Relatório da Administração 3T07
Porto Alegre, 26 de outubro de 2007 – Eleva Alimentos S.A. (Bovespa: ELEV3), uma das maiores indústrias de
alimentos do Brasil, anuncia hoje seus resultados do terceiro trimestre de 2007 (3T07) e o acumulado dos nove
meses do ano (9M07). As informações financeiras e operacionais a seguir são apresentadas de forma consolidada,
de acordo com a Legislação Societária brasileira e as comparações referem-se ao terceiro trimestre (3T06) e ao
acumulado dos nove meses de 2006 (9M06), exceto onde indicado em contrário.
Mensagem da Administração
O terceiro trimestre de 2007 foi um período marcado por fortes resultados operacionais e financeiros e por
eventos importantes para consolidar a estratégia da Eleva Alimentos de crescimento e consolidação. O
faturamento bruto do trimestre alcançou R$ 779,3 milhões com crescimento de 38,6% no período, a margem
bruta alcançou 24,2%, o EBITDA ajustado totalizou R$ 89,1 MM com margem de 13,1% e o lucro líquido
acumulado dos nove meses atingiu R$ 91,1 MM.
No segmento de leites/lácteos, crescemos 45,7% no trimestre principalmente em leites fluidos e em pó
beneficiado pela alta demanda no período, da nossa estratégia de incrementar os volumes de produção e de
uma maior eficiência da nossa estrutura comercial. A redução da oferta mundial de leite relacionada a
problemas climáticos na Austrália e Nova Zelândia, a redução dos subsídios na Europa e o crescimento da
demanda na Ásia provocaram uma alta significativa dos preços do leite no mercado internacional o que
contribuiu também para alta dos custos da matéria prima e do preço dos produtos no segmento de leites e
lácteos no mercado interno. A alta dos preços no mercado internacional permitiu a empresa retomar as
exportações neste segmento, atingindo US$ 10,5 milhões no período.
O segmento de frangos manteve a trajetória de alta dos preços e volumes no mercado internacional influenciada
por uma maior efetividade comercial e uma maior demanda dos países importadores, o que contribuiu para
compensar o impacto da valorização do real sobre as exportações de frangos e os maiores custos de grãos. As
exportações de frangos apresentaram crescimento em dólares de 65,4% no período, focadas principalmente no
Oriente Médio e Leste Europeu. No mercado interno, o segmento de frangos apresentou uma queda de volumes
por um maior direcionamento de produção para a exportação, entretanto o faturamento interno apresentou um
crescimento de 5,5% em comparação com o mesmo período do ano anterior, refletindo os maiores preços de
vendas de frangos no mercado interno.
Em relação ao segmento de suínos verificou-se uma alta de 2,4% em volumes e uma queda de 0,5% em
faturamento no trimestre por conta de uma menor demanda de produtos pela Rússia, principal destino das
exportações brasileiras de suínos. A queda dos preços de exportação de 6,8% no 3T07 em comparação com o
mesmo período do ano passado, prejudicou a rentabilidade das exportações de suínos dado o aumento de custos
de grãos ocorrido no período que não foi repassado aos preços. É importante destacar que a comparação do
desempenho de suínos com o 3º trimestre de 2006 fica prejudicada por conta dos resultados excepcionais
obtidos naquele período, devido à liberação do Estado do Rio Grande do Sul para a exportação para a Rússia em
detrimento dos demais estados produtores que permaneceram fechados para o mercado russo.
As margens operacionais da Companhia apresentaram uma evolução significativa no terceiro trimestre de 2007
em comparação com o mesmo período do ano anterior. A margem bruta consolidada atingiu 24,2% no 3T07 em
comparação com uma margem bruta de 20,0% no 3T06, enquanto o EBITDA ajustado alcançou R$ 89,1 MM
(margem EBITDA ajustada de 13,1%) no 3T07 comparado com um EBITDA ajustado de R$ 34,7 MM (margem
EBITDA ajustada de 7,1%) no 3T06. Essa melhora operacional refletiu, principalmente, o aumento de volumes e
preços médios de vendas em leites, frangos e industrializados tanto no mercado interno como no mercado
externo, apesar da valorização do real que prejudicou a rentabilidade das exportações e dos maiores custos de
grãos, principalmente o milho, ocasionado pela demanda crescente do produto para a produção de etanol.
A Eleva apresentou resultados históricos alcançando um lucro líquido de R$ 50,5 MM no terceiro trimestre de
2007 em comparação com um lucro líquido de R$ 46 mil no terceiro trimestre de 2006, demonstrando a
capacidade de recuperação da lucratividade da Companhia.
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A dívida líquida da Companhia encerrou o 3T07 em R$ 458,0 MM apresentando um aumento de R$ 63,5 MM em
relação ao segundo trimestre de 2007 e um aumento de R$ 55,7 MM em comparação com os R$ 402,2 MM
apurados no 3T06. O aumento da dívida líquida no período refletiu a maior necessidade de capital de giro,
principalmente, relacionada ao aumento do nosso nível de estoques para fazer frente ao crescimento de
produção no segmento de carnes e leites/lácteos. Também contribuiu para o aumento da dívida líquida o
aumento dos investimentos em ativos fixos. A recuperação do EBITDA melhorou significativamente a nossa
relação dívida líquida / EBITDA ajustado que se reduziu para 2,00x contra 6,07x no final do 3T06.
