RECUPERAÇÃO DE SISTEMAS DE DESSALINIZAÇÃO DO PROGRAMA ÁGUA DOCE EM COMUNIDADES DO SEMIÁRIDO ALAGOANO PLANO DE TRABALHO 1 SUMÁRIO 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. APRESENTAÇÃO.......................................................................................................3 ETAPAS DO PROJETO..............................................................................................6 ANÁLISE INICIAL....................................................................................................20 OBJETIVO..................................................................................................................25 METODOLOGIA E EQUIPE DE TRABALHO.....................................................27 CONOGRAMA DE PRODUTO................................................................................31 CONCLUSÃO.............................................................................................................35 ANEXO........................................................................................................................38 2 APRESENTAÇÃO 3 O Programa Água Doce (PAD) é uma ação do Governo Federal coordenada pelo Ministério do Meio Ambiente, por meio da Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano que, em parceria com instituições federais, estaduais, municipais e da sociedade civil, atua implantando e recuperando sistemas de dessalinização em comunidades que sofrem com elevados déficits hídricos. O PAD tem como base as experiências adquirida pelo Programa Água Boa, que foi formulado em 1996 sob coordenação técnica a Universidade de Campina Grande objetivando instalar dessalinizadores na região do semiárido, porém sem atentar para a destinação do concentrado resultante do processso de dessalinização, para manutenção preventiva e gestão dos sistemas, causando, além de impactos ambientais, redução da qualidade da água distribuída e desativação de sistemas por ausência de gestão adequada. O lançamento do Programa ocorreu em 2004 tendo como objetivo o “estabelecimento de de uma política pública permanente de acesso à água de boa qualidade para o consumo humano, promovendo e disciplinando a implantação, a recuperação e a gestão dos sistemas ambiental e socialmente sustentáveis, para atender, prioritariamente, as populações de baixa renda em localidades difusas do semiárido” (BRASIL, 2010). O PAD se fundamenta em algumas premissas básicas de contexto mundial e nacional: *O compromisso do governo federal de garantir, à população de semiárido, o acesso à água de boa qualidade. * A Declaração do Milênio, que apresenta como meta atender, até 2015, metade da população sem acesso permanente e sustentável à água potável. * O capítulo 18 da Agenda 21, que orienta a manutenção de oferta adequada de água de boa qualidade, o desenvolvimento de fontes novas e alternativas de abastecimento de água , como dessalinização e reciclagem, e a delegação às comunidades e indivíduos beneficiados da responsabilidade pela implementação e funcionamento dos sistemas de abastecimento de Água. * A deliberação da I Conferência Nacional do Meio Ambiente, que propõe a elaboração e implementação de um plano de ação nacional de combate à desertificação, que promova programas e projetos de dessalinização da água de poços artesianos em comunidades afetadas pela estiagem, com o treinamento das pessoas atendidas e aproveitamento sustentável dos rejeitos da atividade. *As premissas da Declaração do Semiárido, que são: a conservação, o uso sustentável, a recomposição ambiental dos recursos naturais e o acesso à água. O Programa trabalha com dois tipos de sistema, dependendo dos recursos financeiros e áreas disponíveis. Assim, são denominados sistemas simples, quando a estrutura é composta por reservatórios de água bruta e água potável, dessalinizador, chafariz e tanques de contenção; e Unidades Demonstrativas, quando o tanque de contenção do concentrado é aproveitado para criação de peixe, cuja espécie utilizada é atualmente tilápia, atingindo uma produção média de 700 kg a cada ciclo de 04 meses. 4 O resíduo da pisicultura é utilizado para irrigação do cultivo de Atriplexnummularia, conhecida como erva-sal, devido à sua habilidade de retirar parte de sal da água. Por fim, essa planta é utilizada para alimentação de caprinos e ovinos devido ao seu elevado teor protéico fechando o sistema integrado. Diante desses objetivos, a área de atuação do PAD corresponde aos territórios abrangidos pelo Semiárido brasileiro, o qual, conforme o Grupo de Trabalho – GTI composto em 2004 pela portaria Interministerial nº06 assinada pelo Ministério da Integração Nacional e Ministério do Meio Ambiente, é definido adotando-se os seguintes critério: * Precipitação pluviométrica média anual inferior a 800 milímetros; * Índice de aridez de até 0,5, calculado pelo balanço hídrico, que relaciona a precipitação e a evapotranspiração potencial, no período entre 1961 e 1990. * Risco de seca maior que 60%, tornando-se por base o período entre 1970 e 1990. A problemática dessa região é amplamente conhecida, marcada especialmente pelos períodos de seca acompanhados por medidas mitigadoras emergenciais historicamente adotadas que, apesar de necessárias, são ineficientes para uma resolução sustentável do abastecimento de água para a população rural de comunidades difusas, onde as conseqüências da estiagem se tornam mais intensas devidas tanto à sua localização distante de áreas atendidas por adutoras coletivas de abastecimento de água, como também por suas atividades socioeconômicas serem totalmente vinculadas e, com isso, dependentes das condições do ambiente natural. O acesso à água dessas localidades é feito especialmente via soluções alternativas coletivas sem rede – carros-pipas e chafarizes – e soluções alternativas individuais – poços particulares, cisternas ou coleta de água em rios e açudes. Em Alagoas, 38 municípios compõem a região, localizados na parte oeste e representando 48% do território alagoano. 5 ETAPAS DO PROJETO O Programa Água Doce possui uma metodologia de trabalho à qual a empresa contratada deverá atender, podendo, porém, quando identificada a necessidade, sugerir à Coordenação Estadual do PAD, adequações e/ou melhorias nos serviços prestados. Essa metodologia trilha uma seqüência de atividades, realizadas de forma integrada pelos diferentes componentes do PAD, estabelecida pelo Programa a nível nacional. Para definir as ações necessárias e identificar as localidades em situação crítica quanto ao acesso à água do semiárido, o PAD inicia seus trabalhos por meio de um diagnóstico que tem por objetivo conhecer as condições socioambientais das comunidades a serem beneficiadas, além de levantar informações referentes às condições para implantação/recuperação dos sistemas de dessalinização. Buscando selecionar as comunidades mais críticas quanto ao acesso à água, o Programa avalia um número de comunidades três vezes superior ao programado para atendimento, possibilitando, além da localização de áreas adequadas para suas ações, o conhecimento e proposição de outros projetos de abastecimento de água apropriados para cada localidade, dentro do contexto do Programa Água Para Todos. O Programa Água Doce trabalha em comunidades pertencentes à região do semiárido brasileiro. Em Alagoas, essa área corresponde a 38 municípios, segundo o Governo Federal, conforme mapa abaixo, sendo, porém, área potencial de atendimento pelo Núcleo Estadual do PAD. O diagnóstico deverá ser efetuado em, no mínimo, 303 comunidades distribuídas em todo o semiárido alagoano (Figura 1), levantadas inicialmente com as prefeituras e constantes no banco de dados do Programa, a serem fornecidas pela SEMARH. No entanto, seguindo os indicadores utilizados pelo Programa, foram listados pelo Plano Estadual do PAD/AL os municípios em ordem de prioridade para atendimento, e com isso, de realização do diagnóstico, destacados na tabela 1. 