p COOPERATIVISMO I B I INICIATIVA POPUIAIM $M íUti®, f 0 9 @ íatLS (í SSNftCAB© IPS IA ACTIVIOAOI 60S Ci DAD AOS FUNDADO P O R ANTONIO SÉRGIO N. E Alguém, responsável por uma das maiores empresas de Portugal, disse algures dentro de breve anos só as empresas bem dimensionadas resistiriam nos tempos futuros. Entretanto, no nosso movimento cooperativo continuamos ainda muito agarrados a conceitos ultrapassados e para não dizer c o n t r á r i o s ao espírito cooperativo. No sector cooperativo de consumo, apesar da sua antiguidade — e por causa disso, talvez! — muitos dirigentes continuam convencidos cue as suas cooperativas devem continuar a viver no isolamento que a t é agora têm mantido. Nem mesmo os Í T ; - I U S resultados, o sempre ioual número de membros — se n ã o mais ^ V y i x o ! — a ausência cie militantes • ' o v o s , etc., os convence. Desculoam-se com a bola, com a televisão ou JUT JÊÊÊf JKKF JÊÊK? JHW MBF JMT \ LEIA NAS PÁGINAS \ — : — — — INTERIORES: I j J PÁGINA DAS COOPERADORAS MUNDO COOPERATIVO AUTO-SERVIÇO SOCIEDADES DA ABUNDÂNCIA PÁGINA AGRÍCOLA CRÓNICA DE JORGE SEQUEIRA ALÉM DO HABITUAL NOTICIÁRIO O próximo n ú m e r o dedicado ao Dia Mondial do Cooperativismo será distri- buído em 1 de Julho. Maío 1968 NOVOS MtTODOSd a s Uma verdade se está a afirmar ano após ano: é impossível continuar a frabaíhar isolado em qualquer sector que se trabalhe na economia do País. I 174 Comunidade Europeia E D I T O R I A L ~ 9 com o cinema e clamam que «no seu tempo é que era b o m ! » mas nada de querer compreender que, para novos tempos, novos meios de actuação. Alguns, mesmo, n ã o hesitam em bater-se pública e particularmente pela «sua cooperativa» ou a «sua casa», como se fundar cooperativas fôsse um f i m em si. Falar-Ihes em f u s õ e s , {Continua na página 10) L Cooperativas Consumidores die Como diz Degon, presidente desta Comunidade, a C o o p e r a ç ã o assenta na solidariedade entre os homens e p o r isso ela não conhece fronteiras. A «Comunidade Europeia das Cooperativas de C o n s u m i d o r e s » f o i fundada em 1957 e agrupa as diversas F e d e r a ç õ e s Nacionais dos movimentos "ooperativos de consumo da Alemanha Ocidental, da Bélgica, da F r a n ç a , da H o l a n d a e da I t á l i a , isto é, de todos os p a í s e s do Mercado C o m u m exceptuando o Luxemburgo, (Continua na página 12) t i IL UMA NOVA C O O P E R A T I V A COM SOLIDAS BASES tíM T O U C O D E H I S T Ó R I A R O C H O A S uma cias cooperativas mais recentes. UANA Fica no alto da Parede num local que não será dos mais centrais mas que f o i A ideia nasceu entre o pequeno grupo o mais acessível para as magras bolsas j á citado, e conhecedores da existência) dos seus fundadores. Hoje é difícil f u n de dirigentes cooperativos com experiêndar cooperativas, e mesmo em 1956 cia, vá de pedir o seu concurso: ass-nt — data em que nasceu a «Linha do Espode dizer-se que a Ideia <fu cooperativa toril* — n ã o era fácil, mas o punhado foi definitivamente assente numa reu« de homens que meteu ombros a esta tanião havida em Carcavelos onde estive» refa estava apostado em demonstrar o {Continua na nácrina luf contrário. Alvaro Augusto Moreira. António S e b a s t i ã o Cláudio. A d e l i n o Vieira Norte, Dom i n g o s Manuel, A n tónio Joaquim M o a c i i o Ciríaco da Graça de Sousa. Bento Cataluna Mordido. Hermitêr l o S i m õ e s da Cunha. João A n tónio da Concoiçâo e R i c a r d o Leani - -r5 dro, foram os f u n dadores que n ã o hesitaram em lançar as bases de um dos mais belos baluartes á a zona a norto do Edificio-Sede da «.Linha do Estoril» Tejo. UMA OFERTA 00 KOCPERATiVA FORBUNDET Um elevador de camião e jogo de paleies rolantes para equipamento do Armazém Regional do Sul da U N I C 0 0 P E No mês passado esteye mais uma vez em Portugal J . W. Ames que em conjunto com os dirigentes do A. Regional do Sul da UNIC O O P E orientou a preparação para o funcionamento do novo sistema de fornecimentos às cooperativas. Entretanto para simplificação e melhoria dos serviços de abastecimento às cooperativas, aquele grande amigo do Cooperativismo Português ofereceu em nome da K. F. um elevador para camião e um jogo de paletes rolantes que serão de grande utilidade. Ao mesmo tempo, e durante os doze dias que esteve I entre nós, deu preciosas indicações para o funcionamento mais aperfeiçoado do Armazém e discriminação das suas despesas gerais facto que nesta hora preocupa os dirigentes desta unidade. I I P bol-etifra C O O P E R A T I V I S T A Director e Editor: Faustino Cordeiro • Propriedade; Unicoope — União Cooperativa Abastecedora, SCRL Redacção e Administração: h W c , 3, Lote 300-A'— Olivais Sul — LISBOA-6 • Redactores responsáveis; Vasco de Carvalho Faustino Cordeiro Alfredo Canana Rui Canário • DE NORTE A S U L FUNDÃO A Adega Cooperativa do Fundão encerrou a sua campanha vinícola de 1966, com uma produção de 2 242 239 litros de vinho, de graduação média de 12fi. A produção de aguardente foi de 42 295 litros. Embora a produção de vinho e o número da associados que entregaram uvas para laboração tosse inferior ao ano anterior, isso não impediu, graças a uma boa gestão administrativa, que os 033 cooperadores que participaram na campanha não beneficiassem de um aumento substancial no preço pago pela uva entregue, $18,75 pot grau-quilo, mais 50% que em 1965. Como testemunho do progresso que a Adega Cooperativa do Fundão está atravessando, é bem representativo o pedido de integração manifestado pela Adega Cooperativa de Penamacor, cujos dirigentes dão li-:io de compreenderem uma realidade, no caminho a seguir quanto ao luturo: a integração cooperativa. Um outro aspecto que mostra bem a preocupação dos dirigentes da Cooperativa em relação ao futuro está salientado no relatório e traáus-se pelas seguintes palavras: hA comercialização, atendendo à conjuntura económica actual, está correndo riscos, no respeitante a pagamentos. Por esse facto aumentou consideravelmente o Fundo de Previsões para Dívidas de Cobrança Duvidosa.» BARCARENA CORPOS GERENTES PARA 1968 Assembleia Geral: Presidente, João Marques Boletas; 1." Secretário, Leonel Albino da Silva; 2." Secretário, Belazer Caetano Farinha. Direcção: — Presidente, António Canto Dias; l.° Secretário. Silvério dos Samos; 2 boletim cooperativista 2." Secretário, António da Silva Silvestre; Tesoureiro, Artur José Pedro; Vogais, José Augusto Dionísio, Carlos Pereira da Silva, Américo Augusto Faria, Adriano Martins dos Santos e António Ramalho Nobre. Conselho Fiscal: — Presidente, José Serafim da Silva; Secretario, Manuel de Carvalho Barreiros; Relator, Curveliéf da Conceição Moreira. Delegados: à Unicoope: Baltazar Henrique da Silva; à sucursal: Leonel Albino da Silva; à administração da fábrica: J o ã o Ferreira Regalado. Lúcia Nobre J. Dias Agudo Arnaldo Teixeira •¥• Delegação no Norte: Gabinete Regional do Norte de Formação Técnica Cooperativa Rua do Paraíso, 271-1.