PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA - PIBID SUBPROJETO QUÍMICA Por que existem diferentes modelos atômicos? uma proposta didática para discutir a provisoriedade da ciência no 1º ano do ensino médio ALUNOS BOLSISTAS: Bárbara Wizenffat Aguiar Jéssica Claro Santos PROFESSOR SUPERVISOR: Prof. Wolney Rogério Pereira Júnior PROFESSORA ORIENTADORA: Prof.ª Dra. Joanez Aires Curitiba 2013 1 Por que existem diferentes modelos atômicos? uma proposta didática para discutir a provisoriedade da ciência no 1º ano do ensino médio Bárbara Wizenffat Aguiar Jéssica Claro Santos Introdução De uma maneira geral as escolas tem relatado que existem dificuldades em se atingir os objetivos dos planos de ensino de química, ou seja, fazer que os alunos se apropriem do conhecimento químico correspondente aos conteúdos propostos. O conhecimento científico, químico, é constituído por teorias e essas são representadas por modelos, as teorias estão relacionadas a tal ponto que seus significados podem ser definidos pelo papel que elas desempenham dentro da história, partindo de uma delas pode-se chegar a outros elementos gerando uma auto-dependência entre elas. Ao ser transposto para o conteúdo escolar essas teorias são submetidas a tal transformação que elas passam a ser apresentada aos estudantes como um conhecimento acabado como uma verdade irrevogável e que evolui por acumulações, quando isso acontece aspectos fundamentais para a compreensão da construção do conhecimento cientifico são desconsiderados, descaracterizando por completo a atividade cientifica como um coletivo, a complexidade da construção desse conhecimento e a provisoriedade do mesmo. Nesse sentido procuramos desenvolver nessa proposta didática a provisoriedade da ciência e a não existência de verdades definitivas e irrevogáveis no aprendizado de conteúdos de química, utilizando como base modelos atômicos. Proposta Expor aos alunos que os cientistas foram pessoas comuns que se dedicaram a entender e buscar explicação para questões científicas, nessa busca encontraram obstáculos, problemas, situações contrárias, mas assim como eles podemos também nos dedicar a ciência e quem sabe construir novas teorias, explicar fatos que até o momento não foram entendidos. Através do método que será usado, buscaremos mostrar através dos modelos atômicos que as teorias não seguem uma linha cronológica, elas não surgem em apenas um determinado momento, elas surgem, são deixadas e depois voltam a ser estudadas e aceitas. Aula 1: A ideia de Modelos e de Átomos. Objetivo: Essa aula tem por objetivo esclarecer aos alunos os significados da utilização de modelos científicos e a ideia de existência de átomos em seu contexto histórico e filosófico, e ainda fazer uma produção de texto que será a nossa análise dos dados. Metodologia: No inicio da aula a turma será dividida em três grupos, cada grupo irá receber uma caixa de papelão totalmente fechada contendo um objeto desconhecido dentro, os grupos terão que tentar adivinhar qual o objeto dentro da caixa compreendendo o conceito de modelo cientifico, quais as 2 etapas de sua construção e suas limitações. Uma aula expositiva utilizando o data show como auxílio. Para os slides serão utilizados os trechos a seguir: A ideia de existência do átomo é muito antiga, devido a esse fato, tornase difícil determinar a data e local de sua origem, mas segundo os relatos melhor fundamentados que chegaram até nós, tiveram origem na Grécia. (DAVID, 2O1O) Dentro das visões atomistas Gregas destacam-se as ideias de Leucipo de Mileto (460 a.C – 380 a.C.) Anaxágoras de Clazômenas (500 a.C. – 428 a.C.), e Demócrito de Abdera (460 a.C. – 370 a.C.), Leucipo e Demócrito teriam concluido que, porque o movimento existe o não-ser também existe, afirmando a existência do vazio, seria nesse vazio que os átomos se moveriam.Os átomos seriam partículas corpóreas, indivisíveis