6 Figura 1 – Área de atuação do PAD/AL TABELA 01 – Municípios em ordem de prioridade para realização do diagnóstico Ordem 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 Município Pariconha Canapi Senador Rui Palmeira Monteirópolis Dois Riachos Inhapi Carneiros Poço das Trincheiras São José da Tapera Santana do Ipanema Delmiro Gouveia Cacimbinhas Água Branca Major Isidoro Olho d'Água do Casado Ouro Branco Olivença Mata Grande Estrela de Alagoas Olho d'Água das Flores Pão de Açúcar Maravilha Batalha Palestina Jacaré dos Homens Minador do Negrão Piranhas Palmeira dos Índios Quebrangulo 7 30 31 32 33 34 35 36 37 38 Lagoa da Canoa Girau do Ponciano Craíbas Igaci Jaramataia Traipu Belo Monte Arapiraca Coité do Nóia Após o diagnóstico, a SEMARH iniciará a recuperação dos equipamentos de dessalinização, ou, quando não houver essa possibilidade, tomará as providências para aquisição de um novo dessalinizador nas comunidades selecionadas. Serão executadas as obras civis, concomitantemente aos trabalhos de mobilização e sustentabilidade ambiental, os quais continuarão mesmo após o fim da implantação dos sistemas de dessalinização. As ações do componente de Mobilização Social são direcionadas para o auxílio à resolução dos conflitos sociais envolvidos nos processos de elaboração das regras que viabilizarão o funcionamento dos dessalinizadores e nas atividades de implementação das regras através dos mecanismos de gestão dos sistemas de dessalinização. Os técnicos de Sustentabilidade Ambiental efetuam trabalhos que buscam a garantia da qualidade da água fornecida pelo sistema de dessalinização, adequando-o de forma a facilitar a sua higienização e evitar a contaminação da água, capacitando o operador quanto aos procedimentos de manutenção da qualidade da água distribuída; conscientizam a comunidade quanto às melhores formas de coleta, transporte e armazenamento da água e promovem avaliações da qualidade da água dessalinizada. Com isso, além de todas as atividades de seleção de áreas, caberá à empresa contratada atuar na fase de planejamento dessas ações, por meio de projetos e recomendações técnicas, sendo esses serviços divididos em 3 (três) etapas conforme detalhado abaixo: a. ETAPA 1: Diagnóstico socioambiental e técnico de 303 comunidades Elaboração de recomendações técnicas para implantação de projetos de abastecimento de água adequados a cada comunidade b. ETAPA 2: Realização de testes de vazão em 202 comunidades Elaboração dos projetos de recuperação/implantação de sistemas de dessalinização em 202 comunidades 8 c. ETAPA 3: Procedimentos para regularização de terrenos para implantação dos sistemas de dessalinização Levantamento de informações para outorga de captação de água de 101 poços Levantamento de informações para licenciamento ambiental de 101 sistemas de dessalinização ESCOPO DOS SERVIÇOS ETAPA 1 A etapa 1 se caracteriza pelo diagnóstico de 303 comunidades visando a identificação daquelas mais críticas quanto ao acesso à água, como também quais estão aptas para a continuidade dos demais procedimentos com vista ao atendimento pelo Programa Água Doce. Para planejamento das visitas, além dos dados fornecidos pela SEMARH, deverá ser feito um levantamento de comunidades com dificuldade de acesso à água junto às prefeituras. Porém a realização do diagnóstico deverá ser direcionada para as comunidades que possuem poços e uma população de, no mínimo, 20 famílias em um raio de 1 km da estrutura. Nas localidades que não possuírem as características adequadas para implantação de sistemas de dessalinização pelo PAD, além de apresentar a justificativa de exclusão das mesmas do processo, a empresa deverá elaborar recomendações técnicas de acesso à água mais adequadas a cada uma delas. O detalhamento dos diagnósticos e das recomendações técnicas está apresentado abaixo. Diagnóstico socioambiental O diagnóstico deverá ser feito por meio do preenchimento de planilhas específicas do PAD (Anexo II), as quais permitem a caracterização das comunidades em relação a aspectos críticos, visando à definição de ações de remediação e implementação de alternativas para redução dos riscos. Essas planilhas são compostas pelas informações detalhadas abaixo. a. Estrutura da Comunidade: • Em relação à disponibilidade, acesso e uso da água proveniente de dessalinizadores; • Em relação à disponibilidade, acesso e uso da água proveniente de outras fontes de abastecimento; • Em relação à infraestrutura/fatores socioculturais. 9 b. Caracterização ambiental das fontes de abastecimento (estado das fontes): Também são consideradas algumas observações do entorno, principalmente quanto ao estado em que se encontram as fontes de abastecimento de água da comunidade, de acordo com os blocos abaixo: Aspectos ambientais gerais do sistema de dessalinização; Aspectos gerais do poço que abastece o dessalinizador; Aspectos gerais de pequenos e médios açudes usados pelas comunidades. As informações presentes na planilha vão auxiliar na caracterização e definição do nível de criticidade da comunidade, porém, a priorização inicial dessas será efetuada seguindo os seguintes aspectos: A ausência de estruturas para abastecimento de água de qualidade para consumo na comunidade, Percentual de famílias sem nenhum atendimento por projetos de abastecimento de água; Presença de poço; Possibilidade de implantação do sistema em área com uma distância menor de 1 (um) km à maior concentração populacional da comunidade; Considera-se também a possibilidade de identificação de características nas comunidades não previstas nas planilhas, devendo essas ser relatadas nos produtos entregues pela empresa. Quanto às características sociais, deverão constar nos produtos da empresa contratada, no mínimo, as seguintes informações: Potenciais beneficiários diretos e indiretos do PAD e os demais atores (do setor público e da sociedade civil) interessados no processo; Mapear os conflitos e problemas que levaram à desativação ou ao funcionamento inadequado dos dessalinizadores no passado; Fazer um levantamento das formas de organização social e das lideranças