Dando Asas à Inspiração O Futuro da Busca de Viagens Dando Asas à Inspiração: O Futuro da Busca de Viagens PhoCusWright Inc. 1 Route 37 East, Suite 200 Sherman, CT 06784-1430 USA + 1 860 350-4084 + 1 860 354-3112 fax www.phocuswright.com Dando Asas à Inspiração: O Futuro da Busca de Viagens Pesquisa e redação Carroll Rheem Philip C. Wolf Chairman Carol Hutzelman Senior Vice President Bruce Rosard Vice President, Sales and Marketing Lorraine Sileo Vice President, Research Patrocínio Dando Asas à Inspiração: O Futuro da Busca de Viagens, da PhoCusWright, é uma publicação da PhoCusWright Inc. As informações contidas neste documento são provenientes de uma variedade de fontes. Apesar do máximo esforço realizado para verificar as informações, o editor não assume nenhuma responsabilidade pelas incoerências ou imprecisões dos dados nem por quaisquer danos de quaisquer tipos que possam surgir de erros ou omissões. ©2012 PhoCusWright Inc. All Rights Reserved. Dando Asas à Inspiração: O Futuro da Busca de Viagens Sobre a PhoCusWright A PhoCusWright é a autoridade em pesquisas para a indústria de viagens e turismo com vistas a entender como é feita a conexão entre viajantes, provedores de viagens e intermediários. Independente, rigorosa e imparcial, a PhoCusWright promove planejamento estratégico inteligente, tomada de decisão tática e eficácia organizacional. A PhoCusWright realiza pesquisas qualitativas e quantitativas sobre a evolução das dinâmicas que influenciam a distribuição de viagens, o turismo e o ramo de hotelaria. Nossa inteligência de mercado é o padrão do setor para segmentação, dimensionamento, previsão, tendências, análises e comportamento do cliente no planejamento de viagens. Diariamente, no mundo todo, executivos seniores, marqueteiros, estrategistas e pesquisadores de todos os segmentos da cadeia de valor do setor usam pesquisas da PhoCusWright para vantagem competitiva. A PhoCusWright permite que seus clientes impulsionem a produtividade por meio de formação e capacitação superior dos funcionários. Produtos flexíveis, programas personalizados e entrega do produto final com uma boa relação custo/benefício melhoram o desempenho de milhares de funcionários dos setores de viagem, turismo e hotelaria no mundo inteiro. Para complementar a pesquisa de campo na América do Norte, América Latina, Europa e Ásia, a PhoCusWright produz diversas conferências de alto nível nos Estados Unidos e na Alemanha e é parceira em conferências no Canadá, na China e em Cingapura. Líderes do setor e analistas das empresas levam essa inteligência para a vida ao debater questões, compartilhar ideias e definir a realidade do comércio de viagens em constante evolução. A sede da companhia fica nos Estados Unidos, e ela tem operações na região do Pacífico Asiático sediadas na Índia, além de analistas locais em cinco continentes. A PhoCusWright é uma subsidiária integral da Northstar Travel Media LLC. PhoCusWright Inc. 1 Route 37 East, Suite 200 • Sherman, CT 06784-1430 USA + 1 860 350-4084 • +1 860 354-3112 fax www.phocuswright.com Este artigo é uma publicação da PhoCusWright. As informações contidas neste documento são provenientes de uma variedade de fontes. Apesar do máximo esforço realizado para verificar as informações, o editor não assume nenhuma responsabilidade pelas incoerências ou imprecisões dos dados nem por quaisquer danos de quaisquer tipos que possam surgir de erros ou omissões. Todas as publicações da PhoCusWright Inc. são protegidas por direitos autorais. De acordo com a lei federal (17USC101 et seq.) dos EUA é proibido copiar, tirar fax ou distribuir por meios eletrônicos material protegido por direitos autorais fora da sua organização ou além dos parâmetros definidos na Licença, sem permissão explícita. ©2012 PhoCusWright Inc. All Rights Reserved. Página iii Dando Asas à Inspiração: O Futuro da Busca de Viagens Prefácio Como os viajantes farão busca de viagens on-line no futuro? Como será a evolução da tecnologia no futuro para propiciar ao usuário uma experiência mais inteligente? Qual será o impacto do futuro da busca de viagens no setor de turismo? Milhões de viajantes começam a planejar suas férias explorando os diferentes destinos por meio de computadores, tablets, telefones celulares ou até interagindo em suas redes sociais – todos apresentando vários graus de satisfação durante o processo de planejamento da viagem. Na economia atual, os consumidores são precavidos sobre onde comprar e quanto gastar, além de desejarem uma experiência de compra tranquila. Quando cada centavo conta, é fundamental que os profissionais de viagens entendam o comportamento dos viajantes para influenciar aqueles com maior potencial – e se certifiquem de que estão desenvolvendo as melhores estratégias para envolver os consumidores. A Amadeus encomendou este estudo com o objetivo de entender como os consumidores farão a busca de viagens no futuro. Já se passaram mais de dez anos desde que o primeiro site de viagens on-line foi lançado. Atualmente, acreditamos estar na vanguarda de uma evolução tecnológica no setor de viagens à qual nos referimos como Viagem On-Line 3.0. Esse conceito reconhece que o poder passa dos provedores de viagens para os varejistas e para os consumidores finais, que se tornam cada vez mais especialistas em viagens. Portanto, é fundamental para a Amadeus entender como os compradores de viagens estão fazendo a busca de viagens agora e no futuro. ‘O viajante com discernimento’- uma amostra de especialistas que lançam tendências de seis mercados diferentes (EUA, Reino Unido, Alemanha, Índia, Rússia e Brasil) foi selecionada com o objetivo de entender como os viajantes se comportam na busca, na compra e no processo de booking. Este é o primeiro estudo sobre consumidores de viagens realizado pela PhoCusWright que inclui a Rússia e o Brasil. Para a Amadeus, é essencial entender as necessidades dos viajantes e as tendências do futuro, bem como fomentar evoluções tecnológicas que ajudem as agências de viagens e as operadoras de turismo que são nossos clientes a ter uma melhor interação com seus próprios clientes. Embora a tecnologia, especialmente na área de booking, tenha avançado muito, isso é apenas o começo: definitivamente, as viagens fomentam de modo significativo a evolução tecnológica e prevemos para breve desenvolvimentos mais revolucionários que afetarão o futuro da busca de viagens – e o sucesso dos negócios dos profissionais de viagem. Talvez até antes do que podemos imaginar. O objetivo do estudo é estimular a discussão dentro do setor, e não há dúvidas de que também abrirá portas para novas oportunidades: • Oportunidades para inspirar e persuadir clientes quando enfrentam diferentes graus de frustração; • Oportunidades para propiciar ao usuário uma experiência mais inteligente on-line; • Oportunidades para otimizar ferramentas de customização de conteúdo com vistas a aumentar as persuasões e as receitas Esperamos que vocês apreciem a leitura deste estudo e que possamos construir juntos um mundo de oportunidades! Stephane Durand Director, Leisure and Online ©2012 PhoCusWright Inc. All Rights Reserved. Página iv Dando Asas à Inspiração: O Futuro da Busca de Viagens Dando Asas à Inspiração: O Futuro da Busca de Viagens Sumário Visão Geral, Metodologia e Constatações Importantes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 Visão Geral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 Metodologia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 Constatações Importantes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 O Viajante Discricionário. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 Características Importantes do Viajante Discricionário por Mercado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 A Jornada Antes da Viagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 Destaques desta Seção. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 Cronograma de Decisões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 Decisão Sobre Destino . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 Compras. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 Booking . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 Otas – Retenção Versus Deserção. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16 Áreas de Turbulência. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 Destaques desta Seção. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 Escolha de Destino. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20 Compras. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20 Booking . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20 O Apetite por uma Nova Receita. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24 Destaques desta Seção. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24 Flexibilidade. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24 Novas Modos de Busca. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26 O Progresso das Novas Mídias. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30 Destaques desta Seção. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30 Tecnologia Móvel . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30 Redes Sociais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30 Previsão Para 2020: O Futuro do Planejamento de Viagens. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34 Agnosticismo de Hardware. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34 A “Venda Privada” Realmente Privada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34 “Inteligência” Cumulativa. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35 Sistemas Inteligentes e Assistente Pessoal Virtual:. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35 Dados Biométricos e o Temor de Ultrapassar o Limite Assustador da Privacidade. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36 ©2012 PhoCusWright Inc. All Rights Reserved. Página v Dando Asas à Inspiração: O Futuro da Busca de Viagens Relação de Figuras Figura 1 Figura 2 Figura 3 Figura 4 Figura 5 Figura 6 Figura 7 Figura 8 Figura 9 Figura 10 Figura 11 Figura 12 Figura 13 Figura 14 Figura 15 Figura 16 Figura 17 Figura 18 Figura 19 Figura 20 Incidência de viajantes discricionários. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 Características-chave do viajante discricionário por mercado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 Outras informações de mercado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 Cronogramas de decisões (Número médio de dias). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 Fontes de informação para decidir visitar o destino . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 Sites usados para escolher o destino. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 Fontes de informação para comprar produtos de viagem. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 Sites usados para comprar produtos de viagem. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 Métodos de booking de produtos de viagem: viagem aérea. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16 Métodos de booking de produtos de viagem: hospedagem. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17 Métodos de booking: viagem aérea . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17 Métodos de booking: hospedagem. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18 Frustrações na seleção de destino on-line . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 Frustrações na compra de produtos de viagem on-line . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21 Frustrações no booking de produtos de viagem on-line. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22 Flexibilidade de destino (última viagem discricionária). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24 Gasto familiar anual com viagens (US$) por flexibilidade de destino (última viagem discricionária) . . . . . . . . . . . . . . . . . 25 Flexibilidade em aspectos da viagem: pouco flexível + muito flexível . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26 Utilidade das capacidades de busca (“muito útil”). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27 Interesse em atividades on-line via telefone celular . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31 Interesse em atividades via redes sociais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32 ©2012 PhoCusWright Inc. All Rights Reserved. Página vi Dando Asas à Inspiração: O Futuro da Busca de Viagens Visão geral, metodologia e constatações importantes VISÃO GERAL Todos os dias, milhões de pessoas no mundo inteiro viajam para longe do conforto do lar a fim de explorar novos lugares e novas culturas. E todos os dias, um número cada vez maior desses viajantes são provenientes de nações com uma classe média emergente. Embora algumas das necessidades dos viajantes sejam universais, a dinâmica local acrescenta características distintas a cada mercado e pode levar varejistas empreendedores ao sucesso ou ao colapso. Mas um retrato instantâneo do comportamento atual do viajante é só uma parte do panorama geral. Como um setor dinâmico, coerentemente na vanguarda da inovação, o negócio de vender viagens exige que os atores fiquem de olho vivo no futuro. Pensando nisso, a Amadeus contratou a PhoCusWright para realizar um estudo dos consumidores do mundo todo com o objetivo de entender como eles tomam decisões sobre viagens a lazer on-line atualmente e como gostariam de tomar essas decisões nos próximos anos. Foram selecionados seis mercados-chave para proporcionar uma ampla gama de perspectivas: EUA, Reino Unido, Alemanha, Índia, Rússia e Brasil. Para produzir percepções reveladoras específicas sobre como os viajantes gostariam de buscar suas opções on-line no futuro, este estudo foi elaborado em torno de um tipo particular de viajante: o viajante discricionário. Viajantes discricionários são aqueles que tiram férias “de verdade” sem qualquer limitação proveniente de obrigações sociais (como ©2012 PhoCusWright Inc. All Rights Reserved. ir a um casamento) ou de outras influências externas. Por que não estudar o público de viajantes em geral? Um dos desafios perenes no aproveitamento máximo de pesquisas ao consumidor com a finalidade de isolar tendências futuras, em particular quando se examina comportamentos, é que os resultados da pesquisa são mais confiáveis quando ancorados no passado – captando o comportamento ao longo de um período de tempo anterior (por exemplo, os 12 meses