fisicamente, embora divisíveis matematicamente, plenos (sem vazio interno), em número infinito, invisíveis (de tão pequenos), sem nenhuma distinção qualitativa; apenas distintos por atributos geométricos como forma, tamanho, posição, quando agrupados, distintos pelo arranjo. Eles admitiam que o movimento dos átomos seria em todas as direções, como a poeira que se vê flutuar no ar, se uma réstia penetra num ambiente escuro. (CIVITA, 1990). Durante a antiguidade (de 1900 a.C. até 475) e a idade Média (de 476 até 1453), a ideia de átomo não foi muito aceita, devido a ser considerada materialista, nese período a preocupação do filósofos tinha como alvo a salvação do espírito, fato que impediu que a ideia de átomo evoluisse. (DAVID, 2O1O). Modelos são construidos para explicar o que não é possível enxergar, pode-se defini-lo como a representação concreta de algo, uma forma de reproduzir as principais características ou a estrutura do que desejamos modelar, tornando uma copia da realidade, por assim dizer. Ele pode representar uma ideia, um objeto, um evento, um processo ou sistema. Os modelos são criados a partir das ideias existentes na mente de uma pessoa, ou grupo,...” (DAVID, 2O1O). Com respeito a avaliação será pedido aos alunos que produzam um texto com no mínimo 10 linhas respondendo a pergunta: Por que existem diferentes tipos de modelos atômicos? 3 Aula 2 e 3: O modelo atômico de Dalton e o modelo atômico de Thonson. Objetivo: Compreender o modelo de Dalton, compreender o modelo atômico de Thomson. Metodologia: Uma aula expositiva utilizando o data show como auxílio. Utilizaremos as hipóteses e trechos de textos em que os cientistas se baseavam para a construção dos seus modelos atômicos, e faremos essa construção em sala de aula. Texto para essa aula Modelo atômico de Dalton: Segundo o modelo atômico de Dalton toda matéria seria formada por átomos. Esses átomos seriam esferas maciça, homogênea, indivisível e eletricamente neutra. Átomos diferentes indicariam elementos químicos diferentes, com propriedades físicas e químicas também diferentes. A união desses átomos formaria as substâncias que existem ao nosso redor. A hipótese atômica de Dalton: O modelo de Dalton baseava-se nas seguintes hipóteses: • tudo que existe na natureza é composto extremamente pequenas denominadas átomos; por partículas • os átomos são indivisíveis e indestrutíveis; • existe um número pequeno de elementos químicos diferentes na natureza; • os átomos se diferem uns dos outros em tamanho e em massa; • combinados uns com os outros, átomos iguais ou diferentes, em variadas proporções, formam todas as matérias conhecidas do universo; • as transformações químicas nada mais são do que recombinações de átomos. Os átomos se separam, desfazendo suas combinações iniciais e se recombinam de outra maneira, resultando em outros materiais diferentes. Para Dalton, os corpúsculos possuiam um núcleo central massivo e uma atmosfera de calor, o que Newton já havia escrito em sua obra Óptica, a qual foi citada nas anotações de Dalton. 4 Texto para essa aula Modelo atômico de Thomson: J. J. Thomson foi físico experimental, durante sua vida acadêmica se focou nos estudos sobre as questões de eletricidade e do átomo, mudando inúmeras vezes sua base teórica. O modelo de Thomson seria formado por anéis coplanares de corpúsculos dentro de uma esfera de carga positiva e uniforme, esse modelo rompe com a ideia de indivisibilidade do átomo. (MELZER, ). O modelo era em essência idêntico ao de Lord Kelvin (Willian Thomson), em 1903. Segundo Thomson existia em um átomo de hidrogênio, espaço para 1700 elétrons, para ele a massa do átomo era constituída pelos elétrons, mas abandona essa ideia em 1906, quando associa a massa á eletricidade positiva. (PEDUZZI, 2008). Assim, em 1906, o átomo seria formado por uma esfera de carga positiva uniforme, em seu interior haviam arranjos de corpúsculos com cargas negativas e em equilíbrio, esses arranjos estariam dispostos em forma de anéis concêntricos, cada um carregaria um determinado número fixo de corpúsculos, os quais estariam girando em alta velocidade com movimento circular uniforme, distribuídos de tal forma que a distância dos corpúsculos no anel, do centro ao corpúsculo e de corpúsculo a corpúsculo seria a mesma.