Os investimentos nos primeiros nove meses de 2007 atingiram o montante de R$ 109,7 milhões, sendo R$ 63,0
milhões nas atividades de frangos, suínos e industrializados, R$ 37,4 milhões em leites/lácteos e R$ 4,8 milhões
no corporativo. No segmento de carnes, os investimentos destinaram-se principalmente para a aquisição de
matrizes e na ampliação da capacidade de produção de industrializados. Em lácteos, a Eleva investiu em
projetos de melhoria de produtividade e na aquisição da unidade de processamento de leite em Itumbiara,
Goiás, que se encontrava em contrato de arrendamento.
Em 12 de setembro de 2007, a Eleva anunciou a celebração com a CCL de contratos comerciais de fornecimento
e industrialização de produtos lácteos pela CCL, com exclusividade. A celebração do contrato de industrialização
e comercialização com a CCL (Cooperativa Central de Laticínios do Estado de São Paulo) que prevê uma
produção e comercialização de 20 milhões de litros de produtos lácteos por mês representou um importante passo
na estratégia da Eleva Alimentos S.A. de aumentar a sua participação na região Sudeste, principalmente na
cidade de São Paulo. A CCL comercializa produtos como leite pasteurizado, leite longa vida, creme de leite,
manteiga, entre outros. Acreditamos que a CCL possui uma posição de destaque na venda de leite pasteurizado,
principalmente, na região da Grande São Paulo, possuindo uma rede de distribuição com grande abrangência e
pulverizada no pequeno varejo e em padarias da região. Essa rede de distribuição poderá contribuir
substancialmente para ampliar o portfolio de produtos da Eleva Alimentos distribuídos no estado de São Paulo.
Em 18 de setembro de 2007, a Companhia apresentou uma proposta não vinculante para analisar a estrutura de
negócios de produtos lácteos da Cooperativa Central de Produtores de Leite – CCPL, que é uma sociedade
cooperativa com atuação no segmento de leite/lácteos localizada no Estado do Rio de Janeiro, atualmente sob
intervenção judicial e em processo de reorganização estrutural. A CCPL tem em seu portfolio de produtos leite
longa vida, manteiga e requeijão cremoso sob a marca “CCPL”. Com a indicação de que a proposta apresentada
pela Companhia foi à vencedora, as partes iniciaram negociações de Termo de Intenção não vinculante, ou
documento similar, para início de estudos, realização de diligência legal, contábil e operacional, e negociação
de alternativas de investimento pela Companhia na CCPL através de aquisição, celebração de contratos
comerciais entre as partes, ou qualquer outra estrutura a ser acordada de comum acordo entre as partes.
Em 21 de setembro de 2007, as partes celebraram Memorando de Entendimentos não vinculante e Contrato de
Empréstimo pelo qual foi disponibilizado pela Companhia à CCPL linha de crédito no valor de R$ 2 milhões, com
juros equivalentes a 12% (doze por cento) ao ano, calculado sobre o valor total do crédito, atualizado
anualmente de acordo com a variação do IGP-M e vencimento em até 180 (cento e oitenta) dias.
Em 09 de outubro de 2007 foi celebrado com a CCPL contrato de industrialização e fornecimento de produtos
lácteos por período de 03 (três) meses, renováveis por igual período, à opção da Companhia.
Mais recentemente, em 19 de outubro de 2007, a Eleva Alimentos e a Perdigão S.A. anunciaram que se
encontram em estudo para uma eventual fusão das suas operações, sendo que os termos e condições da
operação, tão logo tenham sido definidos serão informados ao mercado e aos seus respectivos acionistas.
Rami Goldfajn
Diretor Presidente – CEO
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Destaques
Receita Líquida de R$ 677,6 MM no 3T07
representando um crescimento de 37,9% em relação à
receita líquida de R$ 491,4 MM do 3T06;
EBITDA Ajustado de R$ 89,1 MM no 3T07 com
margem de 13,1% em comparação com um EBITDA de R$
34,7 MM no 3T06;
3T06;
Margem Bruta de 24,2% no 3T07 contra 20,0% no
Lucro Líquido de R$ 50,5 MM, em comparação
com um lucro líquido R$ 46 mil apresentado no 3T06;
Crescimento de 26,9% na captação de leite no
3T07 em relação ao 3T06;
Aumento de 45,7% nas vendas de leites/lácteos;
Crescimento de 32,3% nas vendas de frangos;
Crescimento
de
65,4%
em
dólares
nas
exportações de frangos em relação ao 3T06;
Relação Dívida Líquida/EBITDA Ajustado de
2,00x no 3T07 em comparação com uma relação de 6,07x
no 3T06;
Investimentos de R$ 109,7 MM nos nove meses
de 2007 em comparação com um valor investido de
R$ 64,3 MM no acumulado dos nove de 2006.
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Nota: Ebitda Ajustado é o Ebitda líquido de efeitos não recorrentes conforme tabela da pág.14.
Lucro/(Prejuízo) Líquido Ajustado é o resultado líquido, excluído os efeitos não recorrentes e a depreciação da reavaliação dos ativos contabilizados em 2005,
conforme tabela da pág 15. A divulgação deste número visa permitir uma melhor comparação do desempenho da Companhia.
Desempenho Operacional
Análise da Receita Bruta
A receita bruta da Eleva alcançou R$ 779,3 milhões no 3T07, representando um aumento de 38,6% em relação
aos R$ 562,4 milhões do terceiro trimestre de 2006. A recuperação das exportações de frangos, o bom
desempenho dos segmentos de leites e lácteos e o início das vendas dos novos produtos industrializados
contribuíram para o crescimento das receitas da Companhia.
O faturamento do segmento de frangos apresentou um crescimento de 32,3% no trimestre em comparação com o
3T06, possibilitado pelo crescimento de volumes de vendas bem como pelos melhores preços, principalmente
na exportação.