° PORTO • D IS I R 1 B U 1 Ç Â Ò PUBLICAÇÃO GR \ l U11A M F MS A L Composto e impresso - ("asa Portuguesa — R. das Gave: s 109 LISBOA BOMBARRAL A Adega Cooperativa elegeu os seus novos corpos gerentes tendo a direcção f i cado constituída pelos srs. José Inácio Clímaco, José Luciano de Matos e Rafael José Gomes. O presidente da assembleia geral é o sr. José Ferreira Ventura e o sr.' Manuel Fernandes Canhão é o presidente do conselho fiscal. UM APELO Colaboradores permanentes: mm )mm)m AOS COOPERATIVISTAS MAIS VELHOS Um dos nossos colaboradores está a preparai um trabalho sobre o Cooperativismo no nosso pais, em lodos os seus aspectos, desde a sua origem até aos nossos dias. Este amigo pede-nos para lançai tini apelo a todos os cooperativistas possuidores de publicações antigas ... jornais, revistas, relatórios, livros ... que possam emprestar ou vender de o comunicar à Redacção do Boletim. Entre as publicações particularmente procuradas figuram os livros dc Raul Tamagnini Barbosa (Modalidades e Aspectos do Cooperativismo, Economia Política (3." edição) e Direito Cooperativo); de Cunha Gonçalves (A Evolução do Movimento Operário em Portugal); António Maria Godinho (Bancos Cooperativos); José dos Santos Castro (Na Defesa do Cooperativismo); Emilie Costa (Cooperativismo); José Frederico Laranja (Sociedades Cooperativas; assim como livros ou outras publicações que muitas cooperativas editam em alturas de aniversários importantes. Tratando-se de um trabalho cheio de interesse, que está a ser realizado por um colaborador deste Boletim desde os seus primeiros anos, não podíamos deixar de apoiar o seu pedido certos de que a recolha de publicações dispersas muito poderá contribuir para a elaboração da história cconómico-social do cooperativismo no nosso país. • VARR RA MUNICIPAL ENTE ABERTA A MÃO-DE-ORRA FEMIN IN • % Por BRANCA MATOS SILVA O Boletim Cooperativista tem vindo a insistir, nos últimos números, sobre vários aspectos da integração da mulher nas actividades de produção, nomeadamente no tocante aos motivos que a levam a procurar emprego, a abandonar a sua antiga situação de doméstica. mm mm - Como se sabe, é, as mais das vezes, movida apenas pela necessidade de melhorar o nível económico do agregado familiar, que a mulher se emprega, embora ao facto devesse corresponder, também, uma vontade por ela manifestada de trabalhar fora do lar: uma escolha livre. A maioria das varredoras municipais, por exemplo, são antigas operárias, melheres-a-dias, etc., que não escolheram esta profissão: elas procuram neste trabalho, uma remuneração certa, um horário fixo e" maior estabilidade ( t ê m assistência dadas pelas «Caixas» e reforma), quer dizer: condições que as suas antigas ocupações lhes não ofereciam. A MULHER TAMBÉM í UMA PESSOA A d e f o r m a ç ã o política que lavra na nossa época n ã o tem apenas desvalorizado os problemas da vida privada; falseou t a m b é m toda a sua perspectiva. A opinião parece formular somente problemas de homens, em flNè só os homens t ê m a palavra. T"m proletariado espiritual cem vezes mais numeroso, o da mulher, continua, sem que Isso causa admiração, fora da história. Ksta impossibilade para a pessoa de nascer para uma vida própira, que seS undo nós defino o proletariado mais essencialmente ainda do que á miséria jgte outerlal, é o quinhão de quase, todas as ^^mulheres, ricas o pobres, burguesas, opera rias, camponesas. Os homens, esses sabem o que se lhes vai pedir na vida: que sejam bons técnicos de qualquer coisa, e bons cidadãos. Os que n ã o pensam ou n3o podem pensar na sua pessoa, pelo menos têm desde a adolescência, algumas noções seguras sobre as grandes formas do seu f u turo. Séculos de experiência. e de endurecimento nos poãtos de comando, fixa rnm o tipo viril Quem fala de mistério masculino]! Elas são errantes. E r r a m em si mesmas, em busca n ã o sabem de que natureza. Que necessitam elas, pois, para se tori!> rem pessoas? O quererem e recebe- rem uni estatuto ds» vida que llies permita serem-np. A mulher então não somente conquista:;! um lugar na vida pública; desinfectará t a m b é m a sua vida privada, educará milhões de seres desorientados, elevundo-os a dignidade de pessoas e talvez assegure a rendição do homem alquebrado, reencontrando cm si os valores fundamentals tie um humanismo lutegral. Emmanuel Mounier Quizémos saber o que pensam elas do seu novo emprego e fomos procurá-las à rua, onde trabalham. Falámos com 3. Eis os seus depoimentos: M A R I A J O S É D E MATOS TAVARES, 3:2 anos. Dantes, acarretava peixe n à belra-rio. E falamos ainda, e finalmente, com outra Varredora que nos pediu a n ã o divulgação do seu nome. Tem 'li) anos. é viúva e tem dois filhos. cGanhava raaií, no meu antigo trabalho, m á s o serviço era demasiado violento. Este é mais calmo, maisc eito. Ganhamos 3$$00 por dia, mais 9$00 de subsídio. 45.$(X>, portanto. E descontamos 75*00 ao f i m do mês. Dá-nos, limpos. 1112SO0 mensais. Não nos pagam os domingos, recebemos 20 dias por mêa. Os homens ganham mais (õt.fOO diários), mas t a m b é m fazem serviços mais pesados, portanto é justo que assim seja. Simplesmente- O que n ã o está. certo é que eles ganhem, agora, o mesmo que ganhavam dantes, quando faziam o trabalho que nós agora fazemos. E também não está certo que, só por sermos mulheres, ganhemos menos 9$00 do que eles ganham! Eu, cá por mim, acho que pata trabalho igual, salário igual, seja ele feito por homens ou por mulheres>>. «Vim para esta profissão porque não encontrei melhor... Dantes, era mulher-a-dins. Ganhava mais, à s vezes, mas agora, ao menos, o pouco que ganho recebo-o de certeza... is mais seguro, embora Insuficiente; trabalho, depois das 5, até à s 22 e 30, ca dias.'., para poder dar conta das despesas com 3 casa e os filhos... O que. tne custa mais, é só ver os meus pequenos uma ou duos horas por dia. mas que se há-dc. lazer? Nnnea tenho tempos livres, nunca tenho um minuto para mim, porque além de tudo Isto ainda tenho a lida doméstica. O trabalhei seria facilitado se o público, sòbrtudo os homens, n ã o nos tivessem recebido, corno receberam com graçolas, merondo-st; connosco durante todo o dia e não respeitando o trabalho de cada UIÍ15. Conclusão: Além de insuficientes té opinião geral) os salários não estão justamente distribuídos; a mulher substituiu o homem no tocante ao varrer d^s ruas, ganhando menos 9S00 diários do que ele... porquê? Entretanto, o de um modo geral, as mulheres estão satisfeitas com a nova profissão, porque ela oferece-lhes, apesar de tudo, mais garantias do que as suas antigas colocações, in-, certas e exaustivas em muitos casos, como constatámos. As declarações dos nossos entrevistados deste m ê s são bem a prova de que a mulher (e muitos homens também, felizmente, também o pensam já) pode perfeitamente substituir o trabalho masnos em perfeita igualdade de circunstâncias. .. LUISA GONÇALVES AZINHAGA, 27 anos. Dantes, limpava alumínios numa fábrica. «Gosto mais deste trabalho do que daquele que tinha anteriormente. Ganho mais, e é menos cansativo para quem. como eu, é casada e tem filhos. Quando (deSpegO . à s 5 da tarde tenho o trabalho doméstico todo à, minha espera... Só tem um contra: são as férias. Os homens têm seis dias (é pouquíssimo) de licença. Nós, mulheres, por enquanto ainda não temos férias nenhumas! Já, ouvi dizer que só daqui a 5 anos é que temos direito a elas... Para quem pega à s 8 e larga às 17, tendo uma hora (do meio dia à uma da tarde) para almoçar, já vê que não é justo...* PÁGiNA OAS COOPERADORAS • PÁGINA DAS COOPERADORAS boiftim cooperativista «5 m i h x n o COOPEHATMVO T Á L I A UM MOVIMENTO RENASCIDO AS C I N Z A S Os começos do Movimento Cooperativo de Consumo, em Itália remontam a mais de um século, somente cinco anos depois da fundação da Cooperativa de Rochdale Em 1849, a «.Sociedade de Socorros Mútuos», de Piemcmí, abriu as «Lojas da Providência», com a finalidade de fornecer aos sócios os artigos de primeira necessidade ao preço de custo, principalmente durante o inverno, período em que, com frequência rareavam certos produtos alimentares. Em 1854, por iniciativa da «Associação Geral dos Operários» uma «Loja da Providência» f o i fundada em Turim, dotada do seu próprio capital, subscrito pelos associados à razão de uma lira por acção. Os promotores desta, iniciativa ignoravam, ainda, a experiência de Rochdale. As «Lojas da Providência» nem sempre eram constituídas com a subscrição das acções, e vendiam ao preço de custo, unicamente acrescido dos gastos gerais., sem retorno e em geral a crédito, apenas aos sócios. A fundação da primeira cooperativa de consumo, com capital subscrito pelos associados, venda a pronto aos sócios e não-sócios, retorno sobre o consumo anual é atribuída ao filantropo Francesco Vigano, que a constituiu em Come, em 1864 Nos 20 anos que se seguiram, o movimento cooperativo propagou-se pela Itália, sobre as mais variadas formas: cooperativas de consumo, agrícolas, produção, habitação e crédito A Federação Nacional das Cooperativas f o i fundada em Outubro