locais que possam colaborar no processo de gestão; Entender como são as relações entre a comunidade e as esferas políticas, econômicas e culturais do município; Levantar informações sobre as formas de organização produtiva na comunidade e sobre o envolvimento em outros projetos ou programas que objetivassem o desenvolvimento da comunidade; Potenciais projetos de abastecimento de água. 10 Também deverá ser realizada uma caracterização da produção agropecuária da comunidade, objetivando um potencial desenvolvimento de sistemas produtivos adequados a cada realidade. Diagnóstico técnico Os técnicos responsáveis pelo diagnóstico técnico deverão, já nesse primeiro momento, localizar potenciais terrenos para construção do chafariz e tanques de contenção do concentrado, em locais onde não há sistemas de dessalinização instalados, indicando a titularidade dessas áreas, suas características físicas, disponibilidade de energia elétrica, acesso ao local e distância da maior concentração populacional da comunidade. Todas essas áreas deverão ser georeferenciadas e fotografadas. Em localidades que possuírem sistemas de dessalinização, a empresa contratada realizará um diagnóstico técnico completo desses, apresentando um relatório para cada sistema, com registros fotográficos, contendo no mínimo as seguintes informações: a. Identificação Município/Localidade Órgão responsável pelo sistema e/ou que instalou Nome (s) dos operadores Número de famílias na localidade b. Obras civis Breve descrição sobre os aspectos físicos do sistema Caracterização das obras civis – caracterizar todas as estruturas que integram os sistemas (abrigo do dessalinizador, reservatórios, chafariz, cercas, etc.), quantificando e detalhando o estado de conservação, itens que precisam ser recuperados, reformados, substituídos; Fundações e infraestruturas – Lastro de concreto, concreto, alvenaria; Alvenarias – paredes, base dos reservatórios, reservatórios e tampas; Estrutura - laje pré-moldada ou concreto; Revestimento – interno, externo, azulejos, cerâmicas; Forros e coberturas - reboco de tetos, estrutura de madeira, cobertura com telha cerâmica; Piso – interno, externo; Esquadrias – portas; Pintura - Interna, externa; Instalações elétricas Impermeabilizações 11 c. Poço – Georeferenciar; presença de rede elétrica e suas características (distância, queda de tensão ou sobrecarga, demais informações relevantes); bomba do poço (tipo de bomba, potência, características, quadro elétrico, se está em funcionamento, motivos de paradas, etc.); existência de abrigo para quadro de comando e características; estado das tubulações hidráulicas; distância do poço ao dessalinizador. Essas informações deverão ser levantadas em comunidades com ou sem sistemas de dessalinização. Dessalinizador Se a comunidade possuir dessalinizador, esse deverá ser avaliado pela empresa contratada, a qual oferecerá detalhes sobre o histórico de funcionamento do equipamento e causas de paralisação, características gerais, estruturas ausentes ou danificadas, conforme roteiro a seguir: Funcionamento do dessalinizador (tempo de operação, quando foi instalado, quem presta algum tipo de manutenção, quando foi feita a última manutenção, motivos de paradas, etc.); Estado dos filtros de cartucho (limpos, sujos, necessidade de troca, número de filtros, existência de estoque, etc.); Presença de vazamentos nas carcaças dos filtros (copos), necessidade de substituição, número de carcaças; Motor-bomba (presença de vazamentos, ruídos, funcionamento, tipo de bomba, potência, etc.) – motor-bomba auxiliar, motor-bomba de alta pressão, motorbomba de retro - lavagem; Bomba dosadora (informar sobre o funcionamento, motivos de paradas, tipo, modelo); Presença de anti-incrustante em estoque, quantidade, tipo, etc. Estado de limpeza e conservação dos tanques (bombonas) para preparar solução anti-incrustante, e usado para retro - lavagem; Vazamento de todas as tubulações (PCV, CPVC, mangueiras, válvulas), conexões quebradas, necessidade de reparos, etc. Estado dos vasos de alta pressão (permeadores), número de vasos, comprimento e diâmetro, condições de fechamento dos vasos, presença de vazamentos, peças quebradas, tipo de fechamento, pintura, etc. Número de membranas, dimensões; 12 Funcionamento dos manômetros (medidores de pressão), informando as faixas de leituras, modelos, conexões, mangueiras tomadas de pressão e realizar leitura dos mesmos; Funcionamento dos rotâmetros (medidores de vazão) informando as faixas de leituras, modelos, conexões, realizando leitura dos mesmos; Verificar quadro de comando elétrico, informando sobre o estado das botoeiras, sinaleiras, contactores, presença de algum componente a ser substituído, estado de conservação etc.; Condições do pressostato; Tipo de rede elétrica, ocorrência de queda de tensão no local, ou sobrecarga; Estado de conservação da estrutura metálica, suportes, pintura, pés (vibrastopo), etc.; Observar e informar as condições dos demais itens que compõem o dessalinizador; Condutividade elétrica da água nas correntes de alimentação, permeado e concentrado; Condições de limpeza dos reservatórios – alimentação (água do poço), permeado ou concentrado; Condições de limpeza do chafariz Caso o dessalinizador esteja funcionando, efetuar coleta para análise físicoquímica da água do permeado e do concentrado. Avaliação de salinidade do solo Entre as ações planejada pelo Programa Água Doce está a avaliação de processos de salinização do solo do semiárido, especialmente em locais onde haverá instalação de tanques de contenção do concentrado. Dessa forma, a empresa deverá efetuar coleta e análise de solo superficial das 303 localidades visitadas, seguindo a metodologia estabelecida pela EMBRAPA: • Selecionar uma área considerada uniforme quanto à cor, topografia, textura e quanto às adubações e calagens que recebeu. Deve ser dada prioridade a terrenos potenciais de instalação de tanques de contenção do concentrado, se houver. • Coletar cinco sub-amostras de solo de até 20 cm de profundidade, em pontos que formem um ziguezague, as quais deverão ser colocadas juntas em um balde limpo. Na falta de 13 trado poderá ser usado um tubo ou uma pá. Todas as amostras individuais de uma mesma área uniforme deverão ser muito bem misturadas dentro do balde, retirando-se uma amostra final de aproximadamente 200 g. • Não retirar amostras de locais próximos a residência, galpões, estradas, formigueiros, depósito de adubo, etc. Não retirar amostra quando o terreno estiver encharcado. • Os parâmetros avaliados no laboratório deverão contemplar, no mínimo, a condutividade, concentração de sódio, magnésio e cálcio. Georeferenciamento de pontos relevantes Em todo o diagnóstico, deverão ser georeferenciados os pontos importantes para conhecimento da comunidade, dimensionamento dos sistemas que serão instalados e definição de ações necessárias para implantação. No mínimo, os seguintes pontos deverão ser georeferenciados: Poço (s); Início e fim da comunidade, além da área de maior