anteriores). Os consumidores são mais capazes basicamente de descrever com precisão o que fizeram em um período recente (sobretudo ao responder perguntas complexas ou detalhadas) do que o que farão no futuro – em especial quando esse comportamento pode envolver algum tipo de mudança. Portanto, em vez de examinar como a grande massa de todos os viajantes planeja suas viagens e pressionar os entrevistados a inferir sobre como gostariam de fazer as coisas daqui a vários anos, este estudo enfoca claramente os lançadores de tendências – viajantes de oportunidades privilegiadas que constituem os melhores indicadores das tendências do futuro. Esses são os viajantes que aderem desde logo às novas tecnologias (e conta aos amigos sobre elas). São consumidores valiosos que escolhem seus próprios destinos, gastam o suficiente para realmente pensar em suas férias e se interessam pelo processo que os leva até lá. São planejadores de férias experientes que passam por todo o processo com frequência suficiente para entender as opções e o que está faltando nas ferramentas de planejamento de viagem disponíveis para eles. Ao fazer o planejamento estratégico na arena das viagens em constante evolução, as companhias precisam pensar em como estarão o comportamento e a preferência dos viajantes daqui a vários anos (não somente em como eram no ano passado), ou correrão o risco de ficar para trás. Como o objetivo deste estudo é obter informações reveladoras de consumidores que lançam tendências, é importante reconhecer que os resultados apresentados não refletirão toda a população atual de viajantes – especialmente no que diz respeito a métricas referentes à adoção de tecnologia e às mídias sociais. Em particular nos mercados emergentes, os viajantes discricionários não representam a corrente dominante, uma vez que uma parcela menor de viajantes nesses mercados pode se dar ao luxo de desfrutar de férias discricionárias, voltadas puramente para o lazer. Ao contrário, eles representam os viajantes que adotam desde logo as inovações e cujo comportamento e cuja preferência são importantes indicadores para o futuro. METODOLOGIA A PhoCusWright iniciou uma pesquisa on-line sobre o consumidor em abril de 2011 por meio da Global Market Insite, Inc. voltada para adultos (18 anos ou mais) nos seguintes países EUA, Reino Unido, Alemanha, Índia, Rússia e Brasil. Para se qualificar como participante do estudo, os Página 1 Dando Asas à Inspiração: O Futuro da Busca de Viagens entrevistados tinham de indicar que fizeram pelo menos 3 viagens com pernoites nos últimos 12 meses incluindo hospedagem paga, viagem aérea e/ou viagem de trem de longa distância. No mínimo uma dessas viagens tinha de ser uma viagem discricionária. O termo “viagem discricionária” se refere a uma viagem para um destino escolhido de forma independente pelo entrevistado, diferentemente de viagens para um destino predeterminado como para visitar amigos/parentes. Os entrevistados deveriam também ter desempenhado papel ativo no planejamento de suas viagens a lazer. Os consumidores qualificados para o estudo são chamados de “viajantes discricionários”. O termo “mercados desenvolvidos” compreende EUA, Reino Unido e Alemanha; o termo “mercados emergentes” compreende Índia, Rússia e Brasil; “hospedagem” compreende a ampla gama de acomodações pagas – hotéis e outros produtos de hospedagem noturna pagos, bem como timeshares e aluguel de casa para férias. A PhoCusWright entrevistou um total de 43.537 consumidores para obter uma amostra final de entrevistados de 4.638 respostas qualificadas (veja Seção 2 para detalhamento por país). A amostra ponderada de entrevistados pode ser projetada com confiança para as populações adultas com acesso à internet nos respectivos países. A margem de erro para análise é de +/3,46% com grau de confiança de 95% para cada país. Diferenças significativas destacadas neste relatório foram identificadas com 95% de grau de confiança. ©2012 PhoCusWright Inc. All Rights Reserved. Além das informações reveladoras dos consumidores, a PhoCusWright realizou 18 entrevistas executivas com líderes em ideias (thought leaders) do mundo todo para obter a perspectiva do setor sobre o rumo que a busca de viagens está tomando. CONSTATAÇÕES IMPORTANTES Áreas de turbulência Pontos de frustração e dificuldades que os viajantes enfrentam ao planejar uma viagem e fazer booking. • Na verdade não é informação demais, mas parece que é. O maior problema no planejamento de viagens para a maioria dos mercados parece ser o excesso de informações. Mas, de modo mais específico, é a organização e a navegabilidade do conteúdo que normalmente desanimam as pessoas, além de uma boa dose de informações inúteis. Condensar as informações em alto nível e depois permitir que os consumidores explorem em busca de detalhes pode ajudar a cortar o excesso. • Frugalidade fomenta frustração. Muitos consumidores sentem que estão fazendo uma compra apressada da qual podem se arrepender se não pesquisarem mais. Além disso, a volatilidade dos preços em função da prática de gestão de resultados criou uma grande ansiedade sobre quando fazer o booking. Parece um jogo do medroso para o viajante que fica em dúvida se deve esperar ou fazer a reserva. Ferramentas que suportam benchmarking de preços para os compradores podem ajudar a solucionar essa ansiedade sobre booking. • Decisão sobre destino necessita de apoio. Praticamente metade dos viajantes discricionários nos mercados desenvolvidos e cerca de dois terços nos mercados emergentes não têm um destino específico em mente quando começam o processo de planejamento da viagem. Contudo, não é fácil pesquisar destinos na maioria dos sites de viagens atualmente. Sobretudo para os viajantes inexperientes dos mercados emergentes, há uma necessidade de roll-ups melhores e instantâneos de informações condensadas tais como temperatura/precipitação sazonal e gama de preços. Informações atualizadas e precisas sobre destinos também constituem uma dificuldade, em particular nos mercados emergentes. O apetite por uma nova receita Novas formas pelas quais os viajantes gostariam de fazer buscas para opções de viagens. • É hora de pensar além do convencional (par de cidades/data da viagem). Oferecer opções a esse grupo substancial de viajantes que não tem um destino em mente é vantajoso para os sites de viagens, já que esses consumidores frequentemente gastam mais dinheiro em viagem do que os outros. Atrair os compradores no início do processo de planejamento da viagem permite aos sites atingir a parte superior do funil de compras – potencialmente ampliando seu público e reduzindo a dependência dele do tráfego de Página 2 Dando Asas à Inspiração: O Futuro da Busca de Viagens busca direta ou de encaminhamento de outros sites. Uma parcela substancial de viajantes anseia por novas maneiras de decidir para onde ir e onde comprar. Agora que o Google entrou no negócio de busca de voos é mais essencial que nunca para as agências de viagens on-line (OTAs) e os atores de metabusca continuar a inovar e a acompanhar as novas formas de busca. • Novas combinações podem deflagrar novas possibilidades. Permitir a busca de vários destinos pode ser útil para muitos compradores, mas pode facilmente produzir um volume exagerado de resultados. Os parâmetros para a busca de vários destinos deve, portanto, ser combinado com outros (tradicionais ou de outro tipo) para manter os resultados adequados. Por exemplo, combinar parâmetros com base em orçamento e interesse permitiria aos consumidores buscar por férias na praia em locais a preço de mil dólares ou menos. As companhias que constroem parâmetros de busca flexíveis e estratificados podem então começar a se ajustar melhor à maneira como os viajantes instintivamente pensam sobre suas viagens. O progresso das novas mídias De que maneira os viajantes querem usar os dispositivos móveis e as redes sociais na hora de planejar a viagem e de trocar experiências sobre viagens. • Conveniência à frente da complexidade: Em toda a gama de atividades móveis relacionadas com viagens, os viajantes mostram mais interesse na funcionalidade que ©2012 PhoCusWright Inc. All Rights Reserved. facilita o rastreamento de pequenos instantâneos úteis de informações dispersas. Tarefas via dispositivos móveis (cartão de embarque, check-in) que tornam a experiência de viagem mais conveniente também despertam grande interesse. Esses recursos bem-vindos que atendem às necessidades imediatas dos turistas em viagem têm atrativo substancialmente maior em comparação com tarefas mais complexas como a de fazer novas reservas. • Poder aos pares: Seja qual for o meio – on-line, off-line, amigos ou desconhecidos – os consumidores querem saber a opinião de outros viajantes. Nos mercados emergentes, os conselhos na maioria das vezes vêm diretamente de amigos e familiares. Mas no mundo todo, análises e conselhos de viajantes anônimos recebidos pelas redes sociais estão se tornando cada vez mais a preferência quando se busca pela opinião de outros viajantes. • Postagem hoje, booking amanhã? Os consumidores nos mercados desenvolvidos tendem a usar as redes sociais para coisas muito específicas e se mantêm na premissa original desses sites – interagir com pessoas conhecidas. No entanto, os viajantes dos mercados emergentes parece que não se acostumaram tanto a planejar viagens e fazer booking on-line com o passar dos anos. Por isso, as redes sociais podem se tornar uma fonte de informações instintiva tanto para o usuário quanto para o conteúdo gerado pela companhia (como lista de preços e descrições de acomodações) nos mercados emergentes. Nos mercados desenvolvidos, os viajantes não costumam buscar conteúdo gerado pelas companhias em suas redes sociais porque em geral usam outros sites como os das OTAs, sites de provedores de viagens, etc. A diferenciação entre o que as pessoas fazem nos sites das companhias e o que fazem nas redes sociais pode, portanto, se tornar cada vez menos nítida nos mercados emergentes. Previsão para 2020: O futuro do planejamento de viagens Uma investigação sobre como as novas tecnologias poderão mudar o planejamento de viagens no futuro. • Agnosticismo de hardware: Com o tempo, as distinções entre as plataformas móveis não serão tão importantes. As limitações de dedos desajeitados em pequenas telas podem ter chegado para ficar, mas o reconhecimento por voz e imagem facilitará a entrada de dados. As informações armazenadas serão mais sofisticadas, permitindo aos viajantes transpor os limites das atividades individuais em dispositivos individuais. Em última instância, a “Splinternet” criada pela proliferação de plataformas (PC, telefone, tablet, sistema de jogos, TV, etc.) convergirá mais uma vez. • A “venda privada” verdadeiramente privada: Os mercados do mundo inteiro têm sido inundados com promoções e liquidações relâmpago de marcas que oferecem enormes descontos sem nenhum contexto indicando se a pessoa tem ou não interesse pelo produto. Há Página 3 Dando Asas à Inspiração: O Futuro da Busca de Viagens um tipo diferente de promoção relâmpago, contudo, que a tecnologia acabará tornando possível. Com a segmentação dos consumidores e a delimitação de públicos-alvo com base em comportamento ficando cada vez mais sofisticados, o gerenciamento da demanda conseguirá dar um passo à frente permitindo aos vendedores organizar promoções microfocadas para consumidores específicos e oferecer uma venda verdadeiramente privada que seja relevante tanto para o comprador quanto para o vendedor. • “Inteligência” cumulativa: Com centenas de opções até mesmo para buscas limitadas a destino/data, os compradores ficam frequentemente superlotados de informações. No final, porém, independentemente da forma de entrada de dados, os programas poderão “aprender” com o comportamento de uma pessoa ao longo do tempo. Quando alguém faz uma busca pela quinta vez, os resultados deveriam ser mais coerentes do que na primeira vez. Talvez nunca se chegue à perfeição do 1 por ©2012 PhoCusWright Inc. All Rights Reserved. 1, mas a microsegmentação acabará ajudando as companhias a analisar comportamentos e fornecer resultados cada vez mais inteligentes. • Sistemas inteligentes e assistente pessoal virtual: Embora todos nós adorássemos ter um empregado robô para fazer nossas tarefas domésticas, a ideia de que os próprios aparelhos serão “inteligentes” e interconectados é mais provável (ao menos para 2020). Os chips de computador poderão estar em qualquer coisa, desde máquinas de café até luminárias. Nesses exemplos caseiros, os timers já podem regular certas atividades. A diferença é que, no futuro, a natureza manual da programação desses equipamentos provavelmente será substituída pela intercomunicação entre aparelhos. No futuro, continuaremos a usar sites diferentes para cosias diferentes. No entanto, um programa que colete e armazene essas informações poderá agir como um assistente pessoal virtual – reconhecendo e processando dados dos sites que visitamos e o que fazemos neles – e interagindo com outros sites em nosso benefício. • Dados biométricos e o temor de ultrapassar o limite assustador da privacidade: Dados biométricos (como expressões faciais e batimento cardíaco) poderão algum dia ser lidos de forma tão banal quanto a leitura de localizações hoje, e as companhias terão a possibilidade de utilizar essas informações para avaliar nosso estado de espírito e nossas reações e adaptar suas ofertas de acordo com esses fatores. Como ocorre com o assistente pessoal virtual, a questão proibitiva é a privacidade e o temor de ultrapassar seu limite assustador. A ideia de privacidade e a linha mental que define o que é aceitável são constantemente ponderadas em relação aos benefícios do compartilhamento de informações. Ao considerarmos as possibilidades, deveríamos também ter em mente que os elementos que parecem ultrapassar o limite assustador da privacidade hoje, podem ser prontamente aceitos daqui a uma década. Página 4 Dando Asas à Inspiração: O Futuro da Busca de Viagens O viajante discricionário • Os viajantes que lançam tendências apontam o rumo do mercado. Anos atrás, as companhias americanas on-line que pensaram que a Europa seguiria tendências semelhantes perceberam que essas suposições os deixaram mal preparados para vencer – eles tiveram de aprender a se adaptar a cada novo mercado (ou usar atores locais). Em vez de examinar as tendências nos mercados desenvolvidos e supor que outros mercados as acompanharão no futuro, este