O segmento de suínos apresentou uma queda de 0,5% no 3T07 em comparação com o mesmo período do ano
anterior. A queda das vendas de suínos no trimestre refletiu menores volumes de vendas e preços em relação ao
terceiro trimestre de 2006. É importante mencionar que o terceiro trimestre de 2006 apresentou resultados
excepcionais em decorrência da liberação do Estado do Rio Grande do Sul para exportação para a Rússia em
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detrimento dos demais principais estados produtores que permaneceram fechados, permitindo à Companhia
alcançar volumes e preços excepcionais no período.
O segmento de leites/lácteos manteve a sua trajetória de crescimento tendo apresentado uma expressiva alta
de 45,7% em relação ao 3T06, refletindo principalmente maiores preços de vendas no mercado interno e externo
praticados no período.
*Leites inclui leite UHT, leite em pó, leite pasteurizado e leites especiais.
No 3º trimestre de 2007, as exportações alcançaram US$ 116,8 milhões, uma alta de 55,6% em comparação aos
US$ 75,0 milhões apurados no 3T06. Esse crescimento foi impulsionado pela alta de 65,4% das exportações de
frangos. Também foi destaque a exportação de leites/lácteos que alcançou US$ 10,5 MM no 3T07 em
comparação com uma exportação de US$ 1,4 MM em relação ao mesmo período do ano anterior.
As exportações da Companhia foram direcionadas principalmente para o Oriente Médio e Leste Europeu, o que
consolida a visão estratégica de focar nos mercados emergentes, no qual acreditamos possuir maior potencial de
crescimento.
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*Leites inclui leite UHT, leite em pó, leite pasteurizado e leites especiais.
O destaque nas exportações ficou por conta do segmento de frangos que apresentou um crescimento no 3T07 de
65,4% em dólares, demonstrando a recuperação da demanda externa pela carne de frango. Em relação às
exportações de suínos, ocorreu uma queda de 0,9% por conta de uma menor demanda da Rússia em relação ao
mesmo período do ano anterior. No segmento de leites/lácteos, o crescimento de 643,1% das exportações
refletiu o aumento dos volumes de exportação de leite em pó, manteiga, entre outros e do expressivo aumento
do preço do leite em pó no mercado internacional em relação ao terceiro trimestre de 2006.
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*Leites inclui leite UHT, leite em pó, leite pasteurizado e leites especiais.
Segmento – Leites/Lácteos
* Leites inclui leite UHT, leite em pó, leite pasteurizado e leites especiais.
A Eleva apresentou uma alta na captação de leite em 26,9% no 3T07 em comparação com o 3T06, por conta,
principalmente, da estratégia da Companhia de ampliar a capacidade de utilização das plantas atuais, do
arrendamento da planta de processamento de leite em Itumbiara, Goiás. No acumulado dos nove meses de 2007
apresentamos um crescimento de 11,9% na captação de leite em comparação com os nove meses de 2006.
*Leites inclui leite UHT, leite em pó, leite pasteurizado e leites especiais.
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* Leites inclui leite UHT, leite em pó, leite pasteurizado e leites especiais.
Os volumes de leites apresentaram um crescimento de 7,8% no 3T07 em relação ao mesmo período do ano
anterior, enquanto os volumes de vendas de lácteos apresentou uma queda de 9,0%, em relação ao mesmo
período do ano anterior. O crescimento dos volumes de leites foi resultado de um maior direcionamento da
produção para produtos como o leite UHT e leite em pó que apresentaram margens superiores quando
comparado com lácteos.
Em termos de faturamento as vendas de leites aumentaram em 57,0% no 3T07 em comparação ao mesmo
período do ano anterior, beneficiadas pelo aumento dos preços de venda tanto no mercado interno como
externo, principalmente para o leite UHT e o leite em pó. Em relação aos produtos lácteos o crescimento foi de
21,9% no 3T07 em relação ao terceiro trimestre de 2006.
*Leites inclui leite UHT, leite em pó, leite pasteurizado e leites especiais.
As vendas de leites, que inclui leite UHT, leite em pó, pasteurizado e leites especiais representaram 73,1% das
vendas de leites/lácteos no 3T07 por conta de maiores vendas de leite UHT e leite em pó em relação ao mesmo
período do ano anterior.
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*Leites inclui leite UHT, leite em pó, leite pasteurizado e leites especiais.
No terceiro trimestre de 2007 os preços médios de leites e lácteos apresentaram um aumento de 47,4% e 34,4%,
respectivamente, no mercado interno, em comparação com o mesmo período do ano anterior. A alta dos preços
de leites e lácteos foi decorrente da menor oferta mundial de leite causada por problemas climáticos na
Austrália e Nova Zelândia, redução dos subsídios na Europa e do forte crescimento da demanda, principalmente
na Ásia, que provocou uma expressiva elevação dos preços do leite em pó no mercado internacional que
funciona como referência para o preço dos produtos lácteos no Brasil. Adicionalmente, o período de entressafra
do leite no Brasil que ocorre no período também colaborou para uma oferta menor do produto o que provocou a
alta substancial dos preços de leites no mercado interno.
Segmento - carnes
A produção de frangos cresceu 7,3% em toneladas em relação ao 3T06, ficando ligeiramente abaixo do
crescimento do abate de frangos em números de cabeças que atingiu 11,5% no período, uma vez que a
Companhia está comercializando um volume maior de frangos inteiros (menor peso) para a exportação. Esse
crescimento da produção de frangos reflete a retomada da demanda no mercado externo pela carne de frango
após os focos de gripe aviária ocorridos na Europa e na Ásia em 2006. A produção de suínos na mesma
comparação teve uma alta de 3,8% por conta da expectativa de crescimento das exportações de suínos
principalmente para a Rússia a partir do mês de setembro.
