Eventos adversos pósvacinação
Profª. Ms. Maria dos Remédios F. C. Branco
UFMA
Eventos adversos que contra-indicam
doses subseqüentes
Evento
Vacina
Reações de
Qualquer vacina
hipersensibilidade
graves:
Reação
anafilática
Choque
anafilático.
Observação
Contra-indicar
todos os
componentes
vacinais do
imunobiológico
causador.

Eventos adversos que contra-indicam
doses subseqüentes
Evento
Vacina
Reação local
Qualquer vacina
grave, consistente
com reação do
tipo Arthus.

Observação
Não administrar
dose de reforço
até dez anos
dessa última
dose.

Eventos adversos que contra-indicam
doses subseqüentes
Evento
Vacina
Encefalopatia
DTP ou DTP
acelular (DTPa)

Observação
Contra-indica
doses
subseqüentes.
Substituir por
DT.

Eventos adversos que contra-indicam
doses subseqüentes
Evento
Vacina
Neuropatia
periférica
TT ou dT

Observação
Contra-indica
doses
subseqüentes.

Eventos adversos que contra-indicam
doses subseqüentes
Evento
Vacina
Encefalopatias
Encefalite
Panencefalite.
Sarampo ou
dupla viral
(sarampo,
rubéola) ou
tríplice viral
(sarampo,
caxumba,
rubéola)

Observação
Contra-indica
revacinação.

Eventos adversos que contra-indicam
doses subseqüentes
Evento
Vacina
Encefalite
Febre amarela

Observação
Contra-indica
doses
subseqüentes.

Eventos adversos que contra-indicam
doses subseqüentes
Evento
Vacina
Artralgias
Artrite, às vezes,
recorrente
Rubéola ou
dupla viral
(sarampo,
rubéola)
Tríplice viral
(sarampo,
caxumba,
rubéola)

Observação
Contra-indica
revacinação.

Eventos adversos que contra-indicam
doses subseqüentes
Evento
Imunobiológico
Reações de
Soro anti-rábico
hipersensibilidade
graves:
Reação
anafilática
Choque
anafilático.
Observação
Substituir pela
imunoglobulina
humana antirábica.

Evolução normal da lesão vacinal da BCG
Tempo decorrido
após a vacinação
1ª a 2ª semana
Tipo de lesão
4ª a 5ª semana
Mácula avermelhada com enduração
de 5 a 15 mm de diâmetro
Pústula que se forma com o
amolecimento do centro da lesão,
seguida pelo aparecimento de crosta
Úlcera com 4 a 10 mm de diâmetro
6ª a 12ª semana
Cicatriz com 4 a 7 mm de diâmetro
3ª a 4ª semana
Eventos adversos locais e regionais
mais freqüentes da vacina BCG
Evento
Tratamento
Úlcera com diâmetro
Isoniazida 10 mg/kg/dia
maior que 1 cm que não (dose máxima: 400 mg/dia)
cicatriza até 6 meses após a até a regressão completa da
aplicação da vacina.
lesão

Abscesso subcutâneo frio.

Eventos adversos locais e regionais
mais freqüentes da vacina BCG
Evento
Linfadenopatia regional
supurada
Abscesso subcutâneo
quente

Tratamento
Isoniazida 10 mg/kg/dia
(dose máxima: 400 mg/dia)
até o desaparecimento da
supuração e diminuição
significativa do tamanho
do gânglio.
Tratar como processo
inespecífico agudo de pele.
Eventos adversos locais e regionais
mais freqüentes da vacina BCG
Evento
Tratamento
Linfadenopatia regional
não supurada
Não puncionar e não
administrar isoniazida.

Cicatriz queilóide


Considerar tratamento
com radioterapia
superficial.

Eventos adversos locais e regionais
mais freqüentes da vacina BCG
Evento
Reação lupóide

Tratamento
Tratar com Isoniazida (10
mg/kg/dia) + Rifampicina
(10 mg/kg/dia) +
Etambutol (25 mg/kg/dia)
durante 2 meses.
A seguir, Isoniazida (10
mg/kg/dia) + Rifampicina
(10 mg/kg/dia) durante 4
meses.