estudo busca descobrir o contraste entre uma ampla gama de mercados e as perspectivas Como o propósito geral deste estudo foi entender as necessidades dos consumidores para desdobramentos futuros, a base de entrevistados alvo foi definida para representar viajantes discricionários que lançam tendências – o segmento que tem as necessidades de compra mais sofisticadas. Os consumidores examinados neste estudo não são os mais comuns – eles tiram férias como querem, fazem o planejamento on-line e viajam com frequência suficiente para saber do que gostam e do que não gostam. A metodologia foi definida dessa forma por diversas razões fundamentais: de seus viajantes que lançam tendências. Com uma taxa tão forte de crescimento e de mudança em geral nos mercados emergentes, o comportamento da população geral de viajantes nos últimos 12 meses (na ausência de tendência histórica) é um indicador ideal do que nos espera nos próximos anos. Lançadores de tendências como os viajantes discricionários, contudo, refletem características do mercado fornecendo ao mesmo tempo o rumo para o futuro. Figura 1 Incidência de viajantes discricionários EUA 58% Reino Unido 54% Alemanha Índia 48% 55% 41% Fez menos de três viagens Não planejou as viagens on-line O VIAJANTE DISCRICIONÁRIO 2% 2% 17% 20% 79% 23% 85% 18% 82% 2% 3% 10% 8% 1% 2% 37% 39% 19% 1% 2% 20% 61% Rússia Brasil 18% 2010 Alcance da Internet* 2% 3% 20% 2% 4% 13% 43% 41% Não teve independência para escolher o destino/ Não selecionou o destino de forma independente Não teve papel ativo no planejamento das viagens *Fonte: União Internacional de Telecomunicações ITU (na sigla em inglês ) Banco de Dados Internacional de Indicadores – ICT (na sigla em inglês) Pergunta: Da relação a seguir, o que você fez, caso tenha feito alguma coisa, enquanto viajava a lazer nos últimos 12 meses? Nos últimos 12 meses, quantas viagens com pernoite de cada tipo você fez que exigiu a compra de produtos de viagem (como bilhetes aéreos, hospedagem e viagem de trem de longa distância)? Das viagens a lazer feitas nos últimos 12 meses, quantas foram para os seguintes locais? Da relação abaixo, o que, se alguma coisa, você fez on-line(via computador ou dispositivo móvel) para sua viagem a lazer nos últimos 12 meses? Indique quem desempenhou papel ativo no planejamento das suas viagens a lazer nos últimos 12 meses? Observação: O Brasil tem 2% na faixa etária abaixo de 18, a Índia e a Rússia têm menos de 0,5% no mesmo caso. Base: Usuários de internet que viajam a lazer (no não ponderado - EUA 7.374; Reino Unido 5.411; Alemanha 6.844; Índia 9.450; Rússia 5.471; Brasil 8.987) ©2012 PhoCusWright Inc. Todos os direitos reservados. Fonte: PhoCusWright Inc. ©2012 PhoCusWright Inc. All Rights Reserved. Página 5 Dando Asas à Inspiração: O Futuro da Busca de Viagens • Somente viajantes discricionários escolhem o destino. Para se obter informações sobre todo o processo de planejamento de viagens, inclusive a escolha do destino, os entrevistados alvo precisam participar integralmente do processo. A escolha do destino representa uma das decisões mais complexas feitas por um viajante no processo de planejamento da viagem. Viajantes que não fazem viagens discricionárias não seriam capazes de fazer uma descrição de seu comportamento/ sua perspectiva vivida com relação a essa estapa-chave do planejamento da viagem. • Comparações entre mercados desenvolvidos e mercados emergentes podem ser dominadas por tendências que mascaram outras informações reveladoras. A ampla gama de mercados explorados neste estudo é caracterizada por imensas disparidades em métricas básicas, como acesso à internet, que é praticamente 10 vezes mais comum nos Estados Unidos do que na Índia. Diferenças sócio-econômicas suplantariam tendências gerais se olharmos para a população geral de viajantes, e características subjacentes do mercado ficariam impossível de discernir. Ao igualar as condições, conseguimos comparar alvos de consumidores semelhantes em todos os mercados e os resultados não são dominados por elementos básicos de infraestrutura e demografia como acesso à internet e renda. • Experiência é a base para feedback construtivo. Como os mercados emergentes estão repletos de novos viajantes, um elemento para criar condições de igualdade exige que os viajantes tenham experiência suficiente no processo de planejamento para ter opiniões embasadas. Como o estudo explora perspectivas complexas como pontos de frustração e funcionalidade de sites, os entrevistados deveriam ter feito pelo menos três viagens no último ano para que tivessem experiência com as ferramentas disponíveis atualmente. O porcentual de usuários de internet que se qualificam como viajantes discricionários é maior no Reino Unido e na Rússia, atingindo 23% e 20%, respectivamente (veja a Figura 1). Embora os porcentuais sejam semelhantes para os dois mercados, na Rússia o uso da internet é praticamente a metade do que se usa no Reino Unido. Portanto, em relação ao total da população, o Reino Unido (assim como a Alemanha e os EUA) está bem à frente da Rússia. Com o tempo, à medida que os estilos de vida de classe média (e consequentemente, as viagens a lazer) se tornam mais disseminados na Rússia, o porcentual de viajantes discricionários é provável que caia, pois os novos viajantes começam em geral com outros tipos de viagens, como para visitar amigos/parentes. O índice de viajantes discricionários nos EUA e na Alemanha são de 19% e 18%, respectivamente. Os padrões de viagens na Alemanha revelam sistematicamente viagens de duração mais longa e menos frequentes em comparação com outros mercados desenvolvidos. Consequentemente, 61% dos viajantes alemães foram excluídos do estudo por causa da baixa frequência de viagens, comparados com 58% nos EUA. A Índia e o Brasil têm o mais baixo porcentual de viajantes discricionários. Ao contrário de outros mercados, uma parcela substancial de viajantes indianos (37%) e brasileiros (39%) foram excluídos porque não participaram da escolha do destino - as viagens que realizaram foram limitadas por outras influências. Na Índia, atividades espirituais e religiosas frequentemente determinam as viagens a lazer. No Brasil, visitar amigos e parentes bem como participar de eventos sociais são fatores comuns de influência. CARACTERÍSTICAS IMPORTANTES DO VIAJANTE DISCRICIONÁRIO POR MERCADO EUA Embora a incidência de viajantes discricionários não seja particularmente alta nos EUA, esses consumidores que fazem parte do grupo de oportunidades privilegiadas são grandes gastadores, contribuindo anualmente com US$ 5.189 por domicílio para as viagens a lazer - mais que qualquer outro mercado analisado neste estudo. Apesar do alto gasto, os viajantes discricionários dos EUA são menos propensos a sair de suas fronteiras (43% de viagens internacionais). Além disso, as viagens que fazem tendem a ser relativamente curtas, não somente em comparação com os mercados europeus, mas também em comparação 2 Relatório da PhoCusWright sobre os Consumidores de Viagens Europeus – segunda edição ©2012 PhoCusWright Inc. All Rights Reserved. Página 6 Dando Asas à Inspiração: O Futuro da Busca de Viagens Figura 2 Características Importantes do Viajante Discricionário por Mercado UK EUA UK Alemanha Índia Rússia Brasil 44 47 44 36 37 36 $5,189 $4,642 $4,027 $2,527 Viajantes internacionais 43% 82% 87% 44% 66% 54% Viajantes a negócios 42% 31% 49% 78% 83% 78% Primeiros adeptos de novas tecnologias (auto-descrição) 55% 41% 51% 76% 88% 64% Número de sites normalmente usados para comprar produtosde viagem 3.7 4.0 4.1 3.6 5.2 4.2 Fizeram booking de passagem aérea on-line 84% 88% 75% 70% 63% 73% Fizeram booking de passagem aérea em site de fornecedor 36% 46% 34% 17% 41% 47% Fizeram booking de passagem aérea pelas OTAs 38% 24% 29% 51% 12% 19% Fizeram booking de hospedagem on-line 71% 74% 66% 66% 56% 62% Consumidores de hospedagem sofisticada (quatro ou cinco estrelas) 50% 46% 57% 35% 44% 50% Porcentual de viagens discricionárias no total de viagens a lazer 60% 62% 61% 35% 58% 48% Porcentual de viagens a lazer com pelo menos 7 pernoites 29% 37% 41% 29% 50% 31% Proprietários de smartphones 57% 60% 65% 76% 86% 73% Usuários do Facebook 72% 67% 53% 88% 47% 78% EUA UK Alemanha Índia Rússia Brasil Alcance da internet* 2010 79% 85% 82% 8% 43% 41% Incidência de viajantes discricionários** 19% 23% 18% 10% 20% 13% Tamanho da amostra de viajantes discricionários (no não ponderado) 823 822 782 710 761 740 Média de idade Média de gastos anuais com viagem à lazer por domicílio (dólar dos EUA) $2,912 $5,049 Outras informações de mercado *Fonte: União Internacional de Telecomunicações ITU (na sigla em inglês ) Banco de Dados Internacional de Indicadores – ICT (na sigla em inglês) **Incidência entre usuários de internet que fizeram pelo menos uma viagem a lazer nos últimos 12 meses Fonte: PhoCusWright Inc. ©2012 PhoCusWright Inc. Todos os direitos reservados. ©2012 PhoCusWright Inc. All Rights Reserved. Página 7 Dando Asas à Inspiração: O Futuro da Busca de Viagens com os emergentes. Os EUA estão próximos da Índia no que diz respeito a viagens de lazer com duração de sete noites ou mais (29%). Embora a grande maioria de viajantes discricionários dos EUA façam booking on-line (84% de viagens aéreas e 71% de hotéis), esses resultados ficam um pouco atrás do Reino Unido, que lidera no porcentual de booking on-line. Não obstante, os viajantes discricionários dos EUA são mais propensos a se considerarem os primeiros adeptos de tecnologia em comparação com seus pares europeus. Reino Unido Embora o Reino Unido esteja atrás dos EUA e do Brasil em termos de gastos, esse resultado é pelo menos em parte decorrente da maior incidência do estilo de vida de viajante discricionário (a maior de todos os mercados, com 23%); o público se estende para além das camadas mais ricas de viajantes. Apesar de apresentar o mais alto índice de bookings on-line, os viajantes discricionários do Reino Unido não tendem a se considerar adeptos de tecnologia de primeira hora (41%), vindo substancialmente depois da Alemanha (51%). Embora a diferença de idade não seja drástica, os viajantes discricionários do Reino Unido são os mais velhos do grupo, e a idade desempenha um papel muito importante com relação à adoção de tecnologia. Alemanha Os viajantes discricionários da Alemanha são os que menos gastam nos mercados desenvolvidos, mas, semelhante ao que ocorre no Reino Unido, ©2012 PhoCusWright Inc. All Rights Reserved. essa tendência é impulsionada pelo fato desse estilo de vida ser acessível a uma gama demográfica mais ampla e não pelo nível mais baixo de gastos generalizado entre todos os viajantes. Contudo, a menor propensão para fazer booking on-line em comparação com o Reino Unido e os Estados Unidos é generalizada, e reflete uma característica que se aplica ao mercado alemão como um todo. Outra característica do mercado alemão mais amplo é o público menor de redes sociais. Com 53%, os viajantes discricionários da Alemanha apresentam um porcentual substancialmente menor de usuários do Facebook do que os dos EUA (72%) ou do Reino Unido (67%). Os viajantes discricionários alemães são os mais propensos a se hospedar em acomodações mais sofisticadas ou de luxo. Índia Em alguns aspectos, a Índia é o mercado emergente que apresenta maior contraste com os mercados desenvolvidos. Com penetração da internet ainda extremamente baixa, em 8%, o público para viagens on-line é muito pequeno em relação ao total da população. Os viajantes discricionários indianos são os que menos gastam em viagens entre todos os mercados, na maioria das vezes fazendo viagens domésticas influenciadas por motivos sociais ou religiosos. Mas, a despeito das imensas disparidades nos estilos de vida em geral, os padrões indianos mostram muitas semelhanças com os americanos – incidência relativamente baixa de viagens ao exterior, tendência a fazer viagens mais curtas e uso de um número menor de sites no processo de compras para viagem. Embora as duas primeiras dessas três tendências estejam de certa forma vinculadas (já que as viagens internacionais tendem a ser mais longas), o pequeno número de sites usados tanto na Índia quanto nos EUA é resultado de dinâmicas completamente diferentes nos dois mercados. A maturidade do mercado consolidou o tráfego nos EUA, ao passo que a imaturidade do mercado determina a tendência na Índia. Rússia Apesar de apresentar uma média de gastos com viagens levemente superior à da Índia, os viajantes discricionários russos são os mais propensos dentre os dos mercados emergentes a deixar suas fronteiras (66%). O clima frio da Rússia é um fator que colabora para essa dinâmica. De todos os mercados analisados neste estudo, a Rússia tem o mais baixo nível de booking on-line (63% de passagens aéreas, 56% de hotéis). No entanto, a Rússia tem o mais alto porcentual de adeptos de tecnologia de primeira hora (88%); a disposição a se adaptar para fazer booking on-line está nitidamente presente. Os viajantes discricionários russos tendem a fazer viagens mais longas, coerente com a propensão que demonstram para viagens internacionais. A grande maioria deles (83%) viaja pelo menos uma vez por ano a negócios. A posse de smartphones reflete a tendência dos russos de adotar tecnologias de imediato, pois 86% deles têm celulares com acesso à internet. Todos os três mercados emergentes têm altos níveis de posse de smartphones em comparação com os mercados desenvolvidos, mas a idade é um fator Página 8 Dando Asas à Inspiração: O Futuro da Busca de Viagens importante – os viajantes discricionários dos mercados emergentes são praticamente 10 anos mais jovens do que seus pares nos mercados desenvolvidos. Embora o Facebook tenha menor alcance entre os viajantes discricionários da Rússia, essa constatação é sintomática da menor parcela de mercado do Facebook na Rússia em comparação com o Vkontakte, e não por uma atitude ambivalente com relação às redes sociais em geral. ©2012 PhoCusWright Inc. All Rights Reserved. Brasil Os altos gastos dos viajantes discricionários brasileiros com viagens atingem extraordinários US$ 5.049. No entanto, a baixa incidência reflete o quanto esse grupo é exclusivo atualmente; com o tempo, a média de gastos cairá à medida que as viagens a lazer se tornarem mais acessíveis a um público maior. Motivações sociais estão entre as razões mais comuns para que os viajantes brasileiros não pesquisem destino com tanta frequencia quanto seus pares, mas eles se mostram um pouco