de 1886, na presença de 130 delegados representantes de 201 cooperativas, com mais de T 000 associados. As cooperativas de consumo eram em número de 139 e estavam localizadas a maior parte na Itália do Norte Em 1892, a Federação Nacional das Cooperativas mudou de denominação e passou a chamar-se «Liga Nacional das Cooperativas» . Em 1895, os delegados italianos participaram na fundação da Aliança Cooperativa Internacional (ACI). Seguiu-se um período de desenvolvimento intenso: em 1915. na véspera da Itália entrar na primeira guerra mundial, as cooperativas eram em número de 7429. das quais 2408 eram de consumo Houve outra fase de expansão logo após o f i m da guerra. Em 1919, uma nova organização se constituiu ao lado da Liga Nacional: A Confederação Cooperativa Italiana, que agrupou as cooperativas de inspiração católica, enquanto que a LEGA conservava as suas tendências laica e socialista. Mas a tomada do poder pelo Fascismo pôs f i m ao movimento cooperativo livre e democrático A Liga Nacional das Cooperativas e a Confederação foram dissolvidas, as sociedades cooperativas foram submetidas ao controlo do partido dominante, que passou a nomear os administradores e a excluir os dirigentes democraticamente eleitos O movimento cooperativo livre e democrático reconstltuiu-se após o f i m da segunda guerra mundial, a libertação do oaís e a reconquista da liberdade democrática. Nessa altura reformaram-se as antigas e criaram-se novas cooperativas, a Liga Nacional e a Confederação das Cooperativas Italianas foram reconstituídas O movimento cooperativo, em geral, participou activamente na reconstrução do país, no pós-guerr- e o de consumo em particular, teve um papel importantíssimo no fornecimento dos artigos alimentares, nas cidades e no campo, durante os anos mais difíceis do pós-guerra "Çm 1951 no f i m do período de reconstrução, as estatísticas registavam no sector de vendas a retalho, as seguintes cooperativas - 4 boletim cooperativista SECTOR: Alimentação Têxteis Aparelhos die Ménage Número cie Coop. 4.807 102 37 Número de Lojas 8.511 • 259 • 59 Pessoal Efectivo 34.430 1.320 A distribuição geográfica n ã o era uniforme, mas pelo contrário, muito concentrada ao Norte do País. Sòmente a Lombardia contava com um terço do total das cooperativas de consumo e 75 % do total das cooperativas estavam concentradas ao Norte da Itália. Nos mos que se seguiram, começou na Italia, que se encontrava em atraso, em relação aos outros países, um processo de concentração . de f u s ã o de sociedades coope» rativas, assim como uma redução do número de pequenos estabelecimentos. As estatísticas em 1961, registavam a existência de 3694 cooperativas de consumo, com 23 032 empregados. Além disso, 1327 sociedades cooperativas geriam por sua conta os estabelecimentos públicos (bares, tabernas, etc.). Uma empresa privada (Nielsen), efectuou recentemente um inquérito sobre as estruturas do comércio de retalho e registou em Itália a existência de 6924 estabelecimentos cooperativos. a t| Umas das principais características do movimento cooperativo italiano f o i permanecer em estreito laço com as grandes massas populares, nas suas lutas pela emancipação e pelo progresso. A organização das sociedades cooperativas foi igualmente influenciada por este facto: a Liga Nacional das Cooperativas agrupa sociedades de todas as espécies, nas quais os sócios são de tendência socialista, social-democrático, socialista unificado, republicano e comunista; a Confederação Cooperativa Italiana agrupa as sociedades cooperativas de orientação católica ou «cristão-sociais». Uma terceira organização, constituída em 1961, a «Associação Geral das Cooperativas Italianas» agrupa as sociedades, cujos sócios são de tendência laica ou radical (republicanos) As três organizações são membros da Aliança Cooperativa Internacional. As cooperativas de consumo estão distribuídas pelas três organizações. A «Lega» (que nos fins de 1963 se ocupava do conjunto de 8860 cooperativas de vários tipos, com mais de 1 884 000 associados e um volume de venda, de 295 biliões 13 275 000 de liras (13 275 000 contos), a> cooperativas de consumo estão integradas no seio da Associação Nacional de Cooperativas de Consumo ( A N C O que em 1963 contava com 3115 sociedades aderentes e uma cifra de vendas da ordem dos 128 biliões de liras (5 920 000 contos). As cooperativas aderentes à ANCC estão concentradas, s o ^ bretudo, em cinco províncias: Piemont, Ligúria, Lombardia.^ Emilia e Toscana. No decorrer dos últimos anos, a ANCC, nv quadro da política geral da «Lega» reafirmou e consolidou a autonomia e independência do movimento cooperative em face dos partidos políticos Elaborou, igualmente, um programa de desenvolvimento e modernização da rede de distribuição em geral e pôs em prática um grande projecto de concentração de cooperativas de base, a f i m de conseguir um n ú m e r o restrito de cooperativas ao nível regional ou inter-regional. Ao mesmo tempo, esta mesma organização preparou a modernização ou a reestruturação dos postos de venda, com a introdução, em grande escala, do «livre ou seniilivre serviço», aumentou a superfície dos estabelecimentos e alargou a gama dos produtos vendidos Enfim, decidiu unificar os organismos sindicais e económicos do movimento No quadro da Confederação Cooperativa Italiana, que em 1905 comportava mais de 11 000 cooperativas com dois milhões cie sócios. As cooperativas foram agrupadas na «Federconsumo», que compreende 1930 cooperativas A Federação constituiu o «Consórcio Italiano» de aprovisionamento «Conitcom», cuja sede social ê em Roma c a sede comercial em Mântua, que é o órgão económico da Federação que agrupa as compras das cooperativas aderentes Dez «consórcios regionais» de aprovisionamento integrados na Federação, entre os quais a «SAIT», de Trento, que aproviona 700 postos de venda A «Federconsumo» tem por objectivo fa\'orecer a fusão das pequenas cooperativas de consumo e renovar o equipamento das sociedades médias e de grande dimensão. (Continua na pár. 11) ESPECIAL PARA GERENTES ORGANIZADO PELO DEPARTAMENTO DE FORMAÇÃO TÉCNICA Mesta Mhs, E COOPERATIVA que è dirigido sea çeseistes, iRcasregsdefl de zíxçêes « eesiaumkfewíi «m geral, site ifedoii « « H « 9 « e n s « l b « 4 â to»*? algumas eegestSe* álí!» paro pronrovs» ss WSEWSBS R O D U T O S S A B E O « F R E S C O S » Q U E S à O ? É muito fáei! encontrar em qualquer, estabelecimento, mesmo no seu se, Gerente» mesmo naquele onde vai todos es dias, sr.' consumidora as indicações de «ovos. frescos», «peixe fresco» ou «queijo fresco», mas saberá V, exactamente o que é um produto fresco? Vale a pena, pois, pensar um pouco nisso e registar na sua memória as indicações que lhe damos a seguir: O que é um ovo «fresco»? Um ovo fresco é ao mesmo tempo um ovo que não foi submetido a qualquer tratamento de conservação e foi armazenado em condições favoráveis. A pequena profundidade da sua «câmara de ar» (menos de 6 mm para os ovos frescos) testemunho a sua frescura, Actualmente a frescura pode ser avaliada —- embora não seja absolutamente assegurada por isso — pelo carimbo que contém o ovo e que lhe foi colocado pelo Centro Verificador Municipal da área de distribuição. Esse carimbo tem além da letra (A, B, C e D) que representa o tamanho, o número da semana que vai até à 52. semana. 