concentração populacional; Demais fontes de acesso à água, tais como açudes e chafarizes; Posto de saúde e escolas; Área urbana do município; Área potencial para implantação do chafariz; Área potencial para instalação dos tanques de contenção; Terreno onde foram colhidas amostras do solo; Elaboração de recomendações técnicas Com os dados levantados pelos diagnósticos, a empresa irá apresentar a caracterização de todas as comunidades, indicando as localidades onde há necessidade e possibilidade de implantação de sistemas de dessalinização, e quais as condições necessárias para que isso ocorra. Ressalta-se que o PAD irá atuar principalmente em comunidades onde há possibilidade de recuperação do poço, porém não devem ser descartadas as localidades críticas onde o único meio de implantação de sistemas de dessalinização é a perfuração em local a ser indicado por um geólogo. Assim, além das demais informações, deverá ser destacada pela empresa qual dessas ações será a mais indicada para cada localidade. Essas potenciais comunidades para implantação de sistemas de dessalinização deverão ser listadas por ordem de prioridade para atuação do PAD, conforme seu nível de criticidade, especialmente quanto ao acesso à água para consumo. 14 Para as demais localidades caracterizadas, onde há impossibilidade de implantação de sistemas de dessalinização, a empresa deverá apresentar recomendações de projetos de abastecimento de água mais adequados. ETAPA 02 Identificadas as comunidades mais críticas quanto ao acesso à água, a SEMARH indicará as 202 comunidades onde os demais procedimentos serão efetuados. A responsabilidade pela confirmação das localidades selecionadas é da Coordenação Estadual do Programa Água Doce, com anuência da Coordenação Nacional. Após o recebimento dos relatórios e dados consolidados o Contratante se manifestará em até um mês indicando as localidades selecionadas. Nessa etapa os potenciais usuários de água deverão ser caracterizados quanto aos aspectos socioeconômicos e ambientais, e a vazão dos poços deverá ser avaliada. Essas informações, juntamente com as informações obtidas na etapa anterior deverão compor um projeto técnico, social e ambiental para a comunidade, conforme detalhado abaixo. Efetuar diagnóstico de usuários Os usuários potenciais da água dessalinizada deverão ser avaliados quanto aos seus aspectos socioeconômicos e a situação de risco em seus domicílios, sendo também realizadas análises bacteriológicas das águas armazenadas em cada unidade, utilizando Kits portáteis de avaliação microbiológica para análise de coliformes totais, fecais e salmonela, mínimo detectável de 60 UFC/100 mL. Essa caracterização é efetuada com auxílio de planilhas específicas do PAD (Anexo III) as quais contemplam as seguintes informações: a. b. c. d. características socioeconômicas; características de acesso, uso, armazenamento e descarte da água nos domicilios; informações referentes às condições gerais de saneamento básico nos domicílios; Avaliação da qualidade da água de consumo. Essa caracterização deve possuir uma representatividade mínima de 10% de residências da comunidade, sendo priorizadas aquelas localizadas em um raio de 1 km do sistema de dessalinização. Testes de vazão Tendo como subsídio os produtos do diagnóstico e visitas técnicas, a SEMARH indicará 202 comunidades onde deverão ser realizados testes de vazão nos poços. A empresa deverá executar nesses poços testes de vazão completos com 12 horas de bombeamento e duas horas de recuperação, apresentando nos relatórios: as fichas dos ensaios de bombeamento, com todos os parâmetros hidrodinâmicos – modelo a ser fornecido pela SEMARH - profundidade do poço, tipo de equipamento de bombeamento e memória de cálculo da interpretação do teste para definição da vazão de explotação do poço. Os relatórios 15 devem ser atestados por geólogo devidamente habilitado e cadastrado no CREA-AL, e respectiva ART. Em todos os poços avaliados deverão ser realizadas coletas de amostras água para análise físico-química e bacteriológica, devendo ser analisados, pelo menos, os seguintes parâmetros: • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • Condutividade Elétrica, µmho/cm a 25oC Potencial Hidrogeniônico, pH Turbidez, (uT) Cor, Unidade Hazen (mg Pt–Co/L) Dureza em Cálcio, mg/L Ca++ Dureza em Magnésio, mg/L Mg++ Dureza Total, mg/L CaCO3 Sódio, mg/L Na Potássio, mg/L K+ Ferro Total, mg/L Alcalinidade em Hidróxidos, mg/L CaCO3 Alcalinidade em Carbonatos, mg/L CaCO3 Alcalinidade em Bicarbonatos, mg/L CaCO3 Alcalinidade Total, mg/L CaCO3 Sulfato, mg/L SO4-Cloreto, mg/L ClNitrato, mg/L NO3Nitrito, mg/L NO2Sílica, mg/L SiO2 Total de Sólidos Dissolvidos Secos a 180ºC, mg/L Coliformes totais Coliformes termotolerantes Também deverão ser levantados os quantitativos e serviços necessários para recuperação de cada poço, com apresentação dos orçamentos. Além dessas informações, nos relatórios deverão constar os impedimentos apresentados em localidades indicadas onde não foi possível executar o serviço. Elaboração de projetos técnicos de 202 comunidades A empresa deverá apresentar os projetos técnicos, por comunidade, para implantação dos sistemas de dessalinização com as seguintes informações: a. Obras civis • • • Local de implantação do chafariz; Locação dos tanques de contenção; Planta do sistema de dessalinização; 16 • • • • Quantitativo de materiais para as obras civis; Especificações para recuperação do dessalinizador; Orçamentos; Disponibilidade de terreno para construção do sistema; b. Dessalinizador • • • • Necessidade de aquisição de um novo equipamento Dimensionamento dos equipamentos específico para cada comunidade Peças ou consertos necessários para recuperação Orçamentos Além dos projetos referentes às obras civis e à implantação dos dessalinizadores, a empresa deverá incluir recomendações para a fase de execução dos trabalhos de sustentabilidade ambiental e mobilização social em cada comunidade, tendo como base as atividades apresentadas por esses componentes após a implantação dos sistemas de dessalinização, apresentadas no item 3, e as características levantadas nos diagnósticos de comunidade e de usuários. ETAPA 03 A etapa 3 consiste nos trabalhos de regularização dos projetos para início da implantação dos sistemas de dessalinização. Para isso, deverão ser levantados documentos de regularização dos terrenos e procedimentos de licenciamento ambiental e outorga de captação de água subterrânea. Procedimentos para regularização de terrenos para implantação dos sistemas de dessalinização A implantação dos sistemas de dessalinização do Programa Água Doce se efetua apenas em terrenos cedidos à comunidade, associação ou à prefeitura, para desenvolvimento do projeto. Com isso, a empresa, por meio de sua equipe de mobilização social, deverá efetuar os procedimentos necessários, junto ao proprietário do terreno, prefeitura ou associação para disponibilização dessas áreas onde serão implantados os projetos, identificando-os, explicando a importância do