mais propensos do que os viajantes dos outros mercados a possuir (ou dividir) casas de férias. Felizmente para alguns brasileiros, eles nem sempre precisam viajar para longe para se sentirem em férias. No entanto, pouco mais da metade (54%) dos viajantes discricionários brasileiros passam férias no exterior. Embora o uso do Facebook seja bastante alto, chegando a 78%, essa não é a única mídia social – a maioria dos viajantes discricionários brasileiros usam o Orkut, que também tem um número substancial de seguidores na Índia. Página 9 Dando Asas à Inspiração: O Futuro da Busca de Viagens A jornada antes da viagem No momento em que os viajantes clicam o botão “Book Now”, eles já passaram por uma jornada. Eles se debruçaram sobre fotos, dissecaram sites de crítica de viagens, buscaram conselho de amigos e parentes e se atormentaram para escolher o voo (e decidir o momento de fazer o booking) – tudo para garantir que as férias fossem as melhores possíveis. Esta seção explora as fases da jornada para planejar uma viagem, desde a escolha do destino ao booking. DESTAQUES DESTA SEÇÃO • Os mercados desenvolvidos têm um cronograma de decisões sobre viagens substancialmente maior do que os mercados emergentes – o Reino Unido tem o maior deles (116 dias) e a Índia, o menor (50 dias) • Os mecanismos de busca em geral são os sites mais usados normalmente no planejamento de viagens (tanto para escolha do destino quanto para compra de componentes de viagem), exceto nos EUA onde as OTAs são mais comuns para as duas etapas. • Para bilhetes aéreos, os canais de booking mais comuns são os sites dos provedores de viagens, exceto nos EUA e na Índia onde o booking com OTAs é mais comum. Por outro lado, com relação à reserva de hotéis a tendência mostra as OTAs em forte posição comparado aos sites de hotéis. CRONOGRAMA DE DECISÕES Os viajantes passam semanas contemplando suas opções de férias e normalmente fazem booking com meses de antecedência. Essa certamente tem sido a tendência nos mercados desenvolvidos (veja figura 3). Por exemplo, nos EUA a média Figura 3 Cronogramas de decisões (Número médio de dias) Total de dias 108 21 81 116 17 64 16 15 Escolha de destino 84 Shopping 94 14 Escolha de destino 68 16 84 Shopping 12 50 38 10 41 18 83 31 65 12 49 105 Shopping 100 99 108 Escolha de destino 87 30 75 25 80 90 dias 37 60 dias Entre a escolha do destino e o embarque Entre primeiro booking e embarque Escolha de destino Shopping Escolha de destino Shopping Escolha de destino 55 Shopping EUA UK Alemanha Índia Rússia Brasil 30 dias Para escolha do destino Para compra de componentes para viagem Pergunta: Selecione uma resposta para cada uma das perguntas a seguir: Quanto tempo você passou pesquisando/escolhendo um destino para a sua viagem? Quanto tempo antes da data de embarque você decidiu ir para esse destino? Quanto tempo você passou pesquisando/escolhendo componentes para a viagem, como bilhetes aéreos ou quartos de hotel, antes de fazer o primeiro booking para essa viagem? Quanto tempo antes da data de embarque você fez o booking dos produtos para essa viagem? Base: Viajantes discricionários (no ponderado - EUA 857; Reino Unido 801; Alemanha 900; Índia 791; Rússia 763; Brasil 829) Fonte: PhoCusWright Inc. ©2012 PhoCusWright Inc. Todos os direitos reservados. ©2012 PhoCusWright Inc. All Rights Reserved. Página 11 Dando Asas à Inspiração: O Futuro da Busca de Viagens Figura 4 Fontes de informação de decisão para visitar o destino 47% Sites via computador 48% 52% 37% 30% 35% Recomendações pessoais de amigos/parentes 53% 18% 11% 14% Publicações, artigos ou brochuras impressas Informações em guias de viagem impressos Sites ou aplicativos via dispositivos móveis UK 14% 15% 29% 26% 23% 19% 21% 21% 6% 7% 13% 19% 25% 23% 24% 8% 8% 7% Alemanha 58% 57% 21% 15% 16% 10% Conselho pessoal de profissionais de viagens/agentes de viagens 65% 12% 8% Online advertising/email USA 59% 54% 18% 18% 24% Índia Rússia Brasil Pergunta: Que fontes de informação influenciaram sua decisão de visitar o destino dessa viagem? Base: Viajantes discricionários (no ponderado - EUA 872; Reino Unido 830; Alemanha 913; Índia 797; Rússia 768; Brasil 831) Fonte: PhoCusWright Inc. © PhoCusWright Inc. Todos os direitos reservados. dos viajantes discricionários passa 21 dias escolhendo um destino, e essa escolha é feita 87 dias antes da data de embarque. Este viajante discricionário americano passará 17 dias escolhendo componentes de viagem, como bilhetes aéreos e quartos de hotel, e fará seu primeiro booking 64 dias antes da data de embarque. Nos mercados emergentes, contudo, o ciclo de planejamento é muito mais curto e varia substancialmente conforme o país. O Brasil parece ser mais semelhante com os mercados desenvolvidos em geral, mas os brasileiros passam mais tempo avaliando tanto o destino (30 dias) quanto a compra de produtos (25 dias) antes de decidir. Os viajantes indianos têm o menor tempo para escolha do destino (começando com 50 dias), em ©2012 PhoCusWright Inc. All Rights Reserved. parte porque suas viagens são frequentemente para destinos domésticos. Os russos fazem um intervalo considerável de quase um mês entre a escolha do destino e as compras e têm um prazo de booking relativamente curto (37 dias). Os agentes de viagem na Índia ou na Rússia podem ter sucesso promovendo em junho as viagens para julho, mas no Reino Unido estariam muito atrasados, pois a maioria dos viajantes tomam suas decisões aproximadamente em maio. DECISÃO SOBRE DESTINO Decidir para onde ir nas férias é uma decisão extremamente complexa. Os consumidores estão considerando não apenas uma viagem em particular, mas também a gama de viagens feitas anteriormente e planejadas após uma viagem específica, o que pode ter forte impacto. Muitos viajantes não querem visitar a mesma área ou tipo de destino várias vezes seguidas. Além do mais, a consideração de um destino é frequentemente ilógica porque geralmente é baseada no acaso – um amigo por acaso esteve lá e adorou, ou um episódio da sua série favorita na TV foi passado nesse lugar e pareceu maravilhoso. Toda essa complexidade dificulta a tomada de decisão e a construção de ferramentas eficazes para ajudar a tomada de decisões. A fonte de informações mais comum para escolha de destino é a internet via computador, mas principalmente Página 12 Dando Asas à Inspiração: O Futuro da Busca de Viagens nos mercados emergentes, o boca a boca está logo atrás (veja Figura 4). Os viajantes nos mercados emergentes tendem a usar mais fontes de informações em geral, enquanto os viajantes dos mercados desenvolvidos não estão usando muito as pernas. Os viajantes discricionários nos mercados emergentes também são mais jovens na média do que seus pares dos mercados desenvolvidos; eles não contam com muita experiência pessoal para os orientar. O uso de dispositivos móveis é duas vezes mais comum nos mercados emergentes, principalmente na Índia, onde quase um quarto (24%) dos viajantes discricionários pesquisam destinos on-line pelo celular. Mecanismos de busca em geral são os mais comuns na categoria site para a escolha de destino em todos os mercados, com exceção dos EUA onde as OTAs aparecem ligeiramente à frente, (veja Figura 5). No entanto, recorrer às OTAs é mais comum na Índia, onde dois em cada três viajantes as procuram para informações sobre destino. Sites de viajantes sobre viagens são mais populares na Rússia, enquanto o uso é menor nos EUA porque as OTAs são tão populares nesse país que os viajantes geralmente lêem análises críticas dos usuários nos sites das OTAs e não nos sites dos usuários. Em geral, os viajantes dos mercados emergentes mostram novamente propensão a usar mais fontes de informações do que os viajantes dos mercados desenvolvidos, com exceção do Brasil, que mostra padrões semelhantes aos dos mercados desenvolvidos. COMPRAS Os varejistas frequentemente se referem ao conceito “momento da verdade” – quando o consumidor está na loja olhando uma prateleira de produtos concorrentes para fazer sua escolha. No caso do setor de viagens, o momento da verdade nunca funcionou dessa maneira. Férias não podem ser retiradas de uma prateleira ou gôndola e examinadas; não se pode cheirá-las nem experimentá-las. Em vez disso, a tomada de decisão sempre acontece longe do produto em si e depende exclusivamente de informações descritivas. Figura 5 Sites usados para escolha de destino 50% Mecanismos de busca em geral 57% 57% 72% 53% 40% Sites de agências de viagens on-line 51% 45% 66% 44% 47% 29% Sites de viajantes sobre viagens 43% 47% 53% 62% 34% 33% 25% 23% 33% 37% 34% 15% 15% UK Alemanha 48% 26% 38% 29% USA 53% 36% 38% Sites sobre destinos Sites de guias de viagens 36% 26% Sites de provedores de viagens 77% Índia 44% Rússia Brasil Pergunta: Que tipo(s) de sites você usou? Base: Viajantes discricionários que usam a internet para escolher um destino (no ponderado - EUA 432; Reino Unido 429; Alemanha 495; Índia 526; Rússia 534; Brasil 497) Fonte: PhoCusWright Inc. © PhoCusWright Inc. Todos os direitos reservados. ©2012 PhoCusWright Inc. All Rights Reserved. Página 13 Dando Asas à Inspiração: O Futuro da Busca de Viagens Figura 6 Fontes de informação para a compra de produtos de viagem 66% Sites via computador 70% 69% 66% 23% 17% Recomendações pessoais de amigos/parentes 25% 34% 13% 11% Propaganda on-line/promoções por e-mail 17% 23% Sites ou aplicativos via dispositivos móveis Telefonemas/visitas a profissionais de viagem/agentes de viagem para conselhos Telefonemas/visitas a provedores de viagens, como companhias aéreas e empresas hoteleiras EUA UK 73% 73% 9% 8% 6% 15% 19% 25% 21% 6% 7% 13% Alemanha 19% 49% 35% 28% 18% 16% 10% 28% 45% 21% 23% 24% Índia Rússia Brasil Pergunta: Que fontes de informação você usou ao comparar e escolher produtos de viagem a lazer, como bilhetes aéreos ou quartos de hotel para essa viagem? Base: Viajantes discricionários (no ponderado - EUA 872; Reino Unido 830; Alemanha 913; Índia 797; Rússia 768; Brasil 831) Fonte: PhoCusWright Inc. © PhoCusWright Inc. Todos os direitos reservados. É por isso que as viagens são tão adequadas à mídia on-line que melhorou imensamente a quantidade e a qualidade das informações sobre viagens. Com clareza, precisão em tempo real e abrangência, as viagens on-line inerentemente conferem poder aos consumidores. Nos mercados desenvolvidos, o domínio dos canais on-line é portanto esmagador; quase três quartos (73%) dos viajantes dos EUA e do Reino Unido usam o computador para comparar e escolher produtos de viagem on-line (veja Figura 6). Os outros mercados não ficam atrás, com Alemanha e Brasil logo em seguida com 66%. A principal diferença entre os mercados ©2012 PhoCusWright Inc. All Rights Reserved. emergentes e os mais maduros é a dependência dos consumidores de outras fontes de informações que não os sites de internet. Os viajantes dos mercados desenvolvidos geralmente fazem todo seu planejamento on-line, enquanto os dos mercados emergentes tendem a usar uma diversidade maior de canais. Opções móveis atraem um público notável nos mercados emergentes, mas os resultados não devem ser interpretados como evidência definitiva do “efeito salto sem etapas”. A maioria dos viajantes que selecionaram dispositivos móveis também selecionaram sites via computador. Na fase de escolha do destino, os viajantes discricionários americanos são uma exceção, já que preferem as OTAs aos mecanismos de busca em geral. Na fase de compras, contudo, a liderança das OTAs é muito mais forte com 49% contra 38% para buscas. Os viajantes indianos mostram novamente uso mais generalizado das OTAs com 67%, o que coloca as OTAs em um empate com as buscas pelo primeiro lugar. A Rússia lidera no uso de buscas com 71%, como também no uso de sites de viajantes sobre viagens (52%). O site generalista otzyv.ru alcançou grande popularidade na Rússia e é também um contribuinte substancial para essa tendência. Sites de provedores de viagens atingem um forte Página 14 Dando Asas à Inspiração: O Futuro da Busca de Viagens Figura 7 Sites usados para a compra de produtos de viagem 38% Mecanismos de busca em geral 44% 49% 67% 53% 42% 43% Sites de agências de viagens on-line 36% 21% 25% 33% 28% 30% Sites de provedores de viagens 19% 34% 30% 11% 17% 13% EUA UK Alemanha 52% 26% 19% Sites sobre destinos 67% 52% 36% 34% Mecanismos de busca de viagens 49% 50% 42% 36% 38% Sites de viajantes sobre viagens 71% 25% 36% 35% 41% Índia Rússia Brasil Pergunta: Que fontes de informação você usou ao comparar e escolher produtos de viagem a lazer, como bilhetes aéreos ou quartos de hotel para essa viagem? Base: Viajantes discricionários que usam a internet na hora de comparar e escolher produtos de viagem (no ponderado - EUA 669; Reino Unido 640; Alemanha 629; Índia 619; Rússia 582; Brasil 603) Fonte: PhoCusWright Inc. © PhoCusWright Inc. Todos os direitos reservados. pico na Índia com 52%, impulsionado principalmente pelo site irctc.co.in da empresa ferroviária. Os sites sobre destinos têm um grande público nos mercados emergentes durante a fase de compras. Isso não é usual dada a discrepância das informações sobre produtos nos sites sobre destinos. Há diversos fatores que contribuem igualmente para essa tendência. Nas viagens internacionais, esses viajantes frequentemente vão para cidades que são pontos de entrada e normalmente têm sites sofisticados com capacidades para compras. Nos casos de viagens domésticas, a relação de hotéis pode não estar disponível nas OTAs nem em outros sites agregadores on-line, ao ©2012 PhoCusWright Inc. All Rights Reserved. passo que os sites sobre destinos provavelmente fornecem pelo menos uma lista de hotéis na área. Além disso, esses consumidores tendem a escolher sites com endereços focados nos destinos (geralmente afiliados de OTAS), embora esses não sejam associados aos conselhos oficiais de turismo. BOOKING A última escala da jornada de planejamento de viagem acontece normalmente após algumas semanas de busca e comparações. Embora a essa altura os viajantes já tenham decidido o que querem reservar, ainda há outra decisão a tomar – onde fazer o booking. Muitos tomam essa decisão sem pensar, simplesmente seguindo os passos da compra até o final. Outros fazem uma mudança consciente, sobretudo de sites de OTAs para sites de fornecedores, em particular quando se trata de bilhetes aéreos. Como as tendências para bilhetes aéreos e hospedagem são muito diferentes, os canais de booking foram captados e analisados com base em cada produto