3 Desconfie dos ovos não-carímbados „. e um queijo «fresco»? Um queijo fresco é aquele que não sofreu outras fermentações além da fermentação láctica. E no caso d© sumo de fruta? Sumo de fruta fresco é exactamente um sumo que não sofreu qualquer tratamento físico ou de estabilização, Alguns conselhos práticos, para si sr. gerente • Não deixe manter na loja por muito tempo os produtos etiquetados com a palavra «fresco». A lei não o permite. • Conserve-os nas condições mais favoráveis a cada tipo de produto. Ponha sempre no seu refrigerador (vitrine frigorífica, frigorífico vulgar, etc.) os produtos que trazem mencionado: «conservar em lugar fresco» (temperaturas inferiores a 10° c ) . Observações importante: Algumas embalagens de anchovas, por exemplo, dizem isto em... francês! («tenir ao f r a i s » ) . Tenha cuidado de se infon» mar bem junto do fornecedor, • Poucos produtos trazem indicações da data de fabrico e ainda muito menos da data de limite; devemos insistir para que tal se torne obrigatório. iboletim cooperativista S I NOfO PROCESSO DE VENDA 1 AUTO-SERVIÇO COM I C A R T Õ E S PERFURADOS No nosso ainda atrasado sistema de distribuição começam pouco a pouco a surgir inovações que a rotina tradicional não aceitava antes. O sistema de auto-serviço nao tem mais de dez anos em Portugal mas nos centros urbanos os consumidores já estão habituados a ele e os próprios retalhistas já não põem objecções. Mas, a modernização dos processos de venda não pára. Estamos a entrar na era do domínio dos computadores, dos cérebros electrónicos e é, portanto, natural que apareçam novos caminhos. Um dos mais recentes, e já assinukido há tempos no B. C, é o auto-serviço com cartões perfurados que um retalhista francês pôs em execução c hoje queremos apresentar .em pormenor aos nossos leitores. UMA MÃO CHEIA DE CARTÕES • ••• • .•- 8% .• • . -• % J 3 * v- PERFURADOS O princípio é simples. O cliente movimenta-se como num auto-serviço tradicional entre as gôndolas e os expositores e faz a sua escolha. Mas a superfície de exposição está reduzida ao mínimo: cada artigo não aparece senão uma vez. Debaixo dele um monte de cartões perfurados. C cliente não enche o cesto mas, em vez disso, colecciona tantos cartões per/tirados quantos artigos desejar. Depois de junta a mão-cheia de cartões perfurados correspondentes aos artigos desejados entrega-os à saída e são metidos numa máquina electrónica que «traduz» toda a remessa e faz a facttura. No depósito anexo, a mercadoria é preparada imediatamente para ser entregue ao cliente ou expedida ao seu domicílio VANTAGENS DO SISTEMA No plano administrativo e de gestão o sistema traz vantagens evidentes. A suerjicie de vendas diminuiu notória mente. A empresa que começou este processo expõe 1700 artigos m 75 m2. O depósito, do estabelecimento, como é evidente, é proporcionalmente muito maior que nos auto-serviços tradicionais mas a superfície total não ultrapassa os 280 m2. A redução do pessoal é da ordem dos 40 °/o, pois, nesta empresa, além do proprietário, trabalham uma caixa e três empregados incluindo o pessoal de entrega ao domicilio. A. maior economia é. rio entanto, realizada na ausência de perdas não previstas, pois o roubo está pràlicanicnte. suprimido: no primeiro controle efectuado verificou-se que só 2.5 francos de mercadorias tinham sido roubados para 522 000 francos de mercadorias vendidas. O controle de vendas e a. contabilidade são extremamente claros. Ao fim de cada dia a máquina dá os resultados. O gerente pode portanto tomar medidas baseado em- dadas precisos e ultra-rápiãos. pois segue facilmente a evolução dos stocks e das compras dos seus clientes: OS LIMITES DO 3 cooperativista • Este processo não .seria possível sem empacotamento prévio e uma selecção estudada dos artigos de venda, pois há artigos que têm de ser eliminados: por exemplo, não seria fácil comprar uma alface ou um quilo de peras através de tal sistema! Mas entretanto, imagino.-se facilmente as possibilidades de uma grande organização com vários estabelecimentos se possuísse um computador trabalhando em cadeia com os calculadores electrónicos de ceda estabelecimento para as encomendas e entregas. • SISTEMA Afora talvez o sucesso motivado pela curiosidade do começo, a fórmula ensaiada não poderia sobreviver se não oferecesse vantagens ao cliente. Ora, isto não é visível nas pequenas compras. Assim, a maneira mais fácil de adquirir um dentífrico ainda parece ser pegá-lo da prateleira e pagá-lo na caixa e não escolher um cartão perfurado e esperar depois que o logista no-lo troque por. um iubo! Mas a situação muda quando se trate de compras importantes. De facto, a casa que ensaiou este método especializou-se na execução de grandes encomendas: 40 °/o do movimento foi executado com facturas cujo valor ultrapassava os 225 francos. Para as entregas domiciliárias o sistema é perfeito: o cliente colecciona os cartões per filiados e paga a factura; quando ultrapassa os 200 francos, a entrega ao domicílio é gratuita. H boletim • Após um ano de trabalho, o auto-serviço com cartões perfurados realizou um movimento de 120Õ000 francos {'). Não é um resultado record mas é bastante animador se tivermos em conta que o seu proprietário previa que vendas na ordem dos 1 600 000 fr. cobririam totalmente as despesas de aluguer da máquina electrónica, em virtude da supressão das perdas incontroláveis através do roubo. Além do seu papel dc campo de experiência — já muito importante — a sua utilidade para os consumidores que se abastecem à quinzena ou ao mês é evidente. Ao lado das outras formas de distribuição {«.tudo sob o mesmo tecto», «discount», casa especializada, etc.), a distribuição electrónica começa a ter um lugar ao sol. AU.ipt.ndo dc -iCOOP — Revue d'Eronomic i') Um fránçQ - 6 í 0 aprox. n d'Entrepritet SOCIEDADES DA ABUNDÂNCIA OU DO DESPEiUríCMO Sendo o Brasil um dos maiores produtores mundiais de café, é fundamental para a economia brasileira a estabilidade do café no mercado internacional. Por isso, nos anos de grande produção, sobre a economia do país, pesa a ameaça de uma descida de preço. Como evitá-la? Muitas toneladas de eaíé vão alimentar as fornalhas das locomotivas brasileiras e muitas outras toneladas s ã o pura e simplesmente lançadas ao mar. Por outro lado, nas sociedades da abundância como os E. U . A., as grandes empresas de café solúvel dedicam consideráveis somas a campanhas publicitárias que «convençam» o consumidor médio americano das excelências de tal bebida, que o levem portanto a consumir mais café. O camponês do nordeste brasileiru e | alheio à s campanhas ptiblicitárias do café solúvel. Porque para o camponês nordestino não foram resolvidos ainda os três problemas mais primários que se põem ao homem: Habitação, Vestuário e sobretudo Alimentação. A sua vida resume-se à luta pela sobrevivência. Para a maioria dos americanos estes problemas estão praticamente resolvidos. Mais-do que isso, o americano médio dispõe de meios que lhe permitem gozar das mais recentes descobertas técnicas, ! no sentido de lhe proporcionar uma vida quotidiana mais agradável. A rádio, a televisão e a imprensa fornecem-lhe uma «informação» constante do que se passa no seu país bem como nos mais remotos cantos do globo. As numerosas, modernas e bem apetrechadas escolas e universidades ofereeem-lbe a possibilidade de um acesso a um eelvado nível de cultura. Mas mais que tudo isto, maravilha das maravilhas, o americano médio n ã o necessita pensar! De facto com a crescente especialização para quê pensarem todos? Basta que alguns o façam — os especialistas ! Em consequência ao americano bonacheirão apenas se pede que: • Assimile o mais passiva e completamente possível todas as «mensagens» que a televisão, a imprensa, a rádio e o cinema lhe transmitem. • Cumpra o seu dever cívico, votando no candidato à presidência que irradie maior simpatia pessoal. • Consuma o mais possível, desperdice o mais que fruder. em suma, que fabrique sucata. Ultrapassada d tase da luta pelas neces sidades mais prementes e fundamentais, entramos no reino maravilhoso do supérfluo è do desperdício. / PUBLICIDADE / Com o desenvolvimento, e aperfeiçoamento das técnicas publicitárias, apoiadas em ificazes métodos .de sondagens de opiniões, atitudes, imagens e preferências radicadas nos consumidores, as empresas monopolistas encontram-se de posse de métodos de propagandas que tendo como suporte os meios de difusão de massa, influem decisivamente na formação de necessidades de consumo que de outra forma n ã o se manifestariam. . --"ersuade-se «clandestinamente», isto é, sem que ele se aperceba, o possível consumidor, de