(MELZER, 2012). Aula 4 e 5: O modelo atômico de Rutherford e o modelo atômico de Bohr. Objetivo: Compreender o modelo de Rutherford, compreender o modelo atômico de Bohr. Metodologia: Uma aula expositiva utilizando o data show como auxílio. Utilizaremos as hipóteses e trechos de textos em que os cientistas se baseavam para a construção dos seus modelos atômicos, e faremos essa construção em sala de aula. Texto para essa aula Modelo atômico de Rutherford: Rutherford retoma o modelo atômico de Perrin após o modelo de J. J. Thomson ter sido refutado. Seu átomo possuia cargas negativas orbitando ao redor de um corpúsculo central positivamente carregado.(PEDUZZI, 2008). Em 1911, Rutherford supõe que o átomo teria um núcleo e uma esfera de carga uniforme ao redor, porém com carga contrária ao núcleo. Ele faz alguns cálculos da força elétrica, potencial, para comprovar sua suposição e com base nesses resultados, calcula um valor aproximado para o raio do átomo, considerando que ao passar próximo ao núcleo, pode ocorrer desvio, em diversos ângulos, da partícula alfa em alta velocidade. Após várias experiências, Rutherford conclui que o átomo é formado por um núcleo pequeno, denso e carregado, ao seu redor há uma esfera de raio definido com carga oposta.(MELZER, 2012). 5 Texto para essa aula Modelo atômico de Bohr: Niels Bohr (1885-1962), era dinamarquês, trabalhou com J. J. Thomson no laboratório Cavendish, em Cambridge. Bohr e J. J. Thomson divergiram em suas ideias sobre o modelo atômico, tornando curto o seu período de permanência nesta cidade. Bohr após esse acontecimento Bohr passa a trabalhar com o ex-aluno de Thomson: Ernst Rutherford. Em Copenhague, Niels Bohr apresenta uma nova teoria sobre a estrutura atômica da matéria, publicando três artigos com o título “Sobre a constituição de átomos e moléculas”, neles aborda os seguintes assuntos: • os estudos de Planck sobre a radiação do corpo negro; • a teoria de Einstein do efeito fotoelétrico; • as experiências e o modelo atômico de Rutherford; • resultados empíricos sobre espectros de emissão de vários elementos químico. (PEDUZZI, 2008). Aula 6: Avaliação. Objetivo: Analisar a evolução de cada aluno no que se diz respeito aos conceitos sobre modelos atômicos, e analisar a capacidade da proposta a fim de auxiliar o processo construtivo desses conceitos científicos. Metodologia: Será pedido aos alunos que produzam um texto com no mínimo 10 linhas respondendo a pergunta: Por que existem diferentes tipos de modelos atômicos? Referências 1 Química avançada. Disponível em: <http://www.cjtmidia.com/quimicaavancada/index.php?option=com_wrapper HYPERLINK "http://www.cjtmidia.com/quimicaavancada/index.php?option=com_wrapper&vie w=wrapper&Itemid=61"& HYPERLINK "http://www.cjtmidia.com/quimicaavancada/index.php?option=com_wrapper&vie w=wrapper&Itemid=61"view=wrapper HYPERLINK "http://www.cjtmidia.com/quimicaavancada/index.php?option=com_wrapper&vie w=wrapper&Itemid=61"& HYPERLINK "http://www.cjtmidia.com/quimicaavancada/index.php?option=com_wrapper&vie w=wrapper&Itemid=61"Itemid=61 > Acesso em 8 de Ago. 2013. AIRES, Joanez Aparecida; MELZER, Ehrick Eduardo Martins. A história do desenvolvimento da teoria atômica: um percurso de Dalton a Bohr. 6 Fotos Foto1: Aplicação da primeira aula, esclarecendo a ideia de modelo cientifico. Foto2: Aplicação da primeira aula, esclarecendo a ideia de modelo cientifico. 7 Foto3: Aplicação da segunda e terceira aula. Foto4: Aplicação da segunda e terceira aula. 8