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Mercado Externo
Os volumes de exportação de frangos em toneladas do 3T07 apresentaram crescimento de 27,1% em relação ao
mesmo período do ano anterior, enquanto as receitas apresentaram uma alta de 47,4% possibilitada por uma
elevação de 16,0% nos preços médios de exportação o que compensou a elevação dos custos de produção e a
valorização do real de 4,5% ocorrida no período.
No segmento de suínos, os volumes de exportação recuaram 6,2% no trimestre, enquanto o faturamento
apresentou uma queda de 12,5% em comparação com o mesmo período do ano anterior, em virtude de uma
menor demanda por parte da Rússia que provocou também uma queda dos preços médios de exportação. É
importante destacar que os volumes e preços de exportações de suínos no 3T06 foram excepcionais pela
liberação do estado do Rio Grande do Sul para exportação para a Rússia em detrimento dos demais estados
produtores que permanecerem fechados para o mercado russo.
Mercado Interno
No mercado interno, os volumes de vendas de frangos recuaram 18,1% devido a um maior direcionamento da
produção para o mercado externo, enquanto as vendas apresentaram um crescimento de 5,5% impulsionadas por
um aumento de 28,6% nos preços médios. Esse aumento de preços de frangos no mercado interno, refletiu o
forte crescimento das exportações brasileiras de frangos, o que se traduziu em uma menor oferta do produto no
mercado interno, bem como da elevação dos custos de produção por conta de maiores preços de grãos.
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Em relação ao segmento de suínos, os volumes de vendas no mercado interno apresentaram um crescimento de
15,2% no 3T07 em comparação com o mesmo período do ano anterior, por conta de uma maior demanda do
mercado interno. Por outro lado, os preços médios apresentaram aumento de 22,2% no terceiro trimestre de
2007 em comparação com o mesmo período do ano anterior, beneficiados pela uma melhora do mix de vendas.
Em relação aos produtos industrializados observou-se uma alta de 29,5% nos volumes de vendas no trimestre e
um aumento de 54,5% no faturamento, por conta do lançamento da nova linha de produtos industrializados. Essa
nova linha de produtos industrializados contribuiu para um aumento de 17,6% nos preços médios por conta de
produtos de maior valor agregado como presunto, apresuntado, bacon e lingüiça calabresa.
Desempenho Financeiro
Receita Líquida
A receita líquida do trimestre atingiu R$ 677,6 MM, um crescimento de 37,9%, comparado aos R$ 491,4 MM do
3T06. Tal elevação se deve ao crescimento de volumes e vendas, principalmente, em frangos e leites/lácteos
tanto no mercado externo como no mercado interno. É importante destacar também crescimento das vendas de
produtos industrializados no mercado interno decorrente da nova linha de produtos industrializados.
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Resultado Bruto
A Eleva apresentou um lucro bruto de R$
164,0 MM no terceiro trimestre de 2007, o
que representou um crescimento 66,5% em
comparação aos R$ 98,5 MM apurados no
3T06. A margem bruta no período atingiu
24,2% demonstrando uma expressiva
recuperação em relação à margem bruta de
20,0% do terceiro trimestre de 2006. Essa
melhora operacional refletiu o aumento dos
volumes de vendas e dos melhores preços
de vendas, apesar da valorização do real
que prejudicou a rentabilidade das
exportações e da elevação dos custos de
grãos, principalmente o milho, ocasionado
pela demanda crescente do produto para a
produção de etanol.
Despesas Com Vendas, Gerais e Administrativas
As despesas com vendas no trimestre foram de R$ 79,8 MM, representando 11,8% da receita líquida, em
comparação com R$ 78,1 MM apurados no mesmo período do ano anterior, que representaram 15,9% da receita
líquida. A redução das despesas com venda está relacionada com uma maior eficiência logística da Companhia.
As despesas gerais e administrativas no trimestre foram de R$ 22,0 MM, registrando um aumento de 36,7% em
comparação aos R$ 16,1 MM do 3T06. O aumento das despesas gerais e administrativas no período está
relacionado, principalmente, em função do crescimento da estrutura administrativa da companhia relacionados
aos novos projetos de investimentos e de despesas extraordinárias com advogados e auditores vinculados à
oferta de ações.
EBITDA e EBITDA Ajustado
O EBITDA Ajustado, que exclui eventos não recorrentes,
atingiu no trimestre R$ 89,1 MM, em comparação com
um EBITDA de R$ 34,7 MM no mesmo período do ano
anterior. A margem EBITDA ajustada alcançou 13,1%
demonstrando um expressivo crescimento comparada
com a margem EBITDA ajustada de 7,1% no 3T06. A
elevação das margens operacionais refletiu o trabalho
de melhoria da eficiência operacional da Companhia,
bem como os melhores preços de vendas nos segmentos
de frangos e leites/lácteos tanto no mercado interno
como no mercado externo.