individualmente. Na maioria dos mercados, os sites de companhias aéreas atraem mais booking do que os sites das OTAs, mas os EUA e a Índia são exceções (veja Figura 7). Embora a liderança das OTAs nos EUA seja pequena (38% OTAs vs. 36% sites de companhias aéreas), na Página 15 Dando Asas à Inspiração: O Futuro da Busca de Viagens Figura 8 Sites usados para a compra de produtos de viagem 51% 47% 46% 41% 38% 36% 34% 29% 24% 12% 4% 7% 2% 0% 9% 4% EUA 23% 16% 12% 9% 5% 0% UK 9% 2% 0% Alemanha Telefonou para provedores de viagens Usou sites de agências de viagens on-line Usou sites de mecanismos de busca de viagens No aeroporto/na loja da empresa 15% 11% 17% 2% 4% 1% 12% 10% Índia 15% 4% 5% 4% Rússia 19% 10% 4% 3% 2% Brasil Telefonou/compareceu a uma agência de viagens Usou site de um provedor de viagens Usou sites de agências de viagens varejistas Pergunta: Como você fez o booking dos produtos para esta viagem? Base: Viajantes discricionários que fizeram booking de bilhetes aéreos (no ponderado - EUA 377; Reino Unido 322; Alemanha 301; Índia 456; Rússia 310; Brasil 516) © PhoCusWright Inc. Todos os direitos reservados. Fonte: PhoCusWright Inc. Índia a liderança é substancial (51% OTAs vs. 17% sites de companhias aéreas). A tendência é totalmente oposta na Rússia e no Brasil, onde os sites das companhias aéreas estão muito à frente dos das OTAs. Os canais off-line são mais populares nos mercados emergentes, onde a mudança para os canais on-line está apenas começando. Agentes de viagem off-line têm praticamente o dobro de influência nos mercados emergentes (10%-11%) em comparação com os EUA e o Reino Unido (4%), enquanto a Alemanha apresenta grau de uso maior com 9%. A hospedagem por outro lado tem uma estrutura de distribuição extremamente diferente. Os sites de hotéis são muito menos utilizados para fazer booking do que os das companhias aéreas. Contudo, nos EUA, onde uma grande porcentagem de hotéis é afiliada a uma cadeia, o público dos ©2012 PhoCusWright Inc. All Rights Reserved. sites de hotéis é substancial. Embora sejam muito ativos on-line, os viajantes americanos (20%) têm o dobro de probabilidade de telefonar para o hotel e fazer o booking do que seus pares britânicos (10%). Mas com 24%, os viajantes alemães são os mais propensos a fazer booking diretamente por telefone. As OTAs são os canais mais comuns de booking em todos os mercados, com exceção da Rússia e muito pouco na Alemanha. No entanto, é provável que os consumidores na Alemanha e na Rússia não consigam distinguir claramente entre OTAs e mecanismos de busca de viagens, pois nenhum dos dois mercados usa muito mecanismos de busca de viagens (metabusca) para fazer booking, conforme indicam as respostas - 18% na Alemanha e 19% na Rússia. De novo, os agentes de viagens off-line constituem um canal substancial de booking nos mercados emergentes, em particular na Rússia (20%) e no Brasil (18%), ao passo que o uso desses canais nos EUA e no Reino Unido é mínimo, com os dois indicando 3%. OTAs – RETENÇÃO VERSUS ABANDONO No ambiente sem atritos da internet, há pouco a fazer para impedir que os consumidores pulem de um site para outro. As OTAs sofrem altos índices de abandono entre seus compradores, que sempre usam seus sites como mecanismos de compras, mas não como mecanismos de booking. Para analisar o desempenho das OTAs na retenção de seus compradores, compare a média dos resultados sobre canais de booking com os que compraram com as OTAs. A figura 9 mostra os métodos usados para fazer booking de bilhetes aéreos para todo o grupo de viajantes discricionários assim como para aqueles Página 16 Dando Asas à Inspiração: O Futuro da Busca de Viagens Figura 9 Métodos de booking de produtos de viagem: Hospedagem 39% 38% 31% 31% 30% 24% 25% 19% 18% 20% 20% 14% 7% 3% 7% EUA 12% 7% 5% 3% 2% 12% 11% 10% 10% 18% Alemanha Telefonou para operadoras de viagens Usou sites de agências de viagens on-line Usou sites de mecanismos de busca de viagens No aeroporto/na loja da empresa 18% 7% 7% 6% 3% 3% 3% UK 20% 19% 17% 16% 13% Índia 13% 12% 9% 10% 9% Rússia Brasil Telefonou/compareceu a uma agência de viagens Usou site de uma operadora de viagens Usou sites de agências de viagens varejistas Pergunta: Como você fez o booking dos produtos para esta viagem? Base: Viajantes discricionários que fizeram booking de quartos de hotel (no ponderado - EUA 645; Reino Unido 522; Alemanha 527; Índia 563; Rússia 394; Brasil 556) Fonte: PhoCusWright Inc. © PhoCusWright Inc. Todos os direitos reservados. Figura 10 Métodos de booking: viagem aérea 60% 47% 41% 46% 36% 34% 51% 50% 50% 43% 38% 31% 29% 24% 19% 17% 28% 30% 34% 30% 18% 23% 20% 12% Sites de fornecedores OTA Sites de fornecedores Média EUA OTA Compradores em OTAs UK Alemanha Índia Rússia Brasil Pergunta: Como você fez o booking dos produtos para esta viagem? Que fontes de informação você usou ao comparar e escolher produtos de viagem a lazer, como bilhetes aéreos ou quartos de hotel para essa viagem? Base: Viajantes aéreos e compradores em OTAs discricionários que fizeram booking de viagens aéreas (no ponderado - EUA 377; Reino Unido 322; Alemanha 301; Índia 456; Rússia 310; Brasil 516) Fonte: PhoCusWright Inc. © PhoCusWright Inc. Todos os direitos reservados ©2012 PhoCusWright Inc. All Rights Reserved. Página 17 Dando Asas à Inspiração: O Futuro da Busca de Viagens Figura 11 Métodos de booking: hospedagem 52% 38% 31% 31% 19% 16% 20% 18% 30% 25% 13% 9% 35% 37% 27% 19% 18% 16% 15% 19% 7% Sites de fornecedores OTA Sites de fornecedores Média EUA 45% 45% 39% OTA Compradores em OTAs UK Alemanha Índia Rússia Brasil Pergunta: Como você fez o booking dos produtos para esta viagem? Que fontes de informação você usou ao comparar e escolher produtos de viagem a lazer, como bilhetes aéreos ou quartos de hotel para essa viagem? Base: Consumidores de hospedagem e compradores em OTAs que fizeram booking de hospedagem (no ponderado - EUA 645; Reino Unido 522; Alemanha 527; Índia 563; Rússia 394; Brasil 556) Fonte: PhoCusWright Inc. © PhoCusWright Inc. Todos os direitos reservados. que compram em OTAs. Embora os compradores em OTAs tenham mais propensão a fazer booking de bilhetes aéreos nas OTAs, incoerentemente eles não se mostram menos propensos a fazer esses bookings nos sites dos fornecedores. O impacto positivo dos acessos às OTAs no Brasil é insignificante para viagens aéreas – na verdade, os compradores em OTAs são mais propensos a fazer o booking no site de uma companhia aérea (50%) do que a média dos viajantes discricionários (47%). Isso não é indicativo de que as OTAs encaminhem seus compradores para os sites das companhias aéreas – as pessoas que não compram nas OTAs, tendem a fazer o booking off-line e não nos sites dos fornecedores. No Reino Unido, na Rússia e no Brasil, até os que compram em OTAs são ©2012 PhoCusWright Inc. All Rights Reserved. mais propensos a fazer booking de bilhetes aéreos no site de uma companhia aérea do que de uma OTA. As políticas de distribuição direta de baixo custo das empresas aéreas tendem a contribuir para essa tendência em alguns mercados. As tendências de booking de hotéis revelam um resultado semelhante – os compradores em OTAs são mais propensos a fazer booking de hotel nas OTAs do que a média, mas não se mostram substancialmente menos propensos a fazer o booking em sites de fornecedores (veja Figura 11). No entanto, a cota dos sites de hotéis é consideravelmente menor do que a cota das companhias aéreas na maioria dos mercados. A dicotomia mais aguda entre produtos encontra-se no Reino Unido e no Brasil. Embora os fornecedores predominem nesses mercados com relação às viagens aéreas, as OTAs estão em posição vantajosa com relação a hotéis. Embora a missão de planejar viagens e fazer booking seja essencialmente a mesma em todos os lugares, os canais usados pelos viajantes são substancialmente diferentes de acordo com cada mercado. Os atores do setor de viagens e turismo têm capacidade de definir realmente o que as pessoas compram e onde compram. Não há um equilíbrio universal entre on-line e off-line ou entre fornecedor e intermediário. Toda companhia de viagens deve elaborar sua própria estratégia em um jogo que é constantemente redefinido pelos jogadores. Os competidores mais fortes ditam as regras. Página 18 Dando Asas à Inspiração: O Futuro da Busca de Viagens Áreas de turbulência Na arena de viagens on-line extremamente competitiva, às vezes são as pequenas coisas que ajudam a companhia a se diferenciar da massa. Nos mercados desenvolvidos, os varejistas de viagens – especialmente as OTAs – normalmente têm estoques comparáveis em suas prateleiras virtuais; a diferenciação não pode ser feita exclusivamente nos produtos em estoque. Embora os sites de viagens tenham alcançado uso generalizado, ainda há pontos de frustração durante cada etapa do planejamento de viagens que podem prejudicar uma experiência que de outra forma seria boa. Esta seção analisará esses problemas que ainda existem e que representam uma oportunidade para os varejistas empreendedores melhorarem suas ofertas e, talvez, conseguirem uma certa vantagem em relação à concorrência. DESTAQUES DESTA SEÇÃO • No que diz respeito à escolha de destino, os viajantes na maioria dos mercados ficam frustrados por terem de examinar um excesso de informações, mas na Índia e no Brasil a queixa mais comum refere-se à exatidão das informações. • No processo de compra, examinar informações em excesso também é um problema comum, mas a principal queixa na maioria dos mercados é que os viajantes se sentem compelidos a pesquisar demais para se certificarem de que estão fazendo um bom negócio • A etapa de booking tem menos reclamações do que as outras, mas uma parcela substancial fica ansiosa por causa da volatilidade dos preços e se sente pressionada a fazer o booking temendo que o preço suba Figura 12 Frustrações na seleção de destino on-line 42% Porcentagem de pessoas frustradas com pelo menos um fator (agregado) 46% 49% 72% 70% 21% 22% Tive de analisar informações em excesso 29% 33% 30% 13% 15% Não tive certeza de que as informações que encontrei estavam atualizadas 13% 16% 14% Não houve nenhum modo fácil de pesquisar vários destinos de uma vez Não achei nenhum modo de pesquisar com base nas minhas preferências (tais como lugares remotos) U.S. U.K. Germany 20% 20% 21% 6% 7% 12% 78% 51% 36% 36% 35% 29% 17% 22% 20% India Russia Brazil Pergunta: Com o que, caso tenha havido algo, você se frustrou ao escolher destinos on-line para suas viagens a lazer nos últimos 12 meses? Base: Viajantes discricionários (no ponderado - EUA 872; Reino Unido 831; Alemanha 913; Índia 797; Rússia 768; Brasil 831) Fonte: PhoCusWright Inc. © PhoCusWright Inc. Todos os direitos reservados. ©2012 PhoCusWright Inc. All Rights Reserved. Página 19 Dando Asas à Inspiração: O Futuro da Busca de Viagens ESCOLHA DE DESTINO Anos de adaptação ajudaram os sites de viagens nos mercados desenvolvidos a criar produtos que atendem às necessidades de seus viajantes bastante bem. Ou talvez os viajantes tenham aprendido como navegar nesses sites ao longo do tempo. Mas sejam quais forem os fatores, é muito menos provável que os consumidores nos mercados desenvolvidos se frustem ao escolher destinos on-line em comparação com os consumidores dos mercados emergentes (veja Figura 12). Somente quatro em cada dez (42%) viajantes americanos se sentem frustrados na hora de decidir on-line para onde ir, em comparação com mais de três quartos (78%) dos viajantes russos. O maior problema na maioria dos mercados é a percepção de excesso de informações. Mas, de modo mais específico, é a organização e a navegabilidade do conteúdo que normalmente deixam as pessoas frustradas, além de uma boa dose de informações inúteis. Condensar as informações em alto nível, e depois permitir que os consumidores explorem em busca de mais detalhes pode ajudar a cortar o excesso. Por exemplo, clima e preço são critérios comuns para a escolha de destinos. É fácil encontrar informações sobre os dois critérios, mas os dados aparecem geralmente em formato muito granular. Na maioria dos sites de viagens (embora alguns possam não ter nenhuma informação sobre clima) os consumidores precisam entrar nas datas para obter essa informação, e precisam fazer isso para cada destino que desejam avaliar. Nessa fase inicial do planejamento de viagens, os consumidores só querem provar o sabor ©2012 PhoCusWright Inc. All Rights Reserved. e não ler a lista de ingredientes. Eles querem saber se os hotéis em Paris são mais baratos que em Roma, não quanto o Le Meridien cobra em comparação com o Sofitel – pelo menos ainda não. Não é fácil pesquisar destinos na maioria dos sites de viagens hoje em dia; principalmente quando se é um viajante sem experiência dos mercados emergentes, há necessidade de roll-ups melhores e de instantâneos de informações condensadas como temperatura/precipitação sazonal e gamas de preços. Informações atualizadas e precisas sobre destinos também constituem um problema, em particular nos mercados emergentes. COMPRAS Embora a tendência dos sites de viagens seja dar mais energia à fase de compras, os consumidores em geral mostram graus semelhantes de frustração em comparação com a etapa de escolha de destino (veja figura 13). Os viajantes dos mercados emergentes mais uma vez mostram maior probabilidade de frustração com algum elemento na experiência de compras on-line. A maioria dos mercados concorda com o principal problema – a necessidade de fazer várias buscas para se sentir seguro sobre as escolhas. Poderia parecer que os produtos de metabusca seriam perfeitamente adequados a essa necessidade, mas o problema é mais complexo do que comparar fornecedores e um punhado de OTAs. A tendência só é exacerbada pelo bombardeio de produtos em promoção relâmpago alardeando negócios exclusivos. Muitos consumidores sentem que estão fazendo uma compra apressada da qual podem se arrepender se não pesquisarem mais. Férias representam um investimento de tempo precioso e de uma considerável soma de dinheiro. Como ocorre com qualquer investimento substancial, os consumidores buscam não apenas informações sobre um produto no qual estejam interessados, mas também o contexto sobre o que mais existe. Eles também precisam se sentir confiantes de que não conseguiriam o produto por um preço menor, o que leva à terceira queixa mais comum – não houve meios de comparar o preço com uma média. Cada uma das principais queixas são relacionadas entre si de alguma forma. Não se trata