VIII Congresso Brasileiro de Enfermagem Obstétrica e Neonatal
II Congresso Internacional de Enfermagem Obstétrica e Neonatal
30, 31 de outubro e 1o novembro de 2013
Florianópolis - Santa Catarina - Brasil
DURANTE O PERÍODO EXPULSIVO: “HAND-ON” X “HAND-OFF”
Camila Tomaz da Silva
Marcella Cristina de Souza Pereira
Danielle Rodrigues Couto
Edymara Medina Tatagiba
Introdução: Considerando que de acordo com a Organização Mundial de
Saúde,
o
parto
normal
é
um
processo
natural,
fisiológico
e,
consequentemente, não deve sofrer intercorrências no seu curso. Segundo a
publicação da OMS, muitos livros descrevem a prática de proteção do períneo
durante o parto da seguinte forma: os dedos de uma das mãos do parteiro
apoiam o períneo, enquanto a outra mão faz uma leve pressão sobre a cabeça
para controlar a velocidade de coroamento, tentando evitar ou reduzir os
danos perineais. Entretanto, que é possível com essa mesma manobra evitar
uma laceração de períneo, mas também pode ser que a pressão sobre a
cabeça fetal impeça o seu movimento de extensão e a afaste do arco púbico
em direção ao períneo, aumentando assim a possibilidade de lesão do
períneo. Objetivos: Relatar a experiência em um grupo de parturientes no
qual foi utilizado proteção perineal, uso de compressa quente e óleos, e a não
utilização de qualquer intervenção (“hand-on e hand-off”). Método: São
descritas os relatos e vivências, com base em informações obtidas através de
observação. A observação participante foi selecionada como técnica para a
obtenção das informações necessárias, de acordo com Lima, ao descrever e
analisar a utilização dessa técnica na pesquisa em enfermagem, baseando-se
em diversos autores. O relato de experiência é uma ferramenta da pesquisa
descritiva que apresenta uma reflexão sobre uma ação ou um conjunto de
ações que abordam uma situação vivenciada no âmbito profissional de
interesse da comunidade científica. Resultados: Em termos gerais, tiveram
períneo íntegro mais de 60% de mulher (“hand-on”), em que foi utilizado algum
tipo de intervenção (óleo lubrificante, compressa de água morna), tiveram
laceração perineal em média de 40% das mulheres (“hand-on”) apesar do uso
de alguma intervenção (óleo lubrificante, compressa de água morna). Já a
proporção de parturientes com laceração no grupo de gestantes “Hand-off” foi
em torno de 55% de 1º grau , e 10% laceração de 2º grau e 35% não teve
nenhum tipo de laceração. Conclusão: Considerando que quando são
desejadas intervenções que ajudem a reduzir o trauma perineal e que as
práticas usadas para proteger o períneo são: puxo espontâneo, posições
vertical e lateral no parto, técnica de proteção perineal no desprendimento
cefálico, uso de compressa morna e de lubrificantes no períneo durante o
período expulsivo o uso do “hand-on” torna-se principal manejo no período
expulsivo, porém observou-se que quando a mulher está empoderada, focada
e concentrada no período expulsivo é de grande valia que ela assuma o seu
instinto, e se coloque na posição desejada apenas com a observação das
enfermeiras obstétricas, respeitando assim seus limites para exercer os puxos
naturais do período.
Descritores: Almeida e Lima (1999), Gold (1958) e Becker (1994). 
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