Nota: EBITDA é o resultado operacional adicionado das (receitas) despesas financeiras líquidas e de depreciações e amortizações. O EBITDA não é uma medida
utilizada nas práticas contábeis adotadas no Brasil, não representando o fluxo de caixa para os períodos apresentados e não deve ser considerado como sendo
uma alternativa ao lucro líquido na qualidade de indicador do nosso desempenho operacional ou como uma alternativa ao fluxo de caixa na qualidade de
indicador de liquidez. O EBITDA não tem um significado padronizado e nossa definição de EBITDA pode não ser comparável ao EBITDA ou EBITDA ajustado
conforme definido por outras Companhias. Ainda que o EBITDA não forneça, de acordo com as práticas contábeis utilizadas no Brasil uma medida do fluxo de
caixa operacional, nossa administração o utiliza para mensurar nosso desempenho operacional. Adicionalmente, entendemos que determinados investidores e
analistas financeiros utilizam o EBITDA como indicador do desempenho operacional de uma Companhia e/ou de seu fluxo de caixa.
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Resultado Financeiro Líquido
O Resultado Financeiro Líquido do trimestre que engloba receitas e despesas de juros, correção monetária da
dívida, operações de derivativos e outras receitas e despesas financeiras foi positivo em R$ 17,4 MM, comparado
com um resultado negativo de R$ 3,6 MM do 3T06. O resultado financeiro positivo reflete o impacto da
valorização do real no 3T07 sobre o endividamento em moeda estrangeira, o ajuste positivo das operações de
dólar futuro, realizadas pela empresa visando à proteção cambial e da redução dos custos de captação quando
comparado com o mesmo período do ano anterior.
Lucro/(Prejuízo) Líquido e Lucro/(Prejuízo) Líquido Ajustado (*)
Como resultado dos fatores descritos acima, a
Companhia obteve um lucro líquido no trimestre de
R$ 50,5 MM, com uma margem líquida de 7,4%, em
comparação com um lucro líquido de R$ 46 mil no
mesmo período do ano anterior. O expressivo
aumento do lucro líquido refletiu principalmente o
crescimento das vendas da companhia que
compensaram os maiores custos de grãos e de
captação de leite, bem como da menor
rentabilidade das exportações decorrente da
valorização do real. O lucro Líquido ajustado no
trimestre foi de R$ 60,3 MM em comparação com
um lucro líquido ajustado de R$ 7,4 MM no 3T06.
Nota: Lucro/(Prejuízo) Líquido Ajustado não revisado pelos auditores independentes.
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Endividamento Financeiro
A dívida líquida consolidada da Eleva encerrou
o terceiro trimestre de 2007 em R$ 458,0 MM,
apresentando um crescimento de R$ 55,7 MM
em relação ao terceiro trimestre de 2006. A
alta da dívida líquida se deve principalmente
a maior necessidade de capital de giro,
decorrente de um maior nível de estoques, e
do aumento dos investimentos em ativos
fixos. A participação do endividamento líquido
de curto prazo representou 32% do total da
dívida líquida em comparação aos 54% do
3T06. É importante destacar que a Companhia
tem realizado operações para alongamento do
perfil da sua dívida.
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A participação da dívida em moeda estrangeira na dívida total no 2T07 foi de 74,6% ficando acima dos 71,5% do
segundo trimestre de 2007 e dos 70,7% do 3T06. Este aumento ocorreu em virtude de novas captações em
dólares realizadas pela Companhia ao longo do 3º trimestre de 2007. Os indicadores financeiros de liquidez e
operacionais demonstraram melhoria, com destaque para a ampliação do prazo médio de fornecedores, de 25
para 29 dias, e de uma redução do prazo médio de clientes, de 43 para 41 dias, possibilitando uma redução do
ciclo operacional, de 63 para 58 dias. A análise do indicador Dívida Líquida/EBITDA demonstra uma melhora
consistente desse indicador em relação ao mesmo trimestre do ano anterior alcançando uma relação de 2,00x no
período.
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Investimentos
os
A Eleva investiu no acumulado dos nove meses de 2007 um total de R$
109,7 MM, o que representou um crescimento de 71,9% em comparação aos
R$ 64,3 MM investidos no mesmo período de 2006. Destes investimentos
neste trimestre, cerca de 57% foi investido no segmento de carne de frango
e suínos, com destaque para os investimentos na ampliação da capacidade
de produção de industrializados, aquisição de matrizes, adequação da
estação de tratamento de efluentes, evisceração e pré-resfriamento e
adequações do SIF em Lajeado/RS e pequenos investimentos de melhorias
nas demais unidades do segmento de carnes.
No segmento de lácteos foram investidos R$ 37,4 MM para aumento de capacidade produtiva, modernização de
suas plantas industriais e postos de captação de leite. O destaque no segmento de leites/lácteos foi a aquisição
da unidade de processamento de leite em Itumbiara, Goiás, no montante de R$ 30 milhões que se encontrava
anteriormente sob a condição de arrendamento. No corporativo os investimentos foram no projeto ERP, licença
de software e equipamentos de TI.
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Mercado de Capitais
A ação da Companhia, negociada na Bolsa de Valores de São Paulo (BOVESPA) pela sigla ELEV3, que está sendo
negociada por cotação unitária desde o dia 28 de agosto, iniciou o ano de 2007 cotada a R$ 8,70 e fechou o
terceiro trimestre de 2007 em R$ 19,00, representando uma valorização de 118,4% em comparação com uma
alta de 36,0% do Ibovespa no acumulado dos nove meses de 2007. O volume financeiro médio diário nos
primeiros nove meses de 2007 foi de R$ 305,1 mil, e o número de negócios neste período foi de 2.243. O valor
de mercado da Eleva em 30 de setembro de 2007 atingiu R$ 1.231,8 MM.
Governança Corporativa
A Eleva foi fundada em 1959, pelo Sr. Shan Ban Chun, atual controlador da Companhia, sendo constituída
somente de ações ordinárias.