projeto, e verificando seu interesse. Com essas informações, os procedimentos de regularização dos terrenos serão efetuados pela SEMARH. Em caso de áreas de assentamento, esses procedimentos não serão necessários. Levantamento de informações para outorga de captação de água de 101 poços 17 A empresa efetuará, juntamente com a SEMARH, procedimentos técnicoadministrativos necessários para a abertura dos processos e aprovação da outorga de captação da água dos 101 poços onde serão implantados sistemas de dessalinização. Para isso, a empresa deverá realizar os seguintes procedimentos: a. Levantar as informações necessárias e preencher o formulário correspondente requerido pela SEMARH nos procedimentos de outorga: Região e Bacia hidrográfica onde está localizado cada poço; Coordenadas geográficas; Vazão mensal requerida, tempo (h/dia) e período (dias/mês); Tipo de poço; Dados construtivos (revestimento, profundidade, diâmetro, tipo de filtro, préfiltro, proteção sanitária); Dados hidrogeológicos – profundidade, nível estático, nível dinâmico, rebaixamento, vazão de teste, capacidade específica; Tipo de aqüífero – fraturado (fissural, fissuro-cárstico, castiço), poroso (livre, semi-confinado, confinado); Sistemas de bombeamento – tipo de bomba (submersa, centrífuga ou injetora), altura manométrica, vazão, tipo de motor e energia; Forma de reservação e volume; Usos da água. b. Providenciar relatório técnico do poço; c. Laudo Hidrogeológico, contendo informações de Interferência, Vulnerabilidade, Vazão de Explotação; d. Resultado do teste de vazão escalonado; e. Análise físico-química e bacteriológica da água; f. Cópia da nota fiscal do hidrômetro; Levantamento de informações para licenciamento ambiental de 101 sistemas de dessalinização A empresa também efetuará, juntamente com a SEMARH, procedimentos técnicoadministrativos necessários para a abertura dos processos e aprovação do licenciamento ambiental dos 101 sistemas de dessalinização. Para efetuar o Licenciamento Ambiental Simplificado (LAS), ao qual se enquadram os sistemas de dessalinização, a empresa deverá realizar os procedimentos e levantar os documentos listados abaixo. a. Memorial descritivo do empreendimento com as seguintes informações: 18 Localização e a área ocupada pelo empreendimento, apresentando pontos de referência e detalhando as vazões e população a ser atendida, de modo a permitir um perfeito reconhecimento do mesmo; Descrição da cobertura vegetal, topografia, tipo de solo e corpos d’água existentes, acompanhados de fotografias; Localização em relação aos cursos d’água próximos, ventos predominantes e pluviometria da região; Existência de áreas protegidas em lei no seu entorno; Infraestrutura existente no entorno; Uso atual do solo (uso predominante na área e outros usos já implantados); b. Outorga ou protocolo do pedido de outorga do direito de uso da água ou documentação comprobatória de fornecimento de água pela concessionária; c. Projetos com memorial descritivo, de cálculo e plantas em escala adequada; d. Diagnóstico Ambiental Simplificado; 19 20 ANÁLISE INICIAL O produto inicial, referente ao acompanhamento e avaliação das atividades de planejamento para recuperação dos sistemas de dessalinização,a forma de apresentação se deu por meio de Relatório contendo avaliação Técnica dos Resultados do Diagnóstico socioambiental e Técnico de 303 comunidades e avaliação técnica dos Projetos elaborados para cada comunidade. A execução se deu através do Contrato nº 005/2013, celebrado entre o estado de Alagoas por intermédio da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos SEMARH e a empresa Gama Engenharia de Recursos Hídricos. O qual foi apresentado, o referido relatório contendo avaliação técnica dos resultados do diagnóstico socioambiental e técnico de 303 comunidades e avaliação técnica dos projetos elaborados para cada comunidade. [rss1] Comentário: Comentei no relatório anterior que as informações aqui descritas fazem referência ao nosso contrato com a SEMARH e não o contrato da empresa de engenharia com a SEMARH. Distribuídos em 03(três) ETAPAS; 1)Diagnóstico socioambiental e técnico de 303 comunidades; elaboração de recomendações técnicas para implantação de projetos de abastecimento de água adequados a cada comunidade. 2) Realização de testes de vazão em 202 comunidades;elaboração dos projetos de recuperação=implantação de sistemas de dessalinização em 202 comunidades. 3) Procedimentos para regularização de terrenos para implantação dos sistemas de dessalinização; Levantamento de informações para outorga de captação de água de 101 poços; Levantamento de informações para licenciamento ambiental de 101 sistema de dessalinização. Os mesmos foram apresentados pela empresa contrata, em três volumes: • • • [rss2] Comentário: Não realizamos isso. Julho/2013, composto de 07 (sete) cadernos; Agosto/2013,composto de 08(oito) cadernos e, Dezembro/2013,composto em 16(dezesseis) cadernos. Municípios constantes do Diagnóstico Socioambiental, realizado nos meses de Julho e Agosto de 2013: [rss3] Comentário: Não realizamos isso. Isto é de ações anteriores ao contrato. Pariconha Senador Rui Palmeira Inhapi São José da Tapera Água Branca Pão de Açúcar Piranhas 21 Municípios constantes do Diagnóstico Socioambiental, realizado nos meses de Agosto e Setembro: Canapi Olho d’água do Casado Ouro Branco Mata Grande Pão de Açucar Maravilha Palmeira dos Índios Municípios constantes do Diagnóstico Socioambiental, realizado nos meses de Outubro e Dezembro: Monteiropólis Dois Riachos Carneiros Poço das Trincheiras Santana do Ipanema Delmiro Gouveia Cacimbinhas Major Isidoro Olivença Estrela de Alagoas Olho d’agua das Flores Batalha Palestina Jacaré dos Homens Minador do Negrão Quebrângulo Lagoa da Canoa O responsável pelo produto cumpriu a etapa 01 (um), conforme Relatório Consolidado (diagnóstico socioambiental e técnico – Julho, Agosto e Dezembro/2013). Com relação à etapa 02 (dois) a mesma encontra-se em fase de finalização, onde os projetos, teste de vazão, análise de água e caracterização de 10% do domicílio foram realizados, restando apenas 81(oitenta e uma) comunidades que estão aguardando autorização do Ministério do Meio Ambiente. Há previsão, segundo a Coordenadora do ProgramaSEMARH, para inicio em 03(três) de junho do corrente ano e sua conclusão com previsão para 03(três) de agosto de 2014. Os critérios utilizados pela empresa contratada no diagnóstico Socioambiental e Técnico são os adotados pelo PAD, visando a implantação de sistemas de dessalinização. Quanto à terceira etapa a empresa responsável informou que iniciará a execução do serviço em junho de 2014. 