que no seu próprio interesse deve consumir tal ou tal produto. Criam-se assim necessidades muitas vezes acessórias e supérfluas em detrimento de outras qtie deveriam ser prioritárias mas n ã o seriam com certeza tão lucrativas. - ara conseguir tais objecitvos, o publicista não hesita em recorrer aos precon 3 O CONSUMO riais susceptíveis ntribuindo para imento de mil os verdadeiramente como método, ligar o consumidor a determinado produto, através da laços afectivos è psicológicos Assim a associação a uma marca, de uma ideia de virilidade, feminilidade, ou de certo nível social, são razões que frequentemente podem ditar as preferências do consumidor, e não tuna escolha racional e objectiva ( ' ) . í: fácil verificar como se pode chegar a um falseamento da hierarquia de valores, j á que as tendências de consumo, assentam sobretudo cm predisposições psicológicas inconscientes e não em necessidades reais. OS TEMPOS LIVRES E A CULtURA DE MASSAS - Com o desenvolvimento de meias de dif u s ã o como o rádio, o cinema, a televisão, o jornal, o livro de bolso, o disco e a revista, surgiu nas sociedades economicamente mais desenvolvidas, também significativamente chamadas de consumo, um novo tipo de cultura — a cultura de massa. A cultura de massa é produzida industrialmente. É difundida segundo meios de difusão maciça. Jirige-se ao número mais vasto possível de consumidores. Os produtos culturais assim produzi dos e difundidos, transformaram-se em bens de consumo similares a quaisquer outros, obedecendo portanto aos mesmos esquemas gerais de produção e consumo. Na medida em que se dirige a um público o mais vasto possível, esta cultura tenderá a ter um carácter homogéneo, reunindo os factores que sejam susceptíveis de interessar o maior número — visa o homem médio ou seja o homem amorfo e sem poder crítico. A cultura de massas propõe ao consu- ? midor, determinado estilo de vida, propõe-lhe determinados modelos de consumo, e cria nele uma mentalidade susceptível de conduzir à aceitação destes. Estes modelos de consumo n ã o são formados arbitrariamente, pois que os meios de difusão de massa, desempenham um papel básico na integração social, ou seja em impedir as massas, de poderem criticar globalmente o sistema social em quo vivem. Os tempos livres, que as pessoas gastam, lendo, vendo cinema ou ouvindo um programa de rádio, não constituem de facto um meio de valorização pessoal, antes representam uma evasão da realidade quotidiana carregada de frustrações. Sinteticamente os meios de difusão da massa t ê m nas sociedades ocidentais a3 soguinles funções ( ) : o) Contribuem para a formação de uma autoridade anónima e para o aparecimento de um espírito de conformismo. b) Deixam o mínuno de espaço mental para o emprego da razão (impedem de pensar). C) Fomentam (junto do consumidor) a tendência a considerar-se frustrado a a dedução consequente de que os de. sejos de «gozar a vida» devem ser satisfeitos. d i Substituem pois a verdadeira liber» dade por um conjunto de gostos o preferências induzidos (impostos). Sobretudo incitam ao consumo como uma forma, de evasão. Em resumo: a produção cultural de massa fomenta e aproveita a ausência de poder crítico, pressupõe e cria um consumidor essencialmente passivo. O progresso técnico e o desenvolvimento económico, não s ã o fins em si. São apenas meios que podem ser correcta ou incorrectamente utilizados e orientados. É por isso que as sociedades da Abundância em que apesar disso os homens nascem, vivem, morrem e não são felizes, podem ser também por isso mesmo as sociedades do : RUI CANÁRIO (») E x . : O hoiuum viril usa a loção de barbear X. A camisa V é a camisa que distingu» as classes sociais. ( ) «Los médios de comunication de masn» v la propaganda política enajeiiantc» — José Lamento — Cuaderrios para el Dialogo — Cultura Hoy, 3 O MAIS VOTADO... Pcoaza, pequena cidade do Equador, devia eleger um presidente do município. Um fabricante de desodorizantes para os pés aproveitou o período da campanha eleitoral para lançar um novo «slogan» publicitário: «Votai por quem quiserdes, mas se desejais bem èstái c higiene votai por Pulvapies.» Nas eleições a seguir quem recebeu mais votos foi o... «Pulvapies»! bf.lctira cooperativista 7 Fora do Concelho concelho Cooperativa Agrícola de Lacticínios de Sanfins, S. C. R. L 1112 Cooperativa Agrícola de Lacticínios do Vale do Vouga, S. C. R. L . .. 300 Cooperativa Agrícola de Criadores de Gado do concelho de Sever do *00 1144 A EXPERIÊNCIA AGRÍCOIA DE SEVER DO VOUGA u Aeeitaiulo-se a classificação exposta (embora decerto n ã o deixe do apresentar imperfeições) teremos que uma cooperativa destinada apenas a assegurar determinados seguros será uma cooperativa simples, como o são também, em regra, as de crédito e as de utilização de m á q u i n a s agrícolas. Por outro lado, as cooperativas com secção de produção, assim como as de t r a n s f o r m a ç ã o , em regra não deixam de ser mistas, dado que quase sempre englobam operações de vendas em comum e as primeiras também compras em comum. K evidente, também, que qualquer dos tipos mencionados pode revestir o aspecto de especialização ou n ã o especializado. VC bastante frequente a especialização das cooperativas de t r a n s f o r m a ç ã o e de serviços e de certo modo t a m b é m as de produção; as de compras e venda em comum mais frequentes não são especializadas, como é do conhecimento geral. Sendo assim, só em casos especiais se encontram cooperativas inteiramente simples sendo o aspecto misto, portanto, o aspecto mais geral; o que pode suceder é o aspecto misto apresentar maior ou 'lienor complexidade. A noção de valência, por sua vez, prendc-se com a natureza do produto ou actividade básica para o movimento da cooperativa. Assim, unia cooperativa que, por exemplo, receba leite de empresas associadas transforma-o em manteiga, queijo, etc., vende esses produtos c, por outro lado, adquire alimentos para gado, para serem uitlizados nas empresas associadas, não deixa de ser monovalente, pois que o produto base é, sem dúvida, o leite. Polivalentes serão, por exemplo, as empersas que disponham de secções de compra e venda de interesses para a exploração pecuária, a par de secções destinadas a outro sector produtivo, seja, t a m b é m de concretizar, a fruticultura. Motivos idênticos aos que, em nossa opinião, recomendam certa limitação nas dimensões das cooperativas, quer sob o ponto de vista de área de influência, número de aderentes e, de certa maneira, movimento, levam a dar preferência pela monovalência. De resto, a polivalência ainda pode apresentar outros inconvenientes, como sejam tendência paramonopolismo, man u t e n ç ã o de actividades deficitárias à. custa de outras, além de dificuldades de administração. Notemos, no entanto, que a monovalência numa cooperativa de t r a n s f o r m a ç ã o , por exemplo, não impede a polivalência quanto à natureza de serviços que possa prestar à s explorações associadas. E m resumo, poderemos dizer que, em nosso entender, são de preferir organizações com base num único tipo do produção ou ateividado (monovalentes), em8 boletim cooperativista bora revestindo formas mistas, e capazes de proporcionar determinada gama de serviços aos associados (polivalentes quanto aos serviços prestados aos associados). Actualmente o concelho de Server do Vouga está abrangido pelas cooperativas a seguir mencionadas: Vouga, S. C. R. L . Adega Cooperativa de Sever do Vouga, S. C. R. L . Associação M ú t u a de Seguro de Gado Bovino de Sever do Vouga ... Cooperativa Agrícola de Criadores de Gado e Avicultores do Caima, S. C. R. Lu ( ) 56 106 2 Cooperativa Agrícola de Lacticínios de Sanfins, S. C. R. L . ; Cooperativa Agrícola de Lacticínios do Vale do Vouga, S. C. R. L . ; Cooperativa Agrícola de Criadores de Gado do Concelho de Sever do Vouga, S. C. R. L . ; Adega Cooperativa de Sever do Vouga, S. C. R. L.; Associação M ú t u a de Seguros de Gado Bovino de Sever do Vouga O ; Cooperativa Agrícola