Sociedade Brasileira de Química ( SBQ)
CE-MS no desenvolvimento de um método não invasivo visando o
diagnóstico de refluxo vésico-ureteral
Edgar P. Moraes(PQ)1*, Marina F.M. Tavares(PQ)1, Cristina S.N.M. Sorio(PQ)1, João P.S.
Farah(PQ)1, Marcelo de S. Tavares(PQ)2
2
1
Instituto de Química, Universidade de São Paulo, SP-Brasil
Centro de Nefrologia, Santa Casa de Belo Horizonte, SP-Brasil
[email protected]
Palavras Chave: Eletroforese Capilar, Espectrometria de massas, urina, refluxo vésico-ureteral; diagnóstico.
Resultados e Discussão
Os mapas peptídicos foram obtidos por CEMS, sendo o sistema de eletroforese capilar P/ACE
MDQ (Beckman Coulter, Fullerton, CA, EUA) e
programação de aquisição de dados System Gold
Software. Um capilar de sílica fundida (Polymicro
Technologies, Phoenix, EUA) foi utilizado para as
análises, com dimensões de 50 µm de diâmetro
interno, 375 µm de diâmetro externo e 74 cm de
comprimento total.
Foram otimizadas através de planejamento
fatorial a porcentagem de ácido metanóico e de
metanol no eletrólito e no líquido auxiliar.
A interface CE-MS utilizada para ionização
foi do tipo electrospray. O espectrômetro de massas
utilizado como detector foi um equipamento LCQ
DECA XP MAX (Thermo Electron Corporation,
Walthan, Massachusetts, EUA) do tipo ion trap.
a
32 Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química
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39
-4
O refluxo vésico-ureteral (RVU) é a
patologia que descreve o retorno da urina da bexiga
para o trato urinário superior [1]. Trata-se da
malformação congênita do trato urinário mais
comum no ser humano [2]. Estima-se que
aproximadamente 1,5% da população pediátrica
apresente esta anormalidade e em torno de 30%
dos casos de crianças com infecção do trato
urinário.
O acoplamento de eletroforese capilar com
o espectrômetro de massas (CE-MS) tem se
apresentado como uma ferramenta essencial na
determinação de compostos endógenos presentes
em matrizes biológicas, podendo assim facilitar a
investigação e desenvolvimento de novos métodos
para o diagnóstico clínico por uma técnica não
invasiva.
Mais de 600 polipeptídeos podem ser
determinados em uma simples corrida em amostra
de urina. Pesquisadores detectaram 1400
polipeptídeos em urina e conseguiram distinguir em
três grupos (normais, patologia benigna e patologia
maligna) os pacientes de câncer de próstata,
resultados promissores na área de diagnósticos não
invasivo [3].
Amostras de urina (15 saudáveis e 24
portadores
de
RVU)
foram
coletadas
e
armazenadas a -20oC em criotubos. Os pacientes
foram identificados como portadores de RVU,
anteriormente submetidos à ureterocistografia. As
amostras foram preparadas de acordo com Mischak
e co-autores [3] e submetidas à CE-MS análise.
Através da técnica de classificação PCA, ou
Análise dos Componentes Principais, obtive-se
80,0% de sensibilidade e 86,7% de especifidade,
conforme demonstrado na Figura 1.
-0.4
Introdução
7
-0.4
-0.2
0.0
0.2
0.4
0.6
Comp.1
Figura 1. Resultados do PCA.
Conclusões
CE-MS
mostrou-se
uma
poderosa
ferramenta na obtenção dos mapas peptídicos.
Pode-se verificar que há correlação entre os mapas
peptídicos e a presença de RVU no espaço
amostral estudado.
Agradecimentos
FAPESP, CAPES
____________________
1
Denes, F. T., Arap, S., J. Pediatr. (Rio de Janeiro), 1995,
71, 183-188.
2
Basic, J., Golubovic, E., Miljkovic, P., Bjelakovic, G. et.
al., Ren. Fail., 2008, 30, 639-643.
3
Theodurescu, D., Fliser, D., Wittke, S., Mischak, H. et.
al., Electrophoresis, 2005, 26, 2797-2808.