de desafios criados porque as informações procuradas não estão disponíveis ou não são precisas (embora isso às vezes também seja um problema, como demonstra a quarta queixa mais comum). Ao contrário, as maiores frustações têm a ver com a agregação e a organização das informações. Fornecer aos consumidores uma lista comparativa de preços de hotéis relacionando coisas como média de preços de 3 meses e média de preço de hotéis comparáveis poderia ajudar a tranquilizar e reduzir as pesquisas cruzadas, bem como a investigação que as pessoas se sentem compelidas a fazer. Ferramentas de sites financeiros podem, portanto, fornecer uma fonte não convencional de inspiração para montar uma experiência de compra de viagens melhor BOOKING Quando os consumidores encontram aquilo que desejam e se sentem prontos a fechar o negócio, suas necessidades mudam substancialmente. No entanto, os graus de frustração Página 20 Dando Asas à Inspiração: O Futuro da Busca de Viagens Figura 13 Frustrações na compra de produtos de viagem on-line 47% 48% 47% Porcentagem de pessoas frustradas com pelo menos um fator (agregado) 71% 68% Precisei fazer muitas buscas para me sentir confiante de que estava fazendo um bom negócio 20% 24% 26% 30% 29% 38% 17% 17% 21% 24% Tive de analisar informações em excesso 27% 16% 16% 16% Não houve meio de saber se o preço pedido era maior ou menor em comparação com a média Não tive certeza de que as informações que encontrei estavam atualizadas EUA UK Alemanha 19% 8% 9% 14% 26% 79% 43% 27% 27% 27% 30% Índia Rússia Brasil Pergunta: Com o que, caso haja, você se frustrou ao comparar e escolher produtos de viagem (tais como bilhetes aéreos ou quartos de hotel) on-line para suas viagens de lazer nos últimos 12 meses? Base: Viajantes discricionários (no ponderado - EUA 872; Reino Unido 831; Alemanha 913; Índia 797; Rússia 768; Brasil 831) Fontee: PhoCusWright Inc. © PhoCusWright Inc. Todos os direitos reservados. ficam só um pouco abaixo do que nas etapas anteriores. Os dois problemas mais comuns estão intimamente ligados, pois estão relacionados com flutuações de preços. A volatilidade de preços introduzida pela prática de gestão de resultados criou uma ansiedade considerável sobre quanto fazer o booking. É comum (e em circunstâncias relacionadas exclusivamente com viagens) que o preço de um produto mude significativamente dentro de um curto período de tempo. Parece um jogo da sorte para o viajante que fica em dúvida se deve esperar ou fazer o booking. Os consumidores frequentemente fazem booking o mais cedo possível (ao menos de bilhetes aéreos), em parte porque temem uma elevação ©2012 PhoCusWright Inc. All Rights Reserved. dos preços. Ferramentas que suportam benchmarking de preços para os compradores também podem ajudar a solucionar essa ansiedade sobre booking. Questões de armazenamento em cache podem contribuir para a terceira frustração mais comum durante o período de booking – mudanças de preço em meio ao processo de compra. Embora seja impossível impedir totalmente esse problema, construir sistemas de armazenamento/atualização melhores e mais eficazes pode ajudar a reduzir sua frequência. Confusões sobre políticas de cancelamentos/reembolsos são periféricas nos mercados desenvolvidos, em parte porque os consumidores foram condicionados a esperar que as tarifas mais baixas sejam pré-pagas e não reembolsáveis. Nos mercados emergentes, contudo, as regras não são tão claras para os viajantes – três em cada dez viajantes russos acham que as políticas de cancelamento/reembolso são confusas. Embora muitas das frustrações pelas quais passam os viajantes estejam enraizadas em coisas que não têm “conserto” (por exemplo, volatilidade de preços), elas representam excelentes oportunidades para melhorar a vida do usuário. A persuasão é importante para todos os sites de vendas a varejo; mas nos mercados desenvolvidos está se tornando ainda mais essencial, visto que aumentar os volumes de visitantes Página 21 Dando Asas à Inspiração: O Futuro da Busca de Viagens Figura 14 Frustrações na hora de fazer booking on-line 40% 44% Porcentagem de pessoas frustradas com pelo menos um fator (agregado) 39% 61% Não houve meio de saber se os preços tendiam a subir ou a cair 14% 20% 20% 22% Senti-me pressionado a fazer o booking, pois tinha medo que o preços subisse 24% 24% 26% 12% 14% 13% 14% As políticas de cancelamento/reembolso não são claras 21% 6% 7% 10% UK Alemanha 29% 25% 19% EUA 30% 28% 16% 16% 7% O preço às vezes mudava enquanto eu tentava fazer o booking 70% 72% Índia 30% Rússia Brasil Pergunta: O que, caso alguma coisa, deixou você frustrado ao fazer booking on-line de produtos de viagem (como bilhetes aéreos ou quartos de hotel) para suas viagens a lazer nos últimos 12 meses? Base: Viajantes discricionários (no ponderado - EUA 872; Reino Unido 831; Alemanha 913; Índia 797; Rússia 768; Brasil 831) Fonte: PhoCusWright Inc. © PhoCusWright Inc. Todos os direitos reservados. está cada vez mais difícil. Investir em ferramentas para aliviar as frustrações dos consumidores oferece potencial para melhorar a satisfação e a persuasão de modo geral. Mas resolver ©2012 PhoCusWright Inc. All Rights Reserved. problemas para viajantes discricionários em particular pode ser especialmente lucrativo, em razão de seus altos gastos com viagens. Página 22 Dando Asas à Inspiração: O Futuro da Busca de Viagens O apetite por uma nova receita As ferramentas disponíveis atualmente nos sites de viagens têm atendido claramente às necessidades da maioria dos consumidores de forma suficiente, já que os canais on-line são o meio predominante pelo qual os consumidores (que têm acesso à internet) escolhem para booking. Embora suficiente, deixa espaço para aperfeiçoamentos. A seção anterior destacou áreas em que as necessidades não estão sendo satisfeitas, identificando fontes de insatisfação. Esta seção vai além do mundo das necessidades para analisar os desejos dos consumidores – identificando elementos que aumentariam a satisfação durante o processo de planejamento da viagem. • Os viajantes mostram mais interesse nas buscas por orçamento, com o preço incluindo taxas e (benefícios)/atividades DESTAQUES DESTA SEÇÃO • Cerca de metade dos viajantes discricionários nos mercados desenvolvidos, e bem mais da metade nos mercados em desenvolvimento, não têm um conjunto de destinos em mente quando planejam viagens FLEXIBILIDADE Para isolar áreas com potencial de melhoria na busca de viagens, os entrevistados foram solicitados a responder perguntas a respeito de sua flexibilidade quando planejaram a última viagem discricionária. Nos mercados desenvolvidos, quase metade dos viajantes tinham um lugar particular em mente (veja Figura 15). • Distância, tempo de viagem e orçamento são os elementos mais flexíveis da viagem Figura 15 Flexibilidade de destino (última viagem discricionária) EUA 50% UK 46% Índia Rússia Brasil 41% 47% Alemanha 31% 36% 31% 2% 3% 43% 43% 59% 6% 4% 3% 6% 4% 1% 4% 1% 4% 4%2% 1% 56% 58% 2% 6% 5% Eu sabia exatamente para onde ir e não pesquisei opções de destino Eu tinha alguns lugares em mente quando comecei a pesquisar opções de destino Eu não tinha ideia para onde queria ir até que comecei a pesquisar opções Outros Eu não estava com intenção de viajar, mas vi um bom negócio 0% Pergunta: Qual das declarações a seguir descreve melhor as circunstâncias dessa viagem? Base: Viajantes discricionários (no ponderado - EUA 872; Reino Unido 831; Alemanha 913; Índia 797; Rússia 768; Brasil 831) Fonte: PhoCusWright Inc. © PhoCusWright Inc. Todos os direitos reservados. ©2012 PhoCusWright Inc. All Rights Reserved. Página 24 Dando Asas à Inspiração: O Futuro da Busca de Viagens Nos mercados emergentes, o grupo com destinos predeterminados foi menor, chegando aproximadamente a um terço dos viajantes. De forma análoga, o público para ferramentas de seleção de destino é ligeiramente menor que a metade dos viajantes nos mercados desenvolvidos e aproximadamente seis em cada dez nos mercados emergentes. Um porcentual menor de viajantes nos mercados emergentes tem um destino predeterminado, o que significa que nesses mercados as ferramentas de seleção de destino são mais importantes. Dessa forma, solicitar aos viajantes para especificar um destino durante a busca de viagem não é o ideal para uma parcela substancial (em alguns casos a maioria) de viajantes discricionários. Embora os varejistas de viagem estejam frequentemente enfocando de modo especial as etapas de compra e booking, oferecer seletores de destino é vantajoso. Atrair os consumidores no início do processo de planejamento da viagem permite aos sites atingir a parte superior do funil de compras, potencialmente ampliando seu público e reduzindo a dependência de tráfego de encaminhamento de outros sites. Ademais, os consumidores que passam pelo processo de pesquisar para escolher um destino gastam em média mais do que a média daqueles que não fizeram isso – embora os viajantes da Alemanha e da Índia sejam exceções (veja Figura 16). Quando começam a pensar sobre a viagem, a maioria dos viajantes discricionários são flexíveis sobre a distância que vão percorrer, o tempo que passarão em trânsito e quanto vão gastar. Os viajantes russos são uma exceção, porque são menos flexíveis sobre a distância da viagem e o tempo de transporte. Mais de quatro entre dez viajantes em todos os mercados são flexíveis sobre a data da viagem. Portanto, ferramentas que ajudem os viajantes a verificar em que datas os preços estão mais baratos têm apelo certo e generalizado. Em franco contraste com a maioria das métricas, os vários aspectos de flexibilidade não mostram diferenças importantes entre os mercados desenvolvidos e emergentes. Por outro lado, as características geográficas e de infraestrutura exercem influência mais forte. Por exemplo, os viajantes dos EUA e do Reino Unido são mais limitados quanto a meios alternativos de transporte, ao passo que alternativas como trem e ônibus são mais comuns nos outros mercados. Figura 16 $5,818 $4,735 $5,536 $5,160 $4,206 $4,256 $4,038 $4,016 $3,153 $2,559 $2,509 EUA UK Alemanha Não pesquisou destinos Índia $2,530 Rússia Brasil Pesquisou destinos Pergunta: Qual foi a quantia discricionária gasta pela sua família com produtos de viagem (incluindo bilhetes aéreos, aluguel de carro, bilhetes para cruzeiros, passagens de trem em viagens de mais de 120 km) nas N viagens de lazer dos últimos 12 meses. Qual das declarações a seguir descreve melhor as circunstâncias dessa viagem? Base: Viajantes discricionários (no ponderado - EUA 872; Reino Unido 831; Alemanha 913; Índia 797; Rússia 768; Brasil 831) Fonte: PhoCusWright Inc. © PhoCusWright Inc. Todos os direitos reservados. ©2012 PhoCusWright Inc. All Rights Reserved. Página 25 Dando Asas à Inspiração: O Futuro da Busca de Viagens NOVOS MODOS DE BUSCA Uma mudança de direção do box de busca padrão com par de cidades e data de ida e volta é uma proposta interessante, mas para fazer uma busca ainda é preciso de alguns parâmetros. Embora alguns critérios de busca possam aproveitar a estrutura existente, outros exigem uma abordagem fundamentalmente diferente. O orçamento é o critério de busca com maior apelo na maioria dos mercados, e em segundo lugar vem o preço incluindo todas as taxas (veja Figura 18). Essas constatações podem parecer contraditórias em relação aos resultados que mostram flexibilidade generalizada sobre orçamento. No entanto, o custo é a principal preocupação durante o planejamento da viagem e um padrão instintivo na hora de comparar alternativas. Embora os consumidores possam não ser intransigentes com relação à disposição de gastar uma quantia determinada, o interesse em saber o que está disponível ao mesmo preço ou mais barato tem um grande apelo. Embora muitos sites de viagem tenham filtros e delimitem opções com base em preço, eles estão dentro de uma estrutura relacionada a um determinado destino ou determinado período. Possibilitar a busca de vários destinos com base em orçamento seria Figura 17 Flexibilidade em aspectos da viagem: um pouco flexível + muito flexível 60% 62% Distância 32% 58% 62% Tempo de viagem 57% 40% 66% 66% 59% 51% Orçamento 52% 55% 56% 57% 61% 43% 43% 41% 45% 46% 44% Datas da viagem 35% 35% Meio de transporte 41% 46% 33% 37% 36% UK Alemanha Índia 44% 47% 42% 40% Clima 45% 49% 40% Atividades EUA 75% 60% 47% 43% 47% 44% Rússia Brasil Pergunta: Nos primeiros estágios da consideração sobre essa viagem, quanta flexibilidade você demonstrou com relação aos seguintes aspectos? Base: Viajantes discricionários (no ponderado - EUA 872; Reino Unido 831; Alemanha 913; Índia 797; Rússia 768; Brasil 831) Fonte: PhoCusWright Inc. © PhoCusWright Inc. Todos os direitos reservados. ©2012 PhoCusWright Inc. All Rights Reserved. Página 26 Dando Asas à Inspiração: O Futuro da Busca de Viagens Figura 18 Utilidade de capacidades de busca (“muito útil”) 66% 52% 49% 44% 45% 56% 52% 47% 47% 44% 43% 42% 55% 51% 43% 43% 41% 52% 46% 44% 39% 39% 34% 51% 48% 41% 43% 36% 33% Traveler rating/ reviews Conveniências inclusas 27% Orçamento Preço incluindo taxas EUA 47% 48% 46% 37% 35% 31% UK Benefícios/ Atividades 49% 44% 44% 37% 32% 27% 27% 41% 42% 34% 26% 22% Brasil Rússia Índia Alemanha 42% 38% 33% 33% 32% 25% 21% 12% 16% 11% Média das condições Tempo de Transporte climáticas EUA UK Eventos Locais Alemanha Índia DIstância física Rússia 27% 20% Impacto ambiental/ carbono Brasil Pergunta: Com relação às capacidades de busca a seguir quais as mais úteis no planejamento de viagem on-line? Base: Viajantes discricionários (no ponderado - EUA 872; Reino Unido 831; Alemanha 913; Índia 797; Rússia 768; Brasil 831) Fonte: PhoCusWright Inc. © PhoCusWright Inc. Todos os direitos reservados. útil para muitos compradores, mas pode facilmente produzir um volume exagerado de resultados. Os parâmetros de busca para vários destinos devem, portanto, ser acoplados a outros (tradicionais ou não) a fim de manter os resultados adequados. ©2012 PhoCusWright Inc. All Rights Reserved. Ao libertar os viajantes de limites com relação ao destino, os sites de viagens podem oferecer conjuntos totalmente diferentes para consideração por meio de combinações alternativas de critérios de busca. Por exemplo, ao combinar parâmetros com base em orçamento e interesse, os consumidores poderiam fazer uma busca de férias na praia ao preço de mil dólares ou menos. Os sites frequentemente usam estruturas desse tipo em suas propagandas, mas incorporam apenas algumas ofertas. Os consumidores demonstram