dos Criadores de Gado e Avicultores do Caima. S. C. R. L . Todas as associações referidas t ê m a sua sede social no concelho de Sever do Vouga, com excepção da última, que é em Vale de Cambra. As três primeiras encontf*im-se em funcionamento; da adega, j á com escritura feita e a l v a r á concedido, está em curso a elaboração do projecto para o edifício; da mútua, oficialmente autorizada, proceder-se-á dentro cm breve à respectiva escritura. As duas cooperativas de Lacticínios, juntamente com as dos concelhos de Arouca e Oliveira de Azeméis, constituíram a União das Cooperativas de Lacticínios de Entre Douro e Vouga, cuja sede social se situa na vila de Sever do Vouga e que utiliza como instalações industriais (fábricas de manteiga e queijo; preparação de leite para consumo) as da Cooperativa de Sanfins, cedidas, por aluguer, àquela União. A á r e a social das duas mesmas cooperativas da lacticínios excede os limites do concelho, incluindo, portanto, zonas de concelhos vizinhos. Por sua vez, a última citada — a do Caima — t a m b é m abrange vários concelhos, enter os quais Sever do Vouga; a de criadores do gado, a adega e a m ú t u a cingeni-se à á r e a concelhia. Exceptuando a Cooperativa do Caima, como abreviadamente se costuma designar, todas as restantes são monovalentes (a mútua, simples; as restantes, mistas): as cooperativas de lacticínios são de t r a n s f o r m a ç ã o e venda; a de criadores de gado é de produção, com polivalência quanto a serviços prestados a associados; a adega será, de princípio, de transf o r m a ç ã o e venda, mas prevê-8e que venha a apresentar polivalência quanto a serviços prestados a associados; a m ú t u a será simples e especializada (gado bovino). Quanto ao n ú m e r o de associados, era, no f i n a l do ano, o seguinte: Totais 30 • 67 —• 1671 1544 Referimos, ainda, que, como empresa agrícola que é, a Cooperativa Agrícola de Criadores de Gado do Concelho de Sever do Vouga é associada da União das Cooperativas de Lacticínios de Entre Douro e Vouga. (Continua no próximo número) muo agrícola Lemos com o maior interesse este interessante jolheto editado pela Cooperativa Agrícola de Lapões, Vouzela. O seu autor, revelando um bom conhecimento da evolução histórica da agricultura europeia dá-nos, numa breve síntese, uma panorâmica da situação passada e presente da nossa agricultura e dos meios capazes de fazer face à sua crise cada vez mais acentuada. Depois de explanar as condições capazes, de fazer alterar a situação actual, o autor expõe as causas fundamentais e históricas explicativas da actual crise agrícola, fazendo por fim uma análise do que deve ser entendido por «reforma agrária». Distinguindo entre a via «capitalista» e a via «socialista», António Bica, aponta a socialização progressiva a empreender, mais fácil nuns lados do que noutros. Neste ponto parece-nos de considerar que seria útil não confundir os termos «socialista» com «socializante» pois quando António Bica fala de via socialista, não se trata afinal da passagem da propriedade da terra para as mãos do Estado, mas antes para a posse d uma empresa colectiva, passando pela fase intermédia da empresa cooperativa. Isto afinal è visível no desenvolvimento que o autor dá na sequência, mas não seria mau ter evitado um termo tão ambíguo na sua significação múltipla. Para além disto, a obra de António Bica, a todos os títulos muito louvável e corajosa, dá-nos ainda uma estatística do Cooperativismo agrícola português, que tem o grande interesse. Por estas razões, estão de parabéns o seu autor e a Cooperativa Agrícola d.e Lapões. • F.C CRÓNICA DE JORGE U N I C O O P B A A A MUTUAL D O -UNICOPE- NORTE e 3 Companhia de Seguros M U T U A I D O N O R T E tornaram possível a integração da aciividade seguradora ErECTift através O S SEGUROS das ATRAVÉS cooperativas DA SUA COOPERATIVA SEQUEIRA Se eu tosse pintor, transcreveria para a tela a vida e morte da cidade. Na verdade ocupam-nos de tal modo o tempo os nossos assoberbados afazeres, que um dia nasce, um dia morre e sem o notarmos, cruzámo-lo com indiferença, como «e ele n ã o fizesse diminuir a nossa vida, a vida da cidade. Mas se eu fosse pintor, logo de man h ã cedo arrancaria da paleta escultural laivos ténues de um horizonte madrugador, para os implantar quase sem contraste, no branco frio de uma tela. Padeiras e leiteiras, subindo e descendo escadas apressadamente, porque os «meninos» do senhor Joaquim, ali, o da esquina, devem almoçar antes de i r para a escola. Pois passaria tudo isso para uma tela, numa estranha sequência sem ritmo, mas com a mais extraordinária animação. E os operários juncando as ruas em fantasmagóricos equilíbrios, com os seus velocípedes velozes. E mais tarde, o aDrir oas ca-sa^ comerciais. Os empregados pressurosos fazendo brilhar os cromados e os vidros, esguichando das mangueiras de plástico azul a água (entregaria abertamente este problema ao pincel) que também salpicaria as donas de casa que corriam levando atrás de si, as cestas pejadas de verdes hortaliças. E a hora em que todos correm para o almoço?! Seria magnífico! Os automóveis, pretos, brancos e cinzentos, furando através de toda aquela massa de peões e os sinaleiros, braços em cima e em baixo simultaneamente. A um deles, deixá-lo-ia com a luva branca no chão, porque os movimentos eram violentos e não havia tempo a perder E depois uma pausa. Um nomem apenas, comendo uma laranja, um homem vestindo fato-macaco e atirando cautelosamente as cascas para um boeiro ali próximo e por força do destino, que eu comandaria então, teimaria em que ele fosse um falhado em pontaria -E novamente o movimento trenético. Toda u»na tarde desta nossa cidade, sem falha de pormenores, iria direitinha estampar-se em selvagem colorido Oh! Se eu fosse pintor! Que magnifico pór de sol do vermelho mais vermelho dos meus guachos, eu implantaria sobre os telhados Até as estátuas de bronze ficariam vermelhas e no monumento da «Rotunda da Boavista», cá como nós a conhecemos, poria o leão desfalecido a olhar românticamente para o mar Minha velha cidade, como eu te taria mais bela ainda a noite! O relógio da «Câmara» com ponteiros luminosos e pouco a pouco o movimento a diminuir, a diminuir ate ficarem apenas na rua vinte ou vinte e um polícias. Mas então repararia que unha uma teia de enorme comprimento e que estaria velho, muito velho, com os cabelos brancos e a barba também, porque um dia da cidade, demora uma vida a contar. Se possível tosse Reproduzir na tela O crepúsculo da vida Dos meus olhos sairia a tinta Da minha boca sairia o Mundo De mim mesmo sairia eu... Porto —Maio de 1968. boletim cooperativista 0 L I N H A D O E S T O R I L /Continuação âu 2.* páginaj ram presentes o D r . Ferreira da Costa, 0 saudoso Kodrigues G r a ç a e Álvaro A u gusto Moreira — u m dos principais entusiastas, infelizmente: j á falecido. Também g r a ç a s ao Padre Fonseca, que nessa altura orientava a paróquia, se puderam fazer reuniões idênticas na Sacristia da igreja de Carcavelos (facto interessante antes da encíclica «Mater et M a g i s t r a » ! ) . Resolvida a f u n d a ç ã o , a primeira Sede cstabeleceu-se na relojoaria de Álvaro Moreira, sendo mais tarde transferida para unrn vacaria (?) pertencente ao sr. J o s é dos Santos. Aí se conservou durante quatro anos. Depois f o i a compra do terreno actual e a construção da magnífica sede própria. COOPERATIVISMO BEM ENTENDIDO Diz-no3 António Sebastião Cláudio, um dos seus fundadores o actual Tesoureiro: «Pela primeira vez quatro cooperativas ajudaram outra a erguer-se, emprestando 150 contos para a compra do terreno que aqui se vê. Nunca esqueceremos a ajuda dos cooperadores da «Piedense», da «Almadense"», de «Segunda Comuna» e da «Sacavenense». Sem elas e sem a decidida colaboração dos sócios não teria sido possível i r tão longe». T a m b é m para construir a sede a colaboração dos cooperadores não-associados da cooperativa n ã o faltou, a demonstrar a verdade de unir os homens. E