II ENCONTRO DE DIVULGAÇÃO DE ATIVIDADES DE PESQUISA, ENSINO E EXTENSÃO PIBID–UENP: DESAFIOS E PERSPECTIVAS REFLEXÕES E POSSÍVEIS PRÁTICAS SOBRE A DOCÊNCIA EM FILOSOFIA BATISTA, Fábio (Aluno Bolsista) GABRIEL, Fábio Antonio (professor supervisor) NOGUEIRA, Rogério (Aluno Bolsista) RODRIGUES, Maria Bethânia Helbe (Aluna Bolsista) SILVA, Amanda Cristina Santos (Aluna Bolsista) SILVA, José Carlos (coordenador Área de FILOSOFIA [email protected]) STEIN, Nilton Aparecido (professor Supervisor) VALLE, Juliana da Silva (Aluna Bolsista) VALENTE, Alan Rafael (Aluno Bolsista) FARIA, Sílvia Helena Guttier (Aluna Bolsista) MARTINS, Felipe (Aluno Bolsista) SANTOS, Giuseppe (Aluno Bolsista) PACHECO, Danúbia Maria (Aluno Bolsista) PÈRICO, Samantha Cristina Macedo (Aluno Bolsista) INTRODUÇÃO O subprojeto de Filosofia do Centro de Ciências Humanas e da Educação (CCHE) da Universidade Estadual do Norte do Paraná, (UENP), Campus de Jacarezinho, PR, está fundamentado na tentativa de aproximar o estudante de graduação à realidade do seu futuro trabalho de ensinar filosofia. Para a execução deste projeto de iniciação à docência foram escolhidos dois colégios da região com boas probabilidades de efetivação das ações propostas para realização do programa de iniciação à docência do Governo Federal. A saber, o Colégio Estadual Rio Branco - EFMNP de Santo Antonio da Platina PR e o Colégio Luiz Setti - EFMP de Jacarezinho PR. O grupo de bolsistas é composto por onze estudantes do curso de filosofia divididos em dois grupos e por dois professores supervisores, sendo um de cada colégio, para a efetivação dos trabalhos. II ENCONTRO DE DIVULGAÇÃO DE ATIVIDADES DE PESQUISA, ENSINO E EXTENSÃO PIBID–UENP: DESAFIOS E PERSPECTIVAS OBJETIVO Nosso principal objetivo se materializa, sobretudo, no esforço da consolidação de metodologias adequadas na prática do Ensino de Filosofia, na medida em que seu retorno como parte do currículo da educação básica trouxe grandes e novas perspectivas. O retorno do ensino de filosofia tem gerado situações de reflexão e uma busca constante de novas metodologias para que efetivamente possa produzir efeitos producentes. Então se entende que em primeiro lugar necessita-se de uma averiguação “in lócus” da realidade do ensino de filosofia nas escolas, para então, a partir da compreensão dessa realidade tentar adequar ou mesmo criar novos métodos para a eficácia do ensino e da atividade do filosofar. Uma das dificuldades notáveis é a própria carga horária pequena que dificulta a vida dos professores principalmente de cidades menores que muitas vezes tem que se deslocar para outro município para completar sua carga horária. Percebe-se ainda que muitos cursos de filosofia que mesmo tendo o título de licenciatura estão preocupados em formar futuros pesquisadores em filosofia sem nenhuma preocupação metodológica de ensino. Mas, o que é filosofia? É o que procura-se saber. JUSTIFICATIVA Na tentativa de reconhecer esta realidade e identificar que filosofia se pretende ensinar, justifica-se a preocupação do subprojeto de filosofia buscando tomar conhecimento da existência de diversos posicionamentos teóricos que indubitavelmente geram diferentes perspectivas sobre o que seria filosofia e da concepção mesma do que seria filosofia decorre uma metodologia do seu ensino. Qual seria a melhor forma de ensiná-la? Quais os conteúdos fundamentais e básicos para o ensino fundamental ou médio ou até mesmo para um curso de introdução à filosofia? Não se pretende dar todas as respostas, mas provocar uma reflexão em torno da temática, visando buscar II ENCONTRO DE DIVULGAÇÃO DE ATIVIDADES DE PESQUISA, ENSINO E EXTENSÃO PIBID–UENP: DESAFIOS E PERSPECTIVAS perspectivas que favoreçam não uma padronização do ensino e sim encontrarmos elementos comuns que se tornem diretrizes consolidadas no ensino de filosofia em nível de Brasil. METODOLOGIA Para tal se partirá inicialmente com a metodologia bibliográfica para conhecimento de algumas teorias a respeito do ensino de filosofia