Em Assembléia Geral Ordinária e Extraordinária realizada no dia 27 de abril de 2007, a Companhia anunciou o
novo Conselho de Administração que passou a ser composto pelo Sr. Shan Ban Chun, presidente do Conselho de
Administração, e Natali Shi Wai Shan, além de membros independentes como Antônio Kandir, José Júlio Cardoso
Lucena, Guilherme Afonso Ferreira, Antônio Britto e Roberto Rodrigues. O Sr. Guilherme Afonso Ferreira foi
eleito pelo Conselho de Administração como representante de nossos acionistas minoritários demonstrando o
comprometimento da Companhia com os mais elevados padrões de governança corporativa que foi consolidado
através do novo Estatuto Social que adapta as regras de governança corporativa da Avipal ao “Novo Mercado”.
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Uma das medidas aprovadas pelo novo Estatuto Social é o funcionamento do Conselho Fiscal em caráter
permanente e que também teve os seus membros eleitos na Assembléia Geral Ordinária e Extraordinária,
contando também com a presença de representantes de nossos acionistas minoritários reforçando a nossa
preocupação com a transparência de informações ao mercado.
Em 30 de abril de 2007, a Eleva elegeu o novo Diretor de Relações com Investidores – Sr. Cláudio da Silva Santos
– que ficará responsável pelo relacionamento com o mercado acionário e também pela disseminação das boas
práticas de governança corporativa que nortearão todas as decisões da Companhia.
Em 23 de julho de 2007, a Eleva realizou uma AGE na qual foi aprovada a alteração da razão social da empresa,
grupamento de ações, entrada no “Novo Mercado” e plano de outorga de opções de ações para os funcionários
da Companhia.
A Avipal alterou a razão social de Avipal S/A – Avicultura e Agropecuária para Eleva Alimentos S.A.
A partir do dia 28 de agosto de 2007, as ações da Eleva Alimentos passaram a ser negociadas por cotação
unitária, o que deverá contribuir para uma melhor visibilidade dos preços das ações da companhia. As frações
remanescentes do agrupamento de ações foram vendidas através de leilão realizado na Bovespa e os recursos
foram depositados no dia 17 de outubro aos acionistas fracionários diretamente em conta-corrente ou ficarão a
disposição dos mesmos junto ao Banco Custodiante - Banco Itaú.
Relacionamento com Auditores Independentes
Durante o período de nove meses encerrados em 30 de setembro de 2007, os auditores independentes da
Companhia foram contratados para serviços adicionais ao exame das demonstrações financeiras. Os serviços
adicionais são preponderantemente relativos a respostas a consultas de assuntos de natureza tributária e
assistência e suporte na área fiscal. A administração avalia a natureza dos serviços a serem prestados pelos
auditores independentes e assume a supervisão e a responsabilidade pelos mesmos, assim, é entendimento tanto
da Companhia quanto de seus auditores externos que tais serviços não resultam em perda de independência e
não afetam a objetividade necessária ao desempenho dos serviços de auditoria externa, conforme artigo 27,
parágrafo único da Instrução CVM 308/99, pelas seguintes razões: os resultados dos serviços prestados não são
utilizados como suporte de registros contábeis, a responsabilidade pela implementação de sugestões resultantes
dos serviços prestados e a utilização das respostas às consultas é da administração da Companhia.
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Participações em sociedades coligadas e controladas – Valores R$ mil
Avipal S.A.
Construtora Avipal S.A.
Avipal
Incorp. (*) Alimentos (*) Nordeste S.A
(*)Avipal
CentroOeste S.A
Informações sobre os investimentos
Ações ou quotas possuídas
Participação no capital social - %
Votante
Total
410.977
7.000.000
66.075.100
7.465.073
100
100
100
100
100
100
100
100
569
46
453
(8)
14.451
864
13.588
332
198.752
121.976
76.776
6.034
919
615
304
(31)
461
-
13.256
-
70.742
-
280
55
(8)
453
453
-
332
13.588
13.588
-
6.034
76.776
76.776
-
(31)
304
304
-
Ativo total
Passivo circulante e longo prazo
Patrimônio líquido
Lucro líquido (prejuízo) do trimestre
Movimento dos investimentos
No início do trimestre-01⁄07⁄2007
Adições
Dividendos e juros sobre capital próprio
Recebidos
Equivalência patrimonial
Baixa por venda de investimento
No fim do trimestre-30⁄09⁄2007
Valor patrimonial
Deságio
(*) Informações não revisadas por auditores independentes
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Lander
Trade
Establec.
Unileite
Levino
Outros
Laticínios Zaccardi y InvestiLtda.(*) Cia S.A.(*) mentos(*)
Total 3º
Tri 2007 2º Tri 2007 3º Tri 2006
Informações sobre os investimentos
Ações ou quotas possuídas
Participação no capital social - %
Votante
Total
325.408
6.277.307
2.000.000
100
100
75,50
75,50
100
100
-
16.087
4.305
11.782
931
8.925
6.968
743
(338)
No início do trimestre-01⁄07⁄2007
7.115
Adições (Reduções)
Constituição de provisão para perda
Dividendos e juros sobre capital
próprio recebidos
Equivalência patrimonial
703
Baixa por venda de investimento
No fim do trimestre-30⁄09⁄2007
7.818
Valor patrimonial
8.895
Ágio/(Deságio)
(1.077)
(*) Informações não revisadas por auditores independentes
1.251
-
67
-
93.172
55
-
128.856
246
(1.213)
111.424
12.872
-
(339)
912
743
169
67
67
-
6.691
99.918
100.826
(908)
(4)
285
(34.998)
93.172
94.080
(908)
(2.432)
1.491
123.355
125.722
(2.367)
Ativo total
Passivo circulante e longo prazo
Patrimônio líquido ajustado
Lucro líquido (prejuízo) do trimestre
Movimento dos investimentos
Em 30 de setembro de 2007 a Companhia possuía participação direta de 75,5% no capital social da Unileite
Laticínios Ltda. e participação indireta de 24,5% através de sua subsidiária Avipal S.A. Alimentos.