22 Em abril, houve a realização de Curso de Formação de Recursos Humanos do Programa Água Doce-AL – Operador de Dessalinizador – Convênio Siconv n.70741-2009, no auditório do DNOCS – Município de Palmeira dos Índios-AL, abrangendo os seguintes municípios: • • • • • • • • • • Batalha ( Comunidade das Valérias e Comunidade Pau Ferro) Major Izidoro (Povoado Bezerra) Senador Rui Palmeira( Comunidade Candunda, Sítio Mororó e Comunidade Malhadinha) Santana do Ipanema (Sítio Riacho das Lages e Sítio Grotão) São José da Tapera( Sítio Logrador) Poços da trincheira ( Sítio Gravatazinho, Sítio Manuê e Várzea de D.Joana) Estrela de alagoas (Sítio Lagoa dos Porcos) Minador do Negrão (Sítio Pedra talhada, Sítio Travessão e Sítio Salgadinho) Palmeira dos Índios (Sítio Gavião) Dois Riachos (Sítio Jurema) Por fim, aos 11 dias do mês de abril do corrente ano, houve a reunião do Núcleo Estadual de Gestão do Programa água Doce, instituído através do Decreto Governamental n.25.496, de 25 de Março de 2013,sob a Coordenação da SEMARH-AL,através da Coordenadora Estadual do PAD-AL, Ana Cristina de Azevedo Barreiros Silva. Presentes na reunião Daniela Soares Amorim, Superintendente de Planejamento e Programa da SEMARH-AL, Solange Amaralis dos Santos, representante do Ministério do Meio ambiente, José Gino de Oliveira, Engenheiro Civil e Gestor dos Contratos das Obras de Engenharia e da Recuperação dos Dessalinizadores, José Maria Leandro,representante da SESAU-AL,Tânia Maria de Oliveira,representante do Instituto do Meio ambiente – IMA-AL,e Sandra Maria Lima Lopes, representante FUNDEPES. A pauta da reunião foi previamente enviada a todos os membros (titulares e suplentes), a qual foi discutida na seguinte ordem: Apresentação Dops dados dos Convênios MMA-SRHU-SEMARH n. 002-2009 – Entrega dos 24 sistemas; Apresentação dos dados do Convênio MMA-SRHU-SEMARH n. 07804-2011. Análise dos Testes de Vazão. Convite para a reunião dos Coordenadores Estaduais com a Coordenação Nacional no dia 14.04.2014.Convite para a solenidade dia15.04.2014. Logística,Comunidades,diárias,ônibus,almoço. Convênio 002-2009 – 24 Sistemas de Dessalinização – Obras Civis;-Acordos de Gestão;-Implantação-Instalação dos Dessalinizadores;Convênio 07804-2011 – 101 sistemas de Dessalinização – aprovação da 2ª Etapa (teste de vazão);Planejamento para iniciar trabalho de campo com os componentes do Programa Água Doce,(Mobilização Social-Sustentablidade Ambiental-ObrasDessalinização),para realizar as reuniões nas comunidades,formalizar os acordos de Gestão,fiscalizar e acompanhar os serviços para implantação dos sistemas, acompanhando o Cronograma das Obras Civis. A Coordenadora do PAD-AL agradeceu a presença de todos e informou sobre a importância e o objetivo da criação do Núcleo do PAD.informou que todas as decisões com relação às atividades do Programa Água Doce serão comunicadas e submetidas à aprovação do Núcleo. A partir daí se deu início a reunião seguindo a pauta. Informou que no dia 14 de abril do corrente ano será realizada a 1ª Reunião da Coordenação Nacional com os Coordenadores estaduais, aqui em Maceió. A reunião acontecerá no auditório da SEADES, a 23 partir das 09:00 horas.Dia 15 de abril de 2014, a SEMARH juntamente com MMA fará a entrega dos 24 Sistemas de Dessalinização, aos 12 Municípios contemplados com o Convênio MMA-SRHU-SEMARH n.002-2009. Foi dada a palavra ao engenheiro Civil José Gino Oliveira para falar sobre o andamento das obras dos Sistemas. O mesmo informou que 15 Sistemas estão com as obras civis concluídas. Em sete sistemas os dessalinizadores já foram instalados. A Coordenadora informou que em algumas comunidades já foram feitos os acordos de Gestão. Informou também que nos dias 08 e 09 de abril de 2014, foi realizado o Curso de Operador de sistemas de dessalinização. 38 representantes das comunidades atendidas compareceram e foram capacitados. Informou também que há necessidade de realizar curso de sustentabilidade nas comunidades que estão recebendo os sistemas. Foi feito o seguinte cronograma para aplicar o curso: 1º Pólo: São José da Tapera,Poço das Trincheiras,Santana do Ipanema,Senador Rui Palmeira e Dois Riachos.2º Pólo:Major Izidoro e Batalha,3º pólo: Minador do Negrão,Estrela de alagoas e Igaci.4º Pólo:Girau do Porciano e Traipú. O curso será realizado com os membros da comunidades, escolas, agentes de saúde, etc. Prosseguindo a reunião foram apresentados o teste de vazão realizados nos primeiros 06(seis) municípios.Foi informado das dificuldades encontradas pela empresa contratada em realizar os serviços, a escassez da água e a realidade encontrada. Foi informado que tais dados foram passados ao MMA com relação às vazões encontradas e esse assunto será tema de discussão na reunião de Coordenadores estaduais com a Coordenação Nacional do PAD. As comunidades que apresentaram a vazão superior a 1000 litros hora foram aprovadas pelos representantes presentes na reunião. Após houve o encerramento da mesma. 24 OBJETIVOS Esta proposta tem como objetivo a execução de serviços técnicos especializados de atividades de recuperação de sistemas do Programa Água Doce, vinculado à Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos de Alagoas, em comunidades do semiárido alagoano. Esta formulação considerou as recomendações do capítulo 18 da Agenda 21, relacionadas ao desenvolvimento de fontes novas e alternativas de abastecimentos de água (como a dessalinização), e a delegação, até as comunidades, da responsabilidade pela implementação e funcionamento dos sistemas de abastecimento de água. Com a execução do Programa Água Doce, o Ministério de Meio Ambiente, em conjunto com parceiras, contribuiu com o compromisso assumido pelo governo federal de atingir a meta da Declaração do Milênio, que visa reduzir pela metade, até 2015, a proporção da população sem acesso permanente e sustentável à água potável. Assim, o PAD tem por objetivo estabelecer uma política pública permanente de acesso à água de qualidade para o consumo humano por meio do aproveitamento sustentável de águas subterrâneas, incorporando cuidados ambientais e sociais na gestão de sistemas de dessalinização. O programa busca atender, prioritariamente, localidades rurais difusas do Semiárido Brasileiro, se caracterizando também como uma medida de adaptação às mudanças climáticas por reduzir as vulnerabilidades no que diz respeito ao abastecimento de água. Estudos mostram que com o aumento de temperatura e, por conseqüência, com o aumento das taxas de evaporação na região, as águas subterrâneas passam a ser uma das poucas alternativas de acesso à água para população rural residente no semiárido brasileiro. O PAD é uma das iniciativas que integram o Programa Água Doce Para Todos do Governo Federal, no âmbito do Plano Brasil sem miséria. 