Lesões resultantes da disseminação da
vacina BCG
Evento
a) Lesões localizadas:
pele;
osteoarticulares;
linfonodos ou órgãos do
tórax e do abdômen.
b) Lesões generalizadas
Tratamento
Tratar com Isoniazida (10
mg/kg/dia) + Rifampicina
(10 mg/kg/dia) +
Etambutol (25 mg/kg/dia)
durante 2 meses.
A seguir, Isoniazida (10
mg/kg/dia) + Rifampicina
(10 mg/kg/dia) durante 4
meses.

Eventos adversos da vacina DTP
Eventos adversos locais
Freqüência
Vermelhidão
1/3 doses
Edema
2/5 doses
Dor
½ doses
Eventos adversos da vacina DTP
Eventos adversos
sistêmicos
Febre
Freqüência
Sonolência
1/3 doses
Irritabilidade
½ doses
Vômitos
1/15 doses
Anorexia
1/5 doses
½ doses
Eventos adversos da vacina DTP
Eventos adversos
sistêmicos
Freqüência
Febre (temperatura > ou =
40,5°C)
1/330 doses
Episódio hipotônicohiporresponsivo
1/1.750 doses
Convulsão (associada ou
não a febre)
1/1.750 doses
DTP x DTP acelular

A vacina DTP acelular causa os mesmos
eventos adversos da vacina DTP celular,
inclusive episódio hipotônico-hiporresponsivo
e convulsões, mas com muito menor
freqüência.
Vacina DTP acelular
Eventos adversos leves
Freqüência
Febre
1/4 doses
Eritema, edema ou dor no
local da injeção
1/4 doses
Vacina DTP acelular


Os eventos adversos locais são mais comuns
na 4ª ou 5ª dose de DTPa.
Edema de todo o membro (braço ou perna):
freqüência 1/30 doses (4ª ou 5ª dose).
Vacina DTP acelular
Outros eventos adversos
leves (ocorrem dentro de 1
a 3 dias após a vacinação)
Choro
Freqüência
Fadiga ou hiporexia
1/10 doses
Vômitos
1/50 doses
1/3 doses
Vacina DTP acelular
Eventos adversos
moderados (incomuns)
Freqüência
Convulsões
1/14.000 doses
Choro contínuo, por 3
horas ou mais
1/1.000 doses
Febre alta ( > 40,5°C)
1/16.000 doses
Vacina DTP acelular
Eventos adversos graves
(muito raros)
Freqüência
Reação alérgica grave
(dificuldade de respirar,
choque)
< 1/1.000.000 doses
Vacina DTP acelular

Eventos adversos graves (muito raros):


Convulsões prolongadas, coma ou rebaixamento
do nível de consciência.
Dano cerebral permanente.
Estes eventos são raros e é difícil provar que foram
causados pela vacina.
Quando contra-indicar a DTP e
substituí-la pela DTP acelular?

Episódio hipotônico-hiporresponsivo


Início súbito de hipotonia, hiporresponsividade,
cianose ou palidez, até 48 horas após a vacina.
Convulsão febril ou afebril até 72 horas após a
vacina, exceto encefalopatia.
Quando contra-indicar a DTP e
substituí-la pela DT?

Encefalopatia – ocorre até 7 dias após a vacina
e caracteriza-se pela presença de duas das
seguintes manifestações:



convulsões
alteração profunda do nível de consciência, com
duração de um dia ou mais
Nítida alteração do comportamento, que persiste
por um dia ou mais
Qual a conduta em relação à próxima dose
de DTP se até 48 horas após a dose atual a
criança apresentar choro persistente?

Analgésico profilático, no momento da
vacinação e com intervalos regulares nas 24
horas seguintes.
Qual a conduta em relação à próxima dose
de DTP se até 48 horas após a dose atual a
criança apresentar febre > 39,5°C?