A Companhia detém participação de 99,0 % na empresa Eurofood Alimentos Ltda., 50,0 % na Jobás
Representações e Transportes Ltda., e 89,0 % na Satélite Corretora de Seguros Ltda, as quais não estão sendo
incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas devido a irrelevância e a intenção da Administração de
descontinuar as suas operações.
Venda de controle acionário de controlada
A Companhia vendeu, em 29 de junho de 2007, para o Fundo de Investimento em Participações Tríade FR1 (“FIP
Tríade”) pelo valor total de R$ 35.564, as ações de emissão da Granóleo S.A. Indústria e Comércio de Sementes
Oleaginosas e Derivados (Granóleo) de que era titular, representativas de 39,934% do capital social total da
Granóleo. O preço de venda das ações foi determinado com base no valor patrimonial das ações da Granóleo em
31/12/2006, ou seja, R$ 418,31 por lote de mil ações. O saldo do investimento na Granóleo S.A., avaliado pelo
método da equivalência patrimonial até a data base da sua venda, era de R$ 34.998, incluindo R$ 1.328 de
deságio, e o ganho apurado na venda foi de R$ 566, registrado como resultado não operacional.
Nesta mesma data, a Companhia vendeu à Elpaal Participações S.S. Ltda. (“Elpaal”) os bens móveis e imóveis
relacionados à fábrica esmagadora de soja denominada “Farol”, localizada no município de Estrela (RS), pelo
valor de R$ 15.000, sendo tal valor suportado por laudo de avaliação elaborado por empresa especializada.
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O pagamento das ações e dos bens alienados acima mencionados foi realizado mediante assunção irrevogável e
irretratável, na proporção de R$ 15.000 a Elpaal Participações S.S. Ltda e R$ 47.772 ao Fundo de Investimento
em Participações Tríade FR1, da dívida da Companhia junto à Granóleo, que totalizava R$ 62.772 na data da
venda, restando um saldo de R$ 12.210, registrado na conta Outras Obrigações do passivo circulante, cujo prazo
de vencimento era 15 de agosto de 2007.
No entanto, o FIP Tríade não efetuou o pagamento da parcela do preço que deveria ser feita ao acionista
controlador (Sr. Shan Ban Chun) em 15 de agosto de 2007 e, diante disso, a Companhia e o Sr. Shan Ban Chun
rescindiram a compra e venda das Ações e dos Ativos celebrada com o FIP Tríade e com a Elpaal em 29 de junho
de 2007.
No intuito de preservar a estrutura do negócio jurídico entabulado com o FIP Tríade e a Elpaal, projetada para
resultar na desvinculação societária e creditória entre a Companhia e a Granóleo, subseqüentemente à rescisão
do referido negócio com o FIP Tríade e com a Elpaal, (i) a Companhia entregou os Ativos para a Granóleo, pelo
mesmo valor de R$ 15.000, em pagamento de parcela da Dívida, (ii) o Sr. Shan Ban Chun assumiu a parcela
restante da Dívida, no montante de R$ 47.772, tendo recebido em contrapartida a totalidade das ações de
emissão da Granóleo de que a Companhia era titular, representativas de 39,934% do capital social total da
Granóleo, pelo mesmo preço de R$ 418,31 por lote de mil ações no valor de R$ 35.362, restando um valor a
pagar de R$ 12.210 ao acionista controlador.
Eventos Subsequentes
Em 12 de setembro de 2007, a Eleva anunciou a celebração com a CCL de contratos comerciais de fornecimento
e industrialização de produtos lácteos pela CCL, com exclusividade. A celebração do contrato de industrialização
e comercialização com a CCL (Cooperativa Central de Laticínios do Estado de São Paulo) que prevê uma
produção e comercialização de 20 milhões de litros de produtos lácteos por mês representou um importante passo
na estratégia da Eleva Alimentos S.A. de aumentar a sua participação na região Sudeste, principalmente na
cidade de São Paulo. A CCL comercializa produtos como leite pasteurizado, leite longa vida, creme de leite,
manteiga, entre outros. Acreditamos que a CCL possui uma posição de destaque na venda de leite pasteurizado,
principalmente, na região da Grande São Paulo, possuindo uma rede de distribuição com grande abrangência e
pulverizada no pequeno varejo e em padarias da região. Essa rede de distribuição poderá contribuir
substancialmente para ampliar o portfolio de produtos da Eleva Alimentos distribuídos no estado de São Paulo.
Em 18 de setembro de 2007, a Companhia apresentou uma proposta não vinculante para analisar a estrutura de
negócios de produtos lácteos da Cooperativa Central de Produtores de Leite – CCPL, que é uma sociedade
cooperativa com atuação no segmento de leite/lácteos localizada no Estado do Rio de Janeiro, atualmente sob
intervenção judicial e em processo de reorganização estrutural. A CCPL tem em seu portfolio de produtos leite
longa vida, manteiga e requeijão cremoso sob a marca “CCPL”. Com a indicação de que a proposta apresentada
pela Companhia foi a vencedora, as partes iniciaram negociações de Termo de Intenção não vinculante, ou
documento similar, para início de estudos, realização de diligência legal, contábil e operacional, e negociação
de alternativas de investimento pela Companhia na CCPL através de aquisição, celebração de contratos
comerciais entre as partes, ou qualquer outra estrutura a ser acordada de comum acordo entre as partes.