António Simões Cláudio fala-nos com entusiasmo da acção de Júlio Duarte, antigo dirigente da, UNICOOPE e de D. Maria Augusta Teixeira Botelho, directora de «Progresso M a f r e n s e » : «Estes dois cooperativistas foram daqueles que mais nos ajudaram na Campanha do Cimento; t a m b é m jamais poderemos esquecê-los! A A COOPERATIVA E O BOLETIM Por todos nós f o i afirmado a sua inteira adesão à distribuição do «Boletim Cooperativista» aos s e u s associados, aliás, j á aceite e decidida em Assembleia Geral. Brevemente a cooperativa enviar á as listas dos sócios e endereços com a finalidade de cada um receber o jornad do Movimento Cooperativo, isto é, o «seu» Jornal! Ficámos, na verdade, com a melhor impressão dos cooperadores da Parede que t ê m sabido erguer de u m modo altaneiro o estandarte da Cooperação. Que continuem com o mesmo a f ã nos novos caminhos que se abrem, é o nosso desejo mais sincero. FAUSTINO CORDEIRO «LINHA DO E S T O R I L » CORPOS GERENTES PARA 19«8 ASSEMBLEIA GERAL Presidente - A r t u r Fernandes de A l meida 1. " Secr. —Américo de Campos Porêlo 2. " Secr. — V i c t o r Narciso Teixeira DIRECÇÃO Presidente Henrique Pratas Abreu Secretário — Rateai da Silva Nobre Ba• rão Tesoureiro —António Sebastião Cláudio 1." Vogal — Francisco Guerreiro da Rosa í." Vogal Vasco da Silva Cardoso Martins SITUAÇÃO D E HOJE CONSELHO FISCAL Visitámos a sua magnífica sede onde, Presidente Luís Faria Nogueira h á pouco tempo c com o apoio técnico da TJNÍCOOPE, f o i inaugurado um belo Secretário A r t u r Ventura Pires auto-serviço; vimos uma boa secção de Relator —Jeremias Arêlo utilidades, um m a g n í f i c o bar, oferta de l . " Vogal — Silvério Augusto Antunes um sócio dedicado, e n ã o nos pussou des••í." Vogal — Américo dos Santos percebida a biblioteca. Os dirigentes actuais que nos receberam — srs. Rafael Barão, Vasco da Silva Cardoso e 1 e r e m i a s Areio, além do já citado —afirmaram-nos a s u a determinação de c o n t i n u a r a >bra, mas n ã o esL-ondcram as d i f i culdades : concorrência dos supermercados particulares e cantinas de fábricas, e, em especial, a diminuição daquele espírito de cooperação que existiu a princípio Auto-Serviço — novos métodos de distribuição 10 boletim cooperativista Sócio N.° 1 da «Linha do Estoril» NOVOS T E M P O S NOVOS MÉTODOS (Continuação da l; página} uniões Ou mesmo simples colaboração é o mesmo que falar para surdos. O interessante do caso é que muitos desses dirigentes citam, muitas vezes, os fundadores das suas cooperativas, como se o espírito daqueles fosse de algum modo semel h a n t e ao seu. Não compreenderam, infelizmente, que o espírito desses antecessores era um espírito verdadeiramente cooperativo e adequado a época am que viveram —- e talvez adiantado em relação a essa época — e que esses seriam os primeiros a apontar-lhes o caminho de hoje: Unir os seus esforços aos de outros consumidores que nas cooperativas existentes procuram criar um grande sector cooperativo nacional que verdadeiramente possa servir re regulador na distribuição, mormente dos artigos de primeira qualidade. Proceder como até aqui é continuar a seguir um caminho errado que conduzirá à estagnação e à morte lenta cias diminutas unidades cooperativas que tantos homens de boa-vontacle criaram há muitas dezenas de anos. E o começo dessa morte lenta já esíá demonstrado exactamente na falta cie consumidores interessados e na falta de militantes, para não falar nas situações financeiras difíceis que algumas dessas instituições atravessam. Queremos continuar a ser cegos para não ver que para novos tempos, novos métodos são precisos? T E L E X • C O N S U M O Auto-carros gratuitos Os comerciantes da cidade de Batley organizaram, a título experimental, um serviço de autocarro gratuito para transportar os clientes que vivem longe do centro. ITALIA-UM (Continuação * ° v o s Demonstrou-se na Suécia que os ovos podem ser embalados e em seguida congelados num banho scmi-líquiâo de nitrogénio e depois metidos em sacos de plástico e conservados deste modo durante seis meses. da página 4) AS ESTRUTURAS ECONÓMICAS O movimento cooperativo de consumo em Itália é caracterizado por uma extrema variedade de formas. Enquanto a grande maioria é composta por pequenas sociedades de características locais, com uma ou duas lojas, e existem certas sociedades de características regionais como a «Aliança Cooperativa de Turim»; com mais de 150 postos de venda, distribuídos por toda a Piemonte, a «Cooperativa Operária de Trieste» e algumas dezenas de grandes sociedades que estendem a sua actividade a uma província inteira. Além diso, embora o objectivo das organizações seja respeitar a n ã o sobreposição das zonas de influência das cooperativas isoladas, existem em muitas localidades, cooperativas pertencentes à s diversas organizações. Uma tal divisão do movimento cooperativo, assim como as pequenas dimensões das sociedades, foram um obstáculo e retardaram a constituição dos organismos que permitem a centralização das compras. Foi somente no decorrer dos últimos 15 anos, que estas organizações procederam à criação de entrepostos (consórcios) ao nivel regional e provincial; ao nível nacional das organizações, foram criados encarregados de negociar colectivamente as compras e os entrepostos c cooperativas isoladas. A rede mais importante dos entrepostos foi constituída pelas cooperativas da Associação Nacional das Cooperativas de Consumo, aderentes à «Lega». Esta rede é composta, actualmente, de 21 enrrepostos (consórcios regionais) e de uma o rganização de compras uniifcada ao nível nacional., a Aliança Italiana de Cooperativas de Consumo (AICC). No último congresso da AICC (Junho de 1967), foi decidido que a organização nacional de compras e dos emtrepostos regionais se constituíssem numa só sociedade denominada «Coop-Italia», a qual uniformiza as operações de compra e aprovisionamento das cooperativas aderentes, através da rede dos seus próprios entrepostos. A CONAD (Consórcio Nacional dos Retalhistas), que representa o maior grupo de compra entre os retalhistas, com mais de 1000 sócios, colabora com a COOP-ITALIA. O Gasolina e... flores! As autoridades francesas, inquietas pelo facto de no seu país se venderem poucas flores — 300 g por ano e por habitante, contra 600 g na Alemanha, 900 g na Suiça e 1200 na Escandinávia — autorizam agora a venda de flores nas estações de serviço. MOVIMENTO INTEGRADO A ESCALA NACIONAL No seio da Associação Geral das Cooperativas Italianas, que regista mais de 1700 cooperativas, as sociedades de consumo estão agrupadas numa Federação Nacional de Cooperativas de Consumo. As sociedades aderentes a esta última organização são em número de 186, com igual número de postos de venda, e cerca de 58 000 sócios, dispõem de 51 entrepostos e realizaram em 1965, um volume de transacções de 3,3 biliões de liras (148 500 contos). © • congelados A COOPERAÇÃO NO QUADRO DA DISTRIBUIÇÃO A rede de distribuição de retalho em Itália, é constituída por 437 000 estabelecimentos para a venda de artigos alimentares, e por 318 000 estabelecimentos não alimentares. Há, ainda, 168 000 vendedores ambulantes de artigos alimentares, e 135 000 vendedores ambulantes de produtos não alimentares. No país existem: 83 grandes estabelecimentos; 365 estabelecimentos populares; 203 supermercados alimentares; 364 «superettes». Os estabelecimentos cooperativos, como já foi dito, são em número de 6924. As informações mais detalhadas fornecidas pelas coopera tivas aderentes à ANCC, e resenceadas pel?. COOP-ITALIA. representa mais de 75 */» das vendas das cooperativas de consumo em Itália. Nos fins de 1965 as sociedades cooperativas aderentes eram em número de 2203 (constata-se uma redução deste número em relação a 1963, tendo como causa as integrações e fusões) existem 5216 estabelecimentos cooperativos que, em 1955, realizaram um volume de vendas da ordem de 138,7 biliões de liras (entre os estabelecimentos contam 3721 com drogaria e charcutaria; 