25 METODOLOGIA E EQUIPE DE TRABALHO 26 O Programa Água Doce possui uma metodologia de trabalho á qual a empresa deverá atender, podendo, porém, quando identificada a necessidade, sugerir á Coordenação Estadual do PAD, adequação e,ou melhorias nos serviços prestadas. Essa metodologia segue uma sequência de atividades realizadas de forma integrada pelos diferentes componentes do PAD, estabelecida pelo Programa a nível nacional. Para definir as ações necessárias e identificar as localidades em situação crítica quanto ao acesso à água do semiárido, o PAD inicia seus trabalhos por meio de um diagnóstico, que tem por objetivo conhecer as condições socioambientais das comunidades a serem beneficiadas, além de levantar informações referentes ás condições para implantação-recuperação dos sistemas de dessalinização. Buscando selecionar as comunidades mais críticas quanto ao acesso à água, o Programa avalia um número de comunidades três vezes superior ao programado para atendimento,possibilitando, além da localização de áreas adequadas para suas ações, o conhecimento e proposição de outros projetos de abastecimento de água apropriadas para cada localidade,dentro do contexto do Programa Água Doce Para Todos.Segue a recuperação dos equipamentos de dessalinização,ou , quando não há essa possibilidade,providências para aquisição de um novo dessalinizador. Nas comunidades selecionadas são executadas as obras civis, concomitantemente aos trabalhos de mobilização e sustentabilidade ambiental, os quais continuarão mesmo após o fim da implantação dos sistemas de dessalinização. As ações do componente de Mobilização Social são direcionadas para o auxílio à resolução dos dilemas sociais envolvidos nos processos de elaboração das regras que viabilizarão o funcionamento dos dessalinizadores e nas atividades de implementação dessas regras através dos mecanismos de gestão dos sistemas de dessalinização, das Unidades Demonstrativas e das Unidades Produtivas. Os técnicos de sustentabilidade Ambiental efetuam trabalhos que buscam a garantia da qualidade da água fornecida pelo sistema de dessalinização, adequando-o de forma a facilitar a sua higienização , e evitar a contaminação da água, capacitando o operador quanto aos procedimentos de manutenção da qualidade da água distribuída.Conscientizam a comunidade quanto ás melhores formas de coleta,transporte e armazenamento da água e promovem avaliações da qualidade da água dessalinizada. Além disso, os técnicos desse componente buscam soluções e promovem ações que evitem impactos ambientais locais, na área do sistema de dessalinização, e estão envolvidos em pesquisas que objetivam a melhoria constante do programa.Dentre as atividades de melhoria dos sistemas, esses técnicos devem promover o aproveitamento do concentrado através do desenvolvimento de sistemas produtivos,para fornecer mais sustentabilidade a esses projetos por meio do aumento dos benefícios para as comunidades atendidas. Caberá à empresa contratada atuar desde a fase de planejamento e acompanhamento do diagnóstico de 303 comunidades até a fase de instalação dos sistemas de dessalinização, a continuidade das ações de mobilização social e sustentabilidade ambiental, assim como efetuar trabalhos manutenção dos dessalinizadores durante o período de vigência do contrato, estando esses serviços apresentados abaixo: 27 • • • • • • Acompanhamento e avaliação das atividades de planejamento para recuperação dos sistemas de dessalinização; Efetuar acompanhamento de obras civis de implantação ou recuperação de 101 sistemas de dessalinização do Programa Água Doce; Acompanhamento dos processos de recuperação-aquisição de dessalinizadores; Trabalhos de sustentabilidade ambiental; Trabalhos de mobilização social; Serviços de manutenção de dessalinizadores; Em conformidade com o plano estadual do Programa Água Doce 2010-2019.Em termos metodológicos,encontram-se disponíveis diversos indicadores como Índices Pluviométricos, IDH Municipal, Índice de Mortalidade Infantil e Índice de Condição de acesso à água no semiárido(ICAA). A partir dessas informações, o Programa Água Doce define e prioriza suas ações. Equipe de Trabalho: Apresentação do Programa Comunidade Profissional na área de Humanas. Obra civis Engenheiro Civil Acompanhamento Geólogo da Recuperação e funcionamento dos sistemas de dessalinização Diagnóstico dos usuários Engenheiro Ambiental Realização de Cursos de Sustentabilidade para Operadores Biólogo Avaliação do Sistema para manutenção da qualidade da água Biólogo 28 Palestras/Oficinas sobre a manutenção da qualidade da água Biólogo Avaliação das áreas para implantação de sistemas produtivos Elaboração e submissão de projetos de sistemas produtivos Coleta e análise do solo Engenheiro Agrônomo Reuniões de mobilização Profissional na área de Humanas. Capacitação das Comunidades Engenheiro Agrônomo Implantação dos sistemas produtivos Engenheiro Agrônomo Monitoramento e acompanhamento dos acordos de Gestão Profissional na área de Humanas. Engenheiro Agrônomo Engenheiro Agrônomo 29 CRONOGRAMA DE PRODUTOS ENTREGAS DATA PRODUTO 01/05/2014 Plano de Trabalho A DEFINIR 1º Relatório Parcial de Atividades conforme previsão no cronograma físico A DEFINIR 2º Relatório Parcial de Atividades conforme previsão no cronograma físico A DEFINIR 3º Relatório Parcial de Atividades conforme previsão no cronograma físico A DEFINIR 4º Relatório Parcial de Atividades conforme previsão no cronograma físico A DEFINIR Relatório Técnico Final 30 Apresentação do Programa Comunidade Acompanhamento das Obras Civis Acompanhamento da Recuperação e funcionamento dos sistemas de dessalinização Diagnóstico dos usuários Realização de Cursos de Sustentabilidade para Operadores Relatório apresentado nas atas, fotos, observações e os resultados alcançados. Relatório contendo avaliação do andamento das obras civis nas comunidades. Relatório sobre andamento dos trabalhos de recolhimento dos dessanilizadores que serão recuperados; Relatório sobre o andamento dos trabalhos de recuperação ou aquisição dos dessanilizadores; Relatório sobre o andamento da instalação dos dessalinizadores nas comunidades. Relatório apresentado metodologias adotadas, resultados apresentados, observações efetuadas, resultado da avaliação da qualidade da água das residências. Relatório com apresentação das atas, lista de presença, fotos, observações e os resultados alcançados Profissional na área de Humanas. 08 (oito) meses Inicio: Maio/2014 Entrega: Janeiro/2015 Engenheiro Civil 12 (doze) meses Inicio: Junho/2014 Entrega: A definir. Geólogo 10 (dez) meses Inicio: Junho/2014 Entrega: A definir. Engenheiro Ambiental 12 (doze) meses Inicio: Junho/2014 Entrega: A definir. Biólogo 09 (nove) meses Inicio: Agosto/2014 Entrega: A definir. 31 Avaliação do Sistema para manutenção da qualidade da água Relatório com sistemas avaliados, resultados alcançados e ações adotadas para dirimir eventuais problemas. Palestras/Oficinas sobre Relatórios com a manutenção da atividades qualidade da água desenvolvidas e resultados alcançados por comunidade. Avaliação das áreas Relatório para implantação de apresentando o sistemas produtivos resultado do diagnóstico dessas áreas. Elaboração e submissão Projetos com de projetos de sistemas quantitativos e produtivos orçamentos dos sistemas produtivos por comunidade. Coleta e análise do solo Relatório apresentando as comunidades onde foram efetuadas as coletas, as características dos locais e os resultados analisados. Reuniões de Relatório com mobilização apresentação das atas, lista de presença, fotos, observações e os resultados alcançados Capacitação das Relatório com Comunidades apresentação das atas, lista de presença, fotos, observações e os resultados alcançados. Biólogo 09 (nove) meses Inicio: Agosto/2014 Entrega: A definir. Biólogo 05 (cinco) meses Inicio: Agosto/2014 Entrega: Janeiro/2015 Engenheiro Agrônomo 07 (sete) meses Inicio: Maio/2014 Entrega: Dezembro/2014 Engenheiro Agrônomo 03 (três) meses Inicio: Junho/2014 Entrega: Setembro/2014 Engenheiro Agrônomo 13 (treze) meses Inicio: Maio/2014 Entrega: A definir. Profissional na área de Humanas. 