Em 21 de setembro de 2007, as partes celebraram Memorando de Entendimentos não vinculante e Contrato de
Empréstimo pelo qual foi disponibilizado pela Companhia à CCPL linha de crédito no valor de R$ 2 milhões, com
juros equivalentes a 12% (doze por cento) ao ano, calculado sobre o valor total do crédito, atualizado
anualmente de acordo com a variação do IGP-M e vencimento em até 180 (cento e oitenta) dias. Em 09 de
outubro de 2007 foi celebrado com a CCPL contrato de industrialização e fornecimento de produtos lácteos por
período de 03 (três) meses, renováveis por igual período, à opção da Companhia.
Mais recentemente, em 19 de outubro de 2007, a Eleva Alimentos e a Perdigão S.A. anunciaram que se
encontram em estudo para uma eventual fusão das suas operações, sendo que os termos e condições da
operação, tão logo tenham sido definidos serão informados ao mercado e aos seus respectivos acionistas.
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Responsabilidade Corporativa
A Eleva comercializa produtos de alta qualidade e, através do crescimento de seu negócio, contribui para o
desenvolvimento do país e beneficia as comunidades das regiões onde atua, gerando mais de 9 mil postos de
trabalhos diretos, 2,5 mil produtores integrados de frangos e suínos e 20 mil produtores de leite.
A Companhia acredita que pode agir para além das fronteiras de seu próprio negócio e contribuir para a redução
da desigualdade social do país, especialmente das regiões onde estão presentes suas unidades. Por essa razão,
criou o Instituto Shan, organização sem fins lucrativos que visa atuar na comunidade, a partir da filantropia
social.
Instituto SHAN
O Instituto SHAN, com sede na cidade de Porto Alegre é uma associação sem fins lucrativos de interesse público,
cujo mantenedor é a Eleva Alimentos. O Instituto contribui para manutenções mensais de 60 Instituições a partir
de doações em espécie e de alimentos, beneficiando mais de 5.700 pessoas.
Contatos – Relações com Investidores
Cláudio da Silva Santos
Diretor de Relações com Investidores
WebSite de RI
www.eleva.com.br/ri/
Tel.: (51) 3371-7110
[email protected]
Alexandre Torrano da Cunha
Gerente de Relações com Investidores
Tel.: (51) 3371-7491
[email protected]
Sobre a Eleva
A Eleva foi fundada em 1959 e seu processo de expansão se iniciou no início da década de 70 com a aquisição da
Cooperativa Avícola do Vale do Taquari e a fundação da Granóleo em 1976. Abriu seu capital na Bolsa de
Valores de São Paulo em 1985 e deu continuidade a sua estratégia de aquisições na década de 90 com a
aquisição do complexo industrial da COOAGRI de Dourados/MS e da Elegê Alimentos (ex Laticínios CCGL). Iniciou
em 2004, um amplo processo de reformulação, visando à profissionalização do corpo diretivo e a
sustentabilidade do negócio. Em julho de 2006, dando continuidade ao processo de profissionalização foi
definido uma equipe de diretores profissionalizada. Em 2007, a Eleva anunciou importantes medidas de
governança corporativa no intuito de aprimorar ainda mais o seu relacionamento com o mercado. Atualmente é
uma das maiores indústrias de alimentos do Brasil, atuando nos segmentos de lácteos, frangos, suínos,
industrializados e grãos, por meio das marcas Elegê e Avipal. Emprega 9 mil funcionários diretos e possui uma
rede de 20 mil produtores de leite e 2,5 mil produtores integrados de frango e suínos.
Em lácteos, é a maior produtora de leite longa vida do Brasil e uma das maiores produtoras nacionais de queijos.
A Companhia processa aproximadamente 898 milhões de litros de leite por ano, por meio de suas unidades
beneficiadoras localizadas no Rio Grande do Sul, São Paulo, Goiás e na Argentina, que abastecem o mercado
interno e externo. Sua linha de produtos inclui leites longa vida, em pó e condensado, bem como queijos e
outros derivados, utilizando as marcas Elegê, Santa Rosa, Dobon e El Vaquero.
Na área de carnes, a Eleva mantém 4 unidades industriais em 3 estados brasileiros (Rio Grande do Sul, Mato
Grosso do Sul e Bahia), possuindo o 5º maior parque abatedor de frangos do país, onde abate cerca de 208
milhões de frangos por ano. Com forte presença no mercado exportador, encerrou 2006 como a 5ª maior
exportadora de frangos, sendo a 3ª em frangos inteiros, e como a 8ª maior exportadora de suínos.
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Aviso Legal
As afirmações contidas neste documento relacionadas a perspectivas sobre os segmentos, projeções sobre
resultados operacionais e financeiros e aquelas relacionadas a perspectivas de crescimento da Eleva são
meramente projeções e, como tais, são baseadas exclusivamente nas expectativas da diretoria sobre o futuro
dos negócios. Essas expectativas dependem, substancialmente, de mudanças nas condições de mercado, do
desempenho da economia brasileira, do setor e dos mercados internacionais e, portanto, sujeitas a mudanças
sem aviso prévio.
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Balanço Patrimonial Consolidado
Investimentos
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Demonstração do Resultado Consolidado
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Demonstração do Fluxo de Caixa Consolidado
Relatório da Administração 3T07
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Eleva - Acionista