que há uma base de demanda significativa para esse tipo de busca Página 27 Dando Asas à Inspiração: O Futuro da Busca de Viagens de vários destinos (veja Figura 14). A propósito, esse é exatamente o tipo de parâmetro alternativo de busca que o Google parece decidido a oferecer.2 Além do contexto de SEO/SEM, um problema subjacente muito maior se destaca com o foco do Google em viagens. Com o lançamento da Busca de Voos nos EUA, fica claro que o Google pretende agir como um forte mecanismo de compra de viagens aéreas que não inclui links para booking em OTAs. O Google alega que foram obrigados a fazer essa exclusão pelas companhias aéreas que insistem em controlar como exibem suas tarifas. Independentemente da causa básica, as OTAs estão sendo colocadas em posição difícil. Como a gigante das buscas está no topo do funil, ela poderia (ao menos em teoria) apropriar-se das visitas a OTAs e transferir os processos de compra e comparação de preços para outro local. Ficar relegado a um mecanismo de booking versus um mecanismo de decisão poderia comoditizar os produtos de compra das OTAs e enfraquecer a posição delas na cadeia de distribuição. Mas essa também não é uma situação de comemoração para as companhias aéreas. Embora os fornecedores possam não estar satisfeitos com as margens/comissões que concedem às OTAs, o custo do marketing de busca poderia facilmente aumentar, deslocando economias relacionadas à distribuição e transferindo mais poder ainda para uma mídia já poderosa. O Google argumentou que está construindo oportunidades para que OTAs e parceiros de metabusca tenham presença no produto, e a primeira versão disso fica evidente na forma de links na parte inferior da página. Essa afirmação é pouco convincente, embora o Google continue a enfatizar, é só a primeira olhada. Em última instância, por mais que não gostem, as OTAs precisam pescar onde estão os peixes. E o Google é excelente para atrair peixes. É de fundamental importância – em especial nos mercados emergentes onde os consumidores usam as buscas assiduamente – que os sites se mantenham atualizados com relação às funcionalidades de busca de produtos para minimizar o risco de ser abalado seja com o que quer que for que o Google decida criar para os seus mercados. 2 Jeff Huber. “ITA Software acquisition cleared for take-off” [Aquisição de software ITA liberada para decolagem] http://googleblog.blogspot.com/2011/04/itasoftware-acquisition-cleared-for.html ©2012 PhoCusWright Inc. All Rights Reserved. Página 28 Dando Asas à Inspiração: O Futuro da Busca de Viagens O progresso das novas mídias A incansável marcha das inovações desintegra o mercado de viagens com um número cada vez maior de dispositivos. As plataformas móveis e as redes sociais são novas mídias poderosas que inspiram grande parte das inovações para o mercado de viagens atualmente. Esta seção detalha como os consumidores estão interessados em usar essas novas mídias para atender às suas necessidades de viagem. DESTAQUES DESTA SEÇÃO • Receber avisos, procurar informações sobre itinerário e fazer check-in são os recursos mais atraentes em termos de atividades por dispositivos móveis relacionadas a viagens • Compartilhar fotos/histórias de viagens e receber recomendações estão no topo da lista das atividades em redes sociais • Os viajantes discricionários nos mercados emergentes geralmente mostram mais interesse tanto nas atividades por plataformas móveis quanto por mídias sociais do que seus pares nos mercados desenvolvidos TECNOLOGIA MÓVEL É difícil encontrar um executivo que não acredite piamente que as plataformas móveis desempenharão um papel cada vez mais importante no comércio digital. O fator ambíguo é o ritmo em que o comércio móvel aumentará sua participação nas transações e em que momento começará a estagnar. Mas, ©2012 PhoCusWright Inc. All Rights Reserved. além do mundo das transações, a internet móvel será fundamental para apoiar decisões que podem ser feitas por outros canais. Em toda a gama de atividades por dispositivos móveis relacionadas com viagem, os viajantes mostram mais interesse em elementos que tornam convenientes e fáceis de rastrear pílulas pertinentes de informações difusas (veja Figura 19). O check-in móvel também desperta grande interesse para muitos viajantes, assim como a utilização do dispositivo móvel como cartão de embarque. O recurso de cartão de embarque mostra respostas relativamente uniformes em todos os mercados, ao passo que outros recursos mostram maior variação. Os viajantes alemães mostram-se sistematicamente menos interessados na maioria das atividades por dispositivos móveis em comparação com os outros mercados, embora o Reino Unido não fique muito atrás. Três em cada 10 viajantes dos mercados europeus atualmente não mostram interesse em usar seus celulares para atividades relacionadas a viagens. Como já foi visto em outras medidas do apetite por funcionalidades avançadas, os viajantes discricionários dos mercados emergentes mostram em geral maior interesse. Os viajantes americanos, no entanto, estão distantes dos viajantes europeus com relação às atividades por dispositivos móveis. Os consumidores americanos mostram níveis de interesse comparáveis aos dos mercados emergentes para muitos recursos móveis operacionais e informacionais. Não obstante, quando se trata de planejamento de viagens – compra ou booking – o entusiasmo diminui e os viajantes dos EUA ficam só um pouco à frente dos viajantes dos mercados europeus. Atualizar redes sociais é o único exemplo em que os entrevistados russos ficam bem abaixo, comparável aos resultados do Reino Unido e da Alemanha. Essa tendência pode estar ligada à forte propensão dos viajantes russos a fazer viagens internacionais, semelhante ao que ocorre no Reino Unido e na Alemanha. Embora os recursos e as funções diretamente relacionadas com necessidades de viagem sejam populares na Rússia, o alto custo de dados internacionais pode impedir o compartilhamento em redes sociais (que frequentemente é menos urgente) durante a viagem. Olhando para o futuro, o interesse em atividades móveis nos mercados desenvolvidos deve aumentar. Nos mercados emergentes, porém, esse interesse pode estagnar ou até mesmo retroceder à medida que as viagens se tornem mais acessíveis a um público maior. O grupo de viajantes discricionários representa atualmente a elite desses mercados – o grupo será menos exclusivo quando o estilo de vida de classe média estiver mais generalizado. REDES SOCIAIS Embora o interesse em compartilhar fotos e experiências de viagens nas redes sociais via dispositivos móveis seja inexpressivo, o compartilhamento de fotos e vídeos aparece no topo da lista das atividades relacionadas com Página 30 Dando Asas à Inspiração: O Futuro da Busca de Viagens Figura 19 Interesse em atividades on-line via telefone celular Receber avisos sobre situação de voos/viagens Procurar informações sobre itinerário Check in Obter informações sobre atividades locais Usar como cartão de embarque/passagem (como para viagens de avião ou trem) Atualizar uma rede social para compartilhar minhas experiências/fotos de viagem Reservar/comprar produtos de viagem Obter informações sobre produtos de viagem Ajustar reservas de viagem já feitas Reservar/comprar atividades locais Não tenho interesse em usar meu telefone para atividades on-line relacionadas com viagens 0% EUA UK 10% Alemanha 20% Índia 30% 40% Rússia 50% 60% 70% 80% Brasil Pergunta: Selecione as atividades relacionadas com viagens que você faz ou está interessado em fazer on-line via telefone celular. Base: Usuários de internet via telefone celular (No ponderado - EUA 477; Reino Unido 469.; Alemanha 531; Índia 579; Rússia 655; Brasil 584) Fonte: PhoCusWright Inc. © PhoCusWright Inc. Todos os direitos reservados. viagens nas redes sociais em geral (veja Figura 20). Os viajantes russos demonstram interesse especial pela opinião de outros viajantes na estrutura das redes sociais. Essa tendência é compatível com o alto uso que esses ©2012 PhoCusWright Inc. All Rights Reserved. viajantes fazem de sites de crítica de viagens durante a escolha do destino e para as compras. Apesar desse entusiasmo em ler as opiniões dos outros, os russos não têm interesse em divulgar as suas próprias. Quando se trata de compartilhar histórias e atualizações sobre experiências de viagens, os russos ficam atrás dos outros mercados emergentes. Página 31 Dando Asas à Inspiração: O Futuro da Busca de Viagens Os viajantes americanos mostram novamente interesse coerentemente maior em comparação com os europeus, mas esse interesse em atividades relacionadas com viagens nas redes sociais continua muito abaixo do demonstrado nos mercados emergentes. Os viajantes britânicos são os que demonstram menos interesse em quaisquer atividades relacionadas com viagens nas redes sociais (43%), seguidos pelos alemães (35%). Essa tendência sugere que o mundo das redes sociais pode não ser tão bem definido nos mercados emergentes como nos desenvolvidos. Interações que nos mercados desenvolvidos são normalmente realizadas no site de uma Figura 20 Interesse em atividades por meio das redes sociais Compartilhar fotos/vídeos das minhas experiências de viagem Obter recomendações de amigos sobre atividades locais no destino para o qual estou indo Buscar críticas de viagens escritas por pessoas como eu Receber sugestões de amigos sobre onde ir nas férias Pesquisar/buscar descontos e ofertas especiais das companhias de viagens Buscar os descontos que as companhias estão oferecendo Compartilhar histórias/atualizações sobre minhas experiências de viagem Planejar viagens em colaboração com amigos/parentes Receber sugestões de amigos sobre que produtos de viagem comprar Acompanhar os itinerários de viagens dos amigos e/ou compartilhar os meus Acompanhar os anúncios mais recentes das companhias de viagens Não tenho interesse em usar redes sociais para atividades on-line relacionadas com viagens 0% EUA UK 10% Alemanha 20% Índia 30% Rússia 40% 50% 60% Brasil Pergunta: Selecione as atividades relacionadas com viagens que você faz ou está interessado em fazer on-line via redes sociais. Base: Usuários de redes sociais (No ponderado - EUA 665; Reino Unido 831.; Alemanha 581; Índia 585; Rússia 741; Brasil 756) Fonte: PhoCusWright Inc. © PhoCusWright Inc. Todos os direitos reservados. ©2012 PhoCusWright Inc. All Rights Reserved. Página 32 Dando Asas à Inspiração: O Futuro da Busca de Viagens companhia, nos mercados emergentes podem ser feitas com mais frequência no espaço das redes sociais. Para os viajantes que mesmo com o tempo não se acostumaram a fazer planejamento e booking de viagens on-line, as redes sociais podem ser uma fonte natural de informações tanto para o usuário quanto para o conteúdo gerado pela companhia (como lista de preços e descrição de acomodações). Nos mercados desenvolvidos, os viajantes podem não ser tão propensos a buscar conteúdo gerado pela companhia em suas redes sociais porque normalmente usam outros sites, como os das OTAs, dos fornecedores, etc. Atualmente os muros das redes sociais são bem definidos, frequentemente em razão de preocupações com a privacidade. O advento do Facebook Connect começou a derrubar esses muros, já que as preferências dos ©2012 PhoCusWright Inc. All Rights Reserved. amigos começaram a pipocar por toda a internet. Ao procurar um hotel em Paris, um viajante pode ver que seu amigo ficou em um estabelecimento e gostou o suficiente para colocar “curtiu”. Imediatamente, sem precisar se comunicar diretamente com esse amigo, o viajante recebeu a sua recomendação. O Google adoraria substituir a estrutura do Facebook pela sua própria, é claro, mas até mesmo o gigante das buscas pode não ser capaz de destronar o poderoso titular. Em última instância, há três componentes essenciais na tomada de decisão sobre hotéis - preço, qualidade e localização. A capacidade de acessar informações sobre cada uma dessas três variáveis foi tremendamente ampliada pela tecnologia, mas é no componente qualidade que o fator social realmente entra em cena. Houve uma época em que os consumidores dependiam das classificações profissionais (estrelas, diamantes, etc.). Com o conteúdo gerado pelo usuário, outra camada foi adicionada – fornecendo um placar de satisfação e validação em contraposição às classificações de qualidade. O componente social vai adicionar outra camada de informações – conexão com uma referência pessoal. O contexto, evidentemente, fica sujeito à natureza complexa da personalidade e das relações das pessoas. Receber uma classificação de “curtiu” pode nem sempre ser favorável para essa empresa – Se Max for um grande farrista e “curtiu” um hotel, então talvez esse hotel deva ser evitado por uma família em viagem. Mas até mesmo nesse contexto, a informação fornece um conhecimento útil que ajuda o consumidor a tomar uma decisão. Página 33 Dando Asas à Inspiração: O Futuro da Busca de Viagens Previsão para 2020: O futuro do planejamento de viagens A primeira missão do setor de viagens on-line foi levar o mundo dos produtos e serviços de viagem para a dimensão digital. A construção dessa base está longe do fim, em particular, em lugares onde hotéis independentes (e na maior parte desconectados) se espalham pela paisagem. OTAs locais estão no meio de uma corrida com gigantes globais para estocar suas prateleiras virtuais no mundo todo. Mas embora o foco nos países emergentes seja em grande parte essa primeira onda de avanços, o jogo nos países desenvolvidos está mudando. Nos mercados em que as prateleiras estão repletas de opções, os viajantes discricionários se debatem com uma avalanche de opções. A próxima missão da tecnologia para as viagens deve portanto ser a contextualização e a curadoria de imensos estoques de informações para que haja mais pertinência e menos abundância. Para explorar a imaginação coletiva em torno das possibilidades para o planejamento de viagens, a PhoCusWright realizou entrevistas com executivos de OTAs e outros líderes intelectuais do mundo inteiro, inclusive de cada um dos mercados pesquisados neste estudo – EUA, Reino Unido, Alemanha, Índia, Rússia e Brasil. Esta seção apresenta os conceitos que surgiram ao se fazer as previsões sobre como serão as buscas de viagens em 2020 e alguns dos obstáculos que serão superados nos próximos anos. ©2012 PhoCusWright Inc. All Rights Reserved. AGNOSTICISMO DE HARDWARE telefone, tablet, sistema de jogos, TV, etc.) convergirá mais uma vez. Plataformas móveis inspiraram