82 talhos e manteigarias). Os estabelecimentos destinados à venda de produtos n ã o alimentares eram em número de 66, com um volume de vendas de 15,7 biliões de liras. Os estabelecimentos modernos em auto-serviço (sempre sob a égide da ANCC) eram em número de 452, nos fins de 1966, assim distribuídos: 11 supermercados; 56 «superettes» de 200 a 400 m ; 151 «superettes» de 100 a 200 m ; 234 auto-serviços. Os estabelecimentos modernos COOP representavam cerca de 1/4 dos estabelecimentos em auto-serviço existentes em Itália. O volume de vendas dos estabelecimentos do movimento cooperativo de consumo aderente à ANCC e às duas outras organizações, apresenta 3 % da distribuição total de produtos alimentares em Itália, estimada em 6000 biliões de liras. (Tradução de Alfredo CananaJ a a PEQUENO JORNAL UMA IDEIA À JACQUES TATI O celebre seria bom homens tratos regado senhor instalar de negócios assinado perderiam Halot serviço à saída depois declarou recentemente de controle dos r de um opíparo automaticamente <ialco-lcste'> cstanrant-es: repasto lodo o os muito que para conbent valor. DATA NA ETIQUETAGEM OBRIGATÓRIA No seu novo texto posto a vigorai a partir de 1 de Janeiro de 1968, ii lei de 9 de Setembro de 1966 sobre etiquetagem de produtos alimentares prescreve a indicação obrigatória da data dc fabrico sobre Iodas as embalagens de carne, produtos à base «la cmarne, mariscos e seus derivados vendidos cm pacotes ou caixa. As mercadorias <i"<-' nSo tenham ainda a data <l<. embalsem devem ser vendidas no decorrer deste uno. HISTÓRIA ESCOCESA Eni Aberdeen, na Escócia, existe uma tarifa especial para a limpeza das mini-saias: cerca de 30 cêntimos por cada centímetro. Mas, atenção: as mini-saias são medidas antes da limpeza... porque cias podem encolher! boletim cooperativista 11 O conhecimento da existência do Coope» rativismo, aparece frequentemente após a entrada em contacto com uma cooperativa ae consumo e da imagem que a mesma d á CÍP ideia de cooperação. Essa imagem aparece quase sempre deformada, visto que no funcionamento normal de uma coopeparece diferente duma loja de vendas ou rativa olhada superficialmente, nada nos clum pequeno supermercado onde os sócios se abastecem. Mesmo no contacto com 0 pessoal e por vezes com os seus directores, nada indica que h á algo de profundamente humano, que h á uma doutrina de solidariedade servindo de alicerce e de justificação para a existência dessa cooperativa. Sendo assim, o candidato a sócio vai verificar apenas quais as vantagens pessoais e quase imediatas que pode auferir. Se as mesmas lhe parecem tentadoras, n ã o deixará de apresentar a sua proposta. Esse novo sócio estará inclinado a criar inúmeras dificuldades quando verificar que lhe pedem frequentemente um pouco de compreensão e carinho para a sua cooperativa e quando chegar à conclusão que se quiser apenas tirar o máximo de vantagens sem dar alguma coisa em troca, a sua cooperativa estará votada ao fracasso, ou pelo menos a estagnar e num Mundo de economia dinâmica, parar é morrer A projecção da imagem real duma cooperativa, não só perante os seus sócios, ma? principalmente perante o público em gerai, tem uma importância vital para a expansão do Cooperativismo no Mundo moderno A criação e divulgação da imagem perfeita duma cooperativa, não é fácil o exige conhecimento bastante profundo do público perante o qual se pretende projectar No entanto, hâ um pequeno número de princípios, bastante simples que podem ser seguidos pelos directores ou pelos corpos gerentes das cooperativas. COMUNIDADE EUROPEIA (Continuação da página í) A Comunidade Europeia tem uma acção dupla: — T o m a r c o n s c i ê n c i a da c o n s t r u ç ã o e c o n ó m i c a europeia e i n c i t a r os movimentos cooperativos dos p a í s e s do Mercado C o m u m a t r a b a l h a r em colab o r a ç ã o e a preparar o M o v i m e n t o Cooperativo da pequena Europa. — Procurar que a c o o p e r a ç ã o europeia esteja presente e tenha i n f l u ê n c i a na A d m i n i s t r a ç ã o do Mercado C o m u m . Esta a c ç ã o duola exerce-se. examinando as c o n s e q u ê n c i a s resultantes da o r e a n i z a ç ã o d o Mercado C o m u m que incidem nos consumidores e nas suas sociedades. Procura, por o u t r o lado. favorecer o desenvolvimento das sociedades f i l i a d a s e. ainda d e f i n i r a politica e as medidas aoroortadas para a defesa dos interesses l o s consumidores j u n t o dos governos do Mercado Comum. .4 Comunidade Europeia das Coonerauvas cie consumidores nasceu em consequência da evolução onerada no Comércio velo Mercado Comum e c um exemplo de como a Cooveração de consumo se tem de o-aanlzar para a defesa dos consumidores. Não se pretende de forma alguma esgotar o assunto que é vasto e cheio de cambiantes, mas n ã o deixaremos de enunciar o princípio base de toda uma actuação a desenvolver: PROCEDA SEMPRE CORRECTAMEN. TE, PROCURE FAZER TUDO BEM FEITO E DIVULGUE O MAIS POSSÍVEL QUE ASSIM ESTA PROCEDENDO. Logo salta à vista o perigo da incorrecta aplicação da segunda parte do principio enunciado. O divulgar n ã o é sinó= nimo de propaganda ou pior ainda de «ga» barolice»; deve ser um simples dar a conhecer, noticiar, informar sem qualquer subjectivismo, evitando o mais possível obter um efeito pessoal. Este último caso seria o pior erro em que se poderia incorrer, pois traria prontamente um efeito negativo para a cooperativa. A divulgação acima referida deve ser feita primeiro nos sócios e só depois no público em geral e sempre por esta ordem. É muito importante evitar tanto quanto possível que um sócio venha a ter conhecimento do que se passa na sua cooperativa por intermédio de estranhos à mesma. A divulgação nos associados será fa- cilmente feita por meio de circulares, boletins internos, assembleias gerais, relatório anual, palestras, etc. J á é bastante mais difícil a divulgação pelo público estranho à cooperativa. O uso dos órgãos de informação (Jornais, Rádio e Televisão) n ã o é fácil, requer larga experiência e a manutenção de boas relações com os mesmos. Mus o simples facto dos sócios se encontrarem bem i n formados, j á provoca urna pequena divulgação pelo restante público e dez ou vinte associados bem mentalizados e bem preparados para o efeito, podem, sem grande esforço e dentro do seu campo normal de actividades, fazer um trabalho muito válido e de óptimos resultados. Deve-se no entanto salientar o grande perigo dum trabalho mal executado, o qual pode trazer um efeito contrário ao que se pretende. Insiste-se, pois, em que a divulgação a efectuar deve ser cem por cento neutra, sem qualquer vestígio de pessoalismos e igualmente isenta da mais peemena tentação de polémica ou ideia de propaganda. Deve ser simplesmente uma «fotografia» interessante e cheia de vitalidade que por si só falará. J O S É PAES DE FARIA COOPERATIVISMO SEM FRONTEIRAS Estocolmo (SIP) — N o período de 1953 a 66, o cooperativismo sueco conseguiu reunir contribuições no valor cie quase 684 000 contos para G seu programa de ajuda «Sem Fronteiras». Segundo uma estimativa cia União das Cooperativas Suecas ( K F ) , as contribuições correspondentes a 1967, devem atingir cerca de 9690 contos. KV Noventa por cento dos fundos reunidos resultam cie contribuições voluntárias de membros que abstiveram-se de receber uma ou mais coroas do bonus a que tiveram direito por compras nas lojas «KF». Além disso, os fun. cionários cia organização também contribuíram com um porcento dos seus salários. Entre as regiões onde se concentra a ajuda internacional do programa «Sem Fronteiras» do cooperativismo sueco, está a América Latina. Muitos brasileiros têm frequentado, com magnífico aproveitamento, os cursos de preparação orqanizadcs na Suécia sobre cooperativismo, regressando oara o desempenho de^^a+ros^eargos na organização brasileira. BOLETIM COOPERAI ® VISTA Rja C 3 Lota 300-A — O'Vais-Su — usoos — E X I B O . Gnr. 1 J u l i o Duarte Caixa Postal,1229 Zondrina-P.R. B R A S I L 91 E j§§§§ •