Antitérmico profilático, no momento da
vacinação e a intervalos regulares nas 24 - 48
horas seguintes, especialmente naquelas
crianças com história pessoal ou familiar de
convulsão febril.
Vacina contra difteria e tétano

Eventos adversos leves:



Eritema, dor ou edema no local da injeção: iniciam
dentro de horas a 1 ou 2 dias após a vacinação e
podem durar de 1 a 2 dias.
São piores em adultos que tomam dT com mais
freqüência.
Eventos adversos graves (muito raros):


Reação alérgica grave
Dor e atrofia muscular de membro(s) superior(es).
Inicia 2 dias a 4 semanas após a vacinação e pode
durar meses.
Poliomielite - risco de paralisia com
seqüela motora


Vírus selvagem: 1 caso em 250 infecções
Vírus vacinal: 1 caso em 3,2 milhões de doses
aplicadas
Caso de poliomielite associada à
vacina

Paralisia flácida e aguda que se inicia 4 a 40
dias após a vacina contra pólio oral e que
apresenta seqüela neurológica compatível com
poliomielite 60 dias após o início do déficit
motor.
Caso de poliomielite associada à vacina de
contatos (comunicantes domiciliares)


Paralisia flácida e aguda que surge após
contato com criança que tenha recebido a
vacina contra pólio oral até 40 dias antes.
A paralisia surge 4 a 85 dias após a vacinação
e deve apresentar seqüela neurológica
compatível com poliomielite 60 dias após o
início do déficit motor.
Poliomielite aguda associada à vacina
oral


Quadro agudo febril que cursa com déficit
motor flácido de intensidade variável,
geralmente assimétrico.
Há predileção pelo comprometimento dos
membros inferiores, mas a musculatura
respiratória pode ser acometida.
Poliomielite aguda associada à vacina
oral



Não há diminuição da sensibilidade e podem
ser encontrados sinais de comprometimento
radicular, meníngeo ou dores espontâneas.
Após alguns dias, desaparece o quadro álgico,
há melhora do déficit motor e começam a
instalar-se as atrofias.
A hipotonia e a diminuição dos reflexos
tornam-se evidentes.
Poliomielite aguda associada à vacina
oral



O risco é maior na primeira dose e em
indivíduos imunodeficientes.
Coletar 2 amostras de fezes o mais
precocemente possível, dentro de 14 dias do
início do déficit motor, com intervalo de 24
horas entre as amostras.
Todo caso conhecido tardiamente deverá ter
uma amostra de fezes coletada até 60 dias após
o início do déficit motor.
Vacina inativada contra pólio - IPV


Algumas pessoas que tomam IPV apresentam
enduração dolorosa no local da injeção.
Não é conhecida nenhuma reação grave
causada pela IPV.
Vacina contra hepatite A
Eventos adversos leves
Dor no local da injeção
Cefaléia
Freqüência
Adultos
1/2 doses
Freqüência
Crianças
1/5 doses
1/6 doses
1/20 doses
Perda de apetite
Fadiga
1/12 doses
1/14 doses
Vacina contra hepatite A

Estes eventos adversos leves ocorrem
geralmente dentro de 3 a 5 dias após a
vacinação e duram de 1 a 2 dias.

Eventos adversos graves:

Reação alérgica grave, dentro de poucos minutos a
poucas horas depois da vacinação (muito raro).
Vacina contra hepatite B
Eventos adversos leves
Freqüência
Adultos
Dor no local da injeção
(dura de 1 a 2 dias)
1/4 doses
Freqüência
Crianças
Adolescentes
1/11 doses
1/100 doses
1/14 doses
Febre baixa a
moderada
Vacina contra hepatite B
Eventos adversos graves
Freqüência
Reação alérgica grave, dentro
de poucos minutos a poucas
horas depois da vacinação
Púrpura trombocitopênica,
dentro de alguns dias a 2
meses após a vacinação
1/600.000 doses
Raro
Vacina pneumocócica conjugada
Eventos adversos leves
Freqüência
Eritema, dor ou edema no
local da injeção
1/4 doses
Febre > 38°C
1/3 doses
Febre > 39°C
1/50 doses
Vacina pneumocócica conjugada

Outros eventos adversos leves:


Algumas crianças se tornaram chorosas e
sonolentas ou apresentaram perda de apetite.
Nenhuma reação adversa moderada ou grave
foi associada a esta vacina em 60.000 doses
aplicadas.
Vacina pneumocócica polissacáride

Eventos adversos leves:


Eventos adversos moderados:


Dor ou edema no local da injeção: 1/2 doses
Febre, mialgias ou reações locais mais graves: <
1%
Eventos adversos graves:

Muitos raros
Vacina contra influenza

Eventos adversos leves:



Eritema, dor ou edema no local da injeção
Febre
Dores
Ocorrem logo após a aplicação da vacina e duram de
1 a 2 dias.
Vacina contra influenza

Eventos adversos graves:

Síndrome de Guillain-Barré: risco 1 a 2 casos por
milhão de doses aplicadas.
Vacina contra Haemophilus
influenzae tipo b
Eventos adversos leves
(iniciam em geral no dia da
vacinação e podem durar
de 2 a 3 dias)
Eritema, calor ou edema no
local da injeção
Freqüência
Crianças
Febre > 38,3°C
1/20 doses
1/4 doses
Vacina meningocócica

Eventos adversos leves:


Algumas pessoas apresentam eritema ou dor no
local da injeção. Estes sintomas duram 1 a 2 dias.
Alguns desenvolvem febre.
Vacina contra sarampo, caxumba e
rubéola
Eventos adversos leves
Freqüência
Febre
1/6 doses
Exantema discreto
1/20 doses
Vacina contra sarampo, caxumba e
rubéola

Estes eventos adversos leves ocorrem dentro
de 7 a 12 dias após a vacinação e são menos
freqüentes após a segunda dose.
Vacina contra sarampo, caxumba e
rubéola
Eventos adversos
moderados
Freqüência
Convulsão febril
1/3.000 doses
Artralgias temporárias e
rigidez das articulações
1/4 doses (principalmente,
adolescentes e adultos do
sexo feminino)
1/30.000 doses
Trombocitopenia
transitória que pode causar
sangramento
Vacina contra sarampo, caxumba e
rubéola

Outros eventos adversos moderados:


Linfoadenopatia temporária
Parotidite
Vacina contra sarampo, caxumba e
rubéola

Eventos adversos graves:


Reação alérgica grave: < 1/1.000.000 doses.
Outros eventos adversos graves:




Surdez
Convulsões prolongadas, coma ou rebaixamento
do nível de consciência.
Dano cerebral permanente.
Estes eventos são raros e é difícil provar que foram
causados pela vacina.
Vacina contra varicela
Eventos adversos leves
Freqüência
Dor ou edema no local da
injeção
1/5 doses (crianças)
1/3 doses (adolescentes e
adultos)
< 1/10 doses
Febre
Exantema leve (1 mês após
a vacinação e é rara a
ocorrência de transmissão)
< 1/20 doses
Vacina contra varicela

Eventos adversos moderados:


Eventos adversos graves:


Convulsão febril: < 1/1.000 doses
Pneumonia (muito rara)
Outros eventos adversos graves:


Reações cerebrais graves
Citopenias
Estes eventos são raros e é difícil provar que foram
causados pela vacina.
Conduta frente aos eventos adversos






Manifestações locais
Febre
Convulsão febril
Reações graves de hipersensibilidade
Reações moderadas de hipersensibilidade
Reação local grave de hipersensibilidade,
consistente com reação tipo Arthus
Referências




American Academy of Pediatrics/Committee on Infectious
Diseases. Red book 2012: report of committee on infectious
diseases. 29th ed. Elk Grove Village, 2012. 1058p.
Brasil. Ministério da Saúde. Guia de vigilância
epidemiológica. 7ª ed. Brasília, 2009. 816p.
________. Ministério da Saúde. Comitê Técnico Assessor de
Imunizações. Fundação Nacional de Saúde. Manual dos
centros de referência em imunobiológicos especiais. Brasília:
Fundação Nacional de Saúde, 2001. 142p.
________. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de
Saúde. Manual de eventos adversos pós-vacinação. Brasília,
2005. 139p.
Download

Vacinação - reações adversas