par identificá-las nas escolas em questão. Em seguida pela observação do ambiente estudantil vivido pelos estudantes das escolas em questão, para então propor algumas possíveis contribuições para uma atração mais real ao ensino e aprendizado da filosofia, visto que a filosofia, como atividade teórica de reflexão deve também contribuir para uma análise crítica dos problemas que são colocados pelas atitudes de relação das pessoas que convivem num mesmo ambiente quer seja a escola ou a sociedade. E assim contribuir para uma melhor qualidade de vida social e política, no ambiente que se usa a filosofia como instrumento de conhecimento e de vivencia social. É importante pensar a filosofia do ponto de vista pedagógico porque quando a filosofia nasce na Grécia, nasce intimamente articulada com uma pedagogia, uma paidéia, em outras palavras, uma forma de elevação da capacidade do conhecimento do educando ao longo do processo formativo e que se percebe claramente numa perspectiva de pensar a formação do cidadão para agir democraticamente na pólis grega, naquela época e na sociedade hodierna. Sócrates em oposição aos sofistas para quem o homem era a medida de todas as coisas acreditava na importância de que fosse valorizado o conhecimento comum bem como defendia um conhecimento universal verdadeiro que superasse a mera utilidade pragmática. Com ele, o ensino de filosofia ganha uma forma toda particular pedagógica na educação da juventude. Através de seu método que alternava entre a ironia e a maiêutica quer ele despertar o jovem para o potencial que existe dentro de si do conhecimento que precisa ser apenas II ENCONTRO DE DIVULGAÇÃO DE ATIVIDADES DE PESQUISA, ENSINO E EXTENSÃO PIBID–UENP: DESAFIOS E PERSPECTIVAS despertado. Acaba por ser acusado de corromper a juventude e condenado a tomar cicuta. RESULTADO ESPERADOS Assim sendo espera-se que além do resultado de uma maior interação entre o contato do acadêmico com a realidade da educação básica que seja também uma motivação para que o aluno da rede se sinta atraído para a continuidade dos estudos na esfera da graduação. Também se espera que através do Colóquio sobre Filosofia e Café Filosófico, seja uma possibilidade para que a comunidade escolar possa ter contato com conteúdo filosófico, muitas vezes restrito a uma elite intelectual. Também será resultado a divulgação da produção dos envolvidos no grupo através do site do subprojeto. Pensa-se também na sensibilização dos estudantes de filosofia (Licenciatura) para a necessidade de práticas inovadoras no que tange ao ensino da área. Interferir na formação inicial, por meio de ações acadêmicas, auxiliando e preparando o estudante para conduzir sua vida cotidiana mediante intervenções educacionais apontadas como atividades de ensino instigantes. Proporcionando aos futuros professores várias estratégias de intervenção que possam ser utilizadas no ensino Fundamental e Médio com a finalidade de melhorar os indicadores nacionais de educação. Enfim, presume-se que esse subprojeto pode vir contribuir não apenas na vida pessoal de cada dos envolvidos, mas, sobretudo na composição de um futuro melhor na formação e nas atividades existenciais para os cidadãos do Norte do Paraná a nível social, sobretudo, tendo em vista a possível repercussão na melhora da qualidade dos profissionais enquanto professores de filosofia que se formam, articulando teoria e prática na condução pedagógica da arte de filosofar, seja na escola seja na vida de cada um. II ENCONTRO DE DIVULGAÇÃO DE ATIVIDADES DE PESQUISA, ENSINO E EXTENSÃO PIBID–UENP: DESAFIOS E PERSPECTIVAS Palavras chave: filosofia, ensino, metodologia. REFERÊNCIAS BENETTI, C. C. Filosofia e ensino, singularidade e diferença: entre Lacan e Deleuze. Ijuí: Ed.Unijuí, 2006. CARTOLANO, M. T. P.- Filosofia no ensino de 2º grau, SP: Cortez ed./Autores Associados, 1985. CHAUÍ, M. A situação da Filosofia. Correio do Povo. Porto Alegre, 1978. _____. Cultura e Democracia. 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