidrocarbonetos? Estudos de Caso Indústria Metalúrgica Cliente com vazamento de BTXE • Vizinho a jusante engarrafadora de águas HC. • Ver se a pluma chegará lá 10 mg/L 2 mg/L 0,5 mg/L FLUXO ND ND ÁGUAS HC Estudo de Análise de Riscos Termos de Referência •COMPANHIA DE TECNOLOGIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL (CETESB). “Manual (P4.261) “Orientação para a Elaboração de Estudos de Análise de Riscos” São Paulo, Maio,2003. •ENVIRONMENTAL PROTECTION AGENCY (EPA). “General Guidance for Risk Management Programs (40 CFR Part 68)”.Chemical Emergency Preparedness and Prevention Office. July,1998. (EPA 550B-98-003). •MODELAGEM DE PLUMAS DE HIDROCARBONETOS Prof: M.Sc. Químico Marcos Sillos