empresas iniciantes e veteranas com um novo meio atraente para interagir com o consumidor. Diferentemente da internet de computador de mesa, serviços baseados em localizações (LBS), NFC (comunicação sem fio em campo próximo) e sistemas de pagamentos móveis transformarão profundamente o fornecimento de serviços, talvez até mais do que influenciarão a distribuição. Enquanto as companhias lutam para se orientar no cenário em constante mudança de dispositivos e plataformas, devem se esforçar para se adaptar ao ritmo dos consumidores e encontrar o equilíbrio perfeito entre simplicidade e funcionalidade sofisticada. A chave do sucesso nesta etapa inicial do desenvolvimento da tecnologia móvel é personalizar a experiência com um modelo próprio para necessidades móveis. A “VENDA PRIVADA” REALMENTE PRIVADA Com o tempo, contudo, as distinções entre plataformas móveis não serão tão importantes. As limitações de dedos desajeitados em pequenas telas podem ter chegado para ficar, mas reconhecimento de voz e imagem/visual facilitarão a entrada de dados. As informações armazenadas serão mais sofisticadas, permitindo aos viajantes transpor os limites das atividades individuais em dispositivos individuais. Os compradores poderão espalhar uma tarefa por várias sessões e plataformas, retomando de onde pararam. Em última instância, a “Splinternet” criada pela proliferação de plataformas (PC, Por muitos anos, os varejistas têm vendido promoções com descontos com algum nível de definição de público-alvo, mas sem uma verdadeira personalização. Hoje, a cacofonia de sites de descontos relâmpagos espalhados nos mercados do mundo prosperam ao rejeitar o mantra de quanto mais produtos melhor. Mas a aplicabilidade deles é construída exclusivamente em cima de grandes descontos, e o barulho coletivo ficou tão alto que as pessoas estão começando a ignorá-los. Para apoiar engajamento e negócio de longo prazo – as marcas mais centradas no cliente precisam dominar um novo (embora muito conhecido) mantra – oferecer o produto certo ao cliente certo ao preço certo na hora certa. As marcas que fazem promoções relâmpago distorcem os elementos de um velho ditado de gerenciamento de receitas – elas oferecem produtos aleatórios a preços muito baixo para todo mundo por um curto período de tempo. Como resultado, os compradores podem se perguntar como acabaram ficando com um produto que nunca realmente desejaram ter, e os vendedores se perguntam o que realmente conseguiram com tudo isso. Quando compradores e vendedores ficam em dúvida sobre o benefício, a premissa está equivocada. Na situação atual, a inscrição para uma promoção relâmpago de uma marca (aberta ao Página 34 Dando Asas à Inspiração: O Futuro da Busca de Viagens público ou apenas para associados) acaba enchendo diariamente a caixa de entrada da pessoa com listas de ofertas genéricas (e não personalizadas). Mas há um tipo diferente de promoção relâmpago que a tecnologia acabará tornando possível. Com a segmentação dos consumidores e a definição de públicos alvos com base em comportamento cada vez mais sofisticados, o gerenciamento da demanda conseguirá dar um passo à frente permitindo aos vendedores organizar promoções microfocadas para consumidores específicos. As companhias poderão identificar parâmetros para segmentos-alvo em nível muito mais detalhado. Uma definição de público alvo combinando perfil e comportamento permitirá aos vendedores “comprar” para os consumidores e superar o marketing 1 a 1. Será mais como vendas 1 por 1 – uma venda realmente privada que será significativa tanto para o comprador quanto para o vendedor. “INTELIGÊNCIA” CUMULATIVA Como atestam várias empresas iniciantes esforçadas, afastar-se dos produtos de compra padronizados não é tão fácil quanto parece. Os consumidores só conseguem avaliar tanta informação de uma só vez. Com centenas de opções até mesmo para buscas limitadas a destino/data, os compradores ficam frequentemente superlotados de informações. No final, contudo, independentemente da forma de entrada de dados, os programas poderão “aprender” com o comportamento de uma pessoa ao longo do tempo. Quando alguém faz uma busca pela ©2012 PhoCusWright Inc. All Rights Reserved. quinta vez, os resultados deveriam ser mais pertinentes do que na primeira vez. Talvez nunca chegue à perfeição do 1 por 1, mas a microsegmentação acabará ajudando as companhias a analisar comportamentos e fornecer resultados cada vez mais inteligentes. É fácil descrever essa capacidade em termos conceituais, mas ela é uma empreitada extraordinariamente difícil, sobretudo porque as pessoas tendem a ser extremamente incongruentes. Uma gama infinita de aspectos circunstanciais, como os companheiros de viagem, os motivos para fazer a viagem e a volatilidade das finanças pessoais, podem provocar grande impacto naquilo que as pessoas procuram. Além dessa variação natural, viajar está frequentemente ligado ao desejo de fazer/ver alguma coisa totalmente nova. Talvez o fator que mais confunda seja a reação dos consumidores às promoções – que podem induzi-los a selecionar uma opção que normalmente estaria fora do seu conjunto de considerações. Um consumidor pode preferir ficar na praia, mas o Hotel Z tem uma piscina fantástica e está em promoção neste momento, portanto, ainda que não seja na praia, ele escolhe o Hotel Z. A incoerência de consumidores tidos como coerentes torna inadequada a personalização baseada no perfil individual. Para a grande maioria dos viajantes, férias é uma novidade muito recente para ter uma fórmula ritual. E, no entanto, algoritmos de busca são exatamente isto: fórmulas. Como descobrir um código se a pessoa não tem um código? Como resultado, grande parte das personalizações atuais são feitas por meio de recomendações definidas por grupos de produtos considerados ou comprados por muitos consumidores, como no Amazon. Esse sistema é interessante porque são os consumidores, e não as companhias, que estão definindo as alternativas. As escolhas com base em compensações e as incoerências não têm de ser dissecadas, pois os comportamentos de compra observados incorporam inerentemente todas elas. Em vez de tentar entender decisões complexas, a meta é observar e agregar comportamentos comuns. Algumas OTAs começaram a usar essa técnica para formular recomendações para alternativas de hotel. É um primeiro passo atraente, mas que fica relativamente no fundo do funil, pois está atrelado à uma qualidade individual. A chave para melhores resultados de busca é levar a estrutura para o topo do funil. Uma versão mais avançada da utilização de conjuntos de considerações comuns poderá ajustar de forma dinâmica os resultados de busca com base nas escolhas feitas durante a sessão. Por exemplo, após selecionar um hotel tipo x para ver mais detalhes, na volta para a lista completa de resultados de busca, a ordem seria automaticamente reajustada para que os hotéis tipo x apareçam no topo da lista. A camada de informações sociais que se tornou possível com as redes sociais acrescentará um contexto valioso para definir e entender pontos em comum. SISTEMAS INTELIGENTES E ASSISTENTE PESSOAL VIRTUAL: Nenhuma visão da cultura pop sobre o futuro parece completa sem o requisito de um assistente robô. Desde o C-3PO de Guerra nas Estrelas à Página 35 Dando Asas à Inspiração: O Futuro da Busca de Viagens empregada robô, Rose, dos Jetsons, podemos facilmente identificar o desejo de colocar a tecnologia a nosso serviço e tornar a vida cada dia mais fácil. Em vez de um robô de verdade, o mais provável (pelo menos para 2020) é a ideia de que os dispositivos serão inteligentes e interconectados. Os chips de computador podem estar em qualquer coisa, desde máquinas de café até luminárias. O seu aquecedor vai ligar na hora certa de deixar a temperatura do quarto confortável bem na hora que você chegar em casa. Nesses exemplos caseiros – máquinas de café, lâmpadas e termostatos – os timers já regulam essas coisas. A diferença é que, no futuro, a natureza manual da programação desses equipamentos provavelmente será substituída pela intercomunicação entre dispositivos. Mas, como a maioria das pessoas não requisitará o poder do computador para tocar Angry Birds em suas máquinas de café, um aplicativo essencial deverá agir como uma central que distribui instruções (por exemplo, ligar/ desligar). O cenário doméstico é bastante fácil de imaginar, mas a interatividade de sistemas (sem a interação humana) também chegará ao mundo virtual. Atualmente, nossa experiência na internet é compartimentalizada, bem parecido com os aparelhos domésticos de hoje. Nós usaremos sites diferentes para coisas diferentes no futuro, mas um programa que colete e armazene essas informações poderá agir como um assistente pessoal virtual – reconhecendo e processando dados dos sites que visitamos e o que fazemos neles. Assim como um assistente pessoal humano saberia que o seu filho vai se formar na universidade em maio, um ©2012 PhoCusWright Inc. All Rights Reserved. assistente virtual também “saberia” isso e cruzaria essa informação com preços de viagens, além de avisar a você que agora é uma boa hora para fazer o booking dessa viagem para a formatura. Como o sistema ligaria a máquina de café, ele rastrearia preços para você. Como esse assistente virtual “sabe” que você precisa viajar, este, evidentemente, é o nó da questão. Para não exigir esforço, esse programa precisaria ser capaz de acessar e processar tudo – como um cookie muito “inteligente”. Mas uma coisa é o seu computador “ouvir” do seu carro que você está a caminho de casa e outra é ele escanear ou rastrear e-mails para “vigiar” tudo que você faz. O assistente virtual pode simplesmente nunca vir a existir, porque para a maioria dos consumidores, um programa onisciente os faria sentir que a privacidade deles foi violada. O controle transparente e detalhado do usuário sobre que informações o assistente virtual coleta pode torná-lo mais palatável. Mas, em última análise, “o limite da privacidade” está marcado em areias movediças. E tem a tendência persistente de chegar cada vez mais perto da nossa privacidade. DADOS BIOMÉTRICOS E O TEMOR DE ULTRAPASSAR O LIMITE ASSUSTADOR DA PRIVACIDADE Atualmente, dados biométricos são normalmente baseados em traços fisiológicos e são criados para fins de segurança, como o escaneamento de impressões digitais. Há um outro mundo da biometria, no entanto, que enfoca o comportamento. Indicadores involuntários e voluntários, como pulsação, movimento dos olhos e expressão facial, podem “contar” a um computador como alguém está reagindo, sem solicitar a essa pessoa que insira algum dado diretamente. Hoje em dia isso é típico de detectores de mentira e de experimentos psicológicos. Embora talvez só para bem depois de 2020, a biometria (além de reforçar a segurança) poderá algum dia fornecer dados valiosos para ajudar os computadores a avaliar as preferências das pessoas e ajudar os programas a “aprender” com a finalidade de fornecer resultados mais coerentes sem esforço adicional do usuário. A biometria poderá também permitir que os programas sejam mais pró-ativos. Um computador poderá sentir o estresse do usuário ou “entender” os sinais físicos de alguém que trabalhou demais. Esses dados biométricos algum dia poderão ser lidos de forma tão banal quanto a leitura de localizações hoje, e as companhias poderão utilizar essas informações para personalizar suas ofertas. Como ocorre com o assistente pessoal virtual, a questão proibitiva é a privacidade e o temor de ultrapassar seu limite assustador. A ideia de privacidade e a linha mental que define o que é aceitável são constantemente ponderadas em relação aos benefícios do compartilhamento de informações. Embora a inserção de chips de computador no corpo de um ser humano possa parecer assustador, o benefício de saber que uma criança com grave alergia a determinado medicamento não o receberá acidentalmente no pronto-socorro, abre a mente para possibilidades úteis. Com qualquer avanço poderoso da tecnologia, há potencial para muito benefício Página 36 Dando Asas à Inspiração: O Futuro da Busca de Viagens e muito prejuízo. A tecnologia móvel permite a convocação de flash mobs independentemente de sua intenção – para saquear um bairro afetado por uma rebelião ou dançar em um shopping center. Em mãos erradas, as informações que um assistente pessoal virtual coleta poderão ser usadas com impactos terríveis. Usado com o intuito correto, um assistente pessoal poderá facilitar tarefas, gerar ideias úteis e economizar tempo e dinheiro. Ao considerarmos as possibilidades, deveríamos também ter em mente que os elementos que parecem ultrapassar o limite assustador da privacidade hoje, podem ser prontamente aceitos daqui a uma década. Lembrar como era a vida há uma década ou mais abre perspectivas notáveis sobre o ritmo espetacular das ©2012 PhoCusWright Inc. All Rights Reserved. inovações. Eram os primeiros dias do setor de viagens on-line. As OTAs estavam ocupadas revolucionando a maneira como os viajantes planejavam as viagens, apesar do que atualmente pareceria velocidade de conexão mortalmente lenta. A Apple descobriu o primeiro iPod e Mark Zuckerberg estava preenchendo uma inscrição para Harvard. O Yahoo! era o maior mecanismo de busca, e o Google estava em décimo lugar ou coisa assim. Quanta diferença em uma década! A História nos mostra até onde chegamos. Pensar no futuro nos ajuda a imaginar o que é possível e descobrir que problemas ainda existem para resolvermos hoje. As diferenças culturais serão mais importantes que nunca à medida que novos viajantes deixam suas fronteiras pela primeira vez. Já propensos a fazer booking no último minuto/no destino, os viajantes chineses podem valer-se de ofertas em dispositivos móveis de maneiras sem precedentes. A falta de uma infraestrutura de hospedagem e a força das redes sociais na Índia poderão catalisar uma poderosa rede de hospedagem baseada em transações entre consumidores, do tipo das que existem nos muros do Facebook. Enquanto isso, o Google e seus mecanismos de busca rivais no mundo todo estão cada vez se encaminhando para o fundo do funil das tomadas de decisões. Embora seja impossível prever como serão as viagens em 2020, podemos prever com certeza que a próxima década do mercado de viagens on-line será tão extraordinariamente dinâmica quanto a última. Página 37 PhoCusWright Inc. 1 Route 37 East, Suite 200 Sherman, CT 06784-1430 USA +1 860 350-4084 +1 860 354-3112 fax www.phocuswright.com