10 (dez) meses Inicio: Maio/2014 Entrega: A definir. Engenheiro Agrônomo 04 (quatro) meses Inicio: Maio/2014 Entrega: Setembro/2014 32 Implantação dos sistemas produtivos Monitoramento e acompanhamento dos acordos de Gestão Relatório referente ao andamento dos trabalhos em cada comunidade. Relatório com apresentação das atas, lista de presença, fotos, observações e os resultados alcançados Engenheiro Agrônomo 04 (quatro) meses Inicio: Maio/2014 Entrega: Setembro/2014 Profissional na área de Humanas. 04 (quatro) meses Inicio: Maio/2014 Entrega: Setembro/2014 CONCLUSÃO 33 O Programa Água Doce no estado de alagoas tem apresentado um grande crescimento e reconhecimento de suas ações nos últimos anos, sendo almejada, no entanto, uma melhoria constante em sua estrutura e funcionamento para atender à demanda e atingir os objetivos do programa. As ações propostas neste programa, além de incluir a continuidade de suas atividades, refletem o atual momento do programa no estado, indicando suas necessidades que devem ser solucionadas para o desenvolvimento do mesmo. Inúmeras metas estão sendo alcançadas e outras estão em andamento como: Implantar Banco de Dados com informações digitais com informações, no que couber históricas e atuais sobre os sistemas de abastecimento de água do semiárido especialmente dos poços e dessalinizadores com informações dos usuários e outros dados relevantes. Debater com as Prefeituras Municipais,Casal,Saae e outras entidades envolvidas sobre a situação de abastecimento de água das comunidades difusas e discussão sobre competências e atribuições no abastecimento de água. Elaborar em conjunto uma Pauta de Compromissos sobre o apoio de cada entidade junto ao PAD e dos encaminhamentos para outras providências visando o acesso a água das populações residentes nas comunidades. Formalizar acordos de Gestão junto às entidades envolvidas para o abastecimento de água das populações. Definir em conjunto a relocação de dessalinizadores para comunidades que possuem poços com água salobra. Recuperar e colocar em funcionamento os sistemas de dessalinização instalados por projetos anteriores. Readequar os sistemas mais antigos ao modelo de estrutura adotado pelo Programa água Doce colocando-os em pleno funcionamento. Executar os trabalhos de mobilização e sustentabilidade ambiental nas comunidades selecionadas com metodologia participativa. Apoiar as Prefeituras Municipais na operação dos sistemas de desalinização instalados pelo PAD no estado voltados ao abastecimento de água da população. Apoiar a elaboração e execução de ações, projetos de proteção ambiental dos mananciais de abastecimento de água nos municípios e de estrutura instaladas envolvendo medidas educativas. Apoiar as Prefeituras Municipais na mobilização de recursos materiais, físicos e financeiros em nível federal, estadual e outros para o abastecimento de água das populações sem acesso à água. Estabelecer interação com as diversas instâncias existentes nas áreas de intervenção do PAD especialmente os Comitês de Bacias Hidrográficas, Conselhos Municipais e outros. Formalizar o Núcleo Estadual e o arranjo Institucional do PAD no estado. Fortalecer o Grupo Gestor Estadual buscando maior comprometimento das instituições envolvidas, bem como fortalecer o grupo executivo estadual por meio de oficinas,capacitações e aquisições de equipamentos, além de produzir material de comunicação social de caráter pedagógico e de divulgação relativo ao abastecimento de água e da alternativa dos dessalinizadores para uso em campanhas educativas nos Municípios, bem como compatibilizar as ações do PAD com demais programas e projetos de conveniência com o semiárido especialmente da política de saneamento ambiental relativa ao abastecimento de água. Nessa ordem, e considerando que a região de intervenção do Programa Água Doce é o semiárido alagoano,fez-se necessário o recorte técnico com o uso de indicadores voltados a uma hierarquização das localidades para atendimento, o que foi observado no diagnóstico socioambiental realizado em suas etapas e relatórios. Ademais, cumpre observar que o corpo técnico disponibilizado pelo PAD atende as funções executivas nas fases de diagnósticos e implantação e, após o início de sua operação, 34 vem prestando apoio e assessoramento nos locais sob intervenção, considerando acima de tudo as funções precípuas de abastecimento de água dos municípios, ressaltando que os indicadores contribuíram para a hierarquização e intervenção, permitindo assim, uma priorização quanto o abastecimento de água nas comunidades difusas com alternativa de suprimento via poços dependendo de estrutura organizacional do governo municipal e estadual. Esses dados distribuídos e ilustrados em mapa, possibilitaram evidenciar uma regionalização de áreas críticas, segundo o Índice de Condição de Acesso à Água no Semiárido - ICAA, condicionando o direcionamento de ações com a identificação de regiões críticas, sendo de grande relevância, uma vez que, permite uma melhor logística,ao possibilitar a execução dos trabalhos em etapas,utilizando a estratégia de atender a todas as comunidades da região selecionadas,antes de partir para outro conjunto de municípios. Além da logística de execução, a estratégia utilizada também permitiu a verificação e o acompanhamento das mudanças de indicadores entre regiões atendidas e não atendidas, conforme exposto anteriormente, atendendo assim o propósito do Programa. Observa-se por fim, que além do benefício da água dessalinizada,também ocorre um conjunto de atos concatenados a obedecer a ordem e ideologia do PAD como a produção de peixe, ocasionando a obtenção de recursos com a venda dos mesmos,este sendo toda revertida para a comunidade,que a utilizará para compra da ração,pagamento da pessoa responsável pelo manejo, e parte reservada para eventualidades,como quebra de equipamentos, como também, o uso da atriplex para alimentação dos caprinos e ovinos no período da seca. Nesse sentido, toda a rede metodológica anteriormente mapeada atende as funções precípuas do Programa Água Doce, viabilizando o desenvolvimento das ações de abastecimento de água em comunidades sem outras formas de acesso, experiência que permitiu a avaliação dos entraves para ampliação e melhoria do programa no estado. 35 ANEXOS Programa Água Doce – Contrato º 005/2013 - Relatório Consolidado Julho/2013. Programa Água Doce – Contrato º 005/2013 - Relatório Consolidado Agosto/2013. Programa Água Doce – Contrato º 005/2013 - Relatório Consolidado Dezembro/2013. 36